Revista da Semana | 11 de fevereiro de 2021
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
O Vertentes do Cinema completa onze meses em quarentena total e irrestrita. Mas lá fora parece que o Coronavírus já passou e voltou a ser apenas marca de cerveja. Não. Não mesmo. Um dos papéis dessa Revista da Semana é registrar o momento em que vivemos para a posteridade. No Brasil, no dia de ontem, continuamos com mais de 1300 óbitos por dia. É desumano e surreal. O atentado de 11 de Setembro contabilizou 4000 mortes. Quase três dias do lado de cá. Assim, pedimos que todos e todas que puderem, fiquem em casa! Por favor! Hoje, uma propaganda avisou que o Tivoli Park – Via Parque Shopping apresentará ao longo da semana “novas atrações”. Por favor, fiquem em casa! As escolas estão reabrindo normalmente. Por favor, fiquem em casa! Os cinemas também. E apesar de nosso site listar as estreias e as respectivas críticas, nós não apoiamos a ação de tentar de qualquer jeito “salvar” a economia. Com isso, desculpe-nos pelo low-down feeling, mais uma edição da Revista do Vertentes entra no ar, com uma curadoria especial de dicas e novidades do que não perder (ou do que não escolher) da sétima arte. Sim, 2021 entrou frenético. Na velocidade número cinco. Mas o Vertentes do Cinema faz de tudo para ajudar. Acompanhe nosso site. Todo dia, um conteúdo novo. E/ou uma dica imperdível. Vamos lá!
CURTA DA SEMANA
CINEFILIA EM AÇÃO
JULIANA NA CINEMATECA
ASSISTA AQUI (2017, Brasil, 17 minutos, de Diego Quinderé e Estevão Meneguzzo). O documentário mostra a cinemateca do MAM no Rio de Janeiro, que conta com um acervo de 80 mil rolos de filmes. Ocupada com a restauração das obras, Juliana lida com a deterioração e os constantes dilemas presentes na preservação de filmes.
PRÓXIMO CURTA
O DIÁRIO DE GLOMOV
(Dnevnik Glumova, 1923, União Soviética, 5 minutos, Mudo, de Sergei M. Eisenstein). Inspirado na obra de Nicolas Ostrovksy. É o primeiro curta dirigido pelo cineasta russo Sergei M. Eisenstein. ESTREIA 18/02, 00:01.
EM CASA
BEGINNING
(Დასაწყისი, 2020, França, Georgia, 130 minutos, de Dea Kulumbegashvili, CRÍTICA AQUI). Em uma pacata cidade da Geórgia, uma comunidade das Testemunhas de Jeová é atacada por um grupo extremista. Yana, a esposa do líder da comunidade, é afetada lentamente, gerando um descontentamento interior que aumenta à medida que ela luta para dar sentido à sua vida. Disponível na plataforma digital Mubi.
MALCOLM & MARIE
(2021, Estados Unidos, 106 minutos, de Sam Levinson, CRÍTICA AQUI). Um cineasta e sua namorada lavam a roupa suja e fazem revelações dolorosas depois da estreia do filme dele. O longa é um fetiche totalizante de como a indústria pode servir para estilizações múltiplas e criar uma idealização do estilo de vida norte-americano. Até quando busca um diálogo com questões políticas diretas, falha por acreditar no centrismo de sua representação. Disponível na plataforma digital Netflix.
APOSTANDO ALTO
(Joueurs, 2018, França, 107 minutos, de Marie Monge, CRÍTICA AQUI). Quando Ella conhece o charmoso Abel, sua vida é transformada. Ela descobre uma Paris underground, onde reinam a adrenalina e o dinheiro. Aos poucos, é consumida por uma intensa paixão: por ele e pelas apostas. Entre o comercial e o independente, o filme tenta se encaixar em algumas propostas de gênero que possam funcionar de maneiras mais direta e imediata. Disponível nas plataformas digitais Now, Vivo Play, YouTube, Google Play, iTunes/Apple.
A JORNADA DE JHALKI
(Jhalki aka 150 Million Magical Sparrows, 2019, Índia, 105 minutos, de Brahmanand S. Singh e Tanvi Jain, CRÍTICA AQUI). Por um breve descuido, Jhalki perde seu irmão mais novo de apenas sete anos. Ela precisa encontrá-lo a qualquer custo. E para isso enfrentará a corrupção e as falcatruas enraizadas do sistema. Inspirado em acontecimentos reais, com um pano de fundo de tráfico humano e trabalho infantil, ‘A Jornada de Jhalki’ se torna um thriller atípico de esperança, coragem, autoconfiança e perseverança em um mundo desumano, visto pelos olhos de uma menina de nove anos, que não vai parar em qualquer lugar que não seja um triunfo. Disponível na plataforma digital Cinema Virtual.
ESTREIAS NOS CINEMAS BRASILEIROS
AZNAVOUR POR CHARLES
(Le Regard de Charles, 2019, França, 83 minutos, de Marc di Domenico e Charles Aznavour, CRÍTICA AQUI). Em 1948, Edith Piaf presenteou Charles Aznavour com uma câmera, um presente que ele nunca mais largou. Até 1982, Charles filmou horas de rolos que formavam seu diário. Aznavour filmou sua vida, e viveu enquanto filmava. Onde ele ia, levava sua câmera junto, gravando tudo por onde passava. Os momentos da sua vida, os lugares que foi, seus amigos, seus amores, seu tédio. Alguns meses antes que morrer, ele começou a desenrolar seus filmes com Marc di Domenico e então decidiu fazer um filme, seu filme.
QUEM PODE JOGAR?
(2020, Brasil, 76 minutos, de Marcos Ribeiro, CRÍTICA AQUI). Documentário que revela como quatro corajosos atletas transexuais treinam, jogam e enfrentam as barreiras do preconceito no esporte. O diretor acompanha, pelo ponto de vista dos próprios atletas, e com olhos livres, a rotina da menina patinadora de 10 anos Maria Joaquina, o intenso treinamento do fisiculturista Juliano Ferreira, a jornada da jogadora de vôlei Isabela Neris e os desafios da lutadora de MMA e jiu jitsu Anne Viriato, uma mulher que gosta de enfrentar homens no octógono.
ALCIONE – O SAMBA É O PRIMO DO JAZZ
(2020, Brasil, 70 minutos, de Angela Zoé, CRÍTICA AQUI). O documentário O Samba é Primo do Jazz vai mostrar a trajetória musical de Alcione Dias Nazareth, a nossa grande intérprete brasileira, a partir de suas referências musicais, sua inserção no mundo da música e sua relação com família e amigos. A cinebiografia nos aproxima de uma Alcione descontraída, divertida e matriarcal com a vida e o fazer artístico.Angela Zoé não quer a polêmica, a fofoca, a picuinha, e sim mostrar a música por trás da receptora.
NOTRE DAME
(2019, França, 90 minutos, de Valérie Donzelli, CRÍTICA AQUI). Maud Crayon, arquiteta e mãe de duas crianças, conquista – graças a um mal-entendido – o grande concurso promovido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio diante da catedral de Notre-Dame… Às voltas com essa nova responsabilidade, ela se vê em meio a uma tempestade ao ter de lidar ao mesmo tempo com um antigo amor da juventude que reaparece de repente e com o pai de seus filhos, a quem não chega a abandonar completamente.
#SEMSAÍDA
(Follow Me, 2020, Estados Unidos, 92 minutos, de Will Wernick, CRÍTICA AQUI). Uma personalidade das mídias sociais viaja com seus amigos para Moscou para conseguir novos conteúdos para o seu bem-sucedido vlog. Sempre ultrapassando os limites e atendendo a um público crescente, eles entram em um mundo de mistério e perigo. Quando as linhas entre a vida real e as mídias sociais são borradas, o grupo deve lutar para escapar e sobreviver.
O IMPÉRIO DE PIERRE CARDIN
(House of Cardin, 2019, Estados Unidos, 97 minutos, de P. David Ebersole e Todd Hughes, CRÍTICA AQUI). Milhões conhecem a logo icônica e a assinatura onipresente, mas poucos conhecem o homem por trás da marca. Quem é Pierre Cardin? Qual a história desse ícone legendário? House of Cardin é uma imersão na mente de um gênio, um documentário cronológico da vida e design de Pierre Cardin. Mr. Cardin deu acesso exclusivo aos arquivos do seu império e concedeu entrevistas nunca antes vistas no fim de sua gloriosa carreira. Com distribuição da Imovision. Em Cartaz no CINESESC.
BALANÇO E PREMIAÇÃO DO FESTIVAL DE ROTERDÃ 2021
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SELEÇÃO ESPECIAL CINEMATECA FRANCESA
MAUPRAT
(1926, França, 88 minutos, de Jean Epstein, Silencioso). Baseado no romance Mauprat de George Sand. Com Sandra Milowanoff, Maurice Schutz, René Ferté, Alex Allin. Quando criança, o órfão Bernard de Mauprat ficou encantado com seu tio Tristão, um homem mal orientado no banditismo, que o criou para odiar e matar. Hubert de Mauprat, o irmão mais velho de Tristão, encarnação de retidão e nobreza, e sua filha, a bela e intrépida Edmée, comprometem-se a separar Bernard de seu tio e de seu destino. Filme salvo em 2003 pela Cinémathèque fraçaise a partir de uma cópia em nitrato de seu acervo, digitalizado pelo laboratório Éclair em 2013.
LAV DIAZ: UM NORTE, SUL, LESTE E OESTE
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Revista da Semana | 11 de fevereiro de 2021