Zulu
Gatilhos, gatilhos e gatilhos
Por Fabricio Duque
Durante o Festival de Cannes 2013
“Zulu”, de Jerome Salle, filme de encerramento do Festival de Cannes 2013, significa um ótimo exemplo de que primeiros realizadores não tão experientes assim podem ter seus filmes na sessão de Gala. A expressão sarcástica embasa o quão clichê e caricato o filme é. Uma sucessão de gatilhos comuns, interpretações afetadas e uma narrativa pobre, óbvia e previsível em uma estrutura boba, extremamente comercial e apelativa (já que explora a nudez como forma de tentar segurar a atenção do espectador pela futilidade, buscando a facilidade de se assistir a um filme (tudo é explicado em dobro: na imagem e no diálogo); e pela violência exagerada que quer chocar).
O resultado de “Zulu” não agrada nem um pouco, e é a real “bomba” do Festival. Troféu Framboesa em todas as categorias. Pergunto-me o porquê da necessidade de um longa-metragem desses estar na sessão de encerramento. E não, este não é uma refilmagem de “Zulu” (1964), de Cy Endfield com Stanley Baker, Jack Hawkins, James Booth, Michael Caine. Uma pena!