Revista da Semana | 12 de novembro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
A Revista do Vertentes do Cinema deste semana, precisa, em seu editorial, voltar às raízes de sua criação. Desde o dia 17 de setembro de 2019, nosso site, diariamente, projetou um caminho. Inicialmente sozinho por duas mãos de seu fundador Fabricio Duque, depois com colaboradores, até encontrar uma equipe que respirasse cinema. Infelizmente, hoje, dia 12 de novembro, o site ainda busca apaixonados incondicionais pela sétima arte. Entre entradas e saídas, essas duas semanas vieram as férias (para o término da faculdade) de Vitor Velloso, o Vertentes reencontrou sua força na nostalgia da solidão de um só ser. É um trabalho árduo, que está aumentando responsabilidades pelo crescimento qualitativo e quantitativo de suas produções e conteúdo. Esta Revista é particularmente um trabalho solo. Com muito orgulho de seu fundador-editor geral. Estreias nos cinemas, lançamento streaming, curtas-metragens, cobertura de festivais, lançamento de livros, Cineclube Recine, Programa Cinema em Conversas, artigo, lista e muito mais. Vamos lá! Boa leitura e ótimos filmes!
CURTA DA SEMANA
MÜNCHEN-BERLIN WANDERUNG
ASSISTA AQUI (1927, Alemanha, 4 minutos, de Oskar Fischinger). A viagem de três semanas e meia de Fischinger a pé de Munique a Berlim capturada em uma câmera de 35 mm em 1927. São abstratos ou concretos – essas imagens dançantes e “pixeladas” de rostos, corpos, animais, nuvens, paisagens, contrapostas a fotografias brancas e apagadas que, nas suas incessantes explosões de luz, limpam, sem neutralizar, a percepção de todo o conjunto das imagens precedentes? Ou Fischinger não planejou conscientemente esse pequeno filme (historicamente mínimo e único), o registro de sua viagem pelas duas cidades, para evocar, apenas na abstração concreta típica do cinema, a representação do processo de memória?
PRÓXIMO CURTA
PRETO NO BRANCO
(2017, Brasil, 15 minutos, de Valter Rege). Roberto Carlos, 20 anos, jovem negro, encerrou o expediente e corre, em frente ao shopping onde trabalha para não perder o ônibus. Essa é sua versão. Sem que se dê conta é abordado violentamente por dois policiais que o algema e o joga dentro da viatura. Na delegacia é informado de que foi acusado de ter roubado a bolsa de uma jovem, Isabella. Mais do que isso, ele será reconhecido pela mesma. A acusação de Isabella é tão firme e a alegação de inocência de Roberto Carlos é tão tocante, que a delegada Patrícia não arrisca nenhum parecer. Instala-se o embate: Roberto alega inocência e Isabella, a culpa dele. Quem fala a verdade? ESTREIA 19/11, 00:01.
EM CASA
ON THE ROCKS
(2020, Estados Unidos, 96 minutos, de Sofia Coppola, CRÍTICA AQUI). Uma jovem mãe se reconecta com seu pai playboy em uma aventura por Nova York. “On The Rocks” desenvolve-se pelo realismo fabular das situações awkward, que conduzem constrangimentos em comédia, desprendida de sensibilidades. Seus personagens participam cúmplices de embates espirituosos. Assim, o personagem do pai (interpretado pelo ator Bill Murray, que protagonizou “Encontros e Desencontros”, um dos filmes anteriores de Sofia) pode ter a liberdade, não patrulhada, de se comportar como um típico machista e “sortudo”. “É muito bom ser você”, diz a filha. Disponível na plataforma digital Apple TV+.
WE ARE WHO WE ARE
(Série, Primeira Temporada, 2020, Estados Unidos, Itália, 8 x 60 minutos, de Luca Guadagnino, CRÍTICA AQUI). Uma história sobre dois adolescentes americanos que vivem em uma base militar dos EUA na Itália. A série explora amizade, primeiro amor, identidade e mergulha o público em toda a confusão e angústia de ser adolescente – uma história que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, mas neste caso, acontece neste pequeno pedaço dos EUA na Itália. Disponível na plataforma digital HBO.
ESTREIAS NOS CINEMAS
QUARTO 212
(Chambre 212, 2019, França, 90 minutos, de Christophe Honoré, CRÍTICA AQUI). Após 20 anos de casamento, Maria decide ir embora. Ela se muda para o quarto 212 do hotel em frente a sua casa. De lá, Maria pode examinar seu apartamento, seu marido, seu casamento. Ela se pergunta se tomou a decisão certa. Em seu mais recente filme, “Quarto 212”, exibido na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes 2019, que venceu na categoria de Melhor Atriz para Chiara Mastroianni, os quartos, “isolamento pré-suicida”, são lugares de explorações iniciais, como “veículos” à “prova” final de se misturar no lado de fora.
A FEBRE
(2019, Brasil, 98 minutos, de Maya Werneck Da-Rin, CRÍTICA AQUI). Justino, um indígena Desana de 45 anos, é vigilante do porto de cargas de Manaus. Enquanto sua filha se prepara para estudar medicina em Brasília, ele é tomado por uma febre misteriosa que o leva de volta a sua aldeia, de onde partiu vinte anos atrás.Exibido na mostra competitiva do Festival do Rio 2019, “A Febre” é um chamamento da ancestralidade para guardar raízes, memórias e pequenas simplicidades do agir, impedindo o esquecimento de quem se é por imposição dominadora dos que desejam a transmutação comportamento-existencial, desses seres alienígenas de si mesmos.
CASA
(2019, Brasil, 94 minutos, de Letícia Simões, CRÍTICA AQUI). Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa; Heliana, a mãe, está encarando uma séria crise depressiva que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo de idosos. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, “Casa” questiona o que é sanidade, o que é memória, o que é o feminino, o que é a solidão, o que é família, o que é casa.
MONOS: ENTRE O CÉU E O INFERNO
(Monos, 2019, Colômbia, 103 minutos, de Alejandro Landes, CRÍTICA AQUI). No topo de uma montanha, numa selva sul-americana, oito adolescentes têm a grande missão de cuidar de uma refém norte-americana, sequestrada por uma misteriosa organização. Na sua rotina, os jovens guerrilheiros passam por treinos rigorosos, mas também se divertem e vivem descobertas sexuais. Após uma noite de farra acabar em tragédia, eles sofrem uma emboscada e são obrigados a deixar o local. A refém acredita que esta é a sua grande chance de fugir. Mas a selva sempre surpreende.
BOCA DE OURO
(2019, Brasil, 93 minutos, de Daniel Filho, CRÍTICA AQUI). Boca de Ouro conta a história de um temido e respeitado bicheiro, figura quase mitológica no bairro de Madureira durante os anos 60. Sua ambição, amores e pecados despertam a curiosidade do jornalista Caveirinha, que procura uma ex-amante do criminoso para colher material para uma reportagem sobre a vida do contraventor. Baseado na obra de Nelson Rodrigues.A linguagem que Daniel Filho propõe ao novo “Boca de Ouro” não difere muito dos produtos comerciais convencionais, são close constantes, um plano sequência ou outro que se distancia brevemente dos demais.
TUDO SOBRE O FESTIVAL MIX BRASIL 2020
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TUDO SOBRE O FESTIVAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA ONLINE 2020
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TUDO SOBRE A MOSTRA DE CINEMA POLONÊS ONLINE 2020
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PROJETO DAU: REALITY SHOW STANILISTA
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OS FILMES FAVORITOS DE JOE BIDEN E DONALD TRUMP
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LIVE LANÇAMENTO DE LIVRO
TUDO SOBRE NA REAL_VIRTUAL PARTE 2
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TUDO SOBRE A MOSTRA MACABRO – HORROR BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO
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Revista da Semana | 12 de novembro de 2020
CINEMA EM CONVERSAS #25: SEGUNDA TEMPORADA
NOVO HORÁRIO. Toda sexta-feira às 21:00 no youtube Lume Filmes Oficial e no youtube do Vertentes do Cinema tem o programa CINEMA EM CONVERSAS com Frederico Da Cruz Machado, Marco Fialho e Fabricio Duque. No dia 13/11 começa a SEGUNDA TEMPORADA com a vigésima primeira edição. Nós encontraremos TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS, de Apichatpong Weerasethakul.
Enquanto o programa inédito (e ao vivo) não começa, confira os anteriores da PRIMEIRA TEMPORADA:
#01: A HORA DO LOBO, de Ingmar Bergman
#02: A LIBERDADE É AZUL, de Krzysztof Kieślowski
#03: QUERELLE, de Rainer Werner Fassbinder
#04: CIDADÃO KANE, de Orson Welles
#05: CLEO DE 5 AS 7, de Agnès Varda
#06: FAÇA A COISA CERTA, de Spike Lee
#07: AS DIABÓLICAS, de Henri-Georges Clouzot
#08: S. BERNARDO, de Leon Hirszman
#09: VELUDO AZUL, de David Lynch
#10: ASAS DO DESEJO, de Win Wenders
#11: VIVER, de Akira Kurosawa
#12: MORTE EM VENEZA, de Luchino Visconti
#13: QUANTO MAIS QUENTE MELHOR, de Billy Wilder
#14: O ANJO EXTERMINADOR, de Luis Buñuel
#15: PAISAGEM NA NEBLINA, de Théo Angelopoulos
#16: DANÇANDO NO ESCURO, de Lars von Trier
#17: A HORA DA ESTRELA, de Susana Amaral
#18: LANTERNAS VERMELHAS, de Zhāng Yìmóu
#19: ZERO DE CONDUTA, de Jean Vigo
#20: OITO DE MEIO, de Federico Fellini
SEGUNDA TEMPORADA:
#21: NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS, de John Ford
#22: REPULSA AO SEXO, de Roman Polanski
#23: O SILÊNCIO, de Mohsen Makhmalbaf
#24: CORAÇÃO SATÂNICO, de Alan Parker
ASSISTA AO FILME
https://www.youtube.com/watch?v=6mUXZDoPV7M
LEIA A CRÍTICA
TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS
(Lung Boonmee Raluek Chat, 2010, Tailândia, 113 minutos, de Apichatpong Weerasethakul, CRÍTICA AQUI).Sofrendo de insuficiência renal, Tio Boonmee (Thanapat Saisaymar) resolveu passar os últimos dias de sua vida recolhido em uma casa perto da floresta, ao lado de entes queridos. Durante um jantar com a família, o espírito de sua esposa falecida aparece para ajudá-lo em sua jornada final. A eles se junta Boonsong, filho de Boonmee, que retorna após muito tempo metamorfoseado em outra forma de existência. Juntos, eles percorrerão o interior de uma caverna misteriosa, onde Boonmee nasceu em sua primeira vida.
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CINECLUBE RECINE #13
Revista da Semana | 12 de novembro de 2020