Revista da Semana | 03 de dezembro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Mais uma semana. E a palavra-verbo da anterior permanece viva: Priorizar. A Revista do Vertentes do Cinema traz uma curadoria especial em seu Editorial da Semana, com dicas, estreias nos cinemas e nos streaming, festivais de cinema, curtas, e muito mais. Tudo para que nada se perca no meio do Tsunami de novidades pululantes e saltitantes do universo audiovisual. Nós estamos como os procuradores de Pokemon. É só apontar um celular que um festival e/ou um filme escondido aparece para deleite e ansiedade. Sim, o dia não tem trinta horas. O banco que inventou isso não é um bom amigo. Tipo os pais que enganam os filhos que Papai Noel existe com roupa quente de veludo, vermelha, com um saco grande e que pode estar em todas as casas em uma só noite. E que se as crianças forem boas, ganham presentes. Entramos em dezembro. Quatro datas importantes. Natal, Ano Novo, aniversário de Godard (hoje, dia 03/12) e deste editor que vos fala (dia 10). Mas foquemos… Esta semana está repleta de dicas para que realmente ninguém precise sair de casa. Sério, vertenteiros e vertenteiras, não coloque o pé na rua. Os números votam a aumentar, muito potencializado pela “obrigação do voto” e de “salvar a pátria”. Na curadoria, há curta-metragem brasileiro clássico, Em casa, Estreias nos Cinemas (só para constar como cobertura mesmo, porque não nos atrevemos a ir conferir nenhum lançamento em tela grande – nossa televisão está perfeita no momento), Mostra Soviética com a mais recente “aquisição” (nas palavras de Carlos Alberto Mattos), mostra Cine Amazônia, o anúncio oficial da programação do Festival de Aruanda 2020, Festival Archcine, Tudo Sobre o Cine Ceará 2020, Financiamento coletivo de Na Ilha_O Livro, Cinema em Conversas (em seu último programa do ano – voltaremos na segunda semana de janeiro de 2021), Cineclube Recine, Festival Varilux de Cinema Francês, Especial 90 anos de Jean-Luc Godard, ufa, e muito mais. Confira!
CURTA DA SEMANA
SESSÃO CLÁSSICOS BRASILEIROS
ARUANDA
ASSISTA AQUI (1959, Brasil, 21 minutos, de Linduarte Noronha). Os quilombos marcaram época na história econômica do Nordeste canavieiro. A luta entre escravos e colonizadores terminava, ás vezes, em episódios épicos, como Palmares.
PRÓXIMO CURTA
SESSÃO CLÁSSICOS DA COMÉDIA
SOBRE RODAS
(The Rink, 1916, Estados Unidos, 24 minutos, de Charles Chaplin). Após trabalhar duro no restaurante, um garçom aproveita o intervalo no trabalho para patinar. Com Charles Chaplin, Edna Purviance, James T. Kelley, Eric Campbell, Henry Bergman, Albert Austin, Leota Bryan. ESTREIA 10/12, 00:01.
EM CASA
BOB RUM – A HISTÓRIA DE UM SILVA
(2019, Brasil, 77 minutos, de Marcelo Gularte, CRÍTICA AQUI). Vida e a obra do ícone do Funk carioca: Bob Rum. Criador do clássico “Rap do Silva”. O Documentário, mostra a vida do cantor desde sua infância, passando pelos dias de lutas e glórias, até seu reconhecimento internacional, passa por uma viagem histórica de quando e como o funk chegou ao Brasil, e o impacto que o Rap do Silva causou na vida das pessoas. Depoimentos comoventes de fé de sua mãe, entre outros… Relatam as inimagináveis coincidências que o destino traçou na vida do cantor. Um liquidificador de sentimentos numa incrível história de superação e fé. Disponível na plataforma digital Amazon Prime Video.
CASA
(2019, Brasil, 94 minutos, de Letícia Simões, CRÍTICA AQUI). Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa; Heliana, a mãe, está encarando uma séria crise depressiva que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo de idosos. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, “Casa” questiona o que é sanidade, o que é memória, o que é o feminino, o que é a solidão, o que é família, o que é casa. Disponível nas plataformas digitais Now, VivoPlay e OiPlay.
ANTÓNIO UM DOIS TRÊS
(2017, Brasil, Portugal, 95 minutos, de Leonardo Mouramateus, CRÍTICA AQUI). António (Mauro Soares) é um jovem que, após passar a noite fora de casa, é cobrado pelo pai devido a uma carta anônima que recebeu, dizendo que o filho abandonou a faculdade há cerca de um ano. Diante da situação, António foge de casa e encontra refúgio na casa de Mariana (Mariana Dias), uma ex-namorada. Lá ele conhece Débora (Deborah Viegas), uma brasileira que alugou um quarto por um único dia, com quem acaba se envolvendo. Disponível na plataforma digital Mubi.
NO
(2012, Chile, 117 minutos, de Pablo Larrain, CRÍTICA AQUI). Chile, 1988. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Acreditando que esta seja uma oportunidade única de pôr fim à ditadura, os líderes da oposição resolvem contratar René Saavedra (Gael García Bernal) para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet. Com poucos recursos e sob a constante observação dos agentes do governo, Saavedra consegue criar uma campanha consistente que ajuda o país a se ver livre da opressão governamental. Destaque para o LIVRO que o filme foi baseado: O DIA EM QUE A POESIA DERROTOU UM DITADOR, de Antonio Skármeta. Disponível nas plataformas digitais Telecine e Apple Tv.
TUDO BEM NO NATAL QUE VEM
(2020, Brasil, 100 minutos, de Roberto Santucci). Em Tudo Bem no Natal que Vem, Jorge (Leandro Hassum) é um homem rabugento que sempre odiou o Natal e costuma fazer de tudo para evitar as comemorações dessa data. Na véspera do feriado, ele toma um choque fortíssimo ao tentar consertar a instalação elétrica da casa e desmaia. Quando acorda, Jorge percebe que está vivendo o Natal do ano seguinte, e continua revivendo diversos Natais em um ciclo interminável. Disponível na plataforma digital Netflix.
ESTREIAS NOS CINEMAS
TROLLS 2
(Trolls World Tour, 2020, Estados Unidos, 90 minutos, de Walt Dohrn e David P. Smith, CRÍTICA AQUI). A rainha Poppy (Anna Kendrick) e Branch (Justin Timberlake) fazem uma descoberta surpreendente: Há outros mundos Troll além do seu, e suas diferenças criam grandes confrontos entre essas diversas tribos. Quando uma ameaça misteriosa coloca todos os Trolls do país em perigo, Poppy, Branch e seu grupo de amigos devem embarcar em uma jornada épica para criar harmonia entre os Trolls rivais e uní-los contra um mal maior.
M8 – QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA
(2019, Brasil, 88 minutos, de Jeferson De, CRÍTICA AQUI). Baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz, conta a história de Maurício, um calouro da prestigiada Universidade Federal de Medicina, filho de Cida, auxiliar de enfermagem que dá duro para ver o jovem entrar pra faculdade. Em sua primeira aula de anatomia, Maurício é apresentado a M8, corpo que servirá para o estudo dele e dos amigos durante o primeiro semestre. Em uma jornada permeada de mistério e realidade, Mauricio enfrenta suas próprias angústias para desvendar a identidade desse rosto desconhecido.
SERTÂNIA
(2020, Brasil, 97 minutos, de Geraldo Sarno, CRÍTICA AQUI). Antão é ferido, preso e morto quando bando de jagunços de Jesuíno invade cidade de Sertânia. O filme projeta a mente febril e delirante de Antão, que rememora os acontecimentos. O manifesto modernista contemporâneo, que transforma o Antão em Jararaca, que é assassinado por Gavião, faz desse giro monumental de nomenclaturas e rivalidades, uma necessidade de evocar a epopéia barroquista de um tempo passado cinematográfico, ao mesmo tempo, vomita em alto tom a quebra de sequências dialéticas.
BELLE ÉPOQUE
(La Belle Époque, 2019, França, 116 minutos, de Nicolas Bedos, CRÍTICA AQUI). Victor, um sexagenário desiludido, vê sua vida ser transformada no dia em que Antoine, um empresário brilhante, lhe propõe um novo tipo de atração: combinando recursos teatrais e reconstituição histórica, sua empresa oferece aos clientes uma imersão na época da sua preferência. Victor opta, então, por reviver a semana mais marcante da sua vida: aquela em que, 40 anos antes, ele encontrou o seu grande amor.
NEW LIFE S.A.
(2018, Brasil, 79 minutos, de André Carvalheira, CRÍTICA AQUI). O filme conta a história de Augusto, um arquiteto, que ao planejar um condomínio em Brasília, transforma sua utopia em realidade. É um sarcástico retrato sobre nossa sociedade (da “distância de uma família de verdade”, artificial e encenada). Um discurso limitado no que se realmente pode fazer. E onde ir. É um jogo de poder. De políticos versus o povo. De um lado o Secretário de Obras do Governo e seu marqueteiro que o ajuda na campanha eleitoral. Do outro, os vulneráveis de uma favela, morando à margem em barracos e ruas não asfaltadas.
SOLDADO ESTRANGEIRO
(2019, Brasil, 90 minutos, de José Joffily e Pedro Rossi, CRÍTICA AQUI). Três brasileiros vivem diferentes estágios da mesma escolha: ser um guerreiro em um grande exército de uma nação estrangeira. Conheça histórias de personagens que se alistaram na Legião Estrangeira, Israel e Estados Unidos.A reflexão da imagem no cinema é algo que atinge o campo do documentário de maneira distinta, já que, normalmente, não há um intenso controle do que acontece diante da câmera.
AMIZADE MALDITA
(Z, 2019, Canadá, 83 minutos, de Brandon Christensen, CRÍTICA AQUI). Kevin (Sean Rogerson) e Beth (Keegan Connor Tracy) notam que seu filho de oito anos, Josh (Jett Klyne), tem passado bastante tempo brincando com um novo amigo imaginário, chamado Z. O que a princípio parece uma relação inofensiva, rapidamente se transforma em algo destrutivo e perigoso. É quando Beth começa a desvendar o seu próprio passado, que ela descobre que Z pode não estar apenas na imaginação do filho.
10 HORAS PARA O NATAL
(2020, Brasil, 90 minutos, de Cris D’Amato, CRÍTICA AQUI). O Natal dos Silva nunca mais foi o mesmo desde que Marcos Henrique e Sonia se separaram. Diante da perspectiva de mais uma ceia entediante na casa da tia Zilu, os irmãos Julia, Miguel e Bia, de 11, 9 e 7 anos, decidem ir à luta sozinhos para produzir a ceia perfeita. Só assim acham que podem convencer os pais a passarem juntos as festas de fim de ano. Numa aventura repleta de diversão, imprevistos e surpresas, as crianças não vão medir esforços para resgatar a alegria desse dia tão importante. O único problema é que eles têm apenas 10 horas para o Natal.
TUDO SOBRE A MOSTRA MOSFILM 2020 POR JOÃO LANARI BO
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
TUDO SOBRE O CINEAMAZÔNIA 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
FESTIVAL DE ARUANDA 2020 E O ANÚNCIO OFICIAL DA PROGRAMAÇÃO
ACESSE A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL ARCHCINE 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo acessando o site do festival)
TUDO SOBRE O CINE CEARÁ 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
Revista da Semana | 03 de dezembro de 2020
CINEMA EM CONVERSAS #28: ANÁLISE DOS 27
NOVO HORÁRIO. Toda sexta-feira às 21:00 no youtube Lume Filmes Oficial e no youtube do Vertentes do Cinema tem o programa CINEMA EM CONVERSAS com Frederico Da Cruz Machado, Marco Fialho e Fabricio Duque. No dia 03/12, nós encontraremos o último programa do ano e analisaremos os 27 anteriores. Mas não acabou. Voltamos na segunda semana de Janeiro de 2021 com força total para seguir a temporada dois.
Enquanto o programa inédito (e ao vivo) não começa, confira os anteriores da PRIMEIRA TEMPORADA:
#01: A HORA DO LOBO, de Ingmar Bergman
#02: A LIBERDADE É AZUL, de Krzysztof Kieślowski
#03: QUERELLE, de Rainer Werner Fassbinder
#04: CIDADÃO KANE, de Orson Welles
#05: CLEO DE 5 AS 7, de Agnès Varda
#06: FAÇA A COISA CERTA, de Spike Lee
#07: AS DIABÓLICAS, de Henri-Georges Clouzot
#08: S. BERNARDO, de Leon Hirszman
#09: VELUDO AZUL, de David Lynch
#10: ASAS DO DESEJO, de Win Wenders
#11: VIVER, de Akira Kurosawa
#12: MORTE EM VENEZA, de Luchino Visconti
#13: QUANTO MAIS QUENTE MELHOR, de Billy Wilder
#14: O ANJO EXTERMINADOR, de Luis Buñuel
#15: PAISAGEM NA NEBLINA, de Théo Angelopoulos
#16: DANÇANDO NO ESCURO, de Lars von Trier
#17: A HORA DA ESTRELA, de Susana Amaral
#18: LANTERNAS VERMELHAS, de Zhāng Yìmóu
#19: ZERO DE CONDUTA, de Jean Vigo
#20: OITO DE MEIO, de Federico Fellini
SEGUNDA TEMPORADA
#21: NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS, de John Ford
#22: REPULSA AO SEXO, de Roman Polanski
#23: O SILÊNCIO, de Mohsen Makhmalbaf
#24: CORAÇÃO SATÂNICO, de Alan Parker
#25: TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS, de Apichatpong Weerasethakul
#26: UMBERTO D, de Vittorio De Sica
#27: VÁ E VEJA, de Elem Klimov
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CINECLUBE RECINE #16
NA ILHA_O LIVRO EM FINANCIAMENTO COLETIVO
Documentário que coloca as ilhas de edição na frente das câmeras agora vira livro. Para contribuir: https://www.catarse.me/na_ilha
TUDO SOBRE O FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
VENCEDOR DO FORUM DOC 2020
CADÊ EDSON?
(2020, Brasil, 72 minutos, de Dácia Ibiapina, CRÍTICA AQUI). O documentário traz as lutas dos movimentos populares em defesa da moraria e sua relação com o governo brasileiro. O mais interessante é que e, “Cadê, Edson?” a diretora não se prende exclusivamente à violência do Estado, ao o reacionarismo crescente da população brasileira e/ou à construção de um movimento social. A preocupação aqui é um pêndulo entre a contextualização da situação daquele período retratado com o atual, mas aliado à ideia de estar contando o percurso que Edson, o protagonista, membro do MRP (Movimento Resistência Popular).
Revista da Semana | 03 de dezembro de 2020