Mostra Um Curta Por Dia Marco mes 9

CineBH 2018: Último Dia e Encerramento

Foto: Leo Lara

O Último Dia e seu Encerramento

Por Vitor Velloso


A Universo Produções organizou domingo para levar, os convidados e a imprensa, para conhecer Inhotim, o famoso parque próximo a Brumadinho. O passeio foi agradabilíssimo, tudo assessorado pela organização do festival. Às obras que possuem caráter verborrágico como um todo, discorrem sobre política a partir de suas formas e reflexões.

Após um longo trânsito perdi grande parte da sessão de “Tempo Comum”, que constava na pauta, e decidi não pegar no meio do caminho, por isso não assisti ao filme e não poderei escrever sobre. Priorizei ao filme póstumo do Raul Ruiz à cerimônia de encerramento (com exibição do Benzinho), assim pude assisti-lo em uma sessão vazia, terá crítica no site.

Durante a cerimônia de encerramento foram anunciados os vencedores do Brasil CineMundi foi “A sombra do cão” de Carla Saavedra Brychcy e produção de Priscila Portella. Eles venceu VENTANA SUR, CIARIO, CINECOLOR, CTAv, DOTCINE, MISTIKA, PARATI. E como menção honrosa por parte do Júri, “Filme de Sereia”, de Indira Dominici e produção de Marina Meliande.

O prêmio para os produtores para que participe de outros eventos, eu irei copiar diretamente do site, ficando aqui os devidos créditos

Cinélatino, Rencontres de Toulouse – FRANCE Vaga para um produtor selecionado para o Brasil CineMundi participar do Cinéma en Développement no 29º Cinelatino, que será realizado de 17 a 26 de março de 2017 em Toulouse. O produtor vencedor foi Henrique Zanoni, do projeto “A mãe”, de Cristiano Burlan foi escolhido pelo Júri Oficial do 7º Brasil CineMundi.

DocMontevideo – URUGUAI Vaga para um produtor de um projeto da categoria Doc Brasil Meeting para acesso aos Meetings e ao Workshop DocMontevideo 2017 que será realizado em julho de 2017. O produtor vencedor foi André Hallak, do projeto “Arquivos de Lava”, de Felipe Chimicatti e Pedro Carvalho foi escolhido pelo Júri Oficial do 7º Brasil CineMundi.

TorinoFilmLab – ITÁLIA Vaga para um produtor de projeto da categoria Brasil CineMundi participar no Meeting Event na próxima edição do TorinoFilmLab (22 a 25 de novembro de 2016). O produtor vencedor foi Ticiana Augusto Lima, do projeto “Natan”, de Luciana Vieira e Victor Costa Lopes foi escolhido pelo Júri Oficial do 7º Brasil CineMundi.

O festival recebeu uma cobertura especial e exclusiva pelo Vertentes do Cinema, tendo parte das palestras e debates com os comentários aqui no site. O tema desta edição, Pontes Latino-Americanas foi uma boa surpresa para o público, pois, as performances promovida pela Universo, assim como, os shows, possuíam uma envergadura sociopolítica extremamente precisos. Assim, grande parte da cobertura foi regada de militâncias por parte do público, dos curadores e dos convidados.

Encerro aqui a cobertura diária do festival, mas continuarei publicando algumas críticas e textos. E até ano que vem ao Cine BH.


A Premiação


A cerimônia de encerramento da 12ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte aconteceu na noite de domingo (2 de setembro), em um MIS Cine Santa Tereza lotado, com o anúncio dos projetos vencedores do 9º Brasil CineMundi – 9th International Coproduction Meeting. Durante a última semana, foram realizadas 234 rodadas de one-on-one meetings na Central do Cinema, no Palácio das Artes, onde 42 produtores e diretores apresentaram suas ideias aos 26 convidados de 12 países.

O ganhador na categoria CineMundi foi “A Professora de Francês” (MG), do produtor Thiago Macêdo Correia, com direção de Ricardo Alves Jr e inscrito pela EntreFilmes. O projeto foi escolhido pelo trio de jurados Annabelle Aramburu (consultora audiovisual, Espanha), Ivan Melo (produtor, Brasil) e Roger Koza (crítico e programador, Argentina) . É a terceira vez consecutiva que um projeto mineiro é consagrado vencedor desta categoria.

Segundo justificativa do júri, o projeto apresentado “pertence a uma discreta e lúcida tendência do cinema brasileiro contemporâneo que arremete contra os mitos seculares que organizam a sociedade brasileira para reivindicar assim a promessa de progresso à qual alude um dos símbolos da nação”. Os jurados elogiaram Alves Jr como um cineasta que “imagina um drama social que pode se aproximar do terror cinematográfico, materializa com suas palavras os planos de seu filme e descreve o som de um bairro que conhece desde a infância”.

É a segunda vez que a dupla vencedora participa do Brasil CineMundi. Em 2013, Thiago Macêdo e Ricardo Alves Jr estiveram no programa de coprodução com o projeto “Elon Rabin não Acredita na Morte”, que se tornou o primeiro longa-metragem de Ricardo, rebatizado como “Elon não Acredita na Morte”. O filme abriu a 10a Mostra CineBH, em 2016.

“A Professora de Francês fala sobre uma onda conservadora que ataca o país. Estamos em um momento em que devemos dar um freio nisso. É necessário não fechar os olhos para quem desenvolve o imaginário de todos nós”, afirmou o cineasta Ricardo Alves Jr.

O projeto “A Professora de Francês” ganhou prêmios dos parceiros da CineBH: CIARIO (R$ 15.000 em serviços de iluminação, acessórios e maquinaria), CINECOLOR (R$ 15.000 em serviços de finalização), CTAv (empréstimo de câmera digital SI-2 por 4 semanas), DOT (R$ 15.000 em serviços de finalização), MISTIKA (R$ 15.000 em serviços de finalização) e PARATI FILMS (tradução de roteiro para o francês). Além disso, o produtor vencedor ganha uma vaga no Producer’s Network na próxima edição do Ventana Sur, a ser realizado na Argentina entre 10 e 14 de dezembro de 2018. O vencedor também leva o prêmio Itamarty, que oferece passagem aérea internacional para participação no evento.

Programas de coprodução parceiros da CineBH também definiram seus premiados dentre os projetos participantes do Brasil CineMundi. O Torino Film Lab, que tem objetivo de destacar produtores que trabalham no desenvolvimento da cena cinematográfica local e independente e que desejam construir colaborações internacionais frutíferas, representado no Brasil CineMundi pelo tutor do TFL Extended, Philippe Barrière,  escolheu “A Festa de Leo” (RJ), produção de Duda Bouhid e Diogo Dahl, direção de Gustavo Melo e Luciana Bezerra e inscrito pela empresa Coqueirão Pictures. A definição se deu pelo apoio do projeto “sobre o heroísmo cotidiano que retrata o caráter de uma mulher longe de clichês e por sua motivação e entusiasmo”, segundo texto divulgado. O projeto também recebeu o prêmio Itamaraty (passagem aérea internacional para participação no evento na Itália).

Para o prêmio do DocMontevideo, definido pelo diretor executivo Luis González Zaffaroni,  que oferece vaga para um produtor de projeto da categoria Doc Brasil Meeting  participar dos encontros de coprodução durante o festival uruguaio, em julho de 2019, o selecionado foi “Geografia Afetiva” (SP), com produção de Marília Garske, direção de Mari Moraga e empresa Súbita. A justificativa apontou “uma narrativa sensível e profunda da geografia e das afeições que uma guerra e um exílio marcaram numa família salvadorenha, na tentativa de criar um mapa que libere os núcleos emocionais de um trauma que continua a ser perpetuado e repetido”.

Na categoria Foco Minas, o convidado internacional Víctor Sánchez, coordenador da Unidade Técnica do Programa Ibermedia (Espanha), elegeu “Okaia Dunga – Mulheres Valentes”, com produção de Paula Kimo, direção de Victor Dias e inscrito pela Apiário Produção, por sua “exploração das raízes ancestrais através de um formato narrativo original e inclusivo e pela defesa da diversidade cultural e raízes identitárias mais profundas”. O projeto recebe do CTAv o empréstimo de câmera digital SI-2 por 4 semanas.

O DOCSP, que premia produtores de documentário dentro da categoria Foco Minas e dá acesso à programação da Roda de Negócios da próxima edição do DocSP (em outubro deste ano), definiu “Lar” (MG), produzido por Bernardo Teixeira, dirigido por Leandro Wenceslau e inscrito pela empresa Estalo Criativo. O júri justificou pelo “desafio de contar a história de quatro adolescentes em sua transição da infância para o mundo adulto evitando as armadilhas de estereótipos e preconceitos”.

Por fim, o Prêmio MAFF, oferecido pelo Málaga Festival Fund & Coproduction Event (Espanha), uma novidade desta edição do CineMundi, foi definido pela coordenadora do MAFIZ, Annabelle Aramburu, que escolheu “Lavra”, produção de André Hallak, direção de Lucas Bambozzi e empresa Trem Chic. A justificativa é de que o projeto faz “uma necessária denúncia da exploração e dos desastres no meio ambiente causados pelos interesses econômicos em muitos países”.


Confira a lista de premiados


PRÊMIO BRASIL CINEMUNDI

Projeto: A PROFESSORA DE FRANCÊS | MG
Diretor: Ricardo Alves Jr.
Produtor: Thiago Macêdo Correia
Empresa produtora: EntreFilmes

TORINO FILM LAB

Projeto: A FESTA DE LEO | RJ
Diretores: Gustavo Melo e Luciana Bezerra
Produtores: Duda Bouhid e Diogo Dahl
Empresa produtora: Coqueirão Pictures
DOC MONTEVIDEO
Projeto: GEOGRAFIA AFETIVA | SP
Diretora: Mari Moraga
Produtora: Marília Garske
Empresa produtora: Súbita

DOCSP

Projeto: LAR | MG
Diretor: Leandro Wenceslau
Produtor: Bernardo Teixeira
Empresa produtora: Estalo Criativo

FOCO MINAS

Projeto: OKAIA DUNGA – MULHERES VALENTES | MG
Diretor: Victor Dias
Produtora: Paula Kimo
Empresa produtora: Apiário
PRÊMIO MAFF
Projeto: LAVRA | MG
Diretor: Lucas Bambozzi
Produtor: André Hallak
Empresa produtora: Trem Chic

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