Revista Especial do Mês | Janeiro de 2022
Estreias, Dicas e o que aconteceu no primeiro mês do ano no Vertentes do Cinema
Por Redação
Uma coisa não podemos negar. O seriado “Black Mirror” (disponível na plataforma digital Netflix) é uma das obras de análise mais perspicaz, especialmente no primeiro episódio da terceira temporada, “Queda Livre (Nosedive)” quando traz a sócio-robotização das relações humanas em um futuro atemporal completamente desumano. A “aceitação” é medida em likes. Não mais por emoções e sim pela futilidade. O que se constrói é a projeção da felicidade, como ideia inalcançável. O objetivo-base está na superfície. Lacie, a protagonista, que vive em um mundo onde as pessoas avaliam popularidades com cinco estrelas, é obcecada por ser bem recebida, começando o episódio com um índice de aprovação em torno de 4.2. Mas para sua vida ser tranquila, almeja a nota 4.5, querendo sempre a máxima. Alimenta-se então uma pressão ininterrupta. “Queda Livre” comporta-se como uma crítica direta à futilidade de uma vida instagramer ou youtuber.
Mas qual o motivo do resgate desse episódio? Porque parece que a necessidade de se produzir um conteúdo não precisa mais de outros seres humanos, o que é um total paradoxo. Se não há indivíduos, não há existência de sociedade. A pulga atrás da orelha veio porque o “Brasil parou para assistir o Big Brother Brasil”. Será? Nós do site sempre preferimos substituir horas de um “voyeurismo fetichista” por outras horas de contemplação. Nunca tínhamos assistido. Até a edição de 2022. Não porque queremos saber quem está ou não no paredão, ou quem é o líder, ou quem é o anjo, ou que come mais ou de menos. Não. Tampouco entrar na discussão levantada de que o “Brasil” quer ver treta em um loop perdido de Casos de Família. Não. O que mais assusta é o fato de um participante desse reality show entrar na casa com 300 mil seguidores no Instagram e no segundo dia “confinado” pular para 1 milhão de seguidores. Alguns já passaram dos 18 milhões. Como analisar isso tudo? Qual o parâmetro? O primeiro eliminado tornou-se garoto propaganda do McDonalds. O segundo disse que as propostas são tantas que talvez não conseguirá fazer todas. Qual esse poder? O que faz os acessos subirem apenas servindo de cobaia para fofoqueiros e treteiros?
Vamos criar um paralelo com o mundo do Cinema. Críticos conhecidos ainda não passaram dos 50 mil. Ótimos sites, com conteúdo super enriquecedor e provocativo, não chegaram nem aos 10 mil. O que então que o “Brasil” quer ver? Quer continuar consumindo produtos de massa? Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Pois é, a profissão mais ouvida nas salas de aula é “quero ser um BBB”. Muitos dos participantes dessa edição não usam a língua portuguesa correta. São erros grosseiros. Concordâncias básicas. Plurais “comidos”. E a ideia de que o conceito de escola “causa sono”. Sim, retroalimentação sem volta. Crianças não estudam para se “preparar para a fama”. E dessa forma, o “Brasil” se afunda mais e termina como o episódio abordado no primeiro parágrafo deste texto: viver a própria existência é deixar de existir para fora. Que venha 2022! Axé, evoé, sal grosso e muita Espada de São Jorge para abraçar! Vamos que vamos de máscara, luvas e cumprimentos no ar.
Revista Especial do Mês | Janeiro de 2022
CURTAS-METRAGENS
SESSÃO CINEMA BRASILEIRO
VOZ
(2018, Brasil, 5 minutos, de Paulo Vainer)
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Em tempos onde a intolerância ganha força e alcance, o discurso de ódio é compartilhado e as minorias lutam cada vez mais por representatividade, o diretor e fotógrafo Paulo Vainer lança o curta-metragem VOZ. Protagonizado pela modelo e atriz Samira Carvalho, a obra produzida pela Paranoid é uma ficção futurista que retrata a intolerância. Remetendo a ideia de duas tribos, uma representada pela cor preta e pelo quadrado, e a outra pela cor branca e pelo círculo, em meio a um ritual, é possível observar a materialização do preconceito. No momento em que a voz é registrada de uma única forma, em grito, o discurso de ódio é disseminado, fazendo com que a protagonista, no papel de uma personagem distinta, se sinta julgada ao se ver em meio à um corredor da morte, forma histórica de castigo. Num segundo momento, encurralada e cercada pela opressão, a personalidade é a representação das minorias ainda não aceitas por uma sociedade conservadora e fundamentalista. “Nossa intenção era traduzir esteticamente o momento de polarização que vivemos hoje. Dessa forma, criamos uma narrativa metafórica que representasse a intolerância que estamos presenciando”, conta o diretor.
SESSÃO CINEMA BRASILEIRO
CAETANA
(2014, Brasil, 15 minutos, de Felipe Nepomuceno)
ASSISTA AQUI
Abril de 2014. Ariano Suassuna conversa com Caetana, como a morte é chamada no sertão nordestino. Com fotografia de Lula Carvalho.
SESSÃO CINEMA BRASILEIRO
CARTA AO MAGRÃO
(2021, Brasil, 11 minutos, de Pedro Asbeg)
ASSISTA AQUI
Aproveitando material inédito de entrevista realizada em 2010 para o filme “Democracia em Preto e Branco”, o curta marca os 10 anos da morte do doutor Sócrates, enquanto faz também uma rápida retrospectiva desse período.
PRÓXIMO CURTA
O PORTEIRO DO DIA
(2016, Brasil, 25 minutos, de Fábio Leal, CRÍTICA AQUI).
Após trocar olhares entre “bom dia” e “boa tarde” diários, Marcelo se dá conta que é hora de tentar algo mais com Márcio, o porteiro de seu prédio. Classificação indicativa: 18 anos. ESTREIA 10/02, 00:01.
TUDO SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES 2022
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BALANÇO GERAL DO FESTIVAL DE CINEMA DE TIRADENTES 2022
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ACOMPANHE NOSSA COBERTURA DO FESTIVAL DE ROTERDÃ 2022 (ATUALIZADA DIARIAMENTE)
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BALANÇO GERAL, COTAÇÕES E VENCEDORES DO FESTIVAL DE SUNDANCE 2022
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EM CASA
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA NETFLIX
MEU PÉ DE LARANJA LIMA
(2012, Brasil, 99 minutos, de Marcos Bernstein)
CRÍTICA AQUI
Zezé (João Guilherme de Ávila) é um garoto de oito anos que, apesar de levado, tem um bom coração. Ele leva uma vida bem modesta, devido ao fato de que seu pai está desempregado há bastante tempo, e tem o costume de ter longas conversas com um pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. Até que, um dia, conhece Portuga (José de Abreu), um senhor que passa a ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA APPLE TV+
A TRAGÉDIA DE MACBETH
(The Tragedy of Macbeth, 2021, Estados Unidos, 105 minutos, de Joel Coen)
CRÍTICA AQUI
Baseado na peça trágica de William Shakespeare, a nova adaptação segue a história do lorde Macbeth ao voltar de uma guerra. No meio do caminho, três bruxas o abordam e falam sobre sua visão de que ele será o próximo rei da Escócia. Ao contar a notícia para sua esposa, eles planejam o assassinato do rei atual do país e assim garantir o reinado de Macbeth. Porém, como o próprio nome diz, Macbeth é uma tragédia, em uma adaptação feroz e que, além de ser uma história de assassinato, envolve loucura, ambição e astúcia furiosa.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA AMAZON PRIME VIDEO
BAR DOCE BAR
(The Tender Bar, 2021, Estados Unidos, 104 minutos, de George Clooney)
CRÍTICA AQUI
J.R. Maguire, de 9 anos, se muda para a casa em ruínas de seu avô em Long Island, NY. O menino busca um substituto para seu pai, que desapareceu logo após seu nascimento e se fica próximo a seu tio Charlie e aos clientes em um bar em Long Island. Tio Charlie trabalha como bartender lá e conhece todos os funcionários e clientes regulares. Ele é um indivíduo carismático e todos os seus amigos estão ansiosos para iniciar o menino em seus rituais. O garoto então ouve atentamente as histórias desses homens e se baseia nessas histórias para obter orientação sobre como viver. Enquanto cresce ouvindo as histórias, o jovem menino começa a planejar sua carreira como escritor, baseando-se nos contos de vida dos clientes de seu tio. Porém, sua mãe quer que ele vá para a universidade de Harvard ou Yale e se torne um advogado.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
LIBORIO
(2021, Qatar, República Dominicana, 99 minutos, de Nino Martínez Sosa)
CRÍTICA AQUI
Liborio desaparece em um furacão. Um dia ele voltou falando como um profeta, curando os enfermos e congregando muitos seguidores nas montanhas. Os poderes locais o confrontam apenas para vê-lo desaparecer, até que ele decide enfrentar seus medos mais profundos e batalhas contra os invasores fuzileiros navais dos EUA.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA HBO MAX
KING RICHARD: CRIANDO CAMPEÃS
(King Richard, 2021, Estados Unidos, 130 minutos, de Reinaldo Marcus Green)
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Baseado em uma história real, o filme King Richard: Criando Campeãs mostra a jornada ao estrelato das tenistas Venus e Serena Williams. Determinado em fazer de suas filhas atletas medalhistas, Richard (Will Smith) as treina com determinação e foco inquebráveis.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA AMAZON PRIME VIDEO
NO RITMO DO CORAÇÃO
(CODA, 2021, Estados Unidos, França, 110 minutos, de Sian Heder)
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Ruby é a única pessoa que não é surda em sua família. Ao mesmo tempo em que enfrenta os dilemas da idade e a responsabilidade de ser a intérprete da família, Ruby descobre seu talento musical. Em meio a dificuldades nos negócios da família, se vê dividida entre seguir sua paixão pela música em outra cidade e o medo de deixar os pais. Classificação indicativa 14 anos, contém drogas, conteúdo sexual e linguagem imprópria.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA APPLE TV+
THE VELVET UNDERGROUND
(2021, Estados Unidos, 121 minutos, de Todd Haynes)
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o documentário que Todd Haynes compilou sobre o mítico grupo dos 60’s, foi elaborado em cima de uma linguagem que exorbitou de vez as confortáveis regras gramaticais do gênero, que localizam no centro da narrativa o sujeito do conhecimento e seu objeto de saber. A barra de salvação é a vaga cronologia dos eventos, que reassegura o espectador atônito de que, afinal, trata-se de um documentário sobre a ascensão e queda de uma banda sui generis de rock.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA DISNEY PLUS
THE BEATLES: GET BACK
(2021, Estados Unidos, 7h43min em 3 episódios, de Peter Jackson)
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Documentário dividido em três partes e compilado a partir de mais de 60 horas de imagens nunca vistas, com o companheirismo e a criatividade do quarteto mais icônico da música pop: The Beatles. São quase 8 horas, divididas em três episódios, sobre um mergulho inaudito na pura confecção de um dos maiores, senão o maior, mito pop da era moderna – The Beatles. De cara, cabe um disclaimer: a palavra “mito” anda meio desgastada por essas bandas, mas a tendência é que vire essa página e retome sua semântica histórica.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA
(Un pays qui se tient sage, 2020, França, 86 minutos, de David Dufresne)
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À medida que a raiva e o ressentimento crescem em face das desigualdades sociais, muitos protestos estão sendo reprimidos com cada vez mais violência. Em “O Monopólio da Violência”, David Dufresne reúne um painel de cidadãos para questionar, trocar e confrontar seus pontos de vista sobre a ordem social e alegitimidade do uso da força pelo Estado. O que pode chamar atenção, em um primeiro momento, em “O Monopólio da Violência” é que a suposta pluralidade nos depoimentos, que chega a ceder tempo de projeção à um policial reacionário (pouco controlado).
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA DISNEY PLUS
ENCANTO
(2021, Estados Unidos, 102 minutos, de Byron Howard e Jared Bush)
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A animação conta a história dos Madrigal, uma família extraordinária que vive escondida nas montanhas da Colômbia, em uma casa mágica, em uma cidade vibrante, em um lugar maravilhoso conhecido como um Encanto. A magia deste Encanto abençoou todos os meninos e meninas da família com um dom único, desde superforça até o poder de curar. Todos, exceto Mirabel. Mas, quando ela descobre que a magia que cerca o Encanto está em perigo, Mirabel decide que ela, a única Madrigal sem poderes mágicos, pode ser a última esperança de sua família excepcional.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA TELECINE GLOBOPLAY
NUNCA MAIS NEVARÁ
(Sniegu juz nigdy nie bedzie, 2020, Polônia, Alemanha, 113 minutos, de Malgorzata Szumowska)
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Um imigrante ucraniano que trabalha como massagista na Polônia se torna uma figura semelhante a um guru, em um condomínio fechado onde seus clientes moram. Tristes, os moradores encontram no massagista a cura para a dor em suas almas.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA RESERVA IMOVISION
A COSTUREIRA DE SONHOS
(Sir, 2018, França, Índia, 99 minutos, de Rohena Gera)
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Em Mumbai, a jovem viúva Ratna trabalha como serva de Ashwin, um homem de família rica. Embora Ashwin pareça ter tudo, Ratna pode sentir que ele desistiu de seus objetivos e está perdido. Por outro lado, Ratna, que parece não ter nada, vive cheia de esperança e trabalha com determinação em busca de seu sonho de ser tornar uma estilista. À medida que crescem seus sentimentos um pelo outro, seus mundos, muito diferentes, colidem.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
NEVILLE D’AMEIDA: CRONISTA DA BELEZA E DO CAOS
(2018, Brasil, 106 minutos, de Mário Abbade)
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Por meio de entrevistas, imagens raras de arquivo e um vasto material iconográfico, conheça a vida e o trabalho do cineasta Neville D’Almeida, desde o Cinema Marginal até o presente. Responsável por grandes sucessos como “A Dama da Lotação” e “As Sete Gatinhas” e premiado em inúmeros festivais, Neville ainda assim teve muitos problemas com a censura durante o regime militar e também com o que ele chama de “ditadura dos editais”.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA NETFLIX
A FILHA PERDIDA
(The Lost Daughter, 2021, Estados Unidos, 124 minutos, de Maggie Gyllenhaal)
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Leda estava sozinha de férias em uma ilha, quando começa a observar uma família obsessivamente e a reviver antigas memórias de quando foi mãe. “A Filha Perdida”, longa-metragem de estreia da também atriz Maggie Gyllenhaal, traz toda a temperatura da estação com toques de amargor e identificação. É tudo uma questão de como se veem através de personagens totalmente equilibrados em um roteiro muito austero, que providencia uma reflexão sobre feminilidade e gravidez.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
ESPERA
(2018, Brasil, 76 minutos, de Cao Guimarães)
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Um filme que tem como tema a espera, registrando-a em suas mais variadas manifestações. A espera em uma fila, as esperas místicas, a espera de um ator para entrar em cena, a angustiante espera pelo sono, a espera pelos efeitos hormonais em uma adequação de identidade de gênero. O tempo da espera se confunde com o tempo da própria vida, em um tempo em que estamos desaprendendo a esperar.
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NÃO OLHE PARA CIMA
(Don’t Look Up, 2021, Estados Unidos, 142 minutos, de Adam McKay)
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O filme é uma tentativa netflixiana de responder à cultura crescente ocidental negacionista. O neologismo criado referente à gigante do streaming é provavelmente fruto de um gênero novo que vem saindo nos últimos anos. Nos últimos anos inclusive se viu a compra de direitos de produção de séries e antologias que caminham bem perto da britânica “Black Mirror”. É uma fórmula, a partir de um olhar pragmático e industrialista, claro, extremamente aproveitador.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
THE DOG WHO WOULDN’T BE QUIET
(El Perro que no Calla, 2021, Argentina, 73 minutos, de Ana Katz)
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Um jovem argentino, Sebastián, salta apaticamente de um emprego para outro. Ele nunca reclama, mas seu desconforto é evidente. O ator principal Daniel Katz não precisa de palavras para expressar isso: um abraço estranho, olhando momentaneamente para o nada enquanto fala com alguém é o suficiente. A atitude passiva de Sebastián às vezes parece cômica, embora as tribulações que ele enfrenta sejam certamente dignas de nossa simpatia.
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O RETORNO
(Vozvrashchenie, 2003, Rússia, 110 minutos, de Andrey Zvyagintsev)
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Em um território selvagem, dois irmãos enfrentam uma série de emoções novas e conflitantes quando seu pai – um homem que eles conhecem apenas através de uma única fotografia – reaparece. Zvyagintsev é um dos mais interessantes intérpretes da emergência desse vasto e complexo país na ordem global contemporânea – dominado por um personagem autocrata, Putin, e caracterizado por um sistema que os observadores chamam de “democracia administrada”, sujeita a manipulações eleitorais e eventuais eliminações de adversários.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI E GLOBOPLAY
GRETA
(2019, Brasil, 97 minutos, de Armando Praça)
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Pedro precisa liberar uma vaga no hospital em que trabalha para sua amiga Daniela. Para salvá-la, ele ajuda um jovem criminoso que está algemado a um leito a escapar e o leva para casa. Essa relação ajuda Pedro a sobreviver à perda de Daniela, mas também provoca mudanças surpreendentes nele e em sua forma de lidar com a solidão.
VER MAIS
ESTREIA DE JANEIRO NOS CINEMAS
FORTALEZA HOTEL
(2021, Brasil, 77 minutos, de Armando Praça)
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Pilar, uma jovem camareira de hotel que deseja sair do país, tem seu caminho cruzado por Shin, uma hóspede sul-coreana de meia-idade que busca o corpo de seu marido. Enquanto se aproximam emocionalmente, os planos de ambas começam a se desmoronar por “problemas” da vida.
O BECO DO PESADELO
(Nightmare Alley, 2021, Estados Unidos, 140 minutos, de Guillermo del Toro)
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Um ambicioso trabalhador de um parque de diversões itinerante (Bradley Cooper) com um talento para manipular as pessoas através das palavras se une a uma psiquiatra que é ainda mais perigosa que ele. “Beco do Pesadelo” é um estiloso noir de pouca substância e muita especulação, recheado de alegorias frágeis que sustentam um drama profundamente desinteressante. Contudo, o charme do design de produção e a sedução que a câmera provoca, consegue dar um tom para o entretenimento.
O FESTIVAL DO AMOR
(Rifkin’s Festival, 2020, Estados Unidos, 88 minutos, de Woody Allen)
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o filme segue Mort Rifkin (Wallace Shawn), um crítico de cinema que viaja para Espanha, convencido por sua esposa Sue (Gina Gershon), uma assessora de imprensa de um jovem cineasta francês (Louis Garrel), para acompanhar o festival de cinema de San Sebastian. Rifkin sente ciúmes da relação de sua esposa com o diretor francês e desconfia que os dois tem um caso. Porém, ele mesmo se vê interessado em uma jovem espanhola. Esses relacionamentos extraconjugais acabam influenciando consideravelmente a dinâmica do casamento dos dois.
RODA DO DESTINO
(Gūzen to Sōzō, 2021, Japão, 121 minutos, de Ryusuke Hamaguchi)
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Três histórias, protagonizadas por personagens femininos, sobre os encontros e desencontros da vida, os caminhos percorridos, e o poder do acaso na transformação e nos relacionamentos humanos. O irônico e cômico fazem um papel tão importante que constroem inclusive a estrutura desse filme curioso. Em seu meio, por exemplo, no segundo conto de três, “Portas Bem Abertas”, ocorre uma leitura da protagonista para um professor. Ele tem seu conto que escrevera recitado.
EDUARDO E MÔNICA
(2021, Brasil, 116 minutos, de René Sampaio)
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A história de amor que embalou muitas gerações, composta por Renato Russo, agora é filme. O romance de um casal muito diferente mas que nasceu um para o outro vem para emocionar os jovens de todas as idades. Protagonizado por Alice Braga e Gabriel Leone, dirigido por René Sampaio e produzido por Bianca De Felippes. Não por acaso, “Eduardo e Mônica” segue uma cartilha parcialmente segura de projetos dramáticos que envolvem romances inusitados.
BENEDETTA
(2021, França, 131 minutos, de Paul Verhoeven)
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Século XVII. Benedetta Carlini é uma freira italiana que faz parte de um convento na Toscana desde sua infância. Perturbada por visões religiosas e eróticas, Benedetta é assistida por uma companheira de quarto. A relação entre as duas se transformará em um romance conturbado, ameaçando a permanência das irmãs no convento.
SPENCER
(2021, Chile, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, 117 minutos, de Pablo Larraín)
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O filme se passa nos anos 90. Diana passa o feriado do Natal com a família real em Norfolk, Reino Unido. Apesar das bebidas, brincadeiras e comidas em que sabe o script, esse final de ano vai ser diferente. Após rumores de traição, a princesa se vê em um impasse quando percebe que o seu casamento com o Príncipe Charles não está dando certo. Mesmo com os dois filhos, ela decide o deixar. Spencer é apenas uma especulação do que pode ter acontecido durante esses turbulentos dias e notícias.
PASSAGEM SECRETA
(2020, Brasil, 95 minutos, de Rodrigo Grota)
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Alice é obrigada a se mudar sozinha para uma pequena cidade, onde encontra um novo grupo de amigos. Ao invadir um parque de diversões para resgatar um dos seus colegas, Alice descobre segredos sobre a sua identidade e precisa fazer escolhas. Mas “Passagem Secreta” quer apenas o entretenimento e as cifras de quebra. Não se projeta para um pensamento da toxicidade de determinadas posturas, caminha em linha reta ao abraço do capital. O negócio é tão disfuncional, que até a fotografia do Carlos Ebert fica no automático.
EM FEVEREIRO NOS CINEMAS E NA PLATAFORMA DIGITAL NETFLIX
MÃES PARALELAS
(Madres Paralelas, 2021, Espanha, 123 minutos, de Pedro Almodóvar)
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No filme, duas mulheres dão a luz no mesmo dia e no mesmo hospital. Uma delas, de meia idade, teve a gravidez planejada e já se sente preparada para ser mãe. A outra, adolescente, engravidou por acidente e sente medo do que está por vir. A partir de suas experiências, as duas criam um forte laço unido pela maternidade. Outra questão que serve de guia para a trama é o dilema moral que a protagonista. Uma vez descoberta a troca de laços sanguíneos entre ela e sua filha, diferentemente do que poderia se esperar, ela decide levar o segredo até o túmulo.
INDICAÇÃO BRASILEIRA NO OSCAR 2022
DESERTO PARTICULAR
(2021, Brasil, 120 minutos, de Aly Muritiba)
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Depois de ser demitido por um caso de violência, um ex-policial decide cruzar o país em procura de sua amante online que inesperadamente desapareceu após uma troca de mensagens. “Deserto Particular” na realidade é uma obra que não se atenta tanto aos seus próprios afetos. Quando olha por determinado tempo para o personagem “hétero” de Daniel (interpretado por Antonio Saboia), há de se enxergar uma direção instigante, apesar de claustrofóbica e certamente exagerada.
TUDO SOBRE A MOSTRA TERRY GILLIAM – O ONÍRICO ANARQUISTA
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DIA DA VISIBILIDADE TRANS
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA NOW E GLOBOPLAY
MARIA LUIZA
(2019, Brasil, 80 minutos, de Marcelo Díaz)
CRÍTICA AQUI
Maria Luiza da Silva é a primeira militar reconhecida como transexual na história das forças armadas brasileiras. Após 22 anos de trabalho como militar, foi aposentada por invalidez. O filme investiga as motivações para impedi-la de vestir a farda feminina e a sua trajetória de afirmação como mulher trans. “Maria Luiza” é um filme conceito, que vai além da simples “performance de gênero” (nas manifestações acadêmicas da filósofa feminista Judith Butler), tudo devido ao desenvolvimento de sua narrativa, que escolhe traduzir Maria Luiza da Silva pelos detalhes de seus objetos coletados (seus bibelôs) e pelas crenças mantidas (ainda católica praticante) e pelos gostos simples e idiossincráticos (aviação e a felicidade desmedida de tocar os pés na água do mar pela primeira vez).
TUDO SOBRE A EXPOSIÇÃO CAHIERS DU CINÉMA 70 ANOS
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