Revista da Semana | 04 de novembro de 2021

 

Revista da Semana | 04 de novembro de 2021

Estreias e Dicas desta quinta-feira no Vertentes do Cinema

Por Redação

Novembro de 2021. Parece mesmo, quase um fato irrefutável, que nós perdemos o controle sobre nossas vidas, especialmente sobre nossos tempos e formas de lidar com nossas ações mais cotidianas. É uma síndrome. De uma sensação acelerada de ter que fazer coisas. Muitas coisas. A pandemia modificou tudo. Intensificou o home office, embaralhou os limites entre trabalho e vida pessoal e causou a falsa impressão de produção ininterrupta. Logicamente, o Burnout era inevitável. Esse distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema. Mas como chegamos a isso? Nós tentamos nos proteger, só que essa síndrome nos encontrou. O diagnóstico não poderia ser mais perturbador, gerando desmotivação completa e mudanças de humor. Como resolver? Parar e descansar. Mas será que é possível? Terapia é o melhor remédio, porque “descobrimos” que a mente é a parte mais importante do corpo. E que não é preciso morrer para desacelerar. E mais, o mundo está pouco se lixando. Assim, o processo é na verdade bem simples: apenas selecionar o que é importante. Para você. A Revista da Semana do Vertentes do Cinema tenta mesmo ajudar com uma curadoria guiada do que acontece no universo do audiovisual.

CURTA DA SEMANA

A Pedra da Riqueza

SESSÃO CINEMA BRASILEIRO

A PEDRA DA RIQUEZA

(1980, Brasil, 16 minutos, de Vladimir Carvalho)

ASSISTA AQUI

A partir de depoimentos dos próprios garimpeiros, o documentário procura compreender o processo primitivo do trabalho de garimpo da xelita, nas minas da região do vale do Sabugi, Paraíba, consideradas das mais importantes do mundo. Enfoca as rudimentares condições de vida desses trabalhadores, num sistema de trabalho quase primitivo, sem carteira de trabalho, assistência médica ou social e que desconhecem o valor e o destino da matéria-prima que extraem: o tungstênio, utilizado nos mais sofisticados e complexos instrumentos da tecnologia nuclear.


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EM CASA

Brincante

DISPONÍVEL NA PLATAFORMA NETFLIX

BRINCANTE

(2014, Brasil, 92 minutos, de Walter Carvalho)

CRÍTICA AQUI

Uma viagem musical na obra de Antonio Nóbrega, conduzida pelos seus personagens João Sidurino e Rosalina – das peças “Brincante” e “Segundas Histórias”. Em um misto de ficção e documentário, diversas expressões culturais apresentando como esse artista faz parte do imaginário cultural brasileiro. “Brincante” é um misto de diversão, memória afetiva e desprendimento do tempo-espaço de uma atualidade tão corrida. É uma oportunidade para desacelerar e se auto-conectar com nossa existência “analógica”.

Socrates

DISPONÍVEL NA PLATAFORMA TELECINE

SÓCRATES

(2018, Brasil, 74 minutos, de Alexandre Moratto)

CRÍTICA AQUI

Depois da morte da mãe que o criou, o jovem Sócrates precisa tentar sobreviver sozinho em São Paulo. A dura realidade coloca seus valores e ideais à prova, e ele precisa enfrentar o luto, a miséria e o preconceito em relação a sua sexualidade. É uma narrativa de pele, não pele apenas pelo o que há de intrínseco no discurso, mas pele porque é catarse subcutânea, é de se levar a transcendência de todo o espelho de empatia que a fisiologia humana pode chegar. Um texto que leva o corpo para a rua, a rua para o corpo e a dor para o espírito.

The Father

DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS PARAMOUNT PLUS e NOW

MEU PAI

(The Father, 2020, Reino Unido, França, 97 minutos, de Florian Zeller)

CRÍTICA AQUI

Anthony tem 81 anos de idade. Ele mora sozinho em seu apartamento em Londres, e recusa todos as enfermeiras que sua filha, Anne, tenta impor a ele. Mas isso se torna uma necessidade maior quando ela resolve se mudar para Paris com um homem que conheceu há pouco, e não poderá estar com pai todo dia. Fatos estanhos começam a acontecer: um desconhecido diz que este é o seu apartamento. Anne se contradiz, e nada mais faz sentido na cabeça de Anthony. Estaria ele enlouquecendo, ou seria um plano de sua filha para o tirar de casa?

The Turning

DISPONÍVEL NA PLATAFORMA HBO MAX

OS ORFÃOS

(The Turning, 2020, Estados Unidos, Reino Unido, 94 minutos, de Flora Sigismond)

CRÍTICA AQUI

Kate (Mackenzie Davis) é professora e foi contratada para ser babá de duas crianças órfãs em uma mansão no interior do estado do Maine, EUA. Ao chegar se depara com a beleza do local, mas também com acontecimentos assustadores. O questionamento é se tudo o que presencia é real ou parte de sua imaginação em um jogo psicológico que pode valer sua vida. “Os Órfãos”, assim como os cavalos adestrados pelos personagens, soa como uma nau desgovernada em um oceano de muitas possibilidades melhores de entretenimento.

Boyhood

DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS AMAZON PRIME VIDEO e STAR+

BOYHOOD – DA INFÂNCIA À JUVENTUDE

(Boyhood, 2014, Estados Unidos, 165 minutos, de Richard Linklater)

CRÍTICA AQUI

O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo. “Boyhood – Da Infância à Juventude” é uma das mais longas produções da história do cinema (visto até mesmo em sua duração de duas horas e quarenta e cinco minutos). É a odisseia do crescimento, com suas mudanças, imaginações infantis, discussão dos pais (o pai que quer ser amigo e não só um pai biológico), a descoberta do mundo dos “adultos” e influências de casa e do mundo ao redor que estimulam fases.

DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS LOOKE e NOW

A ÚLTIMA GRAVAÇÃO

(2019, Brasil, 77 minutos, de  Isabel Cavalcanti e Celia Freitas)

CRÍTICA AQUI

O documentário A Última Gravação de Isabel Cavalcanti e Celia Freitas acompanha os ensaios para a peça A última Gravação de Krapp, encenada pelo ator Sergio Britto e os últimos dias de lucidez do ator. Em uma mescla entre ficção e documentário, o filme se apresenta como uma bela homenagem póstuma a Britto. É uma construção difícil essa a de muitos Sergios e as diretoras conseguem, também com o auxilio da fotografia- que o tempo todo acompanha o clima teatral- trazer toda a crueza de um corpo que ,por mais que não queira, sabe que se encontra mais frágil.

Relatos Salvajes

DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS TELECINE e GLOBOPLAY

RELATOS SELVAGENS

(Relatos Salvajes, 2014, Argentina, 122 minutos, de Damián Szifron)

CRÍTICA AQUI

Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle. Cada segmento de “Relatos Selvagens” traz sua vingança passional, exagerada, kitsch, extremamente “almodovariana” pelas hipérboles e sentimentos experimentados sem dosar consequências e limites. A narrativa acelera as ações “corriqueiras” dos personagens, tendo a câmera passeando por suas ironias ingênuas de sinceridade ácida e sem pudor.

A Star is born

DISPONÍVEL NA PLATAFORMA TELECINE

NASCE UMA ESTRELA

(A Star Is Born, 2018, Estados Unidos, 136 minutos, de Bradley Cooper)

CRÍTICA AQUI

Jackson Maine (Bradley Cooper) é um cantor no auge da fama. Um dia, após deixar uma apresentação, ele para em um bar para beber algo. É quando conhece Ally (Lady Gaga), uma insegura cantora que ganha a vida trabalhando em um restaurante. Jackson se encanta pela mulher e seu talento, decidindo acolhê-la debaixo de suas asas. Ao mesmo tempo em que Ally ascende ao estrelato, Jackson vive uma crise pessoal e profissional devido aos problemas com o álcool. “Nasce Uma Estrela” pulsa uma energia natural, muito pelo poder da música que envolve e arrepia, tentando quebrar com sutil sagacidade o conto de fadas projetado pelo querer deles. Há magia, mas em uma versão bem menos Disney.

O Cemitério das Almas Perdidas

DISPONÍVEL NA PLATAFORMA RESERVA IMOVISION

O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS

(2020, Brasil, 95 minutos, de Rodrigo Aragão)

CRÍTICA AQUI

Corrompido pelo poder do livro negro de Cipriano, um jesuíta e seus seguidores iniciam um reinado de terror no Brasil colonial, até serem amaldiçoados a viver eternamente presos sob os túmulos de um cemitério. Agora, séculos depois, eles estão prontos para se libertar e espalhar sua maldade em todo o mundo. “O Cemitério das Almas Perdidas”, seu filme de maior orçamento, é um retrato bastante consolidado do terror trash, de quintal, mas com finalização proeminente. É o subdesenvolvimento do quinto dos inferno se erguendo para abrir o longa em homenagem ao Mestre.

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Em Casa


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Vou Rifar Meu Coracao


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Torre das Donzelas


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Il Silenzio Grande


Revista da Semana | 04 de novembro de 2021

NOS CINEMAS

(Nosso site precisa informar que este editorial apenas segue o protocolo de listar as críticas dos filmes que estrearam, mas nós seguimos nossa campanha de não estímulo às salas escuras #fiqueemcasa e #cinemasaindanão) Falta muito pouco para que este novo normal ganhe segurança!

7 Prisioneiros 2021

7 PRISIONEIROS

(2021, Brasil, 93 minutos, de Alexandre Moratto)

CRÍTICA AQUI

Homens “agenciadores” de São Paulo recrutam trabalhadores “bichos do mato” na roça oferecendo uma vida melhor, um futuro na metrópole (“Sair dali, ganhar dinheiro e prosperar”). Esses trabalhadores acreditam na oportunidade, mas acabam presos em um ferro-velho, onde são orientados a trabalhar para saldar dívidas. “7 Prisioneiros” é uma parábola psicanalista da universalidade da vida atual, que desmascara qualquer resquício ético para manter o querer é poder. Como mensurar quais fins e quais meios até o objetivo traçado? A retórica encontra a potência da obra, que desenvolve a realidade pelo processo autodestrutivo da utopia

Marighella 2021

MARIGHELLA

(2021, Brasil, 155 minutos, de Wagner Moura)

CRÍTICA AQUI

Afrodescendente, poeta e político, o lendário Carlos Marighella. Obstinado a lutar contra a erosão dos direitos humanos e civis pós-golpe de 1964, o revolucionário deixa para trás seu filho para tomar em armas e virar o chamado “inimigo número um do regime militar”, tudo para lutar contra um sistema poderoso e opressor. “Marighella” quer e transmite imagens de força e grandiosidade. Talvez o diretor, saindo de gravações próximas de Fernando Meirelles, interessado nessa visão mais fantasiosa do negócio e também bem mais interessado por um Tarantino da vida, achou que era ali que encontraria seu lugar.


TEMPOS DE FELLINI 2021

Fellini Puc


SESSÃO BAÚ DO VERTENTES

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Iran

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