Revista da Semana | 17 de dezembro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Se tem algo que o ser humano consegue fazer bem é afastar o tédio. Pulular com atividades qualquer resquício de tempo sobrado. Transcender a lógica das vinte e quatro horas do dia. Submeter-se a uma pressão tamanha em prol do conhecimento. Outra coisa que aprendemos nesta quarentena pandêmica é a de que o indivíduo quer ser super herói. A “resistência”, “garra”, “reinvenção” dos festivais online, colados uns nos outros, representam a necessidade urgente da adaptação, sendo uma forma de expandir e democratizar o acesso aos filmes e também de visibilizar o cinema brasileiro aos brasileiros. Sim, nunca se falou tanto de Cinema Nacional. Nunca se falou tanto de Documentários. Resgata-se os off e os transformam em pop-mainstream dos independentes. Já era hora. Mas lá fora pessoas ainda negam o vírus e a quantidade trágica das mortes. Dessa forma, nosso site pede que todos e todas fiquem em casa, aproveitem as maratonas de casa e deixe o verão para mais tarde, como já diz uma das músicas do grupo Los Hermanos.
CURTA DA SEMANA
SESSÃO EM BRASÍLIA
O HOMEM QUE NÃO CABIA EM BRASÍLIA
ASSISTA AQUI (2016, Brasil, 16 minutos, de Gustavo Menezes). A peleja de um morador de rua contra a utopia de Brasília. Com Wellington Abreu, Lucio Campello, Juliana Tavares, Uriel Martínez, Maria Stella e Marcelo Pelucio.
PRÓXIMO CURTA
SESSÃO EM BRASÍLIA
MINA DE FÉ
(2004, Brasil, 15 minutos, de Luciana Bezerra). A vida de uma jovem pode ser realmente difícil quando seu amor é o chefe do tráfico. Assim é Silvana. Com Carla Severo, Luciano Vidigal e Manuel Junior. ESTREIA 24/12, 00:01.
EM CASA
SEM DESCANSO
(2019, Brasil, 78 minutos, de Bernard Attal, CRÍTICA AQUI). A partir da história de Geovane, jovem executado após ma batida policial quando trafegava de motocicleta sem carteira de habilitação, o documentário tenta compreender o que leva a sociedade a acolher a política de segurança pública que parece tornar descartável a vida humana menos favorecida. Selecionado para o Festival do Rio 2019 (onde conquistou o Troféu Vertentes de Melhor Documentário), o filme é um exemplo de obra de diálogo. Com estética e linguagem carregada de tradicionalismo, poderia limitar toda a sua potência na força da história por trás do Caso Geovane, jovem assassinado na Bahia de agosto de 2014, após ser abordado por três policiais em sua motocicleta. Disponível nas plataformas digitais Now, Vivo Play e Oi.
MULHER OCEANO
(2020, Brasil, 99 minutos, de Djin Sganzerla, CRÍTICA AQUI). Uma escritora brasileira que acaba de se mudar para Tóquio dedica-se a escrever um novo romance, instigada por suas experiências no Japão e por uma das últimas cenas que presenciou no Rio de Janeiro: uma nadadora de travessia oceânica rasgando o horizonte com vigorosas braçadas em mar aberto. Essas duas mulheres, aparentemente, não compartilham nenhuma conexão, até que a vida de uma começa a interferir na vida da outra, estranhamente ligadas pelo mar. Hannah, a escritora, mergulha em uma jornada de autodescoberta no Japão, enquanto Ana, a nadadora, no Rio, estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de oceano interior. Disponível nas plataformas digitais Now e Vivo Play.
MULAN
(2020, Estados Unidos, China, 120 minutos, de Niki Caro, CRÍTICA AQUI). Quando o Imperador da China emite um decreto estabelecendo que um homem de cada família deve servir no exército imperial para defender o país dos invasores do Norte, Hua Mulan, a filha mais velha de um honrado guerreiro se apresenta no lugar de seu pai adoentado. Disfarçada de homem, como Hua Jun, ela é testada a cada etapa do caminho e deve controlar sua força interior e abraçar seu verdadeiro potencial. Versão Live-action do desenho original da Disney. Disponível na plataforma digital Disney Plus.
QUANTO TEMPO O TEMPO TEM
(2015, Brasil, 76 minutos, de Adriana L. Dutra, CRÍTICA AQUI). Vive-se em tempos diferentes. Pensando nessa estrutura, a diretora propõe a seus entrevistados uma análise sobre o tema. Como resultado o documentário oferece uma investigação sobre as principais linhas de nossa consciência sobre o passar das horas, um questionamento sobre a falta de tempo no mundo contemporâneo e uma reflexão sobre civilização e o futuro da existência humana. Disponível no Canal Brasil.
BABENCO, ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER: PAROU
(2019, Brasil, 75 minutos, de Bárbara Paz, CRÍTICA AQUI). “Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela”, disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista da própria morte. Nesta imersão na vida do diretor, ele se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre o vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. Do primeiro câncer, aos 38 anos de idade, até́ a morte, aos 70, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Vencedor do prêmio de melhor documentário sobre cinema no Festival de Veneza. O filme foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021.Disponível nas plataformas digitais Now, Looke, Vivo Play e Oi Play.
SELEÇÃO ESPECIAL CINEMATECA FRANCESA
FILMES CRONOFOTOGRÁFICOS
ESTREIAS NOS CINEMAS DO RIO DE JANEIRO
O BARCO
(2019, Brasil, 72 minutos, de Petrus Cariry, CRÍTICA AQUI). Em uma praia perdida no tempo, Esmerina, a esposa de um velho pescador, tem 26 filhos —o nome de cada um deles corresponde a uma letra do alfabeto. Intimamente, o primogênito deseja partir e descobrir o mundo além do mar. O cotidiano dessa família é bruscamente alterado após a chegada de um misterioso barco que encalha na praia e de Ana, uma moça que sobreviveu ao naufrágio.
QUERÊNCIA
(2019, Brasil, 90 minutos, de Helvécio Marins Jr, CRÍTICA AQUI). Marcelo é um cowboy em uma fazenda, que em seu tempo livre trabalha como locutor de rodeio, sua verdadeira paixão. Um dia, ao voltar para casa, ele se depara com um homem armado que quer roubar seus gados, e seu cavalo Appaloosa. Traumatizado, ele recorre à irmã Márcia, que mora no Rio de Janeiro, para ajudá-lo a superar o acontecimento.
CONHEÇA OS VENCEDORES DO FEST ARUANDA 2020
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ACOMPANHE A COBERTURA DIÁRIA DO FESTIVAL DE BRASÍLIA 2020
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TUDO SOBRE O 53º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO
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FESTIVAL DE BRASÍLIA 2020: ENCONTRO COM O REALIZADOR KEN LOACH
(saiba clicando no vídeo abaixo)
ESPECIAL KEN LOACH
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SESSÃO PRIMEIRO CORTE ONLINE
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Novo evento mensal que vai apresentar sempre um novo longa metragem em seu primeiro corte e debate-lo com o público, críticos e os diretores do filme. Organizado pela CAVIDEO, VERTENTES DO CINEMA e LUME FILMES. Nesse primeira edição vamos apresentar o documentário “ME CUIDEM-SE!” de Bebeto Abrantes e Cavi Borges. O debate será na próxima segunda, dia 21 de dezembro as 19h. Quem se inscrever receberá o link do filme e do debate.
O CURTA-METRAGEM BRASILEIRO INABITÁVEL FOI SELECIONADO PARA O FESTIVAL DE SUNDANCE 2021
INABITÁVEL
(2020, Brasil, 20 minutos, de Matheus Farias e Enock Carvalho, CRITICA AQUI). Filme com direção da dupla pernambucana Matheus Farias e Enock Carvalho é o único curta-metragem brasileiro na competição. Narra-se a história de Marilene (Luciana Souza), que procura por sua filha desaparecida. Enquanto seu tempo se esgota, ela encontra uma esperança para o futuro na forma de um estranho objeto.
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CINECLUBE RECINE #18
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