Aroeira

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Um diretor em formação

Por Francisco Carbone

“A compaixão por vezes traiçoeira, traz consigo um breviário de danações”. O diretor Ramon Batista pode ser acusado de muitas coisas: de contar uma história linear demais, de não apresentar novos elementos de rigor estético, de não aprofundar sua dupla única de personagens. Mas se tem algo que não poderemos acusa-lo é de não contar muito bem sua história, de maneira clara, objetiva, instigante e eficiente, ainda que de fato nada em cena tenha um destaque absoluto. O encontro entre um homem ferido e um senhor religioso que tenta ajuda-lo ameaça falar de preconceito, de fé, de embate etário e religioso; ameaça criar um universo marcante através da fotografia e de uma direção de arte; ameaça embalar seus dois atores num lugar de autoridade dramática. Mas o filme é rápido demais, escolhe saídas sem impacto e passa até o seu fim sem marcar, mas ainda assim demonstra que Ramon pode vir a ser alguém que mergulhe de fato em investigações mais profundas. Nessa pincelada leve, a impressão que deixa é boa. Integra a sessão Curtas da vigésima edição da Mostra de Cinema de Tiradentes 2017.

3 Nota do Crítico 5 1

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