Revista da Semana | 15 de abril de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Na análise do jornal El País, o filósofo Byung-Chul Han diz que “exploramos a nós mesmos mais do que nunca”, devido ao excesso de “teletrabalho” das “vídeo conferências”. Há um sentimento de esgotamento, que gera o cansaço, que gera a depressão, que gera a desmotivação e que gera o desligamento do cérebro. Não só por estarmos indo além de nossas forças, mas por causa do resto de humanidade que alguns ainda carregam. Como produzir sabendo de que mais de quatro mil pessoas morrem por dia? Como produzir sabendo que muitos ainda acreditam que é apenas uma “gripezinha”? Como produzir com tantos amigos internados na UTI e a obrigação de se manter prazos dos projetos, como os da Lei Aldir Blanc?
Nos damos conta que talvez a música “Melhor do Que Parece”, do grupo O Terno, tenha sido feita sob medida para este momento atual. “Eu ando muito insatisfeito / Nada me agrada mais / Eu não consigo ouvir um disco / Ou ver um filme e / Um livro eu claramente não vou ler / Vou procurar em todo canto até / Achar onde eu perdi / Minha vontade, o meu desejo ou o prazer de conseguir / E a paciência que eu preciso para curtir / Eu tenho achado tudo chato, tudo ruim / Será que o chato aqui sou eu? / Será eu que fiquei viciado em novidade / E agora o tédio me enlouqueceu?”.
Sim, está cada vez mais difícil ser humano em um mundo de máquinas. Alguém disse certa vez que devemos voltar a ser animal. A se comportar como um animal. Um homem. No meio disso tudo, se até mesmo o Vertentes do Cinema já se perdeu no meio de tantas estreias, festivais, lançamentos e “novidades” (de robôs para extraterrestres ultra mega super resistentes), imagine o público que se “atola” em bilhões de caminhos e possibilidades. Pois é, a Revista da Semana do Vertentes do Cinema vem para ajudar. Para fornecer um foco. Um direcionamento. Um guia por uma curadoria especial.
A programação exibe o Curta da Semana, dicas das plataformas digitais, cobertura dos festivais que acontecem no momento, filmes, críticas, curtas e muito mais. Venha com a gente pela Revista da Semana! E boa viagem (sem sair de casa). Por favor, não saia às ruas! #fiqueemcasa (agora mais do que nunca).
CURTA DA SEMANA
SESSÃO DIA DO DESENHISTA
O MUNDO INDEPENDENTE DAS HQS
ASSISTA AQUI (2017, Brasil, 24 minutos, do Coletivo 36). O universo dos quadrinhos independentes, a evolução das técnicas de criação, facilidades e dificuldades em um processo que parece simples, mas que, em contrapartida tem suas limitações. Com depoimentos de, Gualberto Costa . Daniel Esteves . Rodrigo Febronio De Souza , Sidney Gusman , Leonardo Melo , Leandro Robles , Marcelo Costa . Magno Costa , Carlos Eduardo Novaes e Laudo Ferreira Jr.
PRÓXIMO CURTA
DISTOPIA
(2016, Brasil, 11 minutos, de Pedro Urizzi). Filmado no Brasil e em Budapeste, o roteiro debate o autoritarismo e aborda temas como sexualidade, capitalismo, censura e imigração. Após a exibição, o diretor recebe parte do elenco para um debate sobre os temas abordados na produção, com a participação do roteirista do filme, Maurício Paroni de Castro, da atriz Suzana Pires e do escritor J.P. Cuenca. Escrito pelo diretor e dramaturgo Maurício Paroni de Castro, ‘Distopia’ conta a história de uma personagem solitária que se imagina líder de uma sociedade, onde quem trai os votos de fidelidade é destinado à guilhotina. No espaço super populoso do corredor da morte, a única defesa dos condenados é uma declaração à câmara – quer dizer, ao espectador. ESTREIA 22/04, 00:01.
Revista da Semana | 15 de abril de 2021
EM CASA
TECHNOBOSS
(2019, Portugal, 112 minutos, de João Nicolau, CRÍTICA AQUI). O início da velhice de Luís Rovisco não se apresenta lá muito animador. Já sexagenário, continua a percorrer sozinho o país no exercício das funções, cada vez menos reais, de diretor comercial da empresa SegurVale. Tristeza, resignação? Não com as canções que Luís inventa ao volante e que invadem este filme de ponta a ponta. Exibido no Festival de Cinema de Locarno 2019. Disponível na plataforma digital MUBI.
SYNONYMES
(2019, França, Israel, 123 minutos, de Nadav Lapid, CRÍTICA AQUI). Yoav, um jovem israelense, chega a Paris esperando que a França e os franceses o salvem da loucura de seu país. Determinado a extinguir suas origens e se tornar francês, ele abandona a língua hebraica e se esforça de todas as maneiras para encontrar uma nova identidade. Vencedor do Urso de Ouro e do Prêmio da Crítica no Festival de Berlim. Disponível na plataforma digital FILME FILME.
MA
(2019, Estados Unidos, 100 minutos, de Tate Taylor, CRÍTICA AQUI). Maggie e seus amigos, todos menores de idade, estão tentando descolar bebidas alcóolicas em um super mercado quando conhecem Sue Ann (Octavia Spencer), uma mulher adulta que usa sua identidade para ajudá-los. Além de fornecer as bebidas, ela decide oferecer sua casa para que eles organizem uma festa com o pessoal do colégio. Os eventos acabam se tornando uma rotina do grupo, até que os jovens começam a identificar um comportamento estranho da dona da casa, que se torna cada vez mais controladora e obsessiva. Disponível na plataforma digital AMAZON PRIME VIDEO.
O PRIMEIRO HOMEM
(First Man, 2018, Estados Unidos, 141 minutos, de Damien Chazelle, CRÍTICA AQUI). O astronauta norte-americano Neil Armstrong embarca em uma jornada histórica para se tornar o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969. Os sacrifícios e custos de toda uma nação durante uma das mais perigosas missões na história das viagens espaciais. Disponível na plataforma digital NETFLIX.
A COMUNIDADE
(Kollektivet, 2016, Dinamarca, 111 minutos, de Thomas Vinterberg, CRÍTICA AQUI). O confronto entre os desejos pessoais, a solidariedade e a tolerância em uma comunidade dinamarquesa na década de 70. Na verdade, talvez, todo o filme seja a jornada da filha adolescente, que “aprende” na prática a percepção observada-realista pelo silêncio (de não julgar o que ainda não tem conhecimento) de seu crescimento (definir princípios, moralidades, sexualidade, e a segurança de lutar pelo que realmente deseja – em uma atmosfera folk e hippie de Bob Dylan com a nostalgia de Elton John), explícito quando assiste a família conversando no reflexo da televisão desligada. Disponível na plataforma digital FILME FILME.
SE A RUA BEALE FALASSE
(If Beale Street Could Talk, 2018, Estados Unidos, 120 minutos, de Barry Jenkins, CRÍTICA AQUI). Tish está esperando um filho enquanto luta para livrar seu marido de uma acusação criminal injusta e de subtextos racistas, a tempo de tê-lo em casa para o nascimento de seu bebê. O que é extraordinário quando, dentro da narrativa de “Se a Rua Beale Falasse”, se faça efetivar a vontade dos poderes regentes de destruir aqueles espíritos, e essa destruição se realiza implodindo parte daqueles que se amam, no intuito de retroalimentar a desilusão para que ela se faça norma, dando abertura para que a única possibilidade nessa desilusão infinita se torne a fé no amor que não abre mão hora alguma. Disponível na plataforma digital AMAZON PRIME VIDEO.
CURRAIS
(2018, Brasil, 90 minutos, de David Aguiar e Sabina Colares, CRÍTICA AQUI). Depois de passar anos estudando a respeito dos campos de concentração cearenses que foram responsáveis pelo flagelo de milhares pessoas após a seca de 1932, Rômulo (Rômulo Braga) embarca em uma jornada pelos sertões em busca de respostas sobre alguns mistérios que permanecem no passado. Entre documentário e ficção, o filme viaja por fotos, documentos e relatos reais. Disponível na plataforma digital LOOKE.
VIDA SELVAGEM
(Wildlife, 2018, Estados Unidos, 105 minutos, de Paul Dano, CRÍTICA AQUI). Joe, um garoto de 14 anos, é filho único e vive em uma cidadezinha de Montana na década de 1960. De repente, ele precisa assumir o papel de adulto e ajuda sua mãe na luta diária para manter a casa e suas responsabilidades. “Vida Selvagem” é tecnicamente impecável. O iniciante diretor conduz seu público em uma narrativa sutil e sofisticada, principalmente pela direção dos atores (irretocáveis), ponto alto do longa-metragem, que nos estimula a uma identificação todo tempo com nossas próprias vidas, porque todos nós temos uma de vez em quando, ou na maioria de nossa existência, uma vida selvagem. Disponível na plataforma digital AMAZON PRIME VIDEO.
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ACOMPANHE NOSSA COBERTURA DIÁRIA DO FESTIVAL É TUDO VERDADE 2021
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SESSÃO ESPECIAL NO FESTIVAL É TUDO VERDADE 2021
COLECTIV
(2019, Romênia, 109 minutos, de Alexander Nanau, CRÍTICA AQUI). O diretor Alexander Nanau segue uma equipe de investigadores do jornal romeno Gazeta Sporturilor enquanto eles tentam descobrir uma rede de fraude no sistema de saúde que enriqueceu magnatas e políticos e levou à morte cidadãos inocentes.
O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, anuncia uma atração especial dentro de sua programação para o dia 18 de abril: o 70º filme de sua programação é Colectiv, de Alexander Nanau, filme vencedor da Competição Internacional de Longas-Metragens do festival em 2020. O longa, indicado este ano ao Oscar® de Melhor Documentário e Melhor Filme Estrangeiro, será exibido ao meio-dia, com limite de 300 visionamentos, na plataforma É Tudo Verdade/ Looke.
Logo após sua exibição, às 14h, no Youtube do É Tudo Verdade, o diretor Alexander Nanau será entrevistado pela diretora brasileira Petra Costa, cujo longa-metragem Democracia em Vertigem foi indicado ao Oscar® de Melhor Documentário no ano passado.
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TUDO SOBRE A PROGRAMAÇÃO DO 47o FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 2021
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O 47o FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 2021 ANUNCIA SEUS VENCEDORES
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#01 – RECEITAS EM FILMES: BASTARDOS INGLÓRIOS
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