Revista da Semana | 01 de julho de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Dois assuntos monopolizaram esta revista da semana. Um, que causou uma alegria desmedida, e, outro, uma frustrante decepção. Estamos falando da plataforma digital HBO Max, substituta da HBO GO e do Festival de Cannes, que despertou um misto confuso de emoções, especialmente por ter se mantido presencial, tema este que será abordado em um especial de três live (a primeira já no ar e listada neste editorial-guia. Mas vamos falar primeiro sobre a felicidade que acalentou os corações cinéfilos. A HBO Max entra atrasada no Brasil (29 de junho de 2021), com mais de uma ano de espera, mas já superou a Disney Plus e Netflix (o que era esperado, visto tudo que é novidade ganha preferência imediata). Traz conteúdos da HBO Orginal,TNT, Cartoon Network, Warner Bros, TBS, TCM, CW e CNN Internacional. E para quem gosta de futebol, exclusivamente para a America Latina, serão transmitidos os jogos da Liga dos Campeões da Europa. Mas diferente do que acontece lá fora, nós não teremos lançamentos simultâneos com as estreias nos cinemas e só estarão disponíveis (sem custo extra) 35 dias depois. Sim, o Brasil já experimentou limitações. Com o Disney Plus, por exemplo, o catálogo daqui está menos sortido do que dos Estados Unidos. Sim, também sabemos que é mercado. Nós possuímos um histórico de aceitar pagar mais pelo menos. Mas sim. A HBO Max é um universo quase “Matrix” de ser. O destaque lógico é a brilhante série inglesa “It’s a Sin” (a foto da capa acima desta revista), que nosso consumiu madrugada a dentro até acabar.
Por outro lado, mudando o assunto da revista, o Festival de Cannes 2021 bateu o martelo e disse: “Vamos fazer presencial”, mesmo com a pandemia que não acabou, mesmo com todas as restrições de cada país específico, mesmo com testes diários para detectar COVID (pois será de cem por cento de lotação do público), mesmo assim, o festival acontecerá como se nada tivesse acontecendo. Imprudência? Irresponsabilidade? Medo da multa milionária? Ou cinefilia utópica? Isso gerou uma sensação estranha em quem faz a cobertura de Cannes, incluindo o Vertentes do Cinema. Queríamos estar lá, mas “só tomei a primeira dose”, dirão. O anjinho manda ficar, mas quando sabemos de que alguém está embarcando… O diabinho atenta: “Vai, vai, vai…”. Não, não iremos. O Vertentes do Cinema fará a cobertura daqui, com live, especiais, memórias. E torcendo para que a Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, consiga comprar todos os filmes. E que gera outra torcida, do Festival do Rio acontecer. Torcendo… Amém! Pois é, desculpe-nos por baixar o tom. Mas já subimos, porque a Revista da Semana do Vertentes do Cinema está no ar! Boa viagem!
Revista da Semana | 01 de julho de 2021
CURTA DA SEMANA
CINEFILIA EM AÇÃO
JULIANA NA CINEMATECA
ASSISTA AQUI (2017, Brasil, 17 minutos, de Diego Quinderé e Estevão Meneguzzo). O documentário mostra a cinemateca do MAM no Rio de Janeiro, que conta com um acervo de 80 mil rolos de filmes. Ocupada com a restauração das obras, Juliana lida com a deterioração e os constantes dilemas presentes na preservação de filmes.
PRÓXIMO CURTA
FRANKENSTEIN
ASSISTA AQUI (1910, Estados Unidos, 12 minutos, de J. Searle Dawley). A partir de 1910, esta é a primeira adaptação conhecida para o cinema mudo do Frankenstein de Mary Shelley. Produzido por Thomas Edison’s Edison Studios e dirigido por J. Searle Dawley. Estranhamente, os cineastas procuraram minimizar os elementos de “terror” da história, como afirmava o material de marketing original de Edison: “Ao fazer o filme, a Edison Co. tentou cuidadosamente eliminar todas as situações repulsivas reais e concentrar seus esforços nos problemas místicos e psicológicos que podem ser encontrados neste conto estranho. Sempre que, portanto, o filme difere da história original é puramente com a ideia de eliminação do que seria repulsivo para o público de um filme “. Restaurado pela Biblioteca do Congresso em 2018. Os direitos autorais são de domínio público. ESTREIA 08/07, 00:01.
Revista da Semana | 01 de julho de 2021
EM CASA
ELYSE – A CORAGEM VEM DO CORAÇÃO
(Elyse, 2020, Estados Unidos, 96 minutos, de Stella Hopkins, CRÍTICA AQUI). Durante um surto psicótico repentino, Elyse comete o homicídio culposo de seu filho pequeno e da babá. Em estado catatônico, ela perde a noção do que é real, memória ou alucinação, e acaba internada em um hospital psiquiátrico, onde é tratada pelo doutor Lewis. Assombrada pelas lembranças do ato trágico que cometeu, Elyse se apoia na ajuda do médico e de seu atencioso enfermeiro para começar a superar o trauma. Disponível na plataforma digital CINEMA VIRTUAL.
REDACTED – GUERRA SEM CORTES
(Redacted, 2007, Estados Unidos, 90 minutos, de Brian De Palma, CRÍTICA AQUI). Ficção documental reproduz impacto da Guerra do Iraque sobre soldados, por meio dos diários postados no Youtube e outras mídias. A palavra “Redacted ” é utilizada pelos militares e significa “editado”: tal uso teria começado em 1967, quando o Pentágono, pressionado pela Lei de Liberdade de Informação. Disponível na plataforma digital MUBI.
MÁFIA S/A
(Mafia Inc., 2019, Canadá, 143 minutos, de Daniel Grou, CRÍTICA AQUI). A família de alfaiates Gamache confecciona as roupas da mafiosa clã Paternò há três gerações. Os filhos frequentam os mesmos lugares e se relacionam. ‘Vince’ Gamache (Marc-André Grondin) trabalha para o padrinho Frank Paternò (Sergio Castellitto) e seu filho mais velho Giaco (Donny Falsetti). A irmã de Vince, Sofie (Mylène Mackay), tem um relacionamento com Patriz Paternò (Michael Ricci). Cada um deve escolher o seu lado, Paternò ou Gamache. Para qualquer escolha há um enorme preço a ser pago. Disponível na plataforma digital CINEMA VIRTUAL.
LUCA
(2021, Estados Unidos, 96 minutos, de Enrico Casarosa, CRÍTICA AQUI). Luca e seu melhor amigo Alberto vivem um verão inesquecível na Riviera Italiana. Mas toda a diversão é ameaçada por um segredo profundamente guardado: eles são monstros marinhos de outro mundo logo abaixo da superfície da água. “Luca” é sobre amizade incondicional entre dois garotos (em que cada um vê no outro um modelo para amadurecer). Sobre o medo do preconceito. Sobre a aceitação da aparência. Sobre xenofobia. Sobre segregação de povos. Sobre inclusão. Disponível na plataforma digital DISNEY PLUS.
FILHOS DO ÓDIO
(Son of the South, 2020, Estados Unidos, 104 minutos, de Barry Alexander Brown, CRÍTICA AQUI). Estados Unidos, 1960. Desafiando sua família, um jovem neto de líderes da Ku Klux Klan começa a questionar o racismo da sua cultura e lutar contra a injustiça social. Baseado na história real de Bob Zellner, porta-voz do Movimento dos Direitos Civis. “Filhos do Ódio” pode até não se aproximar das piores decisões industriais tomadas nos últimos anos, neste sentido, mas é sem dúvida uma adição pouco relevante no debate. Disponível na plataforma digital NOW.
TUBARÃO
(Jaws, 1975, Estados Unidos, 124 minutos, de Steven Spielberg, CRÍTICA AQUI). Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local pede ajuda a um oceanógrafo e a um pescador veterano para caçar o animal. Disponível na plataforma digital NETFLIX.
EU NÃO SOU SEU NEGRO
(I Am Not Your Negro, 2016, Estados Unidos, 94 minutos, de Raoul Peck, CRÍTICA AQUI). O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck. Disponível na plataforma digital RESERVA IMOVISION.
DONBASS
(2018, Ucrânia, 122minutos, de Sergei Loznitsa, CRÍTICA AQUI). Na região da bacia de Donbass, divisa entre a Ucrânia e a Rússia, ocorrem diversos conflitos civis entre grupos de ambos os lados, além do movimento da Nova Rússia, que pretende anexar regiões ucranianas ao país vizinho. Em meio aos conflitos, surgem situações inesperadas, grotescas, articuladas como uma comédia absurda e violenta dos tempos individualistas em que vivemos. Disponível na plataforma digital RESERVA IMOVISION.
OS CROODS
(The Croods, 2013, Estados Unidos, 98 minutos, de Chris Sanders e Kirk DeMicco, CRÍTICA AQUI). Em plena era pré-histórica, escondidos na maior parte do tempo dentro de uma caverna, vivem Grug (Nicolas Cage / Hércules Franco), a esposa Ugga (Catherine Keener / Bárbara Monteiro), a vovó (Cloris Leachman / Mariângela Cantú), o garoto Thunk (Clark Duke / Fred Mascarenhas), a pequena e feroz Sandy (Randy Thom / Pâmela Rodrigues) e a jovem Eep (Emma Stone / Luísa Palomanes). Eles são os Croods, uma família liderada por um pai que morre de medo do mundo exterior. Disponível na plataforma digital TELECINE.
MINHAS FÉRIAS COM PATRICK
(Antoinette Dans Les Cévennes, 2020, França, 97 minutos, de Caroline Vignal, CRÍTICA AQUI). Há meses Antoinette espera pelo verão e pela promessa de uma semana romântica com seu amante, Vladimir. Quando este cancela as férias planejadas pelos dois para partir para a Cévennes na companhia da esposa e da filha, Antoinette não perde muito tempo refletindo sobre a questão: decide sair atrás dele! Porém, ao chegar, não há nem sinal de Vladimir, apenas um asno teimoso que passa a acompanhá-la no seu périplo singular. Disponível nas plataformas digitais iTunes, Google Play, Now e Vivo Play.
Revista da Semana | 01 de julho de 2021
NOS CINEMAS
(Nosso site precisa informar que este editorial apenas segue o protocolo de listar as críticas dos filmes que estrearam, mas nós seguimos nossa campanha de não estímulo às salas escuras #fiqueemcasa e #cinemasaindanão)
RUMO
(2019, Brasil, 77 minutos, de Flavio Frederico e Mariana Pamplona, CRÍTICA AQUI). O Grupo Rumo, criado durante a década de 1970, foi um dos mais importantes grupos musicais do movimento histórico e cultural conhecido como a Vanguarda Paulista. Através de entrevistas, animações e imagens de arquivo, o documentário relembra sua trajetória em meio a um momento tão efervescente da música brasileira.
OS CROODS 2: UMA NOVA ERA
(The Croods: A New Age, 2020, Estados Unidos, 96 minutos, de Joel Crawford, CRÍTICA AQUI). Em busca de um habitat mais seguro, os Croods descobrem um paraíso que atende todas as suas necessidades. Entretanto, outras pessoas já moram neste lugar: Os Bettermans, uma família que se considera melhor e mais evoluída. À medida que as tensões entre os novos vizinhos começam a aumentar, uma nova ameaça impulsiona os dois clãs em uma aventura épica que os força abraçar suas diferenças, extrair forças um do outro e construir um futuro juntos.
ANNA
(2019, Brasil, 106 minutos, de Heitor Dhalia, CRÍTICA AQUI). Dentro de uma sociedade que revê os seus valores e paradigmas, onde as relações de poder são colocadas em cheque, o feminino e o masculino ganham novos sentidos. Conhecemos a trajetória de Anna, uma jovem atriz que trabalha com Arthur, um renomado e polêmico diretor, também conhecido por estabelecer relações abusivas com seus atores. Durante a remontagem de Hamlet, de Shakespeare, o sonho de Anna em interpretar Ofélia colide com a obsessão de Arthur em realizar uma grande releitura da peça.
Revista da Semana | 01 de julho de 2021
AINDA EM CARTAZ NOS CINEMAS
(Nosso site precisa informar que este editorial apenas segue o protocolo de listar as críticas dos filmes que estão em cartaz nos cinemas, mas nós seguimos ainda nossa campanha de não estímulo às salas escuras #fiqueemcasa e #cinemasaindanão)
VENEZA
(2019, Brasil, 91 minutos, de Miguel Falabella, CRÍTICA AQUI). Conhecer Veneza era o maior sonho de Gringa, uma velha cafetina cega, dona de um bordel numa cidade do interior do Brasil. Em meio às histórias peculiares e aos muitos causos do bordel, Rita, a provável herdeira do lugar de Gringa, decide realizar o sonho daquela que toma como uma mãe. Para isso, contará com a ajuda das suas colegas do bordel e de Tonho, um atraente fornecedor que recebe sexo como remuneração de seus serviços. Juntos, planejam uma forma poética e lúdica de levar Gringa à romântica cidade italiana.
CRUELLA
(2021, Estados Unidos, 134 minutos, de Craig Gillespie, CRÍTICA AQUI). Ambientado na Londres dos anos 70 em meio à revolução do punk rock, o filme mostra uma jovem vigarista chamada Estella, uma garota inteligente e criativa determinada a fazer um nome para si através de seus designs. Ela faz amizade com uma dupla de jovens ladrões e, juntos, constroem uma vida para si nas ruas de Londres.
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