Tudo Sobre o Festival Olhar de Cinema 2022
Agora em uma versão híbrida, Festival Internacional de Cinema de Curitiba entra em sua segunda década de vida voltando a ocupar os cinemas!
Por Ciro Araujo
Nessa retomada ao cinema, é imprescindível que os de origem brasileira tenha sua parte dedicada à ocupação. De fato, o cinema do Brasil sofre em atuais circunstâncias, ninguém precisa apontar o óbvio apesar do silêncio que é feito sobre. Mas, acima de tudo, a produção no país floresce via a cada vez maior democracia ao acesso da câmera. E é assim que Curitiba recebe seu décimo primeiro festival internacional: ou melhor conhecido, o Olhar de Cinema.
Entre os dias 1 e 9 de junho serão mais de cem filmes, das quais quase metade são brasileiros. A programação contará com o retorno presencial não apenas dos recintos, como dos laboratórios de desenvolvimento de projetos de longa-metragem, essencial para o lento caminhar de voltar a vida. Serão cinco locais diferentes, quatro deles situados em um circuito de fácil acesso ao povo curitibano, enquanto o último um espaço novíssimo e reformulado com o melhor do equipamento audiovisual. Para comparecer às sessões, há de se comprar os ingressos, vendidos no site (Clique aqui). O valor da inteira do Olhar de Cinema é de R$14 e da meia R$7. Em sua versão online, que ainda estará presente, serão filmes limitados. O Vertentes do Cinema estará presencialmente para cobrir o festival.
Através do conceito da vivência online ter nos separado durante essa pandemia, o 11º Olhar decidiu chamar a artista Bruna Pereira para agir e criar a identidade do festival: São corpos políticos com subjetividades que assistem a algo envoltos por suas bolhas prestes a estourar. Esse enfim, um desejo tão pasmo e absurdo de poder ocupar o que sempre foi nosso lugar, cadeiras de cinema que urgem para serem apreciadas pelo contraste da sala escura e alta luminosidade do projetor. Uma retomada da retomada do cinema brasileiro, quem sabe?

A programação das mostras contemporâneas apresenta uma produção mundial realizada e lançada em meio a anos conturbados. São filmes que refletem a realidade específica nos anos da pandemia, mas, para além disso, abordam conflitos ao redor do mundo. Muitos personagens que sofrem de dramas individuais e familiares, suas relações entre país e cultura e como os afeta. A obra selecionada para abrir o Olhar é “Vai e Vem”, documentário que retrata a diferença e proximidade entre as negligências e escalada do coronavírus. São duas diretoras que realizam o longa, Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, através da troca de olhares de duas realidades (Estados Unidos e São Paulo).
Na mostra competitiva, que tradicionalmente compõe apostas de futuros sucessos, isto é, filmes recém-chegados que possuem qualidade para se lançarem no mercado mundial, são nove filmes. Recentemente premiado no IndieLisboa, “O Trio em Mi Bemol”, da genial portuguesa Rita Azevedo Gomes, é uma homenagem a Éric Rohmer em seu mais icônico gênero, a comédia. “Filme Particular”, de Janaína Nagata, um “found footage” em 16mm sobre anos e espaços distantes.
Já para os curta-metragem, são oito selecionados. Três brasileiros, entre eles “Infantaria”, de Laís Santos Araújo, um coming of age que faz jus ao nome do gênero. Ainda em temáticas infantis, “Invisíveis”, filme colombiano que trata sobre Azen, um menino de nove anos que começa a ver seres estranhos na selva.
Distanciando-se da competição, a mostra Outros Olhares (de longa e curta-metragem), faz um diálogo de filmes que já formaram uma trajetória mais sólida no mercado internacional e em sua distribuição. “Poeta”, filme cazaque sobre o trabalho rotineiro de um poeta preso a um modesto jornal. “Sonata Plástica”, curta metragem sobre a incerteza distópica em que se encontram na Cingapura.
A mostra Novos Olhares revira um pouco mais para propostas estéticas de caminhos desconhecidos, que são criativamente mais arriscados – não significando por tabela melhores – e que propõem revoluções na linguagem e imagem. “Jet Lag”, um filme-ensaio pessoal através de um cinema perambulante, quase um diário de viagem durante a pandemia no continente asiático. “Kafka para Crianças”, filme israelense que mescla gêneros para paladar o entendimento dos contos kafkianos.
Durante o Olhar de Curitiba haverão exibições especiais de obras que já passaram pelo período de descoberta e agora ficam no limbo antes da redescoberta que o festival propõe. Escrito durante a pandemia, “COMA“, longa-metragem francês de Bertrand Bonello, sobre sua filha se possuísse poderes especiais e conseguisse transportar os sonhos e pesadelos para nós, espectadores. “Babi Yar. Contexto“, novo filme do documentarista ucraniano, Sergei Loznitsa, sobre a reconstrução histórica da tragédia em setembro de 1941, quando a Sonderkommando 4a do Einsatzgruppe C fuzilou 33.771 judeus na ravina de Babi Yar.
Por ser um festival realizado em Curitiba, é obrigação quase moral e ética da seleção possuir um local exclusivo para apresentar ao público um panorama do audiovisual contemporâneo paranaense. É a Mirada Paranaense, que consiste de dois longa-metragens, “Pasajeras” e “Upa, Neguinho” e oito curtas. Em paralelo, a mostra “Olhares Brasil” também nos dão um panorama do cinema nacional, através de quatro longas e cinco de baixa duração, entre eles obras que já passaram em algumas outras seleções no país e no mundo.

Durante os dois anos mais pandêmicos, (não há como negar que ainda passamos por anos pandêmicos) o Olhar de Cinema decidiu reintegrar a mostra Olhar Retrospectivo. Dessa vez, destaca, pela primeira vez, uma cineasta mulher: Su Friedrich, diretora do cinema de invenção e referência para pensamento de autoras lésbicas. São sete filmes da autora e outras oito produções de realizadoras que dialoguem com a artista. “Nade ou Afunde”, da norte-americana, uma antologia de vinte e seis curtíssimas histórias sobre eventos de infância que moldaram as ideias de paternidade, relações familiares, trabalho e lazer de uma garota; “The Watermelon Woman”, de Cheryl Dunye, um diálogo metalinguístico sobre a história da comunicação e o papel de mulheres negras dentro e fora das mídias.
Sob a nomenclatura de “Olhares Clássicos”, a mostra oferece um recorte mais histórico do cinema, fornecendo panorama de obra diversificada. “Lua de Papel”, tradicional filme de Peter Bogdanovich, “Mandabi”, do lendário senegalês Ousmane Sembene, ou o mais do que clássico “Nanook do Norte”, de Robert Flaherty. O recém falecido e importante cineasta brasileiro, Geraldo Sarno, também é representado em “Viramundo”.
A seção Foco do Olhar de Cinema observa atentamente a obra do boliviano Kiro Russo, um expoente de seu país no cinema. Nascido em La Paz, em 1984, produziu 6 obras com um estilo atento à observação dos movimentos urbanos e rurais na Bolívia, misturando cosmologia indígena ao acelerado ritmo que acontece a urbanização no país.
Para finalizar essa “pequena” seleção de filmes (veja o sarcasmo na palavra), a mostra “Pequenos Olhares” abre um espaço mais diversificado nas faixas etárias, habilitando jovens espectadores que desejam vivenciar a experiência de um festival de cinema em uma jornada de iniciação cinéfila. “Alice dos Anjos”, uma experiência mágica de Paulo Freire que mistura o sertão e a obra de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas. São dois longas e dez curtas internacionais.
Completando o Olhar de Cinema, os seminários distribuem conversas necessárias para a situação atual do audiovisual nacional e global, o futuro do campo e também correlacionais de outros campos com o cinema. As oficinas também ocorrem em paralelo, expandindo através de algo mais prático sobre variadas facetas cinematográficas. E claro, o CURITIBAlab, que já teve seus filmes selecionados para o desenvolvimento e consultoria de seis projetos de longa-metragem.
O júri é bem servido de altíssimo nível, desde jovens até os mais experientes no campo do cinema. A ABBRACINE também estará presente no Olhar de Cinema, representado pela documentarista Flávia Guerra, a historiadora Letícia Magalhães e o crítico Rafael Carvalho.
LISTA DE TODOS OS FILMESDO 11º OLHAR DE CINEMA
FILME DE ABERTURA
“VAI E VEM” / “VAI E VEM” – Chica Barbosa, Fernanda Pessoa | Brasil, 2022, 82’
FILME DE ENCERRAMENTO
“TODO MUNDO JÁ FOI PRA MARTE” / “TODO MUNDO JÁ FOI PRA MARTE” – Telmo Carvalho | Brasil, 2022, 75’
COMPETITIVA | LONGA
“A CENSORA” / “107 MOTHERS” – Peter Kerekes | Eslováquia, 2021, 90’
Após cometer um crime passional, Lesya é condenada a sete anos de prisão em uma
penitenciária feminina de Odessa.
“ALAN” / “ALAN” – Diego Lisboa, Daniel Lisboa | Brasil, 2022, 92’
Alan do Rap foi um dos precursores do Hip Hop em Salvador, que para divulgar suas
músicas invadia o palco de bandas famosas que se apresentavam na cidade.
“UMA NOITE SEM SABER NADA” / “TOUTE UNE NUIT SANS SAVOIR” – Payal Kapadia | França, Índia, 2021, 96’
L., uma estudante universitária na Índia, escreve cartas para seu amante ausente e distante. Através dessas cartas vislumbramos as mudanças drásticas que ocorrem ao seu redor.
“A FERRUGEM” / “LA ROYA” – Juan Sebastian Mesa | Colômbia, França, 2021, 84’
Jorge é o único da sua geração que ainda vive no campo. As festividades locais se aproximam e com elas o reencontro com sua ex-namorada. Em meio às comemorações ele entenderá que permanecer é um ato de amor e resistência.
“É PRECISO UMA ALDEIA” / “KDYBY RADŠI HOŘELO” – Adam Koloman Rubansky | República Tcheca, 2022, 85’
O desajeitado Standa e o recém-viúvo Bronya são bombeiros voluntários em uma pequena vila na qual vivem uma vida tranquila e pacífica. As coisas começam a mudar quando uma van avança sobre um grupo de pessoas durante a Feira de Páscoa.
“FILME PARTICULAR” / “FILME PARTICULAR” – Janaína Nagata | Brasil, 2022, 90’
São Paulo, 2018. Encontramos por acaso um filme em 16mm com imagens que remetem a um lugar distante no tempo e espaço, mas dizem muito sobre nossa realidade. Movidos pelo impacto, decidimos investigar as origens deste material.
“FREDA” / “FREDA” – Gessica Geneus | França, Haiti, Benim, 2021, 93’
Freda mora com sua família em um bairro pobre em Porto Príncipe. Seu único meio de subsistência é uma pequena loja familiar. Diante das precárias condições de vida e do aumento da violência no Haiti, cada membro da família questiona se devem permanecer ou ir embora.
“O TRIO EM MI BEMOL” / “O TRIO EM MI BEMOL” – Rita Azevedo Gomes | Portugal, Espanha, 2022, 127’
Jorge está a fazer um filme em torno de “Le Trio en Mi Bemol”, a única peça de teatro escrita por Éric Rohmer: Adélia e Paul divorciaram-se há algum tempo. Um dia, ela faz-lhe uma visita. Ao longo deste ano, encontram-se 7 vezes.
“PATERNO” / “PATERNO” – Marcelo Lordello | Brasil, 2021, 110‘
Sérgio planeja tomar o poder da empreiteira da família para construir seu prédio mais ambicioso. Ele depende da herança do pai mas descobre que este teve uma outra família. Uma busca obsessiva se inicia, que desconstruirá Sérgio e suas certezas.
COMPETITIVA | CURTA
“CONSTANTE” / “CONSTANT” – Beny Wagner, Sasha Litvintseva | Reino Unido, Alemanha, 2022, 40’
“HOLOCAUSTO SAGRADO” / “HOLY HOLOCAUST” – Osi Wald, Noa Berman-Herzberg | Israel, 2021, 17’
“INFANTARIA” / “INFANTARIA” – Laís Santos Araújo | Brasil, 2022, 24’
“INVISÍVEIS” / “INVISIBLES” – Esteban Garcia Garzon | Colômbia, 2022, 21’
“MADRUGADA” / “MADRUGADA” – Leonor Noivo | Portugal, 2021, 28’
“MAL DI MARE” / “MAL DI MARE” – João Vieira Torres | Brasil, 2021, 15’
“MOUNE Ô” / “MOUNE Ô” – Maxime Jean-Baptiste | Bélgica, Guiana Francesa, França, 2022, 17’
“XAR – SUEÑO DE OBSIDIANA” / “XAR – SUEÑO DE OBSIDIANA” – Edgar Calel, Fernando Pereira dos Santos | Brasil, 2022, 13’
OUTROS OLHARES | LONGA
“POETA” / “AKYN” – Darezhan Omirbayev | Cazaquistão, 2021, 105’
“GEOGRAFIAS DA SOLIDÃO” / “GEOGRAPHIES OF SOLITUDE” – Jacquelyn Mills | Canadá, 2022, 103
“OCTOPUS” / “OCTOPUS” – Karim Kassem | Líbano, Catar, Arábia Saudita, 2022, 64’
“QUENTE DE DIA, FRIO À NOITE” / “NAJENEUN DEOPGO BAMENEUN CHUPGO” – Song-yeol Park | Coreia do Sul, 2021, 90’
“SEM CAMINHO DIRETO PARA CASA” / “NO SIMPLE WAY HOME” – Akuol de Mabior | África do Sul, Reino Unido, 2022. 85’
“SOY LIBRE / SOY LIBRE” – Laure Portier | França, 2021, 78’
“7 CORTES DE CABELO NO CONGO” / “7 CORTES DE CABELO NO CONGO” – Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Pedro Rossi | Brasil, 2022, 90’
“CÉU ABERTO” / “CÉU ABERTO” – Elisa Pessoa | Brasil, 2022, 95’
OUTROS OLHARES | CURTA
“A INTEMPÉRIE” / “LA INTEMPERIE” – Daniel Paz Mireles | Venezuela, 2022, 14’
“ATÉ A LUZ VOLTAR” / “ATÉ A LUZ VOLTAR” – Alana Ferreira | Brasil, 2022, 23’
“CINZAS DIGITAIS” / “DIGITAL ASHES” – Bruno Christofoletti Barrenha | Alemanha, Brasil, 2022, 12’
“GAROTOS INGLESES” / “GAROTOS INGLESES” – Marcus Curvelo | Brasil, 2022, 15’
“LABORATÓRIO NO. 2″ / تاقیگەی ژمارە 2/” – Edris Abdi, Awara Omar | Curdistão, 2021, 16’
“MAIS E MAIS DISTANTE” / “CHHNGAI DACH ALAI” – Polen Ly | Camboja, 2022, 24’
“SE NÃO HOUVESSE LUTA” / “IF THERE IS NO STRUGGLE” – Jared Katsiane | Estados Unidos da América, 2021, 14’
“SONATA PLÁSTICA” / “PLASTIC SONATA” – Nelson Yeo | Cingapura, 2022, 30’
“TOLI” / “TOLI” – Diana Mashanova | Rússia, 2021, 20’
NOVOS OLHARES
“DEVO COMPARAR-TE A UM DIA DE VERÃO?” / “BASHTAALAK SA’AT” – Mohammad Shawky Hassan | Egito, Líbano, Alemanha, 2022, 66’
“GRACE TOMADA ÚNICA” / “ONE TAKE GRACE” – Lindiwe Matshikiza | África do Sul, 2021, 90’
“ESTA CASA” / “CETTE MAISON” – Miryam Charles | Canadá, 2022, 75’
“JET LAG” / “JET LAG” – Zheng Lu Xinyuan | China, 2022, 110’
“KAFKA PARA CRIANÇAS” / “KAFKA LE-KTANIM” – Roee Rosen | Israel, 2022, 111’
“PELE FINA” / “PELE FINA” – Arthur Lins | Brasil, 2022, 60’
“VERÃO” / “LETO” – Vadim Kostrov | Rússia, 2021, 109’
EXIBIÇÕES ESPECIAIS
“BABI YAR. CONTEXTO” / “BABI YAR. CONTEXT” – Sergei Loznitsa | Países Baixos, Ucrânia, 2021, 121’
“COMA” / “COMA” – Bertrand Bonello | França, 2022, 80’
“REWIND & PLAY” / “REWIND & PLAY” – Alain Gomis | França, Alemanha, 2022, 65’
MIRADA PARANAENSE | LONGA
“PASAJERAS” / “PASAJERAS” – Fran Rebelatto | Brasil, 2021, 72’
“UPA, NEGUINHO!” / “UPA, NEGUINHO!” – Douglas Carvalho dos Santos | Brasil, 2021, 53’
MIRADA PARANAENSE | CURTA
“DEUS ME LIVRE” / “DEUS ME LIVRE” – Carlos Henrique de Oliveira, Luis Ansorena Hervés | Brasil, 2021, 17’
“ESPERANZA” / “ESPERANZA” – Hugo Lobo Mejía | Brasil, 2022, 14’
“FALTA POUCO” / “FALTA POUCO” – Wellington Sari | Brasil, 2022, 23’
“O HÁBITO DE HABITAR” / “O HÁBITO DE HABITAR” – Nicolás Pérez | Brasil, Chile, Haiti, 2021, 16’
“OS DIAS DEPOIS” / “OS DIAS DEPOIS” – Thiago Bezerra Benites | Brasil, 2021, 21’
“QUARENTENA” / “QUARENTENA” – Adriel Nizer, Nando Sturmer | Brasil, 2021, 6’
“ÚLTIMO ENSAIO” / “ÚLTIMO ENSAIO” – Bruno Costa | Brasil, 2021, 14’
“VALENTINA VERSUS” / “VALENTINA VERSUS” – Anne Lise Ale, E. M. Z. Camargo | Brasil, 2022, 14’
OLHARES BRASIL | LONGA
“CASA VAZIA” / “CASA VAZIA” – Giovani Borba | Brasil, 2021, 88’
“MAPUTO NAKUZANDZA” / “MAPUTO NAKUZANDZA” – Ariadne Zampaulo | Brasil, Moçambique, 2021, 60’
“OS PRIMEIROS SOLDADOS” / “OS PRIMEIROS SOLDADOS” – Rodrigo de Oliveira | Brasil, 2021, 107’
“SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS” / “SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS” – Fábio Leal | Brasil, 2022, 74’
OLHARES BRASIL | CURTA
“CURUPIRA E A MÁQUINA DO DESTINO” / “CURUPIRA E A MÁQUINA DO DESTINO” – Janaina Wagner | Brasil, 2022, 25’
“MANHÃ DE DOMINGO” / “MANHÃ DE DOMINGO” – Bruno Ribeiro | Brasil, 2022, 25’
“NÃO VIM NO MUNDO PARA SER PEDRA” / “NÃO VIM NO MUNDO PARA SER PEDRA” – Fabio Rodrigues Filho | Brasil, 2022, 26’
“ORIXÁS CENTER” / “ORIXÁS CENTER” – Mayara Ferrão | Brasil, 2021, 13’
“SOLMATALUA” / “SOLMATALUA” – Rodrigo Ribeiro-Andrade | Brasil, 2022, 15’
RETROSPECTIVA │ SU FRIEDRICH e OUTRAS IMAGENS PARA O INVISÍVEL
“PELO RIO ABAIXO” / “GENTLY DOWN THE STREAM” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 1981, 13’, cópia digital
“OS LAÇOS QUE UNEM” / “THE TIES THAT BIND” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 1984, 55’, DCP
“PARA SEMPRE CONDENADAS” / “DAMNED IF YOU DON’T” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 1987, 42’, cópia digital
“NADE OU AFUNDE” / “SINK OR SWIM” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 1990, 48’, cópia digital
“ESCONDE-ESCONDE” / “HIDE AND SEEK” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 1996, 63’, cópia digital
“AS CHANCES DE REGENERAÇÃO” / “THE ODDS OF RECOVERY” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 2002, 65’, cópia digital
“NÃO POSSO TE DIZER COMO ME SINTO” / “I CANNOT TELL YOU HOW I FEEL” – Su Friedrich | Estados Unidos da América, 2016, 42’, DCP
“A CONCHA E O CLÉRIGO” / “LA COQUILLE ET LE CLERGYMAN” – Germaine Dulac | França, 1928, 40’, cópia restaurada fornecida pela Light Cone
“AT LAND” / “AT LAND” – Maya Deren | Estados Unidos da América, 1944, 15’, cópia restaurada fornecida pela Re:Voir
“BEIJOS DE NITRATO” / “NITRATE KISSES” – Barbara Hammer | Estados Unidos da América, 1992, 67’, cópia remasterizada fornecida pela Electronic Arts Intermix
“CICLOS” / “CYCLES” – Zeinabu Irene Davis | Estados Unidos da América, 1989, 17’, cópia digital fornecida pela Women Make Movies
“LIÇÕES NA TEORIA BABY DYKE” / “LESSONS IN BABY DYKE THEORY” – Thirza Cuthand | Canadá, 1995, 3’, cópia digital fornecida por Thirza Cuthand
“NOTÍCIAS DE CASA” / “NEWS FROM HOME” – Chantal Akerman | França, Bélgica, 1977, 85’, cópia restaurada fornecida pela Chantal Akerman Foundation – Cinematek
“SENHORITAS EM UNIFORME” / “MÄDCHEN IN UNIFORM” – Leontine Sagan | Alemanha, 1931, 88’, cópia restaurada fornecida pela Beta Film GmbH
“THE WATERMELON WOMAN” / “THE WATERMELON WOMAN” – Cheryl Dunye | Estados Unidos da América, 1996, 90’, cópia restaurada fornecida pela Jingletown Films
OLHARES CLÁSSICOS
“DE CERTA MANEIRA” / “DE CIERTA MANERA” – Sara Gómez | Cuba, 1977, 78’
“LUA DE PAPEL” / “PAPER MOON” – Peter Bogdanovich | Estados Unidos da América, 1973, 105’
“MANDABI” / “MANDABI” – Ousmane Sembene | Senegal, França, 1968, 92’
“NANOOK DO NORTE” / “NANOOK OF THE NORTH” – Robert Flaherty | Estados Unidos da América, 1922, 78’
“A OPINIÃO PÚBLICA” / “A OPINIÃO PÚBLICA” – Arnaldo Jabor | Brasil, 1967, 65’
“VIRAMUNDO” / “VIRAMUNDO” – Geraldo Sarno | Brasil, 1965, 37’
FOCO | LONGA
“O GRANDE MOVIMENTO” / “EL GRAN MOVIMIENTO” – Kiro Russo | Bolívia, França, 2021, 85’
“VELHO CAVEIRA” / “VIEJO CALAVERA” – Kiro Russo | Bolívia, 2016, 79’
FOCO | CURTA
“ENTERPRISSE” / “ENTERPRISSE” – Kiro Russo | Argentina, 2010, 8’
“JUKU” / “JUKU” – Kiro Russo | Bolívia, Argentina, 2011, 18’
“A BESTA” / “LA BESTIA” – Kiro Russo | Argentina, 2015, 12’
“NOVA VIDA” / “NUEVA VIDA” – Kiro Russo | Bolívia, Argentina, 2015, 15’
“DESPEDIDA” / “DESPEDIDA” – Pablo Paniagua | Bolívia, 2015, 6’
PEQUENOS OLHARES | LONGA
“ALICE DOS ANJOS” / “ALICE DOS ANJOS” – Daniel Leite Almeida | Brasil, 2021, 76’
“DESPEDIDA” / “DESPEDIDA” – Luciana Mazeto, Vinicius Lopes | Brasil, 2021, 90’
PEQUENOS OLHARES | CURTA
“A MENINA ATRÁS DO ESPELHO” / “A MENINA ATRÁS DO ESPELHO” – Iuri Moreno | Brasil, 2022, 12’
“CAPITÃO TOCHA” / “CAPITÃO TOCHA” – Matheus Amorim | Brasil, 2022, 16’
“ERA UMA VEZ EM ICAPUÍ” / “ERA UMA VEZ EM ICAPUÍ” – Alunos Do Projeto Animação do Instituto Marlin Azul | Brasil, 2021, 10’
“EWÉ DE ÒSÁNYÌN: O SEGREDO DAS FOLHAS” / “EWÉ DE ÒSÁNYÌN: O SEGREDO DAS FOLHAS” – Pâmela Peregrino | Brasil, 2021, 22’
“MEU NOME É MAALUM” / “MEU NOME É MAALUM” – Luísa Copetti | Brasil, 2021, 8’
“O FUNDO DOS NOSSOS CORAÇÕES” / “O FUNDO DOS NOSSOS CORAÇÕES” -Letícia Leão | Brasil, 2021, 21’
“O TEMPLO DO REI” / “O TEMPLO DO REI” – Verônica Cabral | Brasil, 2021, 5’
“RUA A, NÚMERO 79: ASSENTO DELA” / “GAYEOL 79BEON, BANDITBUL” – Hyung-suk Lee | Coreia do Sul, 2021, 8’
“RUA DINORÁ” / “RUA DINORÁ” – Natália Maia, Samuel Brasileiro | Brasil, 2022, 17’
“SOBRE AMIZADE E BICICLETAS” / “SOBRE AMIZADE E BICICLETAS” – Julia Vidal | Brasil, 2022, 12’
SEMINÁRIOS DO OLHAR DE CINEMA
02/06 (quinta-feira)
EQUIPE DE PROGRAMAÇÃO DO 11º OLHAR DE CINEMA
Descrição: Uma conversa aberta ao público com os curadores e as curadoras da décima primeira edição do Olhar de Cinema sobre a seleção deste ano, seus filmes e eventos.
03/06 (sexta-feira)
O LUGAR DO DOCUMENTÁRIO NA ERA DA PÓS-VERDADE
Descrição: O cinema documentário é compreendido, historicamente, com algumas variações conceituais, porém sempre enquanto acepção da não-ficção. Alguns dos aspectos que foram e são definidores na realização e no estudo do cinema documentário
são as noções de realidade, de experiência e de verdade. Bem como algumas dimensões como as de diálogo, de sociedade e de arte. A partir dessas noções e dessas dimensões, como podemos pensar o cinema documentário em tempos de pós-verdade?
04/06 (sábado)
SU FRIEDRICH E OUTRAS IMAGENS PARA O INVISÍVEL
Descrição: Um diálogo em torno dos filmes e temas da mostra Olhar Retrospectivo deste ano, que coloca em conversa filmes da cineasta estadunidense Su Friedrich com filmes de outras cineastas e videastas.
05/06 (domingo)
CINEMA PÓS-PANDEMIA: DAS POLÍTICAS AFIRMATIVAS ÀS AFIRMAÇÕES POLÍTICAS
Descrição: Nestes últimos dois anos de pandemia o mundo se viu mediado pelas câmeras. Nossa forma de contar histórias se alargou, tudo virou audiovisual: teatro, artes visuais, dança… e também transformou o processo de fazer e fruir o cinema. Com a paralisação das políticas públicas por conta do contexto pandêmico e governamental, e com a emergência de novos mecanismos emergenciais (Aldir Blanc), quais têm sido os desafios enfrentados pelas cineastas neste momento de retomada da produção cinematográfica no país? Se por um lado há um grande número de produções acontecendo nos grandes centros a ponto de faltarem profissionais, porque ainda há tanta gente sem trabalho? Quem são as pessoas que estão faltando? Como ampliar o espaço da diversidade nas equipes e narrativas audiovisuais nas políticas afirmativas e para além delas, de modo que se torne algo natural?
06/06 (segunda-feira)
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO – DA IDEIA À PRODUÇÃO
Uma apresentação dos processos de recebimento, análise e entrada de projetos na O2 Filmes, bem como o processo de confecção do material de venda, a venda em si, culminando no acompanhamento do desenvolvimento dos roteiros, até a entrega da história para produção.
07/06 (terça-feira)
POLÍTICAS PÚBLICAS E PRÁTICAS ANTIRRACISTAS NO AUDIOVISUAL
Descrição: A mesa abordará durante o Olhar de Cinema as interfaces entre políticas públicas e ações individuais e coletivas para entender práticas antirracistas no audiovisual que permitam a permanência de profissionais do audiovisual negro.
08/06 (quarta-feira)
A TRADUÇÃO EM LIBRAS NO CINEMA: CONQUISTAS E DESAFIOS
Descrição: A comunidade surda e a Língua Brasileira de Sinais, de maneira geral, há muito tempo sofreu por parte da sociedade ouvintista restrições de acesso a diversos espaços. Nos últimos anos, é notável o movimento de expansão, luta, resistência e, principalmente, valorização da cultura surda. Como isso impacta o cenário audiovisual brasileiro? Em quais horizontes nós já chegamos e quais são os próximos a serem explorados? Quais desafios ainda nos impedem de ocupar mais espaços, culturais, políticos e ideológicos? Qual o lugar da tradução e a famigerada “janela de Libras” nas produções cinematográficas? Essas são todas questões que levantam debates necessários entre surdos e ouvintes, intérpretes, tradutores e criadores de mídia, fomentando assim a efetiva participação da comunidade surda na produção audiovisual brasileira durante a Olhar de Cinema.
OFICINAS DO OLHAR DE CINEMA
QUILOMBOCINEMA
Ministrante: Tatiana Carvalho Costa
A MONTAGEM COMO REESCRITA DE UM FILME
Ministrante: Tomás von der Osten
INCORPORAR MEMÓRIAS; CORPORALIZAR PRESENÇAS
Ministrante: Abiniel João Nascimento
SERVIÇO
11º OLHAR DE CINEMA
FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURITIBA
De 01 de junho a 09 de junho.
Salas em Curitiba:
Cine Passeio – R. Riachuelo, 410 – Centro
Cinemark Mueller – Av. Cândido de Abreu, 127 – Centro
Cinemateca de Curitiba – Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174 – São Francisco
Museu Oscar Niemeyer – R. Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico
Teatro da Vila – Rua Davi Xavier da Silva, 451 – CIC
INGRESSOS
Ingressos para os filmes: R$ 14,00/R$ 7,00 (meia-entrada)
Os ingressos começam a ser vendidos a partir do dia 26 de maio no site (https://www.olhardecinema.com.br/ingressos/). Demais atividades gratuitas abertas ou sujeitas a inscrição prévia.
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