Editorial da Semana | 20 de fevereiro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Finalmente chegou o dia. No Brasil, oito novos filmes ganham o circuito, todos com crítica no Vertentes do Cinema. Na Alemanha, as catracas começam a girar para as primeiras sessões do Festival de Berlim, a Berlinale 2020. Há, ainda, o curta-metragem da semana e segue a mostra retrospectiva Mel Brooks. Saiba como trocar a folia pela cinefilia com nosso editorial da semana.
ESTREIAS
Há uma balança de dramas cotidianos em “AS INVISÍVEIS” que se equilibra muito bem dentro de uma linguagem convencional, mas que foge, pelo roteiro, dos caminhos mais fáceis. É difícil identificar (acredito que alguém consiga) uma briga entre valores. A sensação de que todas estão no mesmo “barco” é realçada pela luta diária de um bem comum. É divertida a experiência à medida que esses objetivos são alcançados, pois embora as personagens estejam vestidas com a carapuça da caracterização, elas conseguem abrir um diálogo com o público pelo o que parece ser o mais espontâneo possível. Leia a crítica completa AQUI!
A receptividade da crítica, que parece sentir prazer em detonar “DOLITTLE” não antecipa nenhum movimento mercadológico. Trata-se de uma obra potencialmente forte e mais eficiente em suas formulações do que o concorrente direto “Sonic: O Filme“. Além disso, ultrapassa – mesmo que na “conta do chá” a barreira da diversão mais envolvente, em comparação com os outros filmes em cartaz. Leia a crítica completa AQUI!
“O JOVEM AHMED” é acima de tudo um filme de ator. Idir Ben Addi (ainda que estreante na arte de interpretar – tanto que venceu o Troféu Vertentes em Cannes) carrega com competência e precisão a extrema responsabilidade do protagonista, que é descortinar e confundir conceitos já fabricados pela massificação. Sim, os irmãos cineastas sabem como construir a mise-èn-scene e conduzir a narrativa, que já se inicia na ação, na urgência intensa e passional do que não pode mais esperar nem um segundo sequer. Leia a crítica completa AQUI!
Quando mais necessita de uma estrutura narrativa que amarre tematicamente todos os pontos com alguma coesão, ritmo e clímax, “MARIA E JOÃO: O CONTO DAS BRUXAS” se expõe de forma mais vazia do que merecia. Enquanto se abraça aos retratos de classe e gênero o longa-metragem enriquece a narrativa clássica. Contudo, no momento de transformar o místico e o horror em algo concreto, com algum arco de desenvolvimento que englobe todos os espectros soltos e o converta em forma, o filme nunca se realiza, visto que parece não ter mais nada a dizer. Leia a crítica completa AQUI!
“LUTA POR JUSTIÇA” é principalmente uma crítica ao sistema penal, indicados pela facilidade que o advogado consegue novas pistas que inocentarão o réu “pego para Cristo”. Sim, “O Sol é Para Todos”, de Robert Mulligan, citado aqui por semelhar a historia sobre uma cidade preconceituosa nos anos trinta contra um lavrador negro acusado de estupro. É um filme de construção de instante à instante. Leia a crítica completa AQUI!
“FRANKIE” perde-se quando pretende demais ser o que almeja, inserindo demasiados gatilhos de conexão descontínua (mascarados de tom naturalista). Traduzindo, é um filme que pensa demais para agir. Arquiteta-se a perfeição, mas não leva em conta o elemento orgânico, humano e intrínseca da existência essencial de uma narrativa cinematográfica de como ela é na verdade sem retoques. Leia a crítica completa AQUI!
Enquanto Cinderela se mantém coberta por toda inocência de um conto de fadas, “DE QUEM É O SUTIÃ?” é um retrato menos otimista e mais devastador quanto ao contexto social de uma cidade interiorana. Não chega a ser uma crítica feroz a nenhum sistema (que bom!), se aproxima melhor de um despretensioso filme açucarado demais quanto as escolhas da direção de arte e roteiro. Leia a crítica completa AQUI!
Ao explorar o encontro de Buck com sua ancestralidade, “O CHAMADO DA FLORESTA” troca a pequena contemplação ensaiada por um exagero de inserções narrativas. Ou seja, uma obra que flagrantemente sofreu na pós-produção por um caminho conservador. Leia a crítica completa AQUI!
CURTA-METRAGEM DA SEMANA
OS OBJETOS DA CASA (1926), de Hans Kirk
Representante do Expressionismo Alemão, usa a trilha de Mozart para adaptar uma história de terror da autora Barbara Shetland. Produzido e distribuída de maneira totalmente independente, foi uma das primeiras obras a unir live-action e animação em stop-motion. Assista AQUI!
RETROSPECTIVA MEL BROOKS: BANZÉ NO CINEMA
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | COBERTURA COMPLETA
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | PODCAST
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | ARTIGO VAGA CARNE
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | LISTA LETTERBOXD
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | OS FILMES BRASILEIROS NO FESTIVAL
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IN MEMORIAM: JOSÉ MOJICA MARINS (1936-2020)
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Editorial da Semana | 20 de fevereiro de 2020