Mostra de Cinema de Tiradentes 2017

Apresentação

Por Fabricio Duque

Mais um ano, o Vertentes do Cinema realizará a cobertura da vigésima edição da Mostra de Tiradentes, em Minas Gerais. De 20 a 28, nosso site estará diariamente em tempo real pelas palavras e percepções de nosso vertenteiro Francisco Carbone, que está apreensivo por causa do surto de febre amarela que ronda o estado do pão de queijo. Tudo dará certo! Até porque a concentração maior do mosquito está no leste, em Ladainha, e dizem os especialistas que é por causa da tragédia de Mariana. Vamos torcer para que esta calamidade seja resolvida o mais rápido possível e não afete o festival de cinema mineiro.

A Mostra de Tiradentes, “o maior evento do cinema brasileiro contemporâneo” define-se com o slogan: “Diferente no jeito de ser, pensar, sentir e exibir o Cinema Brasileiro”. Sua programação “é norteada pela diversidade de propostas, com sessões com características distintas e endereçadas a diferentes nichos de espectadores. A produção audiovisual apresentada tem todos os olhares e sotaques brasileiros, advindos das mais diversas fontes. A pluralidade de conteúdos audiovisuais exibida torna o evento um espaço enriquecedor de formação, reflexão, exibição do cinema brasileiro de hoje que tem muito a contribuir com o futuro do país”.

Sim. Os debates pós-exibição dos filmes transcendem o propósito fílmico e reverberam uma completa discussão sobre técnica, narrativas, dificuldades, passado, presente, futuro do cinema. Em 2017, celebra 20 anos de existência. “No percurso de sua história apresentou uma nova configuração de cinema, é testemunha do surgimento de uma nova geração do cinema, abriu espaço para propostas de estéticas e linguagens ousadas e independentes, revelou novas iniciativas, colocou em evidência as características e novidades do cinema, consolidou-se como principal plataforma de lançamento da produção audiovisual brasileiro. É o lugar de encontro pelo cinema, lugar do pensamento crítico, espaço de intercâmbio, diálogo, formação e troca de conhecimento, anunciando em tempo presente, o futuro de uma nação”.

Em dezenove anos, estimulou o diálogo entre críticos, pesquisadores, realizadores e produtores. “Investiu no potencial dos jovens com ações de formação e reflexão. Esboçou alguns diagnósticos estéticos, temáticos e estruturais sobre a produção dos últimos 20 anos e evidenciou na tela algumas características mais sintomáticas do momento, como a forte proximidade do cinema com a música, com as questões da juventude, com os próprios mecanismos do cinema e com a memória do Brasil. A resposta e a participação do público fizeram toda diferença. Imbuídos do sentimento de que a soma de esforços é a ponte que nos leva a resultados eficazes, prosseguimos com nosso trabalho inspirados na frase de Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não basta”.

Na sessão Temática, O “Cinema em reação, em reinvenção”. “O cinema reage- a uma ideia inicial transformada em arquitetura de cenas e narrativas. E essa ideia é, também, de modo direto ou enviesado, uma reação dos criadores à vida. Reagem à observação do mundo, a uma reflexão sobre algo da existência, deles ou de outros seres, não sem o trabalho da imaginação investido nessa reação formal. O ano de 2016, principalmente no Brasil, mas também em outros países, foi marcado por reações. Pode-se dizer que, em outros anos, décadas e séculos, as reações sempre existiram, com variações de agentes, razões e consequências. Nenhuma novidade, portanto, em 2016.No entanto, novidade, em 2016, houve sim”, disse seu curador, Cleber Eduardo.

https://youtu.be/P9pQlyRNIgI

Na sessão Homenagens, o “percurso belair” da diretora Helena Ignez e da atriz Leandra Leal, esta última que foi homenageada no Cine Ceará. As duas desenvolvem um cinema de arte, crítico, utópico, de revisitação à liberdade do conteúdo, do comportamento do ser e do agir. E não para por aí. Ainda na sessão debates, destaque a “Cinema Brasileiro em duas décadas”. Além de conversas sobre os filmes “Guerra do Paraguay”, de Luiz Rosemberg Filho, “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Junior.

Além dos filmes, foco principal de nosso site, há ainda as oficinas imperdíveis de “Assistência de Direção” com Marcelo Caetano; “Direção Para Atuação no Cinema” com Ricardo Alves Jr.; “Gif Lumière: Mostra Tiradentes 20 anos”; “Noções Básicas de Montagem e Edição”; “Trilha Sonora Aplicada”; e “Realização em Curta Digital”, este com o diretor Luiz Carlos Lacerda. Ao público Infanto-Juvenil, “Stop Motion”; “Cinema, Artes Plásticas e Meio Ambiente”; “Pinhole: Fotografia sem Câmera”; e “Por Trás da Câmera”.

https://youtu.be/We7LCmm_y-M

Sobre a Mostra Valores, “é uma iniciativa e realização da Universo Produção que tem o propósito de dialogar e valorizar pessoas, ações, projetos e as comunidades locais das cidades de Tiradentes, Ouro Preto e Belo Horizonte no âmbito do Cinema Sem Fronteira – programa internacional de audiovisual que reúne as três mostras anuais, diferenciadas e complementares, e que exibe e discute a produção contemporânea no cinema, sua história, patrimônio, linguagens, estéticas e formas de inserção no mercado audiovisual. Na edição passada, a Mostra de Cinema de Tiradentes elegeu o Abrigo Tiradentes para ser a protagonista da Mostra Valores, com a realização do um curta-metragem “Memórias de um abrigo”, fundado em 15 de agosto de 1954”.

Na Mostra Homenagem, o novo filme de Cristiano Burlan, “Antes do Fim”; “Copacabana Mon Amour”, de Rogério Szangela, com a musa Helena Ignez, que também apresenta seu filme “Ralé”; “Divinas Divas”, da atriz de “Nome Próprio”, de Murilo Salles, agora diretora, Leandra Leal. Na Cena Mineira, “ACAIACA”, de LEONARDO GOOD GOD; “CONSTELAÇÕES”, de MAURILIO MARTINS; “FEMININO”, de CAROLINA QUEIROZ; “PRIMEIRO ENSAIO”, de DANIEL COUTO; e “VEM COMIGO”, de GABRIEL QUINTÃO.

Na Mostra Panorama, os destaques são aos curtas-metragens: “ABIGAIL”, de ISABEL PENONI E VALENTINA HOMEM; “AS ONDAS”, de JULIANO GOMES E LÉO BITTENCOURT; “DEMÔNIA – MELODRAMA EM 3 ATOS”, de CAINAN BALADEZ E FERNANDA CHICOLET; “O DELÍRIO É A REDENÇÃO DOS AFLITOS”, de FELLIPE FERNANDES; e “SOLON”, de CLARISSA CAMPOLINA. Na Mostra Mostrinha, “CARROSEL 2: O SUMIÇO DE MARIA JOAQUINA”, de MAURÍCIO EÇA e “DO OUTRO LADO DE LÁ”, dirigido pelo ator LÁZARO RAMOS. Na Sessão Curtas na Praça, “KAPPA CRUCIS”, de JOÃO BORGES; “OPALA AZUL NEGÃO”, de RENE BRASIL; “NÃO ME PROMETA NADA”, de EVA RANDOLPH; e “PROCURA-SE IRENICE”, de MARCO ESCRIVÃO E THIAGO B. MENDONÇA, este último que concorre na Mostra Aurora com “UM FILME DE CINEMA”.

Na Mostra Foco, o excelente curta “ESTADO ITINERANTE”, de ANA CAROLINA SOARES; o esperado “CINEMÃO”, de MOZART FREIRE. Na Mostra Experimentos, “GOZO/GOZAR”, de Luiz Rosemberg Filho, que também exibe “GUERRA D PARAGUAY”, seu último longa-metragem; e o esperado “LAMPARINA DA AURORA”, de FREDERICO DA CRUZ MACHADO.

https://youtu.be/_ky1VcQVzCg

Na Sessão Horizontes, a seleção torna-se unânime e imperdível.

“A CIDADE ONDE ENVELHEÇO”, de MARILIA ROCHA
“ELON NÃO ACREDITA NA MORTE”, de RICARDO ALVES JR.
“ENTRE OS HOMENS DE BEM”, CAIO CAVECHINI E CARLOS JULIANO BARROS
“ERA O HOTEL CAMBRIDGE”, de ELIANE CAFFÉ
“MULHER DO PAI”, de CRISTIANE OLIVEIRA

Mostra Praça

“GUARNIERI”, de FRANCISCO GUARNIERI
“MARTÍRIO”, de VINCENT CARELLI, COM CO-DIREÇÃO DE TITA E ERNESTO DE CARVALHO
“O JABUTI E A ANTA”, de ELIZA CAPAI
“O QUE NOS OLHA”, de ANA JOHANN
“PITANGA”, de BETO BRANT E CAMILA PITANGA

https://youtu.be/Qki1jyKh0M8

Mostra AURORA – Competição

“BARONESA“, de JUALIANA ANTUNES
“CORPO DELITO“, de PEDRO ROCHA
“EU NÃO SOU DAQUI“, de LUIZ FELIPE FERNANDES E ALEXANDRE BAXTER
“HISTÓRIAS QUE NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA”, de FERNANDA PESSOA
“SEM RAIZ”, de RENAN ROVIDA
“SUBYBAYA“, de LEO PYRATA
“UM FILME DE CINEMA”, de THIAGO B. MENDONÇA

Sobre a Premiação

PREMIAÇÃO – MELHOR LONGA – JÚRI POPULAR

Troféu Barroco

– Oferecido pela Mistika
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em serviços de finalização

PREMIAÇÃO – MELHOR LONGA – MOSTRA AURORA – JÚRI DA CRÍTICA

Troféu Barroco

– Oferecido pela CiaRio
R$10.000,00 (Dez mil reais) , equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMAR para serem utilizados em uma única produção

– Oferecido pela Cinecolor
R$ 10.000,00 (dez mil reais) em serviços de pós-produção

– Oferecido pela O2 Pós
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em serviços de pós-produção

– Oferecido pela DotCine
Master DCP para longa até 120 minutos

PREMIAÇÃO – MELHOR LONGA – MOSTRA OLHOS LIVRES – JÚRI JOVEM

Troféu Barroco

– Oferecido pela CiaRio
R$10.000,00 (Dez mil reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa MOVIECENTER para serem utilizados em uma única produção

– Oferecido pela Cinecolor
R$ 10.000,00 (dez mil reais) em serviços de pós-produção

– Oferecido pela O2 Pós
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em serviços de pós-produção

– Oferecido pela DotCine
Master DCP para longa até 120 minutos

PREMIAÇÃO – MELHOR CURTA – JÚRI POPULAR

Troféu Barroco

– Oferecido pela CiaRio
R$5.000,00 (cinco mil reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa MOVIECENTER para serem utilizados em uma única produção

– Oferecido pelo CTAv
20 horas de mixagem
Empréstimo de câmera (SI 2K) por duas semanas

– Oferecido pela Mistika
R$ 8.000,00 (oito mil reais) em serviços de finalização

PREMIAÇÃO – MELHOR CURTA MOSTRA FOCO – JÚRI DA CRÍTICA

Troféu Barroco

– Oferecido pela CiaRio
R$5.000,00 (Cinco mil, reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMAR para serem utilizados em uma única produção

– Oferecido pelo CTAv
20 horas de mixagem
Empréstimo de câmera (SI 2K) por duas semanas

– Oferecido pela DotCine
– 02 diárias de correção de cor
– Master DCP para curta até 20 minutos

PREMIAÇÃO – MELHOR CURTA MOSTRA FOCO – JÚRI CANAL BRASIL

Prêmio Aquisição Canal Brasil no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) oferecido ao melhor curta da Mostra Foco eleito pelo júri do Canal Brasil

PROGRAMAÇÃO COMPLETA