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Revista da Semana | 25 de junho de 2020

Editorial da Semana | 25 de junho de 2020

Estreias e Dicas desta quinta-feira

Por Redação

Nós estamos contando e contando os dias. E torcendo que todos nossos próximos fiquem em casa para que acelere nossa possibilidade de sair às ruas. O Vertentes do Cinema a toda semana busca condensar dicas e novidades em uma curadoria diversa e ampla. Tudo com o intuito de amenizar o tédio e a ansiedade.

EM CASA

Indianara

INDIANARA (2019, Brasil, 84 minutos, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, CRÍTICA AQUI). Disponível no iTunes, Google Play, NOW, Looke, Vivo Play e Amazon. A estreia internacional em 195 países acontece no dia 05 de julho pelo MUBI.

Revolucionária por natureza, Indianara Siqueira lidera um grupo de mulheres transgênero que lutam pela própria sobrevivência em um lugar tomado por preconceito, intolerância e polarização. Desde disputas partidárias até o puro combate contra o governo opressor, a ativista de origens humildes passou por uma longa trajetória até se tornar ícone do movimento. Uma das principais funções das obras de arte é registrar os momentos históricos, políticos e sócio-econômicos em que estão inseridas; ao se produzir algo, é possível observar questões que vão muito além dos objetivos do artista naquele momento, que revelam ideais e opiniões recorrentes na sociedade próprias daquele contexto.

Açúcar

AÇUCAR (2017, Brasil, 88 minutos, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, CRÍTICA AQUI). Em exibição no Canal Curta.25/06 – 16h20; 26/06 – 10h20; 27/06 – 14h45; 28/06 – 21h15.

Bethânia retorna a suas terras, onde uma vez funcionou o antigo engenho de açúcar de sua família, o Engenho Wanderley. Entre fotos, criaturas fantásticas, contas a pagar e trabalhadores reivindicando seus direitos sobre a terra, Bethânia enfrenta a si mesma em um presente onde o passado e o futuro são ameaçadores.​ “Açúcar”, até certo ponto, é uma síntese da luta de classes nos engenhos de açúcar, evocando Gilberto Freyre e os estudos sobre a base da formação da sociedade brasileira, que se deu com a miscigenação entre os colonizadores europeus, donos dos latifúndios monocultores e a população escravizada africana, sequestrada e forçada a trabalhar sob condições desumanas.
Editorial da Semana | 25 de junho de 2020

CURTA-METRAGEM DA SEMANA

WC MASCULINO (2018, Brasil, 17 minutos, de Mauro Carvalho e Thiago Cazado). Assista na página principal do site. AQUI!

Sessão Suspense. Leo (William Alves) é o marido perfeito. Bem sucedido e bem casado, ele é surpreendido com a visita de André (Thiago Cazado), o mais novo amigo de sua esposa (Mel Carneiro). Em um jantar informal, ele tem de lidar com as insinuações do rapaz.

PRÓXIMO CURTA

ANGÚSTIA (2016, Brasil, 19 minutos, de Frederico Machado). ESTREIA 02/07, 00:01.

Um mercado humano faz um homem mergulhar em um abismo sem retorno. Sem ninguém para confiar sua tristeza., o homem desaba em sua dor.

Editorial da Semana | 25 de junho de 2020

SELEÇÃO ESPECIAL CINEMATECA FRANCESA

PARIS A DORMIR (Paris qui dort, 1925, França, 59 minutos, René Clair, ASSISTA AQUI)

Com Henri Rollan, Madeleine Rodrigue, Albert Préjean. Acompanhamento musical de Karol Beffa.

O guardião da Torre Eiffel descobre uma bela manhã que nada está se movendo em Paris. Além dele, apenas um pequeno grupo de amigos que chegou de avião na capital escapou do raio paralisante de um cientista louco. Paris agora é deles!

Restauração de 4K realizada pela Fundação Jérôme Seydoux-Pathé em 2018 no laboratório L’Immagine ritrovata (Bolonha), com o apoio do CNC. Agradecimentos ao British Film Institute e Claudine Clair.

O ATORDOANTE (L’Assommoir, 1909, França, 36 minutos, de Albert Capellani, ASSISTA AQUI)

Baseado na peça de William Busnach e Oscar Gastineau, inspirada no romance L’Assommoir de Émile Zola. Com Eugénie Nau, Alexandre Arquillière, Catherine Fonteney, Jacques Grétillat. Acompanhamento musical de Maxence Cyrin. Gervaise Macquart, provençal de Plassans, se junta a seu amante Auguste Lantier em Paris. Muito rapidamente, Lantier a deixa e foge com Virginie. As duas mulheres brigam violentamente na lavanderia. Alguns meses depois, Coupeau, um amigo ao longo da vida, propôs a Gervaise se casar com ele.
Em 2008, a Fundação Jérôme Seydoux-Pathé encontrou em uma coleção de 90 filmes de feiras (o fundo Morieux) uma cópia de L’Assommoir , um filme que antes se considerava desaparecido. Em 2013, com base nesse elemento único, ela realizou uma restauração em 2K do filme no laboratório de Arquivos Gaumont Pathé. Agradecimentos à Fundação Jérôme Seydoux-Pathé.

Editorial da Semana | 25 de junho de 2020

CRÍTICAS EM DESTAQUE

Una mujer fantástica
UMA MULHER FANTÁSTICA (Una mujer fantástica, 2017, Chile, 104 minutos, de Sebastián Lelio, CRÍTICA AQUI) Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de sua cidade. O problema é que, após a inesperada morte de Orlando (Francisco Reyes), seu namorado e maior companheiro, sua vida dá uma guinada total. “Uma Mulher Fantástica” é um balé da própria vida. Uma fábula real colorida de contemplação ao redor por detalhes e espelhos aos moldes visuais cinematográficos do diretor Derek Jarman. O dia-a-dia é ambientado. Tudo tem seu grau de importância, pululando ações apoteóticas versus a essência minimalista. Aqui, a projeção de uma viagem a Cataratas do Iguaçu, uma das “sete maravilhas do Mundo”, fornece espera e tempo à organização, envolto no romantismo de uma nostálgica música americana.
I Am Not Your Negro
EU NÃO SOU SEU NEGRO (I Am Not Your Negro, 2016, Estados Unidos, 94 minutos, de Raoul Peck, CRÍTICA AQUI) O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck. “Eu não sou seu negro” é um documentário rígido em sua forma, mas que consegue transmitir as necessidades históricas e historiográficas do EUA, do povo negro e de como essa intercessão é excluída pela mídia, pela cultura, pelo entretenimento e pelo povo. Charlottesville é um reflexo de como o ódio é como o fascismo, está sempre no cio, só é preciso que haja um pequeno choque.

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TODOS PELO CINELUME

O momento atual necessita da solidariedade de todos nós. Assim como a Cinemateca Brasileira e o Cinema Estação precisam de ajuda, o CINELUME do grande Frederico Da Cruz Machado entra na lista trilogia da Vakinha. Organizando direitinho, todo mundo se salva! A hora de mostrar nossa paixão cinematográfica é AGORA. São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão juntos pela sobrevivência da cultura. AJUDE AQUI!

Editorial da Semana | 25 de junho de 2020

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