Editorial da Semana | 13 de fevereiro de 2020
Estreias e Dicas desta quinta-feira
Por Redação
Quinta-feira. Os corações palpitam por novidades. Os leitores podem conferir as críticas das estreias; o curta-metragem da semana; as mostras de cinema que criam retrospectiva na cidade; a cobertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2020, e toda preparação à edição 70 do Festival de Berlim.
ESTREIAS
Em “ANTOLOGIA DA CIDADE FANTASMA”, de Denis Côté, cineasta canadense, não é diferente, quando brinca com o cinema de gênero do terror com o objetivo de construir uma atmosfera única em nome de um alcance social global. Aqui estamos diante de um filme com textura, força e coragem suficientes de saltar do natural ao sobrenatural sem esforço, que permanece relevante mesmo com o absurdo de seus acontecimentos. Leia a crítica completa AQUI!
Ao assistir “CICATRIZES”, longa do diretor sérvio Miroslav Terzic, logo me chamou a atenção a rigidez e frieza das ações em exibição. O plano lateral inicial de alguns minutos de uma calçada, semelhante a planos memoráveis de “Uma Mulher Fantástica”, com a protagonista entrando em quadro de forma retilínea é o suficiente para perceber o ritmo quadrado da narrativa ao longo da projeção. Escolha feita de forma a implicitar a jornada cansativa da costureira Ana (Snezana Bogdanovic), que por dezoito anos viveu em busca do primeiro filho dito natimorto pelos médicos. Apesar de uma aparente reconstrução, as dores reaparecem constantemente e são ainda mais afloradas pelo caminho percorrido. Leia a crítica completa AQUI!
A primeira impressão é a de que “DILILI EM PARIS” seria uma aula mais de Antropologia do que de História. Sua protagonista é simpática Dilili (Prunelle Charles-Ambron). Filha de um francês com uma representante da comunidade kanak, originária da Nova Caledônia, ela tem um questionamento muito pertinente em seus primeiros minutos em cena. Quando morava em seu país-natal era vista como “muito clara”, enquanto na França era entendida como “muito escura”. Criada por uma rica Condessa após viajar de navio da Melanésia, sua interação se dá com o jovem Orel (Enzo Ratsito), um entregador movido pela curiosidade. Leia a crítica completa AQUI!
Na primeira sequência de “O PREÇO DA VERDADE” é possível que alguns espectadores encontrem paralelo com o prólogo de “Zodíaco“, obra que David Fincher lançou em 2007 após ambicioso projeto. Isto porque estamos em 1975 e quem dirige a cena é outro dos mais talentosos cineastas da mesma geração daquele responsável por clássicos como “Clube da Luta“. Estamos falando de Todd Haynes, que no mesmo ano de 2007 lançaria uma das cinebiografias mais interessantes daquela década, “Não Estou Lá“. O apreço pela boa reconstituição, mesmo que isso ocupe um pedaço curto do longa-metragem, é a louvável maneira do diretor nos ambientar a partir de uma direção de arte precisa. Leia a crítica completa AQUI!
“SONIC: O FILME“. O grande empecilho para o filme ir além é o total abandono do imaginário visual, da estética ligeiramente kitsh, que transformava a experiência de mergulhar nas aventuras do personagem algo entre o frenético e o libertador. Amávamos Sonic no início dos anos 1990 porque ele nos permitia ir além do que a linha narrativa do jogo convencionava. Quando ele chamava Tails para voar nos quatro cantos do cenário, a inocência de uma geração que começava a ter contato com um produto interativo como o videogame finalmente via na tela um mundo mais próximo do desbravador quanto o real. Toda essa proposta, esse entendimento, esse mantra soniquiano, é atirado no lixo em “Sonic: O Filme”. Com uma trama que se agarra no convencional, aposta na boa aventura para entreter e esquece o quão inovador seu material bruto conseguia ser. Leia a crítica completa AQUI!
“O GRITO”, porém, mesmo com alguns méritos visuais, já dava algumas dicas do caminho estético que iria seguir, ao reaproveitar convenções “batidas” do gênero. O próprio mote da casa mal-assombrada é um deles, mas vamos nos permitir ir além: crianças extremamente pálidas com seu cabelo preto escorrido no rosto, aparições repentinas pelas costas de personagens (e que somem no momento em que se viram), protagonista em conflito com seu chefe policial que nega o sobrenatural (e que na verdade quer convencer a si mesmo em prol da própria sanidade), dentre outros. Qualquer um que já assistiu alguma obra dentro dessa vertente do terror poderia continuar essa lista sem esforço.
CURTA-METRAGEM DA SEMANA
CARD PARTY (1896), primeiro filme de Georges Méliès
Um filme francês, branco e preto e mudo, com apenas 1 minuto de duração, produzido, escrito, fotografado e dirigido por Georges Méliès em 1896. Foi o primeiro filme de Méliès, e é uma versão do filme de Louis Lumière Partie de cartes que estreou nesse mesmo ano. Assista AQUI!
ACCRJ | MOSTRA MELHORES DO ANO 2019
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OSCAR 2020
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RETROSPECTIVA MEL BROOKS: BANZÉ NO CINEMA
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MOSTRA DE TIRADENTES 2020 | COBERTURA COMPLETA
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PODCAST FESTIVAL DE BERLIM 2020
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PODCAST OSCAR 2020
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Editorial da Semana | 13 de fevereiro de 2020