Balanço Geral e Vencedores do Fest Aruanda 2021

Festival Aruanda 2021

Veterano cineasta Júlio Bressane e o cearense Petrus Cariry se consagram no Fest Aruanda com “Capitu e o Capítulo” e “Praia do Fim do Mundo”

Por Clarissa Kuschnir

Em tempos pandêmicos entrar em uma sala de cinema e poder assistir aos filmes em uma tela grande eu diria, é como o renascer da Fênix. E poder ter o privilégio de estar em um festival presencial (depois de dois anos reclusos e voltados apenas para os festivais de cinema online) é de uma emoção tamanha. E assim foi a 16º edição do Fest Aruanda, em João Pessoa, que encerrou na última quarta-feira, dia 15 de dezembro com chave de ouro, no formato presencial e também online (pelo Aruanda Play) o que reforça a tendência dos próximos anos, ao formato híbrido dos festivais (democratizando assim, o acesso a muitas telinhas). Mas nada, nada substitui estar presente nesses festivais. E o Aruanda mais uma vez mostra a força do nosso cinema, trazendo em sua curadoria mostras de filmes (curtas e longas metragens) que dialogam com as mais diferentes tendências e vertentes do nosso cinema, mesclando tanto o cinema independente e autoral, quanto o cinema mais comercial . Sem contar que o Fest Aruanda ainda traz a importante e concorrida Mostra Sob o Céu Nordestino, reforçando a importância do cinema regional e paraibano, que a cada ano cresce cada vez mais. Ou seja, sem dúvida, o Fest Aruanda vem se consolidando, como um dos maiores e mais importantes festivais de cinema no Brasil. E foram sete dias de muitos filmes, debates (a maioria online, lançamentos de livros e encontros cinematográficos, sem esquecer as regras e cuidados sanitários, como a solicitação das carteirinhas de vacinação na porta de todas as sessões), e com 50% da capacidade dentro da sala do cinema, ou seja , não havia lugar para o negacionismo. E dentro dessa programação, a curadoria do festival formada pelo jornalista e crítico de cinema Amilton Pinheiro e pelo fundador e produtor executivo do festival Lúcio Vilar , procurou fazer um recorte de filmes que estiveram em importantes festivais de cinema do exterior como Sundance, Roterdã, San Sebastián , Berlim, Cannes , Annecy e Veneza.

“Foi uma semana de muitas emoções, muitos debates e reflexões , em que o cinema esteve na pauta. O cinema paraibano, o cinema nordestino, o cinema brasileiro a também a produção curta-metragista portuguesa e de parte de alguns países da União Europeia. Então, foi uma semana intensa de mesas online que ampliaram e democratizaram o acesso às ações formativas e de reflexões do festival. E o saldo é extremamente positivo. É tão positivo que já anunciamos aqui na tela e vocês são testemunhas que a data do festival em 2022 já está cravada (será do dia 08 a 15 de dezembro). Dito isso eu gostaria de saudar a todos. Salve diretores, roteiristas, produtores, diretores e técnicos presentes nesta edição, que passaram nas telas aqui do Cinépolis. Salve a adolescência de seguir Aruandando durante esses 16 anos”, afirmou o produtor Lúcio Vilar, durante a cerimônia de encerramento.

A Viagem de Pedro
Cena do filme “A Viagem de Pedro”, de Laís Bodanzky – Leia a crítica aqui.

A abertura do Fest Aruanda contou com o curta paraibano “A Canga”, de Marcus Vilar que completou 20 anos, importante cineasta daqui, com um curta seminal, e o mais novo trabalho da cineasta paulistana Laís Bodanzky, que traz para as telas dos cinemas “A Viagem de Pedro” (que não entrou na mostra competitiva) onde a diretora retrata (aliás, um filme tecnicamente perfeito) a viagem de navio do ex-imperador do Brasil de volta para Portugal. O longa é protagonizado por Cauã Reymond e se passa quase inteiramente dentro do navio onde Pedro se vê durante dois meses preso, em sua viagem passando por diversas e difíceis situações psicológicas de seus personagens e viajantes. Um misto de ficção e realidade, mas que não deixa de ser uma parte importante da história a ser retratada no cinema. “Esse é um filme de detalhes. É um filme que tem muito valor de produção na tela. Eu tinha que tomar cuidado para não passar a mão na cabeça desse personagem. O objetivo era desconstruir a figura desse herói dos livros de história” disse Laís sobre o personagem.

“Desde que escolhemos o filme da Laís Bodanzky para a abertura, que é um filme histórico, difícil, intimista, eu acho que ali já dava ideia de como funcionou o festival. É um filme que funcionou muito bem ao espectador. Sem contar que na abertura tivemos duas homenagens que foram para: o ator W.J Solha que se radicou na Paraíba e ao maestro José de Lima Siqueira, que foi de grande importância mas de uma certa forma apagado pela ditadura. Então esse pontapé inicial mostrou que estávamos no caminho certo”, afirmou Amilton Pinheiro, que assina como curador e diretor artístico do Fest Aruanda.

Amilton ainda reforçou a importância do recorte da curadoria e da volta do festival presencial:

“Quando vimos o festival sendo realizado e no presencial, tivemos o termômetro de como o festival funcionou. Havia uma incerteza por causa da pandemia. Os debates foram online (como o ano passado), então precisava ser atrativo. Na mostra competitiva nacional escolhemos filmes nacionais que tiveram carreira, em festivais internacionais. Esses filmes quando chegam aqui são muito disputados. E tivemos a sorte de trazer esses cinco filmes, que foram exibidos lá fora”, finalizou Amilton.

Ainda fora das mostras competitivas o festival trouxe em sua programação “Deserto Particular” de Aly Muritiba e o documentário “Ney – À Flor da Pele”, de Felipe Nepomuceno, que encerrou o Fest Aruanda com chave de ouro e com a presença ilustre do próprio Ney Matogrosso muito emocionado, de ver o documentário na tela grande.

Madalena
Cena do filme “Madalena”, de Madiano Marcheti – Leia a crítica aqui.

Nas mostras competitivas nacionais destaque para “A Felicidade das Coisas” de Thais Fujinaga (que levou o prêmio de Melhor Roteiro e Melhor Atriz para Patrícia Saravy) que de forma muito leve, fala sobre uma família de classe média, que passa as tão sonhadas férias no litoral paulista e que tem como objeto de desejo, a tão sonhada piscina. O ótimo longa de animação “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente”, de Cesar Cabral, também foi um dos destaques da mostra nacional. O divertido stop-motion traz o chargista Angeli que transforma seu famoso personagem Bob Cuspe em um velho punk abandonado tentando fugir do deserto apocalíptico. O longa de animação saiu com o troféu Aruanda, de melhor direção de arte.

Já o veterano Júlio Bressane, no auge de seus 75 anos e ainda muito ativo, se consagrou no festival com o filme “Capitu e o Capítulo” levando os principais prêmios de: melhor longa- metragem, direção, figurino e ator coadjuvante para Enrique Diaz, além de melhor filme também, escolhido pela Abraccine – Associação Brasileira de críticos de Cinema. Muito bem produzido, o longa protagonizado por Mariana Ximenes, Enrique Diaz e Djin Sganzerla retrata de forma teatral e psicológica a recriação e um desdobramento de Dom Casmurro, a mais famosa obra de Machado de Assis.

Julio Bressane - Aruanda 2021
Júlio Bressane recebe prêmio de Melhor Direção e Melhor Filme por “Capitu e o Capítulo” – Leia a crítica do filme aqui.

A mostra competitiva nacional ainda contou com filmes “Salamandra”, de Alex Carvalho, vencedor na categoria de melhor ator para Maicon Rodrigues e “Madalena”, que recebeu seguintes prêmios: melhor montagem, trilha sonora, fotografia, duas menções honrosas e melhor filme pelo júri popular. “Madalena”, que esteve em competição em Roterdã , foi todo rodado no centro-oeste e aborda o desaparecimento e a morte de uma mulher trans, que acaba culminando no entrelace de três personagens diferentes, que tentam, cada um ao seu modo, justificar a ausência da pessoa Madalena.
Dos curtas nacionais, destaque para “Sideral” (primeira produção potiguar a concorrer à Palma de Ouro em Cannes) de Carlos Segundo, do Rio Grande do Norte, ganhador de quatro prêmios nas categorias: melhor filme, roteiro, som e ator, e os paraibanos “O Pato” de Antônio Galdino que levou os troféus de melhor montagem, figurino, atriz e direção e “Animais na Pista” de Otto Cabral que venceu como melhor montagem, trilha sonora, direção de arte e fotografia. O júri popular elegeu como melhor filme “Foi Um Tempo de Poesia”, de Petrus Cariry. O diretor cearense ainda se consagrou no festival com dez prêmios pelo seu belo e bem fotografado longa “A Praia do Fim do Mundo”. O filme fez parte das sempre concorridas mostras Sob o Céu Nordestino que ainda trouxe filmes relevantes e atuais como “Miami-Cuba”, da cineasta paraibana Caroline Oliveira, “Fendas” de Carlos Segundo e “Transversais” de Émerson Maranhão, que traz o depoimento sobre a vida cinco personagens transexuais e de como eles enfrentam os desafios do dia-a dia, por serem transgênero. Ou seja, é um filme de resistência e com muitos depoimentos, emocionantes.
E os curtas também não ficaram de fora dessa mostra que trouxe oito produções paraibanas, com destaque para: “Incúria” de Thiago Neves, “Terra Vermelha” de Allan Marcus e Leonardo Gonçalves, “Boyzin” de R.B.Lima e “O Que os Machos Querem” de Ana Dinniz.

Foi um tempo de poesia
Cena do filme “Foi Um Tempo de Poesia”, de Petrus Cariry – Leia a crítica aqui.

HOMENAGENS

E nesses novos tempos, muitas foram as homenagens no Fest Aruanda. A começar pelas homenagens póstumas como o já citado maestro José Siqueira e ao cineasta paraibano Ely Marques, falecido recentemente vítima da Covid-19. Da dramaturgia, dois grandes e veteranos atores foram homenageados: o ator W.J Solha que se radicou na Paraíba e Othon Bastos, que traz em seu currículo, mais de 80 filmes. E ambos os atores, estiveram presente no festival muito emocionados com as homenagens.

‘’Não sou eu o homenageado. É o cinema, é Glauber Rocha, é Júlio Bressane. Quando se faz uma homenagem ela vale para mais além de tudo isso. Eu não recebo a homenagem como um prêmio, eu recebo como se alguém me tivesse doando alguma coisa. O Fest Aruanda vai me doar uma lembrança do meu tempo de atividade e de tantos outros”, disse o ator.

“Othon é um grande artista na modernidade e um grande artista brasileiro de todos os tempos. Os tempos em um país que muitas vezes o país vive uma triste sina. Ele é um criador. Se não fosse a nossa língua portuguesa com um código secreto, ele seria um ator para o mundo todo”, finalizou Júlio Bressane sobre o personagem Corisco interpretado por Othon em, “Deus e o Diabo na Terra do Sol’’, durante a mesa de debates em homenagem ao ator.

A paulistana Cristina Amaral, uma das mais importantes montadoras do nosso cinema, também foi uma das homenageadas no Fest Aruanda. “Precisamos fazer o que a gente acredita e com a maior sinceridade possível na tela. Isso é o mais importante, é fazer o melhor que você puder. Se você chegar a uma pessoa com integridade já está bom. Queria agradecer muito e eu acho que temos um cinema forte e um cinema que está buscando seus caminhos. E precisamos falar de políticas públicas, pois desde que o cinema começou a ter cotas regionais de produção, o cinema brasileiro ficou mais rico e melhor. Veio uma produção que desequilibrou essa formatação que estava sendo feita antes. É outro jeito de falar, outro sotaque, o que enriqueceu o nosso cinema.Agora é questão de manter e ampliar o acesso desses filmes pelo país. Estou dividindo com o Brasil inteiro essas homenagens”, finalizou Cristina durante a coletiva de imprensa.

Aruandar é preciso…

Bob Cuspe
Cena do filme “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente”, de Cesar Cabral – Leia a crítica aqui.


LISTA DE TODOS OS GANHADORES DO FEST ARUANDA 2021

PRODUÇÃO UNIVERSITÁRIA

Melhor Videoclipe

“Entranhado”, de Nathalia Bellar e Fabi Veloso.

Melhor Curta (TCC)

“O outro lado do espelho”, de Yanca Oliveira.

Menção Honrosa

“Videoclipe Calma”, de Ismael Farias

Prêmio Especial para a minissérie “O sumiço de Santo Antônio”, de Cely Farias e Waleska Picado, realizada pela TV UFPB.

Prêmio Especial do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro: “Toada para José Siqueira”


MOSTRA INTERNACIONAL UNIÃO EUROPÉIA

Melhor Roteiro

Ana Falcon, por “Tomorrow Island”

Melhor Fotografia

Michael Tebinka, por “Tomorrow Island”

Melhor Diretor

Jerônimo Sarmiento, por “Wild Game”

Melhor Filme

“Wild Game”, de Jerônimo Sarmiento

O Fest Aruanda também decidiu conceder um prêmio especial para a animação “Nós, os Lentos”, da Mostra Conexão Lusófona.


MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO

Curtas

Melhor Roteiro

Tiago A. Neves, por “Incúria”

Melhor Desenho de Som

João Yor e Cácio Bezerra, por “Noite no Sítio”

Melhor Edição

Diego Pontes, por “Tecendo Histórias”

Melhor Trilha Sonora

Amaro Mann, por “Tecendo Histórias”

Melhor Direção de Arte

Erick Marinho, por “Incúria”

Melhor Figurino

Nai Gomes, por “Adarrum”

Melhor Fotografia

Leonardo Gonçalves, por “Terra Vermelha”

Melhor Ator

Geyson Luís, por “Boyzinho”

Melhor Atriz

Ana Marinho, por “O que os machos querem”

Melhor Direção

Tiago A. Neves, por “Incúria”

Troféu Rodrigo Rocha/Cagepa de Melhor Curta Paraibano

“O que os machos querem”, de Anna Diniz

Menção honrosa

“Flor no Quintal”, de Mercicleide Ramos

Melhor Curta Sob o Céu Nordestino segundo o júri popular

“Noite no Sítio”, de Lucas Machado


MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO

Longas

Melhor Roteiro

Caroline Oliveira, por “Miami-Cuba”

Melhor Desenho de Som

Érico Paiva, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Edição

Petrus Cariry e Firmino Holanda, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Trilha Sonora

João Victor Barroso, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Direção de Arte

Sérgio Silveira, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Figurino

Lana Patrícia Benigno, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Fotografia

Petrus Cariry, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Ator ou personagem masculino

O júri optou por não conceder prêmio de melhor ator

Melhor Ator coadjuvante

Ruston Liberato, por “Fendas”

Melhor Atriz ou personagem feminino

Marcélia Cartaxo, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Atriz ou coadjuvante

Fátima Muniz, por “A Praia do Fim do Mundo”

Melhor Direção

Petrus Cariry, por “A Praia do Fim do Mundo”

Troféu Aruanda/Cagepa – Melhor Longa Sob o Céu Nordestino

“A Praia do Fim do Mundo”, de Petrus Cariry

Menção honrosa – “Transversais”, de Émerson Maranhão

Melhor longa Sob o Céu Nordestino segundo o júri popular

“Miami-Cuba”, de Caroline Oliveira

A Praia do Fim do Mundo
Cena do filme “A Praia do Fim do Mundo”, de Petrus Cariry – Leia a crítica aqui.

PRÊMIO DE CRÍTICA (ABRACCINE)

Melhor Curta-metragem da Mostra Nacional segundo o júri Abraccine

“O Pato”, de Antônio Galdino

Melhor Longa-metragem da Mostra Nacional segundo o júri Abraccine

“Capitu e o Capítulo”, de Júlio Bressane.


TROFÉUS DA MOSTRA NACIONAL FEST ARUANDA

Curtas

Melhor Roteiro

Carlos Segundo, por “Sideral”

Melhor Desenho de Som

Miguel Sampaio, por “Sideral”

Melhor Montagem

Ely Marques por “Animais na Pista” e “O Pato”

Melhor Trilha Sonora

Eli-Eri Moura, por “Animais na Pista”

Melhor Direção de Arte

Thiago Trapo, por “Animais na Pista”

Melhor Figurino/Cenografia

Tamyres Dysa, por “O Pato”

Melhor Fotografia

Rodolpho de Barros, por “Animais na Pista”

Melhor Ator

Enio Cavalcanti, por “Sideral”

Melhor Atriz

Norma Góes, por “O Pato”

Melhor Direção

Antônio Galdino, por “O Pato”

Melhor Curta-Metragem

“Sideral”, de Carlos Segundo

Menção Honrosa para “Foi um tempo de poesia”, de Petrus Cariry

Melhor curta-metragem nacional segundo o júri popular

“Foi um tempo de poesia”, de Petrus Cariry

Longas

Melhor Roteiro

Thais Fujinaga, por “A Felicidade das Coisas”

Melhor Desenho de Som

Confraria de sons e charutos por “Bob Cuspe – Nós não gostamos de gente”

Melhor Montagem

Lia Kulakauskas, por “Madalena”

Melhor Trilha Sonora

Junior Marcheti, por “Madalena”

Melhor Direção de Arte

Daniel Bruson, por “Bob Cuspe – Nós não gostamos de gente”

Melhor Figurino

Maria Aparecida Gavaldão, por “Capitu e o Capítulo”

Melhor Fotografia

Guilherme Tostes, Tiago Rios , por “Madalena”

Melhor Ator

Maicon Rodrigues, por “Salamandra”

Melhor Ator coadjuvante

Enrique Diaz, por “Capitu e o Capítulo”

Melhor Atriz

Patrícia Saravy, por “A Felicidade das Coisas”

Melhor Atriz coadjuvante

Magali Biff, por “A Felicidade das Coisas”

Melhor Direção

Júlio Bressane, por “Capitu e o Capítulo”

Melhor Longa-Metragem

“Capitu e o Capítulo”, de Júlio Bressane

Menção Honrosa ao Argumento do filme “Madalena”, de Madiano Marcheti, escrito por Madiano Marcheti, Thiago Gallego, Thiago Ortman, Tiago Coelho.

Menção Honrosa pela qualidade de atuação do elenco do filme “Madalena”, com Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule, Chloe Milan, Mariane Cáceres, Nádja Mitidiero, Joana Castro, Edilton Ramos, Maria Leite, Antonio Salvador, Lucas Miralles.

Melhor longa-metragem nacional segundo o júri popular

“Salamandra”, de Alex Carvalho

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