Revista da Semana | 13 de maio de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
14 meses. Quase 61 semanas. 426 dias. 10.227 horas. 613.620 minutos. 36817200 segundos. Tempo este que a humanidade foi obrigada a ficar de quarentena. Pelo menos, a maioria consciente versus o negacionismo da “diversão”. A pandemia do Coronavírus, violentamente, transportou 430 mil pessoas (número de hoje) à eternidade. E possibilitou que pudéssemos reaprender o valor do tempo. De cada ação. Entre resiliência, resistência, subserviência, tristeza, ansiedade e saudade, nós, com a esperança próxima da Vacina, nos damos conta que não é preciso de tanto para ser feliz. Busca-se assim a nostalgia de uma época passada para “compensar” com lembranças a realidade não desejável do agora. Procuramos filmes antigos para “zerar” nossas pendências e novidades para “estar conectado”. A Revista da Semana do Vertentes do Cinema traz tudo isso e muito mais. Dicas/lançamentos, curtas-metragens, cobertura de festivais (Festival Estação Virtual – clique AQUI e assista a tudo de graça e online), receitas… Confira a seguir nossa já tradicional Revista! E boa viagem no sofá ao mundo da sétima arte!
CURTA DA SEMANA
SESSÃO CINEMA PREMIADO
O ESTACIONAMENTO
ASSISTA AQUI (Brasil, 2016, Ficção, 15 minutos, de William Biagioli, Crítica AQUI). Jean é um imigrante haitiano que vem para o Brasil. Para sobreviver, ele arruma emprego em um estacionamento de carros e passa a viver lá. Jean descobrirá que essa rotina pode enlouquecer. Exibido no Festival do Rio 2016, o curta recebeu o Troféu Vertentes.
PRÓXIMO CURTA
A BORDO
(2015, Brasil, 22 minutos, de Davi Mello, Crítica AQUI). Lúcia, grávida de seu primeiro filho, está se preparando para ser mãe solteira. Com Bárbara Salomé, Chris Couto, Majeca Angelucci, Samira Simonassi, Sylvia Prado. ESTREIA 20/05, 00:01.
Revista da Semana | 13 de maio de 2021
EM CASA
OS RELATÓRIOS SOBRE SARAH E SALEEM
( التقارير حول سارة وسليم, The Reports on Sarah and Saleem, 2018, Palestina, 127 minutos, de Muayad Alayan, CRÍTICA AQUI). Sarah é casada e dona de uma cafeteria em Jerusalém Ocidental, enquanto Saleem é um palestino que vive na parte oriental da cidade e trabalha como entregador. Apesar de suas diferenças, os dois se apaixonam e começam um romance proibido que pode destruir as famílias de ambos. Uma noite, durante um encontro às escondidas, eles são descobertos. A trama, então, ganha dimensões políticas, pois o marido de Sarah é um oficial do Exército israelense. Disponível na plataforma digital RESERVA IMOVISION.
HIROSHIMA MEU AMOR
(Hiroshima Mon Amour, 1959, França, 92 minutos, de Alain Resnais, CRÍTICA AQUI). A jovem francesa passa a noite com um japonês em Hiroshima, onde ela foi enviada para filmar um filme sobre a paz. Ele a faz lembrar do primeiro homem que ela amou, um soldado alemão da Segunda Guerra Mundial. Em “Hiroshima Meu Amor”, O quarto, a intimidade, a proteção fantasiosa ao mundo externo, a vida privada que não precisa ser social – até porque ainda é líquida. “Reparou como notamos as coisas que desejamos notar?”, entre diálogos falados mais devagar para que as palavras tenham mais intensidade e possam potencializar ao extremo o entendimento. Disponível na plataforma digital BELAS ARTES À LA CARTE.
ZANA
(2019, Kosovo, 97 minutos, de Antoneta Kastrati, CRÍTICA AQUI). Assombrada por seu passado reprimido e pressionada pela família a buscar tratamento de curandeiros místicos para sua infertilidade, uma mulher luta para conciliar as expectativas da maternidade com um legado de brutalidade do tempo de guerra de Kosovo. Mesmo quando diversos personagens estão em cena, eles são o limite desse próprio quadro, o universo é de “Zana” é rigorosamente castrado. Disponível na plataforma digital SUPO MUNGAM PLUS.
ARREPENDIMENTO SEM PERDÃO
(Repentance, 1984, Georgia, 142 minutos, de Tengiz Abuladze, CRÍTICA AQUI). Varlam, o despótico prefeito de uma pequena cidade, morre. Após seu funeral, seu corpo é desenterrado e enterrado repetidamente. O roteiro virou longa-metragem: “Arrependimento Sem Perdão”, rodado em cinco meses de 1984, considerado por muitos como a produção cinematográfica mais emblemática da era Gorbachev, a era que resultou na queda do Império Comunista. Disponível na plataforma digital MUBI.
NAZINHA OLHAI POR NÓS
(2020, Brasil, 87 minutos, de Belisario Franca, CRÍTICA AQUI). Às vésperas do Círio de Nazaré, uma das maiores festividades católicas do mundo, quatro presidiários aguardam por um indulto especialmente concedido para aqueles que desejam celebrar Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da cidade de Belém. É um encaixe complexo, já que a relação por muitas vezes está no limiar da vulgarização. Assim, vale mais escutar os personagens que divagar sobre tais pontos explicitados. Disponível na plataforma digital NOW.
BLACK
(2015, Bélgica, 95 minutos, de Adil El Arbi’s e Bilall Fallah, CRÍTICA AQUI). Mavela, 15, é uma negra do Bronx. Ela se apaixona perdidamente por Marwan, um membro extremamente carismático de uma gangue rival, 1080. O jovem casal é forçado a fazer uma escolha brutal entre a lealdade à gangue e o amor um pelo outro. E se o texto é excessivamente categórico, “Black” é mais. A xenofobia é gritante, virulenta, tacanha, repugnante. É assumidamente preconceituoso. Transfere isso na representação e na forma. Disponível na plataforma digital RESERVA IMOVISION.
SURDINA
(2019, Brasil, 74 minutos, de Rodrigo Areias, CRÍTICA AQUI). Isaque (António Durães) é um senhor que mora em São Cristóvão, uma pequena cidade no Alentejo em que a população parece passar os dias observando e comentando a vida alheia. Evitando o contato com os vizinhos, ele costuma visitar o túmulo de sua esposa e levar flores, enquanto seus amigos Armando (Jorge Mota) e Luis (Fernando Moreira) tenta convencê-lo a seguir em frente e tentar um relacionamento com Dona Micas (Ana Bustorff). Disponível na plataforma digital SESC DIGITAL.
TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS
(Lung Boonmee Raluek Chat, 2010, Tailândia, 113 minutos, de Apichatpong Weerasethakul, Crítica AQUI). Com uma grave doença nos rins, Boonmee quer passar seus últimos momentos no campo com a família. Quando menos espera, encontra o espírito de sua esposa morta, que retornou ao mundo dos vivos em uma forma incomum. Entender a mente criativa e experimental do diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul (de “Cemitério do Esplendor“) é necessário embarcar em seu universo de planos longos e contemplativos. Disponível na plataforma digital RESERVA IMOVISION.
O FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL ENTRA NA SEGUNDA SEMANA COM NOVOS FILMES
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TUDO SOBRE O FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL
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CONFIRA NOSSA COBERTURA CRÍTICA DO FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL
ROGER CORMAN E A VISÃO TOTAL DO CINEMA
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TUDO SOBRE A PLATAFORMA DIGITAL EMBAÚBA PLAY
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#05 – RECEITAS EM FILMES: O ARTISTA
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Revista da Semana | 13 de maio de 2021
NOS CINEMAS
(Nosso site precisa informar que este editorial apenas segue o protocolo de listar as críticas dos filmes que estrearam, mas nós seguimos nossa campanha de não estímulo às salas escuras #fiqueemcasa e #cinemasaindanão)
LIBELU – ABAIXO A DITADURA
(2020, Brasil, 92 minutos, de Diógenes Muniz, CRÍTICA AQUI). Tendência estudantil política, o movimento Liberdade e Luta (Libelu) nasceu em 1976 na Universidade de São Paulo (USP). O documentário, na voz dos antigos integrantes, conta a criação e métodos do grupo que lutava contra a Ditadura imposta pelo Regime Militar no Brasil. Aliás, a obra é feliz em pontuar que para uma pessoa ser considerada trotskista, como pretendia ser a Libelu e seus membros, é preciso que haja grandes assembleias ou pequenas reuniões que discutam os caminhos para se realizar uma revolução.
BELA VINGANÇA
(Promising Young Woman, 2020, Estados Unidos, 113 minutos, de Emerald Fennell, CRÍTICA AQUI). Uma jovem assombrada por uma tragédia em seu passado se vinga dos homens predadores “azarados” o suficiente para cruzar seu caminho. A estrutura segue como uma secção de tarefas, que são cumpridas conforme a narrativa avança. Existe aqui uma estrutura de vingança que não segue o fetiche clássico em torno de violência e sangue, mas de uma dívida que deve ser cobrada.
BOA NOITE
(2020, Brasil, 73 minutos, de Clarisse Saliby, CRÍTICA AQUI). O icônico apresentador do Jornal Nacional por 27 anos, Cid Moreira, abre as portas da sua casa, revela a intimidade e analisa a trajetória profissional. Dono de uma voz que marcou o auge da televisão, o jornalista mantem-se inquieto e em busca de novos desafios. O nome do filme não poderia ser mais adequado. Durante 27 anos, o apresentador fez a saudação de encontro e despedida à frente do mais importante telejornal do país a milhões de lares em uma época em que a televisão – e mais precisamente a Rede Globo – era absoluta e predominante na oferta informativa e de entretenimento dos brasileiros.
MÃES DE VERDADE
(Asa ga Kuru, 2020, Japão, 140 minutos, de Naomi Kawase, CRÍTICA AQUI). Kiyokazu Kurihara (Arata Iura) e Satoko (Hiromi Nagasaku) são um casal que, no desejo de ter um filho, adota um bebê. Seis anos depois, enquanto vivem um feliz casamento, eles recebem uma ligação de uma mulher chamada Hikari Katakura (Aju Makita), alegando ser a mãe biológica de Asato (Reo Sato), o filho adotado do casal. Hikari diz querer seu filho de volta, chantageando a família com a pedida de uma alta quantia de dinheiro.
UM DIVÃ NA TUNÍSIA
(Arab Blues, 2019, Tunísia, França, 88 minutos, de Manele Labidi, CRÍTICA AQUI). A psicanalista Selma lida com um grande número de pacientes novos, depois de voltar da França para a Tunísia e abrir uma clínica. Nesta comédia sofisticada, Manele Labidi abre uma janela para a fascinante Tunísia moderna, com uma história cheia de contrastes, contradições e confrontos culturais, repleta de vitalidade e humor. Não à toa, os personagens são no máximo bidimensionais, incluindo a própria protagonista.
ASSISTA NO LINK 15/05, 18H30
https://www.youtube.com/watch?v=_0XUZKxtVEc
PRÓXIMA LIVE DO FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL
https://www.youtube.com/watch?v=SPWkjN3f1CE
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