Revista da Semana | 04 de março de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Nós do Vertentes do Cinema tentamos, sem sucesso, a resposta do porquê de a humanidade não conseguir mais se desligar. Há um senso de urgência. Uma pressa que impede o próprio elemento solidário. É a era do Solipsismo, em que tudo é importante e “para ontem”. Não há silêncios, reflexões e tampouco tempo para melancolias. A vida foi banalizada por uma obrigação infundada e inexplicável de produção. O próprio cinema sofre desse mal, buscando seguir uma demanda que a “progressista” existência moderna criou como padrão e regra. Os festivais também concordaram. Filmes agora são exibidos online, em próprias plataformas digitais. Sim, logicamente, nós entendemos que o caos do mundo está incontrolável, especialmente no Brasil. Ontem, as estatísticas mostraram que mais de 1.800 morreram em um único dia, sem previsão de novos calendários de vacinação. Sim, a inoperância do Governo Federal ajuda a “chacina” acontecer. Mas a população também tem uma grande parcela de culpa por não respeitar as regras do confinamento.
Neste mês de março, após as coberturas da Mostra de Tiradentes e Roterdã, o Festival de Berlim acontece, em apenas cinco dias “recheado” de filmes. Uma experiência surreal e quase esquizofrênica. Nossa contagem hoje, quarto dia da mostra berlinense, foi de 16 filmes, cada um sendo exibido apenas por 24 horas. E o dia ainda não acabou. Mais três aguardam na fila. Assim, estenderemos a cobertura (completa com todas as críticas) até quarta-feira da semana que vem. E no meio disso tudo, a Revista do Vertentes do Cinema, já tradicional da semana, traz dicas-lançamentos nos streaming, estreias nos cinemas brasileiros (apenas por protocolo, porque não estimulamos ninguém a ir a uma sala de cinema – ontem, por exemplo, completou um ano exato que nosso site não frequenta as telas grandes – se nós que somos aficionados conseguimos, o leitor também consegue), curta-metragem da semana, Cineclube Recine e muito mais. Confira a seguir!
CURTA DA SEMANA
SESSÃO CLÁSSICOS RESTAURADOS
FRANKENSTEIN
ASSISTA AQUI (1910, Estados Unidos, 12 minutos, de J. Searle Dawley). A partir de 1910, esta é a primeira adaptação conhecida para o cinema mudo do Frankenstein de Mary Shelley. Produzido por Thomas Edison’s Edison Studios e dirigido por J. Searle Dawley. Estranhamente, os cineastas procuraram minimizar os elementos de “terror” da história, como afirmava o material de marketing original de Edison: “Ao fazer o filme, a Edison Co. tentou cuidadosamente eliminar todas as situações repulsivas reais e concentrar seus esforços nos problemas místicos e psicológicos que podem ser encontrados neste conto estranho. Sempre que, portanto, o filme difere da história original é puramente com a ideia de eliminação do que seria repulsivo para o público de um filme “. Restaurado pela Biblioteca do Congresso em 2018. Os direitos autorais são de domínio público.
PRÓXIMO CURTA
RUA SÃO BENTO, 405
(1976, Brasil, 21 minutos, de Ugo Giorgetti). O filme conta a história do primeiro arranha-céu de São Paulo, o prédio Martinelli, e registra depoimentos de seus últimos moradores, que tiveram que se mudar após a interdição do prédio pela Prefeitura do Município de São Paulo. Mostra a variedade de tipos humanos e de estabelecimentos comerciais que existiam dentro do tradicional edifício. ESTREIA 11/03, 00:01.
Revista da Semana | 04 de março de 2021
EM CASA
QUERÊNCIA
(2019, Brasil, 90 minutos, de Helvécio Marins Jr, CRÍTICA AQUI). Marcelo é um cowboy em uma fazenda, que em seu tempo livre trabalha como locutor de rodeio, sua verdadeira paixão. Um dia, ao voltar para casa, ele se depara com um homem armado que quer roubar seus gados, e seu cavalo Appaloosa. Traumatizado, ele recorre à irmã Márcia, que mora no Rio de Janeiro, para ajudá-lo a superar o acontecimento. Disponível na plataforma digital Netflix.
M8 – QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA
(2019, Brasil, 88 minutos, de Jeferson De, CRÍTICA AQUI). Baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz, conta a história de Maurício, um calouro da prestigiada Universidade Federal de Medicina, filho de Cida, auxiliar de enfermagem que dá duro para ver o jovem entrar pra faculdade. Em sua primeira aula de anatomia, Maurício é apresentado a M8, corpo que servirá para o estudo dele e dos amigos durante o primeiro semestre. Em uma jornada permeada de mistério e realidade, Mauricio enfrenta suas próprias angústias para desvendar a identidade desse rosto desconhecido. Disponível na plataforma digital Netflix.
DESCARTE
(2021, Brasil, 52 minutos, de Leonardo Brant, CRÍTICA AQUI). Apresentado a partir do trabalho de sete artistas, designer e artesãos que transformam materiais recicláveis com inovação e sensibilidade. No documentário, enquanto falam sobre seus processos criativos e as relações com os resíduos, os sete personagens aparecem confeccionando seus produtos e objetos. O filme também apresenta depoimentos e entrevistas de 21 especialistas, ativistas e gestores de resíduos, abordando temas, como a relação do lixo com as cidades, habitat, civilização, lixões e catadores. Disponível na plataforma digital Amazon Prime Video.
BERLIN ALEXANDERPLAZ
(2020, Alemanha, 183 minutos, de Burhan Qurbani, CRÍTICA AQUI). Ao sobreviver a sua fuga da África Ocidental, Francis acorda em uma praia no sul da Europa, determinado a viver uma vida decente e regular a partir de agora. Mas ele acaba na atual Berlim, inicialmente resistindo a uma oferta de traficar drogas no parque Hasenheide, porém acaba sob a influência de Reinhold, seu amigo neurótico e viciado em sexo que o abriga. Entretanto, ao conhecer a dona do clube Eva, a acompanhante Mieze, Francis sente que encontrou algo bom pela primeira vez, que pode trazer coisas boas e ruins para sua nova jornada em Berlim. Disponível nas plataformas digitais NOW, Looke, Vivo Play,Google Play, Microsoft, iTunes e Sky Play.
ALCIONE – O SAMBA É O PRIMO DO JAZZ
(2020, Brasil, 70 minutos, de Angela Zoé, CRÍTICA AQUI). O documentário O Samba é Primo do Jazz vai mostrar a trajetória musical de Alcione Dias Nazareth, a nossa grande intérprete brasileira, a partir de suas referências musicais, sua inserção no mundo da música e sua relação com família e amigos. A cinebiografia nos aproxima de uma Alcione descontraída, divertida e matriarcal com a vida e o fazer artístico.Angela Zoé não quer a polêmica, a fofoca, a picuinha, e sim mostrar a música por trás da receptora. Disponível nas plataformas digitais Net Now, Vivo Play e Oi Play, iTunes, Apple TV, Google Play, YouTube Filmes e Looke.
UNIDAS PELA ESPERANÇA
(Military wives, 2019, Estados Unidos, 112 minutos, de Peter Cattaneo, CRÍTICA AQUI). Um grupo de mulheres casadas com oficiais militares decide se unir para formar um coral. À medida que a inesperada amizade entre elas se desenvolve, a música e o riso transformam suas vidas, enquanto elas ajudam uma a outra a superar o medo pelos entes queridos em combate. Baseado em uma história real. Disponível nas plataformas digitais iTunes, Google Play, Youtube Filmes, Net Now, Vivo Play e Sky Play.
VERÃO 1993
(Estiu 1993, 2017, Espanha, 98 minutos, de Carla Simón, CRÍTICA AQUI). Após a morte de sua mãe, Frida, de seis anos de idade, se muda de Barcelona para o interior da Catalunha para viver com os tios, que agora são seus responsáveis legais. “Verão 1993” é um retrato realista e intimista de um comportamento imposto a uma criança que atravessa o medo e a paranoia e encontra o amor incondicional. Disponível na plataforma digital Supo Mungam Plus.
UMA QUESTÃO PESSOAL
(Una Questione Privata, 2017, Itália, 85 minutos, de Paolo e Vittorio Taviani, CRÍTICA AQUI). Milton e Giorgio, dois rapazes muito diferentes, se apaixonam pela mesma mulher. Suas vidas são radicalmente afetadas pelo seu envolvimento nas lutas partidárias durante a Segunda Guerra Mundial. A obra trabalha em cima de alguns temas que subjetivam a perspectiva da narrativa, tornando claro de que se trata de um mergulho na psique quase obsessiva de Milton, a qual o distancia de suas responsabilidades e de seu juízo. Disponível na plataforma digital Supo Mungam Plus.
O ANO DE 1985
(1985, 2018, Estados Unidos, 85 minutos, de Yen Tan, CRÍTICA AQUI). Inspirado pelo curta-metragem premiado de mesmo nome, “1985” segue Adrian (Cory Michael Smith), um jovem que vai passar o natal com a família em sua antiga cidade no Texas durante a primeira onda de crise da AIDS. Sobrecarregado após uma tragédia indescritível em Nova York, Adrian se reconecta com seu irmão (Aidan Langford) e seu amigo de infância (Jamie Chung), enquanto luta para revelar um segredo aos pais religiosos. Disponível na plataforma digital Supo Mungam Plus.
Revista da Semana | 04 de março de 2021
ESTREIAS NOS CINEMAS BRASILEIROS
LUCICREIDE VAI PRA MARTE
(2021, Brasil, 90 minutos, de Rodrigo Cesar, CRÍTICA AQUI). A casa de Lucicreide vira um inferno depois da chegada de sua sogra que, despejada, resolve morar por lá. Abandonada pelo marido Dermirrei e sem conseguir liderar seu lar diante dos seus cinco filhos, ela só tem o desejo de ir embora para bem longe. Sem entender a dimensão de uma viagem espacial, Lucicreide aceita participar de uma missão que levará o primeiro grupo de humanos ao planeta vermelho e é inscrita pelo filho de seus patrões, Tavinho.
POR DENTRO DO FESTIVAL DE BERLIM 2021
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OS VENCEDORES DO GLOBO DO OURO 2021
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CINECLUBE RECINE #28
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