Revista da Semana | 10 de dezembro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
A Revista do Vertentes lançada hoje, dia 10/12, tem um gostinho mais que especial. Não somente por causa da vacina contra o Coronavírus que está bem mais próxima de nossa salvação e/ou por causa de mais festivais de cinema que entram em cena, mas principalmente porque é uma data comemorativa deste fundador e editor geral. Aniversários costumam gerar sensações conflitantes por aproximar a velhice e distanciar a juventude (há quem diga que nós nos tornamos “vinhos melhores”). Ainda que sejam apenas um simbolismo-contagem de um novo ano-ciclo (uma definição personificada), a data propicia a lembrança e o carinho de nossos próximos, nos unindo em novas formas de família. Sim, todo e qualquer aniversário é um dia estranho, pululado de emoções controversas e sensibilidades aguçadas. Cantar o parabéns da Xuxa, assoprar velinhas, seguir o protocolo, tudo representa uma memória afetiva de reconexão com a infância (e mais próxima a nossa essência-primitiva) de seres humanos tão ingênuos e imaturos quando analisamos por seus sentimentos. Pois é, com ou sem aniversário, o Vertentes do Cinema não pode parar. No editorial desta semana, uma curadoria especial com curtas, festivais, filmes e muito mais.
CURTA DA SEMANA
SESSÃO CLÁSSICOS DA COMÉDIA
SOBRE RODAS
ASSISTA AQUI (The Rink, 1916, Estados Unidos, 24 minutos, de Charles Chaplin). Após trabalhar duro no restaurante, um garçom aproveita o intervalo no trabalho para patinar. Com Charles Chaplin, Edna Purviance, James T. Kelley, Eric Campbell, Henry Bergman, Albert Austin, Leota Bryan.
PRÓXIMO CURTA
SESSÃO EM BRASÍLIA
O HOMEM QUE NÃO CABIA EM BRASÍLIA
(2016, Brasil, 16 minutos, de Gustavo Menezes). A peleja de um morador de rua contra a utopia de Brasília. Com Wellington Abreu, Lucio Campello, Juliana Tavares, Uriel Martínez, Maria Stella e Marcelo Pelucio. ESTREIA 17/12, 00:01.
EM CASA
FICO TE DEVENDO UMA CARTA SOBRE O BRASIL
(2020, Brasil, 88 minutos, de Carol Benjamin, CRÍTICA AQUI). Três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e entrelaçá-la com a história do país, entre passado e presente, o filme investiga a persistência do silêncio como uma ferramenta de apagamento da memória. Estreia esta quinta-feira, dia 10/12, às 19h05, no Canal Brasil. Em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.
TATUAGEM
(2013, Brasil, 110 minutos, de Hilton Lacerda, Crítica AQUI). Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio Wanderley, a trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, além de seu tradicional público de homossexuais, ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia. A vida de Clécio muda ao conhecer Fininha, apelido do soldado Arlindo Araújo, 18 anos: um garoto do interior que presta serviço militar na capital. É esse encontro que estabelece a transformação de nosso filme para os dois universos. A aproximação cria uma marca que nos lança no futuro, como tatuagem: signo que carregamos junto com nossa história. Disponível na plataforma digital Netflix.
MEU CORPO É POLÍTICO
(2017, Brasil, 72 minutos, de Alice Riff, Crítica AQUI). Vivenciado o dia a dia ao lado de diversos ativistas LGBT moradores das periferias de São Paulo, o documentário faz um panorama do contexto social em que os personagens estão inseridos e de que forma sua atuação age nas ruas. Além disso, levanta questões sobre a população trans no Brasil e suas disputas políticas. “Meu Corpo é Político” materializa as palavras. Busca-se dar um sentido. “Antes era senzala, agora, favela”, diz-se e tom de “teatro político” e de “transmutação” de uma mulher ao homem. “Se a classe não se adapta a gente, como nós nos adaptaremos ao mundo?”. A câmera direta integra essas personagens na multidão, que olha, observa e percebe. Disponível na plataforma digital Mubi.
ESTREIAS NOS CINEMAS
OS SONÂMBULOS
(2018, Brasil, 110 minutos, de Thiago Mata Machado, CRÍTICA AQUI). Era um pequeno grupo de demolidores de mundo. Perdidos na multidão, mas ligados uns aos outros, viviam na solidão da clandestinidade, às voltas com suas contradições: amavam a vida humana, mas desprezavam a própria vida. Estavam prontos ao sacrifício. Niilismo, melancolia, traição, desespero: consciências trágicas em uma longa viagem ao fim da noite. Um conto de amor e de morte em um mundo em que o estado-de-exceção veio a se tornar regra e os últimos dias da humanidade não terminam nunca.
QUANDO HITLER ROUBOU O COELHO COR-DE-ROSA
(Als Hitler Das Rosa Kaninchen Stahl, 2019, Alemanha, 119 minutos, de Caroline Link, CRÍTICA AQUI). Anna, de nove anos, vive com os pais e o irmão mais velho em Berlim. O pai é um jornalista conhecido, que em seus artigos critica abertamente Adolf Hitler e o regime nazista. A trama começa pouco antes das eleições na Alemanha em março de 1933, na qual os nacional-socialistas consolidam seu poder.
TODOS OS MORTOS
(2020, Brasil, 120 minutos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo, CRÍTICA AQUI). 1899. A escravidão foi “abolida” recentemente no Brasil. Após a morte de sua última empregada doméstica, as três mulheres da família Soares estão perdidas na cidade em rápida expansão de São Paulo. O grupo, que já possuía plantações de café, está agora à beira da ruína e tenta se adaptar aos novos temos. Ao mesmo tempo, a família Nascimento, antes escravizada na fazenda Soares, agora se vê à deriva em uma sociedade em que não há lugar para negros recém-libertos.
TUDO SOBRE O 15º FEST ARUANDA 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
TUDO SOBRE O 1º FESTIVAL DE CINEMA RUSSO 2020 POR JOÃO LANARI BO
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
NA REAL_VIRTUAL 2 POR SEUS CURADORES MEDIADORES
https://www.youtube.com/watch?v=QvJoBHAspM4
ACOMPANHE A COBERTURA DIÁRIA DO CINE CEARÁ 2020
(clique AQUI ou na foto e saiba tudo)
MARCUS FAUSTINI, QUE VOCÊ TENHA INSPIRAÇÃO PARA FOMENTAR NOSSA CULTURA E NOSSAS MOTOS!
VENDE-SE ESTA MOTO
(2017, Brasil, 80 minutos, de Marcus Faustini, CRÍTICA AQUI). Xéu e Lidiane esperam um filho. Para montar o enxoval, ela exige que ele, que está desempregado, venda sua moto. O primo Cadu o ajuda a buscar um comprador, mas ainda nutre sentimentos profundos por Lidiane, sua ex-namorada.
Revista da Semana | 03 de dezembro de 2020
RELEMBRE O CINEMA EM CONVERSAS #28 E A ANÁLISE DOS 27
Toda sexta-feira às 21:00 no youtube Lume Filmes Oficial e no youtube do Vertentes do Cinema tem o programa CINEMA EM CONVERSAS com Frederico Da Cruz Machado, Marco Fialho e Fabricio Duque. No dia 03/12, nós encontramos o último programa do ano e analisamos os 27 anteriores. Mas não acabou. Voltamos em Janeiro de 2021 com força total para continuar com a segunda temporada. Ho HO HO!
Enquanto o programa inédito (e ao vivo) não começa, confira os anteriores da PRIMEIRA TEMPORADA:
#01: A HORA DO LOBO, de Ingmar Bergman
#02: A LIBERDADE É AZUL, de Krzysztof Kieślowski
#03: QUERELLE, de Rainer Werner Fassbinder
#04: CIDADÃO KANE, de Orson Welles
#05: CLEO DE 5 AS 7, de Agnès Varda
#06: FAÇA A COISA CERTA, de Spike Lee
#07: AS DIABÓLICAS, de Henri-Georges Clouzot
#08: S. BERNARDO, de Leon Hirszman
#09: VELUDO AZUL, de David Lynch
#10: ASAS DO DESEJO, de Win Wenders
#11: VIVER, de Akira Kurosawa
#12: MORTE EM VENEZA, de Luchino Visconti
#13: QUANTO MAIS QUENTE MELHOR, de Billy Wilder
#14: O ANJO EXTERMINADOR, de Luis Buñuel
#15: PAISAGEM NA NEBLINA, de Théo Angelopoulos
#16: DANÇANDO NO ESCURO, de Lars von Trier
#17: A HORA DA ESTRELA, de Susana Amaral
#18: LANTERNAS VERMELHAS, de Zhāng Yìmóu
#19: ZERO DE CONDUTA, de Jean Vigo
#20: OITO DE MEIO, de Federico Fellini
SEGUNDA TEMPORADA
#21: NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS, de John Ford
#22: REPULSA AO SEXO, de Roman Polanski
#23: O SILÊNCIO, de Mohsen Makhmalbaf
#24: CORAÇÃO SATÂNICO, de Alan Parker
#25: TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS, de Apichatpong Weerasethakul
#26: UMBERTO D, de Vittorio De Sica
#27: VÁ E VEJA, de Elem Klimov
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CINECLUBE RECINE #17
SALTO NO VAZIO
(2017, Brasil, 70 minutos, de Patricia Niedermeier e Cavi Borges, CRÍTICA AQUI). As memórias da viagem feita pelo casal de artistas Cavi Borges e Patrícia Niedermeier são transformadas em um filme-ensaio. O cenário é composto de paisagens localizadas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Síria, França e Hungria, onde foi registrada uma série de coreografias e outras performances criadas por ambos. Não, o filme não é baseado no videoclipe “Salto no Vazio” de Mastruz com Leite.
NA ILHA_O LIVRO EM FINANCIAMENTO COLETIVO
Documentário que coloca as ilhas de edição na frente das câmeras agora vira livro. Para contribuir: https://www.catarse.me/na_ilha