Editorial da Semana | 27 de fevereiro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
O Vertentes do Cinema segue bombardeando as redes sociais e o site de conteúdo sobre o Festival de Berlim. Nosso vertenteiro Fabricio Duque em sua incansável maratona, traz as críticas mais completas sobre a mostra competitiva. Aqui no Brasil, o show não pode parar. São oito estreias no circuito, com os mestres Terrence Malick e Ken Loach, o ator que tirou o prêmio de Joaquin Phoenix por “Coringa” no Festival de Veneza no ano passado, dentre outros. A partir de agora você pode escolher seu programa de final de semana nas telonas.
ESTREIAS
Exibido na mostra competitiva do Festival de Cannes 2019, “UMA VIDA OCULTA” corrobora a técnica criativa de experiência. Nós somos convidados a sentir a fluidez da trama, com sua câmera subjetiva, existencialista e de naturalidade estilizada. Mas a crítica do início deste texto é sobre a padronização da invenção, que gerou um modelo já previsível com seus gatilhos comuns, incluindo a primeira cena acontecer em tela preta com descritiva narração em off, tentando assim a cada filme reinventar a própria roda já definida. Leia a crítica completa AQUI!
Exibido na mostra competitiva do Festival de Cannes 2019, “VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI” em um primeiro momento, nós não sentimos que esta seja uma obra característica kenloachiana, pela imersão do agir sem a resposta do reagir, mais ingênuo e focado nas consequências sentimentais de uma família envolta na luta diária do sobreviver com o trabalho desenhado como quase escravo, e fornecer um suporte digno ao ambiente em que vivem. Leia a crítica completa AQUI!
“MARTIN EDEN” ganha força quando contrapõe teoria e prática no que tange à conduta política. Seu protagonista a todo momento ganha novas lições na “escola da vida” a ponto de questionar que fala muito de luta de classes e não se coloca na trincheira. Ao pensar sob essa perspectiva, o amadurecimento da escrita da personagem de Marinelli (e só mesmo Veneza para preterir Phoenix, apesar do bom trabalho do italiano) é um processo de absorção do realismo muito comum na época de London e que dialoga diretamente com a produção literária dos últimos anos – principalmente em países e autores periféricos. Leia a crítica completa AQUI!
Cada núcleo da narrativa em “TARDE DEMAIS PARA MORRER JOVEM” possui um eixo e uma âncora, assim como as pessoas na história, em geral, esse peso presente nas possibilidades dramáticas é o grande trunfo da dramaturgia, que discute por tabela o convívio em um âmbito comunitário e relações familiares, conturbadas ou não, mas sempre assumindo à problemática de qualquer relacionamento. . Leia a crítica completa AQUI!
Pode até soar debochado (mas não é). O fato é que “A HORA DE SUA MORTE”, na teoria, tem uma força narrativa semelhante à trama de “Minority Report: A Nova Lei” (2002). Essa construção filosófica do quanto o nosso destino deixa de ser por nós conduzido quando recebemos informações do futuro, já era tratada por Philip K. Dick nos anos 1950 e virou entretenimento de qualidade nas mãos de raposas velhas como Steven Spielberg e Tom Cruise. Leia a crítica completa AQUI!
Talvez o que faça “MEU NOME É SARA” fugir do genérico é que, mesmo diante de uma história há muito conhecida, a abordagem territorial permite à obra ser mais do que um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. A vivência da ocupação nazista não se dá diretamente, visto que eles pouco saem de casa. É como se a guerra, na verdade, fosse visitá-los de vez em quando. Sem essa urgência do terror vivenciado, há espaço para essas interações familiares internas – o que, de certa maneira, universaliza sua trama. Na questão técnica, não há inovações. Leia a crítica completa AQUI!
Em “JOVENS POLACAS” podemos identificar tanto a eficiência na abordagem próxima do documental quanto o lirismo de representações mais próximas da sensorialidade. Porém, elas quase sempre se mostram desunidas. A sequência inicial da obra é, de fato, um primor. Um plano-sequência meticuloso que nos mostra o quão próximos conviviam proxenetas, suas esposas e as mulheres vítimas da escravidão sexual. A ausência de corte potencializa a ideia, além de tratar de uma das principais questões, qual seja, a inteligência vilipendiada pela falta de estudo daquelas imigrantes, que acreditavam fugir de condições precárias de vida no Leste Europeu e encontravam mais sofrimento no Brasil. Leia a crítica completa AQUI!
As atualizações temáticas de“O HOMEM INVISÍVEL” são cumpridas com louvor. Não apenas por se valer da neurose de se sentir sempre vigiado (representada visualmente na cena em que a protagonista cobre a câmera de seu notebook – quem nunca?), mas principalmente por não deixar que o protagonismo feminino fosse um mero detalhe. A carga metafórica do longa-metragem supera com gosto boa parte da filmografia pseudo-cult que os Estados Unidos nos tenta oferecer há alguns anos. Leia a crítica completa AQUI!
CURTA-METRAGEM DA SEMANA
THE DRUNKEN MATTRESS (1906), de Alice Guy Blaché e Romeo Bosetti
Um homem, um colchão e mais um curta impressionante da pioneira Alice Guy. Era o cinema ganhando forma, desenvolvendo suas linguagem, tirando força a partir de uma aparente simplicidade. Assista AQUI!
RETROSPECTIVA MEL BROOKS: BANZÉ NO CINEMA
(confira tudo clicando na foto abaixo)
FESTIVAL DE BERLIM 2020 | COBERTURA COMPLETA
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | ARTIGO VAGA CARNE
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | LISTA LETTERBOXD
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FESTIVAL DE BERLIM 2020 | OS FILMES BRASILEIROS NO FESTIVAL
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Editorial da Semana | 27 de fevereiro de 2020