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Girlboss

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A Essência Repaginada por Padrões

Por Fabricio Duque

“GIRLBOSS”, da Netflix, em sua primeira temporada, com treze episódios de quase trinta minutos cada um, que estreou agora em 21 de abril, segue os moldes padronizados (já aceitáveis e comuns de “Love”; “Apartment 23” – que estreou como “Don’t Trust the B—- in Apartment 23”; “New Girl”; e sem tanto humor caricato quanto “Unbreakable Kimmy Schmidt”) de outras séries populares ao se “apropriar” da espontaneidade (e ou impulsividade) do cotidiano para desenvolver a trama. Aqui, a história autobiográfica, baseada no livro homônimo de Sophia Amoruso, uma empreendedora, de apenas vinte e dois anos, que do “nada” criou do “zero” o site real Nasty Gal (inspirada no álbum da Bette Davis), que “recupera” roupas usadas vintage (fornecendo uma “cara” moderna e jovem – e ganhando muito dinheiro com isso), foca, logicamente em sua protagonista, que é interpretada pela atriz Britt Robertson, e ainda tem no elenco a presença de RuPaul, como Lionel.

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Ela, uma pós-adolescente egoísta, narcisista, agitada, imediatista e sensivelmente dramática, ao tentar sobreviver, após ser demitida do trabalho (porque não fazia nada), “acorda” para a vida. Entre pequenos roubos (vistos como normais pela sociedade americana), diversões, amores, núcleos cômicos, reviravoltas facilmente contornadas, prestação de contas com o passado e o presente, nós espectadores aceitamos sua vida muito mais pela presença de seus “submissos” amigos incondicionais. Sim, ela é chata e insuportável que quer dominar tudo e todos. Nós nos questionamos ao final da série se a personagem original era também assim, mesmo sabendo de seu intenso trabalho social de ajudar mulheres inovadoras ao redor do mundo com suas criações e ideias. O destaque é que a marca é tão famosa que a atriz Charlize Theron resolveu produzir.

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Concluindo, como todas as outras séries, esta não poderia ser diferente: pessoas bonitas; fotografia solar em uma livre São Francisco (oportunidade de se fazer um turismo visual sentado no próprio sofá ou deitado na cama); muitos e muitos dramas paralelos que se unem; muitos e muitos momentos espirituosos, sarcásticos e até mesmo preconceituosos (também aceitáveis); camadas existenciais aprofundadas ao longo da trama; e uma edição ágil manipuladora que vicia o olhar, assim, faz com que só consigamos parar de assistir no último episódio.

3 Nota do Crítico 5 1

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