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Revista da Semana | 28 de janeiro de 2021

Revista da Semana | 28 de janeiro de 2021

Estreias e Dicas desta quinta-feira

Por Redação

Calma! Sabemos da tensão-preocupação causada pela espera da vacina e nos alarmamos mais com as novas notícias de que uma variante do Coronavírus assola Manaus, e já se espalha rapidamente pelo país. Somos informados de que os voos do Brasil foram cancelados. Sim, mas calma! Cada um de nós precisa encontrar gatilhos de fuga. O Vertentes do Cinema buscou abrigo nas séries, descobrindo que maratonar episódios, um após o outro, vicia mais que cocaína e/ou açúcar. Na mais recente assistida, “Dirk Gently’s Holistic Detective Agency” (duas temporadas disponíveis na Netflix), criada por Max Landis,  baseada na saga homônima de livros de Douglas Adams (o mesmo que escreveu “O guia do mochileiro das galáxias” e protagonizada por Samuel Barnett e Elijah Wood (de “O Senhor dos Anéis”), o espectador recebe a mensagem de que “tudo está conectado”. E que acasos não existem.

Se a pandemia acontece é porque o Universo a projetou para se manifestar. A ideia é corroborada pela doutrina espírita Kardecista: o plano astral segue um roteiro sem improvisos. Contudo, se o que vivenciamos no momento parece uma fantasiosa ficção científica, então nós devemos usar o cinema a nosso favor. Quem não lembra da cena de “X-Men 2”, em que uma mutando “se torna” presidente a fim de salvar a própria Humanidade da barbarie. Cadê esses roteiristas quando mais precisamos deles? Por isso, a arte é tão importante. Nos acalenta em uma não realidade espelhada, ainda que pelos documentários. O Vertentes do Cinema tenta a toda semana propor um guia para mochileiros e mochileiras que se aventuram confinados em seus universos paralelos e idiossincráticos. E assim, a Revista do Vertentes, por uma curadoria especial em nosso editorial semanal oferece dicas de filmes, festivais, cineclube, curtas-metragens e muito mais. Confira e vamos comemorar na data de 29/01, o Dia da Visibilidade Trans!

CURTA DA SEMANA

SESSÃO COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

PREGADORES

ASSISTA AQUI (2011, Brasil, 7 minutos, de Cavi Borges e Leonardo Kopke). E disse Jesus a seus discípulos: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.

AS DIVERSAS FORMAS DO AMOR

HAIR LOVE

(2019, Estados Unidos, 7 minutos, de Matthew A. Cherry). Escrito, produzido e dirigido por Matthew A. Cherry, ex-jogador da NFL. É a história de um homem que tenta pentear o cabelo afro da filha pela primeira vez. O filme foi produzido após uma campanha do Kickstarter de 2017, também foi lançado como livro infantil em maio de 2019, com ilustrações de Vashti Harrison e venceu o Oscar por melhor Melhor Curta de Animação. ESTREIA 04/02, 00:01.


EM CASA

Monos

MONOS: ENTRE O CÉU E O INFERNO

(Monos, 2019, Colômbia, 103 minutos, de Alejandro Landes, CRÍTICA AQUI). No topo de uma montanha, numa selva sul-americana, oito adolescentes têm a grande missão de cuidar de uma refém norte-americana, sequestrada por uma misteriosa organização. Na sua rotina, os jovens guerrilheiros passam por treinos rigorosos, mas também se divertem e vivem descobertas sexuais. Após uma noite de farra acabar em tragédia, eles sofrem uma emboscada e são obrigados a deixar o local. A refém acredita que esta é a sua grande chance de fugir. Mas a selva sempre surpreende. O filme está disponível estreia nas plataformas digitais Net Now, VivoPlay, Looke e SkyPlay no dia 28 de janeiro e e no Belas A La Carte a partir de 29 de janeiro.

Ressaca

RESSACA

(2019, Brasil, 84 minutos, de Vincent Rimbaux e Patrizia Landi, CRÍTICA AQUI). O filme acompanha o corpo artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro quando os salários são suspensos. Registra a espera, marcada pelos dias que se alongam sem boas notícias, e a resistência: porque, a despeito da ruína, e da miséria, é preciso produzir e sobreviver.​Algumas belas imagens são contempladas na sessão de “Ressaca”, alguns momentos que ficarão com os espectadores ao longo dos dias após a exibição podem ser vistos no trailer do longa. E essa esteticidade toda, vem de uma fotografia que é hábil em concretizar uma linguagem que consolida uma teatralidade na obra, em um diálogo com a temática sendo abordada. O filme está disponível nas plataformas digitais Now, VivoPlay e Oi Play.

The Outpost

POSTO DE COMPATE

(The Outpost, 2020, Bulgária, Estados Unidos, 123 minutos, de Rod Lurie, CRÍTICA AQUI). Adaptação do best-seller de Jake Tapper que conta a história da Batalha de Kamdesh, durante a guerra no Afeganistão. Em 2009, uma força de 300 homens do talibã atacou o COP Keating, próximo à cidade de Kamdesh. “Posto de Combate” assume a falência progressiva da obra e elege Scott Eastwood e Orlando Bloom para capitanear o projeto capitalista de balas, xenofobia e ufanismo.O filme está disponível nas plataformas digitais Itunes, Now, GooglePlay, Youtube, VivoPlay e SkyPlay.

INFERNINHO

(Brasil, 2018, 82 minutos, de Guto Parente e Pedro Diógenes, CRÍTICA AQUI). Deusimar, a dona do Inferninho, um bar que é mais um refúgio, quer ir embora para um lugar distante. Jarbas, um marinheiro que acaba de chegar, deseja ficar. Um amor começa a nascer entre os dois capaz de mudar tudo.Aliás, os últimos minutos de “Inferninho” trazem um momento particularmente brilhante – e que, claro, não explanarei com detalhes, mas direi apenas que mostra… ma passagem de tempo, fazendo bom uso de greenscreen e brincando com o fundo dos planos ao ilustrarem certa imaginação. O filme está disponível na plataforma digital Filme Filme.


ESTREIAS NOS CINEMAS BRASILEIROS

Chacrinha

CHACRINHA – EU VIM PARA CONFUNDIR E NÃO PARA EXPLICAR

(2021, Brasil, 86 minutos, de Claudio Manoel e Micael Langer, CRÍTICA AQUI). Abelardo Barbosa, nosso eterno Chacrinha, tem sua trajetória resgatada neste documentário. O filme remonta o legado do Velho Guerreiro, um dos apresentadores mais importantes da televisão brasileira entre as décadas de 50 e 80. Aqui, todos contribuíram para defini-lo: “desobediente”, “competitivo”, “viciado em trabalho”, “personalidade difícil”, “polêmico”, “controverso”  e “conhecedor” em vender programas “baderna-confusão” de auditório.

My Little Sister

MINHA IRMÃ

(Schwesterlein, 2020, Suíça, 101 minutos, de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond, CRÍTICA AQUI). Lisa (Nina Hoss) desistiu de suas ambições como dramaturga em Berlim e se mudou para a Suíça com seus filhos e marido, passando a dirigir uma escola internacional. Quando seu irmão gêmeo Sven (Lars Eidinger), ator no teatro Schaubühne, em Berlim, adoece de leucemia, Lisa retorna à capital alemã. Suas esperanças de voltar ao palco dão a Sven a força necessária para combater a doença. Porém, seu estado de saúde dele piora e sua mãe, também atriz, perde as esperanças. Com isso, Lisa toma as rédeas e leva o irmão de volta à Suíça. Ela espera que novos tratamentos, o contato com a família e o clima da montanha funcionem como um milagre.

Dente por Dente

DENTE POR DENTE

(2020, Brasil, 85 minutos, de Júlio Taubkin e Pedro Arantes, CRÍTICA AQUI). O suspense “Dente por Dente” gira em torno de Ademar (Juliano Cazarré), sócio de uma empresa de segurança particular que presta serviço para uma grande construtora de São Paulo. Quando seu sócio Teixeira (Paulo Tiefenthaler) desaparece, Ademar começa uma investigação e, junto com Joana (Paolla Oliveira), mulher de Teixeira, percebe que o amigo estava envolvido em um esquema criminoso. A incansável busca de Ademar pela verdade é marcada por sonhos premonitórios assustadores.

UNIDAS PELA ESPERANÇA

(Military wives, 2019, Estados Unidos, 112 minutos, de Peter CattaneoCRÍTICA AQUI). Um grupo de mulheres casadas com oficiais militares decide se unir para formar um coral. À medida que a inesperada amizade entre elas se desenvolve, a música e o riso transformam suas vidas, enquanto elas ajudam uma a outra a superar o medo pelos entes queridos em combate. Baseado em uma história real. Estreia na cidade do Rio de Janeiro, com distribuição da Califórnia Filmes.

Yokogao

PERFIL DE UMA MULHER

(Yokogao, 2019, Japão, 111 minutos, de Koji Fukada, CRÍTICA AQUI). Ichiko é enfermeira particular e há anos cuida da matriarca da família Oisho e os considera como sua própria família. É também confidente da jovem Motoko, a filha mais velha da família. A vida tranquila e rotineira de Ichiko começa a mudar quando a irmã mais nova de Motoko desaparece. Logo a mídia e as investigações da polícia revelam que o sequestrador é o sobrinho de Ichiko. Com distribuição da Zeta Filmes.


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CINECLUBE RECINE #23


CINECLUBE CASAS CASADAS APRESENTA “CALLADO” DE EMÍLIA SILVEIRA NO DIA 01/02 

Se inscreva no link https://abcinecursos.org.br/cineclube/, receba o link do filme de graça por email e participe do debate que acontecerá na próxima segunda às 20h.

Callado

CALLADO

(2017, Brasil, 80 minutos, de Emília Silveira, CRÍTICA AQUI). Uma biografia-ensaio sobre o escritor e jornalista Antonio Callado. O documentário lembra a luta pela democracia, os compromissos com o Brasil e os fatos marcantes da vida do autor. “Callado”, com seu ritmo costurado, é uma obra de observação-aprendizagem, mas sem o artifício do didatismo. A narrativa por ciclos-blocos acontece pela divisão dos acontecimentos específicos, pausados para melhor aprofundá-los.


DOCUMENTÁRIOS BRASILEIROS QUALIFICADOS AO OSCAR 2021

Babenco

BABENCO, ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER: PAROU

(2019, Brasil, 75 minutos, de Bárbara Paz, CRÍTICA AQUI). “Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela”, disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista da própria morte. Nesta imersão na vida do diretor, ele se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre o vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. Do primeiro câncer, aos 38 anos de idade, até́ a morte, aos 70, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Vencedor do prêmio de melhor documentário sobre cinema no Festival de Veneza. O filme foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021. O filme está disponível na plataforma digital Now.

Fico te devendo uma carta sobre o Brasil

FICO TE DEVENDO UMA CARTA SOBRE O BRASIL

(2020, Brasil, 88 minutos, de Carol Benjamin, CRÍTICA AQUI). Três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e entrelaçá-la com a história do país, entre passado e presente, o filme investiga a persistência do silêncio como uma ferramenta de apagamento da memória. Estreia esta quinta-feira, dia 10/12, às 19h05, no Canal Brasil. Em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Libelu - Abaixo a DitaduraLIBELU – ABAIXO A DITADURA

(2020, Brasil, 92 minutos, de Diógenes Muniz, CRÍTICA AQUI). Tendência estudantil política, o movimento Liberdade e Luta (Libelu) nasceu em 1976 na Universidade de São Paulo (USP). O documentário, na voz dos antigos integrantes, conta a criação e métodos do grupo que lutava contra a Ditadura imposta pelo Regime Militar no Brasil. Aliás, a obra é feliz em pontuar que para uma pessoa ser considerada trotskista, como pretendia ser a Libelu e seus membros, é preciso que haja grandes assembleias ou pequenas reuniões que discutam os caminhos para se realizar uma revolução.

MEU QUERIDO SUPERMERCADO

(2020, Brasil, 80 minutos, de Tali Yankelevich, CRÍTICA AQUI). Enquanto executam atividades extremamente repetitivas, os funcionários de um supermercado encontram espaço para expressar suas dúvidas, afetos, medos e sonhos improváveis. Humor, drama, mistério, romance e física quântica convivem com caixas de leite, cortes de carne, códigos de barra e câmeras de segurança. No espaço confinado da loja, os funcionários não permitem que a rotina aprisione suas imanências e sua imaginação.

Narciso em Ferias

NARCISO EM FÉRIAS

(2020, Brasil, 83 minutos, de Renato Terra e Ricardo Calil, CRÍTICA AQUI). No dia 27 de dezembro de 1968, Caetano Veloso foi retirado de sua casa em São Paulo, confinado em uma solitária por uma semana no Rio de Janeiro e depois transferido para outras celas. Ao todo, ficou 54 dias na prisão. Cinquenta e dois anos depois, o compositor traz memórias e reflexões sobre o período mais duro de sua vida. O artista faz um relato íntimo e detalhado sobre os dias na solitária, relembra e interpreta canções que marcaram o período de confinamento e revisita episódios dolorosos vividos com outros presos, como seu amigo Gilberto Gil, preso no mesmo dia.  Disponível no streaming Globoplay. 

PROTOCOLO DA MORTE

ASSISTA AQUI com senha: vida (2021, Brasil, 42 minutos, de André Di Mauro). O filme trata de um tema delicado, o “protocolo de entubação orotraqueal precoce” adotado no inicio da pandemia na maioria dos hospitais do mundo e em alguns lugares usado até hoje. Médicos especialistas americanos e brasileiros, falam sobre o assunto e contam suas experiências indicando caminhos e opções para o tratamento. Entre eles os heróis do Grupo Samel responsáveis pela invenção da “Capsula Vanessa” (capsula para ventilação não invasiva) que salvou milhares de vida. Apesar de ser um tema cientifico/medico a linguagem é cinemática.

Revista da Semana | 28 de janeiro de 2021

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