Tudo Sobre o Globo de Ouro 2024

Tudo Sobre o Globo de Ouro 2024

A segunda premiação de cinema de 2024 anuncia seus indicados para a cerimônia dos vencedores, que acontece neste domingo (07) direto de Los Angeles

Por Fabricio Duque

Tradicionalmente, no final de dezembro e início de janeiro de cada ano acontece a época de premiações, quando as associações e academias do cinema indicam filmes para serem votados como os “melhores” do mundo. Sim, e tradicionalmente também nosso site, desde sua criação, “implica” com isso, sempre levantando a questão do porquê é preciso escolher. A resposta talvez esteja no nosso passado como formação de sociedade, que classificou os seres humanos como animais competitivos em que o “mais forte vencerá”. Assim, desde sempre fomos “ensinados” e “adestrados” a lutar “primeiro pelo nosso pirão”. Se pensarmos um pouquinho, perceberemos então que toda essa estrutura coletiva é um paradoxo, visto que a mensagem que queremos “vender” é a da igualdade, a de que “o importo é competir”. Que lógica cruel essa! Que ideia sádica em colocar pessoas “brigando” como selvagens por espaços e condicionar nossos cérebros a aceitar que é normal “investir” energia em ser melhor do que o outro. Foi esse mote que fez com que eu tivesse meu primeiro Burnout, quando percebi que o meio em que vivo substituiu a própria vida por acumulações e qualquer reconhecimento que se possa existir. Parece que só seremos felizes mediante às conquistas que temos. Em um exemplo específico, em um hotel onde passei o final de ano, houve uma brincadeira com crianças, com direito a pódio no final. Esses pequenos competiam habilidades de acertar bolas em uma esfera gigante. Muitos erraram, mas o que chamou a atenção foi uma menina que teve uma crise de choro porque perdeu. Os pais e outros integrantes da família disseram: “Deixa de ser boba! A vida está te ensinando a ser adulta. Você precisa aceitar a perda. Você devia ter dado o seu melhor”. Ali, eu acho que por segundos, desisti um pouco mais da Humanidade. Não, nada disso é saudável.

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Então, por conseguinte, adentramos em uma “corrida maluca” por essas “migalhas-prêmios”. E assim como todo indivíduo humano enquanto social, os olhos são fechados e concordamos com essa hegemonização do senso comum. Vocês já pensaram que é quase impossível definir se filmes são bons ou ruins, visto que cada obra “bate de um jeito”, extremamente subjetiva a nossos gostos e identificações. Sim, sei que é “enxugar gelo” ou “chover no molhado” toda essa minha tentativa utópica de salvar o próprio cinema das mãos avarentas e mercenárias de uma indústria que domina o cenário cinematográfico do mundo. Para os filmes selecionados, a experiência é de festa. E de visibilidade. Para outros, como o indicado do Brasil ao Oscar, “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, de frustração. De gerar pensamentos como “Onde foi que eu errei?”. Sim, já virou “tecla batida” aqui. Todo ano tenho essa crise de “super-herói” ingênuo. Enfim, depois desse desabafo, e sabendo que nosso site não pode deixar de noticiar o que acontece no universo da sétima arte, vamos então à premiação do Globo de Ouro 2024, a segunda do ano. A primeira, da The National Society of Film Critics, aconteceu sábado agora (06), e premiou “Vidas Passadas”, de Celine Song, como Melhor Filme.

Entre trancos e barrancos, cancelamentos e polêmicos, o tradicional Globo de Ouro aos poucos recupera sua credibilidade e seu respeito. Sua fundadora Hollywood Foreign Press Association (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood) até anunciou que encerraria suas atividades. Mas parece que a premiação, que completa 81 anos em 2024, ganhou uma sobrevida após ter sido alvo de uma investigação do New York Times por “conflito de interesses” de seus membros, que visitaram o set de “Emily in Paris”, e depois a colocando na lista de indicações aos prêmios. Mas o que mais despertou fúria foi o fato de não ter pessoas pretas no time de membros votantes, “há pelo menos duas décadas”, confirmada pela ex-presidente da HFPA Meher Tatna. Isso gerou ainda muita demora e muita “ladeira à baixo”. Só quando a Associação prometeu agir coletivamente que tudo começou a ser assentado. Todas essas “tretas” só provam meu ponto de vista de que o mundo seria melhor sem a necessidade de se distribuir prêmios.

A cerimônia de premiação do Globo de Ouro 2024 acontece hoje, domingo, 07 de janeiro, a partir das 22 horas e será transmitido ao vivo no Brasil pelo canal TNT e pelo streaming HBO MAX. A apresentadora host da festa será do comediante Jo Koy. E mais uma vez, o Globo de Ouro visa assumidamente sua audiência, incluindo dois prêmios pops: Melhor Atuação Stand-up e Melhor Bilheteria nos cinemas (só faltou mesmo a Melhor Cena de Ação e a de Melhor Beijo – para se igualar ao MTV Movie Awards). Sim, isso é mais que esperado (e agora mais explícito). Aqui, a imagem (a embalagem) é mais importante que seu conteúdo. Confira a seguir a lista completa dos indicados ao Globo de Ouro 2024!

LISTA COMPLETA DOS INDICADOS AO GLOBO DE OURO 2024

Anatomia de uma queda

FILMES

MELHOR FILME – DRAMA

Oppenheimer
Assassinos da Lua das Flores
Maestro
Vidas Passadas
Zona de Interesse
Anatomia de uma Queda

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL

Barbie
“Pobres Criaturas”
“American Fiction”
“Os Rejeitados”
“Segredos de um Escândalo”
Air: A história por trás do Logo

MELHOR DIREÇÃO

Bradley Cooper, por “Maestro
Greta Gerwig, por “Barbie
Yorgos Lanthimos, por “Poor Things”
Christopher Nolan, por “Oppenheimer
Martin Scorsese, por “Assassinos da Lua das Flores
Celine Song, por “Vidas Passadas

MELHOR ROTEIRO

“Barbie”, de Greta Gerwig, Noah Baumbach
“Pobre Criaturas”, de Tony McNamara
“Oppenheimer”, de Christopher Nolan
“Assassinos da Lua das Flores”, de Eric Roth, Martin Scorsese
“Vidas Passadas”, de Celine Song
“Anatomia de uma Queda”, de Justine Triet, Arthur Harari

MELHOR ATOR – DRAMA

Bradley Cooper, por “Maestro”
Leonardo DiCaprio, por “Assassinos da Lua das Flores”
Colman Domingo, por “Rustin”
Barry Keoghan, por “Saltburn”
Cillian Murphy, por “Oppenheimer”
Andrew Scott, por “All of Us Strangers”

MELHOR ATRIZ – DRAMA

Lily Gladstone, por “Assassinos da Lua das Flores”
Carey Mulligan, por “Maestro”
Sandra Hüller, por “Anatomia de uma Queda”
Annette Bening, por “Nyad
Greta Lee, por “Vidas Passadas”
Cailee Spaeny, por “Priscilla

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL

Fantasia Barrino, por “A Cor Púrpura”
Jennifer Lawrence, por “Que Horas eu te Pego?”
Natalie Portman, por “Segredos de um Escândalo”
Alma Pöysti, por “Folhas de Outono
Margot Robbie, “Barbie”
Emma Stone, “Pobres Criaturas”

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL

Nicolas Cage, por “Dream Scenario”
Timothée Chalamet, por “Wonka”
Matt Damon, por “Air: A história por trás do Logo”
Paul Giamatti, por “Os Rejeitados”
Joaquin Phoenix, por “Beau tem Medo
Jeffrey Wright, por “American Fiction”

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Willem Dafoe, por “Pobres Criaturas”
Robert DeNiro, por “Assassinos da Lua das Flores”
Robert Downey Jr., por “Oppenheimer”
Ryan Gosling, por “Barbie”
Charles Melton, por “Segredos de um Escândalo”
Mark Ruffalo, por “Pobres criaturas”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Emily Blunt, por “Oppenheimer”
Danielle Brooks, por “A Cor Púrpura”
Jodie Foster, por “Nyad”
Julianne Moore, por “Segredos de um Escândalo”
Rosamund Pike, por “Saltburn
Da’Vine Joy Randolph, por “Os Rejeitados”

MELHOR TRILHA SONORA

Jerskin Fendrix, por  “Pobres Criaturas”
Ludwig Göransson, por “Oppenheimer”
Joe Hisaishi, por “The Boy and the Heron”
Mica Levi, por “Zona de Interesse”
Daniel Pemberton, por “Spider-Man: Across the Spider-Verse”
Robbie Robertson, por “Assassinos da Lua das Flores”

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“Addicted to Romance” (Bruce Springsteen), de “She Came to Me”
“Dance the Night” (Mark Ronson, Andrew Watt, Dua Lipa, e Caroline Ailin), de “Barbie”
“I’m Just Ken” (Mark Ronson and Andrew Wyatt), de “Barbie”
“Peaches” (Jack Black, Aaron Horvath, Michael Jelenic, Eric Osmond e John Spiker), de “Super Mario Bros. — O filme”
“Road to Freedom” (Lenny Kravitz), de ‘Rustin”
“What Was I Made For?” (Billie Eilish O’Connell e Finneas O’Connell), de “Barbie”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

“Anatomia de uma queda”
“Folhas de Outono”
“Io Capitano”
“Vidas Passadas”
A Sociedade da Neve
“Zona de Interesse”

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

“The Boy and the Heron”
Elementos
“Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”
“Super Mario Bros. — O filme”
Suzume
“Wish: O poder dos desejos”

MELHOR CONQUISTA CINEMATOGRÁFICA E DE BILHETERIA

“Barbie”
“Guardiões da Galáxia Vol. 3”
“John Wick4: Baba Yaga”
Missão: Impossível – Acerto de contas parte 1
“Oppenheimer”
“Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”
“Super Mario Bros. — O filme”
“Taylor Swift: The Eras Tour”

SucessionSÉRIES

MELHOR SÉRIE DE TELEVISÃO – DRAMA

“1923”
“The Crown”
“The Diplomat”
“The Last of Us”
“The Morning Show”
“Succession”

MELHOR SÉRIE DE TELEVISÃO – COMÉDIA

“The Bear”
“Ted Lasso”
“Abbott Elementary”
“Jury Duty”
“Only Murders in the Building”
“Barry”

MELHOR MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV

“Beef”
“Lessons in Chemistry”
“Daisy Jones & the Six”
“All the Light We Cannot See”
“Fellow Travelers”
“Fargo”

MELHOR ATOR – DRAMA

Brian Cox, por  “Succession”
Kieran Culkin, por “Succession”
Gary Oldman, por “SlowHorses”
Pedro Pascal, por “TheLastofUs”
Jeremy Strong, por “Succession”
Dominic West, por “TheCrown”

MELHOR ATRIZ – DRAMA

Helen Mirren, por “1923”
Bella Ramsay, por “The Last of Us”
Keri Russell, por “The Diplomat”
Sarah Snook, por “Succession”
Imelda Staunton, por “The Crown”
Emma Stone, por “The Curse”

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL

Ayo Edebiri, por “The Bear”
Natasha Lyonne, por “Poker Face”
Quinta Brunson, por “Abbott Elementary”
Rachel Brosnahan, por “The Marvelous Mrs. Maisel”
Selena Gomez, por “Only Murders in the Building”
Elle Fanning, por “The Great”

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL

Bill Hader, por “Barry”
Steve Martin, por “Only Murders in the Building”
Jason Segel, por “Shrinking”
Martin Short, por “Only Murders in the Building”
Jason Sudeikis, por “Ted Lasso”
Jeremy Allen White, por “The Bear”

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Billy Crudup, por “The Morning Show”
Matthew Macfadyen, por “Succession”
James Marsden, por “Jury Duty”
Ebon Moss-Bachrach, por “The Bear”
Alan Ruck, por “Succession”
Alexander Skarsgård, por “Succession”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Elizabeth Debicki, por “The Crown”
Abby Elliott, por “The Bear”
Christina Ricci, por “Yellowjackets”
J. Smith-Cameron, por “Succession”
Meryl Streep, por “Only Murders in the Building”
Hannah Waddingham, por “Ted Lasso”

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV

Matt Bomer, por “Fellow Travelers”
Sam Claflin, por “Daisy Jones & the Six”
Jon Hamm, por “Fargo”
Woody Harrelson, por “Os Encanadores da Casa Branca”
David Oyelowo, por “Homens Da Lei: Bass Reeves”
Steven Yeun, por “Treta”

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV

Riley Keough, por “Daisy Jones & the Six”
Brie Larson, por “Uma Questão de Química”
Elizabeth Olsen, por “Amor e Morte”
Juno Temple, por “Fargo”
Rachel Weisz, por “Gêmeas – Mórbida Semelhança”
Ali Wong, por “Treta”

MELHOR PERFORMANCE DE STAND-UP

Ricky Gervais, por “Ricky Gervais: Armageddon”
Trevor Noah, por “Trevor Noah: Where Was I”
Chris Rock, por “Chris Rock: Selective Outrage”
Amy Schumer, por “Amy Schumer: Emergency Contact”
Sarah Silverman, por “Sarah Silverman: Someone You Love”
Wanda Sykes, por “Wanda Sykes: I’m an Entertainer”

Pix Vertentes do Cinema

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