Revista da Semana | 25 de novembro de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira no Vertentes do Cinema
Por Redação
Ah, a metáfora! O que seria de nós seres humanos sem a melhor forma comparativa? O mundo parou no ano passado. Nós poderíamos ter uma versão real de “A Nuvem Rosa“, mas eis que há as pessoas e suas pressas. Sempre acelerando seus tempos “perdidos”. E quando mais precisavam usar máscaras de proteção, resolveram expor o mais egoísta dos lados. Um que de carnaval invertido. Agora, depois de quase dois anos, é preciso voltar. Com ou sem medo. Enfrentar novas variantes do mundo, outra metáfora prontinha. Prato cheio à psicanálise, à filosofia, à literatura e especialmente ao cinema. Outro ponto observado nesta jornada foi que parece ter começado uma “briga” por espaços. Todo mundo queria seu “quinhão”. Os festivais de cinema pipocaram ao mesmo tempo sem pensar que geraria uma segregação. Neste momento por exemplo podemos contabilizar uns sete acontecendo no mesmo período. Será apenas para manter o protocolo? Será apenas para dizer que a edição de 2021 aconteceu? Realmente não sabemos mais opinar sobre isso. O mercado audiovisual entrou em guerra com ele mesmo. Estão implodindo como Kamikazes. Nós, críticos, cinéfilos, jornalistas e/ou “reles mortais”, estamos cansados. Esgotados mentalmente. No limite. O que fazer? Nada. É sentar, fazer pipoca e aguardar até que alguém diga: “peraí, isso tudo não está certo”. Assim, entre trancos, barrancos e “desertos particulares”, a Revista da Semana do Vertentes do Cinema segue seu fluxo e lança mais uma edição em 2021. Boa leitura!
CURTA DA SEMANA
CINEMA BRASILEIRO DE BRASÍLIA
PASSEIO
(2016, Brasil, Distrito Federal, Digital, 32 minutos, de Lino Meireles, CRÍTICA AQUI)
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Claudinho é um adolescente de 15 anos prestes a ter uma experiência com a qual sempre fantasiou — um dia de adulto. Ao encontrar Danilo, Ricardo e Zoeber, todos com mais de 30, ele parte para descobrir que a maturidade não é tudo aquilo que imaginou. Com André Araújo, Daniel Villas Bôas, Gustavo Haeser, Larissa Sacramento, Marisol Ribeiro, Sérgio Sartório. Fotografia: André Lavenere. Montagem: Umberto Martins.
PRÓXIMO CURTA
DIZEM QUE OS CÃES VEEM COISAS
(Brasil, 2012, Ficção, 12 minutos, de Guto Parente, CRÍTICA AQUI)
Um presságio. Fragmento de tempo apenas, porque logo o homem gordo, de ventre imenso, saltou dentro da piscina com o copo de uísque na mão. Filme criado a partir do conto homônimo de Moreira Campos. Com Marco Goulart, Karla Karenina, Guilherme Moreira, Cristina, Francescutti, Miguel Filho, Joca Andrade, Rodrigo Fernandes, Tatiana Amorim. ESTREIA 02/12, 00:01.
TUDO SOBRE O CINE CEARÁ 2021
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ACOMPANHE A COBERTURA DIÁRIA DO FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA 2021
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EM CASA
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA MUBI
FLOWERS OF TAIPEI: TAIWAN NEW CINEMA
(2014, Taiwan, 109 minutos, de Hsieh Chin-Lin)
CRÍTICA AQUI
Com Taiwan permanecendo sob o jugo da lei marcial, em 1982 um grupo de cineastas decidiu estabelecer uma identidade por meio do cinema e compartilhá-la com o mundo. Este documentário envolvente examina o legado do movimento. Embora exagere um pouco na quantidade de entrevistas, “Flowers of Taipei: Taiwan New Cinema” dá conta do recado: é uma introdução eficiente à nova linguagem que surgiu na ilha, que alinhava um cinema direto, a um só tempo emotivo e rigoroso, com a modernização acelerada que o país experimentava.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA BELAS ARTES À LA CARTE
O HOMEM QUE VENDEU SUA PELE
(The Man Who Sold His Skin, 2020, Tunísia, França, Alemanha, Bélgica, 104 minutos, de Kaouther Ben Hania)
CRÍTICA AQUI
Sam Ali, um jovem sírio sensível e impulsivo, trocou seu país pelo Líbano para escapar da guerra. Para poder viajar para a Europa e viver com o amor de sua vida, ele aceita ter suas costas tatuadas por um dos artistas contemporâneos mais cultuados do mundo, transformando seu próprio corpo em uma obra de arte de prestígio. “O Homem que vendeu sua pele”, primeiro filme tunisiano nomeado para Oscar de filmes estrangeiros – e sua diretora, Kaouther Ben Hania, a primeira mulher muçulmana a ser convidada para competir nessa categoria – gira em torno de um torso vivo, um torso de um cidadão sírio que vende a superfície da sua pele para escapar das agruras do Oriente Médio e desembarcar na afluente Europa.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA GLOBOPLAY
CABEÇA DE NÊGO
(2020, Brasil, 85 minutos, de Déo Cardoso)
CRÍTICA AQUI
Inspirado por um livro dos Panteras Negras, o introvertido Saulo Chuvisco tenta impor mudanças em sua escola e acaba entrando em conflito com alguns colegas e professores. Após reagir a um insulto em sala de aula, Saulo é expulso, mas recusa-se a deixar as dependências da escola por tempo indeterminado. A catarse aqui é satisfatória, pois consegue impor contra o papel do Estado e da instituição de ensino uma responsabilidade que costuma-se negar com veemência. Em questão, é incomodo ver alguns diálogos tornando-se expositivos demais, como a reação de uma professora (aplaudindo) a fala de sua colega de trabalho.
DISPONÍVEL NA PLATAFORMA HBO MAX
NASCE UMA ESTRELA
(A Star Is Born, 2018, Estados Unidos, 136 minutos, de Bradley Cooper)
CRÍTICA AQUI
Jackson Maine (Bradley Cooper) é um cantor no auge da fama. Um dia, após deixar uma apresentação, ele para em um bar para beber algo. É quando conhece Ally (Lady Gaga), uma insegura cantora que ganha a vida trabalhando em um restaurante. Jackson se encanta pela mulher e seu talento, decidindo acolhê-la debaixo de suas asas. Ao mesmo tempo em que Ally ascende ao estrelato, Jackson vive uma crise pessoal e profissional devido aos problemas com o álcool.
DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS LOOKE e NOW
MOMMY
(2014, Canadá, 139 minutos, de Xavier Dolan)
CRÍTICA AQUI
Diane Després (Anne Dorval) é surpreendida com a notícia de que seu filho, Steve (Antoine-Olivier Pilon), foi expulso do reformatório onde vive por ter incendiado a cafeteria local e, com isso, provocado queimaduras de terceiro grau em um garoto. Os dois voltam a morar juntos, mas Diane enfrenta dificuldades devido à hiperatividade de Steve, que muitas vezes o torna agressivo. Os dois apenas conseguem encontrar um certo equilíbrio quando a vizinha Kyla (Suzanne Clément) entra na vida de ambos.
DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS TELECINE e NOW
A BOA ESPOSA
(La Bonne Épouse, 2020, França, 108 minutos, de Martin Provost)
CRÍTICA AQUI
Paulette Van Der Beck (Juliette Binoche) e seu marido dirigem a escola de limpeza de Bitche na Alsácia há muitos anos. Sua missão é treinar adolescentes para se tornarem donas de casa perfeitas no momento em que se espera que as mulheres sejam subservientes ao marido. Após a morte repentina de seu marido, Paulette descobre que a escola está à beira da falência e tem que assumir suas responsabilidades.
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NOS CINEMAS
MEU QUERIDO SUPERMERCADO
(2020, Brasil, 80 minutos, de Tali Yankelevich)
CRÍTICA AQUI
Enquanto executam atividades extremamente repetitivas, os funcionários de um supermercado encontram espaço para expressar suas dúvidas, afetos, medos e sonhos improváveis. Humor, drama, mistério, romance e física quântica convivem com caixas de leite, cortes de carne, códigos de barra e câmeras de segurança. No espaço confinado da loja, os funcionários não permitem que a rotina aprisione suas imanências e sua imaginação.
O NOVELO
(2021, Brasil, 94 minutos, de Claudia Pinheiro)
CRÍTICA AQUI
Cinco irmãos acabam sendo criados pelo irmão mais velho, após a morte da mãe. Um dia, já adultos, eles recebem a notícia de que um homem em coma numa UTI pode ser seu pai. Na sala de espera do Hospital os irmãos mergulham em seus conflitos e memórias e, através do tricô aprendido na infância.
DESERTO PARTICULAR
(2021, Brasil, 120 minutos, de Aly Muritiba)
CRÍTICA EM BREVE
Daniel é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca sua carreira em risco. Sem enxergar um horizonte em Curitiba, ele parte em uma jornada à procura de Sara, a mulher com quem ele se relaciona virtualmente e por quem está apaixonado. Este encontro o transformará inteiramente e mudará o seu próprio destino.
MADRE
(2019, Espanha, França, 129 minutos, de Rodrigo Sorogoyen)
CRÍTICA EM BREVE
Dez anos se passaram desde que o filho de Elena desapareceu. Ele tinha seis anos de idade, quando em uma ligação, disse que estava perdido em uma praia na França e não conseguia encontrar o seu pai. Hoje em dia, Elena mora nesta mesma praia, onde gerencia um restaurante. Ela finalmente está se recuperando do trágico episódio, até que conhece um adolescente Francês que a lembra muito o seu filho. Os dois embarcam em uma estranha relação, que semeará o caos e a desconfiança.
CASA GUCCI
(House of Gucci, 2021, Estados Unidos, 157 minutos, de Ridley Scott)
CRÍTICA EM BREVE
Casa Gucci é baseado na história de Patrizia Reggiani, ex-mulher de Maurizio Gucci, membro da família fundadora da marca italiana Gucci. Patrizia conspirou para matar o marido em 1995, contratando um matador de aluguel e outras três pessoas, incluindo o terapeuta. Ela foi considerada culpada e condenada a 29 anos de prisão. Quase 3 décadas de amor, traição, decadência, vingança e assassinato, o filme revela a importância e poder que o nome Gucci carrega e o quanto a família faz para ter o controle.
SESSÃO BAÚ DO VERTENTES
PODCAST DO CINEMA COMPARTILHADO À AUTO-REPRESENTAÇÃO
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