10 Filmes na Netflix que ganharam nossa pior cotação
Lista reúne em ordem alfabética os filmes com as mínimas notas de nosso site
Por Redação
Sim, concordamos que cada lista é subjetiva, visto que é a opinião única e definitiva de uma crítica, que também é um ser humano dotado de emoções e particularidades. Mas independente de acertar ou errar, já está comprovado (pelo Google, inclusive) que todos amam listas. E se a lista for de PIORES filmes, ainda melhor. É sempre mais fácil escolher os “ruinzinhos” (aqueles que causam vergonha e constrangimento). Mas nós sempre, SEMPRE, olhamos com carinho e “fofura” o que assistimos, mas… Então vamos aos -10 (os que receberam nossas notas mais baixas e reprovaram de ano) que estão no catálogo da NETFLIX. Um pedido todo “especial” de Francisco Russo. Atendido. Missão dada é missão cumprida. Não, o filme da frase não está aqui. Challenge accepted!
A LAVANDERIA (The Laundromat, 2019, EUA, 95 min, de Steven Soderbergh)
A Netflix, que parece disposta a colecionar filmes de medalhões de Hollywood, reúne em “A Lavanderia”, o diretor Steven Soderbergh e a rainha indestronável Meryl Streep. Porém, no que há por trás do botão de play que não precisa ser clicado em virtude do início automático, só não é mais genérico do que outras produções da empresa porque bebe na fonte de histórias verdadeiras. O hábito de consumir cinema popular dos Estados Unidos vem se tornando cada vez mais cansativo, devido a uma espécie de emulação de elementos cinematográficos, em sua maioria referenciais, que atravancam as obras. Da Geração Nova Hollywood mencionada em “Coringa”, até a aceitação total de um patrimônio de cultura pop a fim de criar um universo próprio – e bastante divertido – em “Jogador Número Um”. Os serviços de streaming, não apenas de audiovisual, inicialmente implementaram sistemas de algoritmos para melhorar as indicações dadas aos seus consumidores. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
A MENINA E O LEÃO (Mia et le Lion Blanc, 2019, França, 97 minutos, de Gilles de Maistre)
Dirigido por Gilles de Maistre, “A Menina e o Leão” é a síntese do imperialismo cultural contemporâneo, disfarçado de boas intenções, somos massacrados por quase uma hora e quarenta. Os primeiros planos dão noção à qualidade da produção, temos a breve sensação de estarmos diante de uma web série adolescente, mal dirigida. Uma luz tenebrosa, que busca preencher tudo, gerando uma imagem lavada, diálogos terríveis e que não se justificam na dramatização que busca construir, uma atuação canhestra e uma colagem de takes, não uma montagem. Adjetivos infinitos não seriam capazes de traduzir a tragédia visual que se dá no ecrã. Mas tudo que está ruim, pode ficar pior. Uma antiga lenda é contada ao irmão caçula da protagonista, e ela será o nervo dramático que irá pautar toda a história. Com esta premissa, temos uma jornada com uma adolescente irritante e sem carisma, interpretada por Daniah De Villiers (que já me referi acima com adjetivos que não fazem jus à experiência) e um leão que, nascido no natal (nada mais eurocêntrico e branco que isso), deve retornar ao seu povo para que a salvação chegue aos mesmos. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
ATÉ O ÚLTIMO HOMEM (Hacksaw Ridge, 2016, EUA, 140 minutos, de Mel Gibson)
“Até o Último Homem” pode ser “degustado” como uma parábola de viés ético-bíblico. Nosso protagonista, um “objetor de consciência” resolve, voluntariamente, ir à guerra para “cooperar” e “salvar vidas” (e nunca pegar em armas e em hipótese alguma “matar”, visto que é “um dos mandamentos mais importantes” – o pecado mais sério, levando todas as crenças religiosas. É “adventista do sétimo dia”, não “trabalha no sábado” e “oferece” de bom grado “a outra face”. Mesmo sabendo que “a guerra é um conjunto de circunstâncias diferentes”. Todos “tentam tirar as convicções dele”, mas nosso “Homem-Aranha” não desiste, aceita calado, não delata ninguém, e é “tratado como um criminoso por não matar”. “Orgulho? Teimosia?”, e claro, “protegido pelas leis constitucionais do Senado”. Sua vocação sempre foi ajudar o próximo, controlar a violência intrínseca à alma, proteger a “mãe do pai bêbado que batia nela”. Ele encontra a enfermeira perfeita, a mulher de sua vida, torna-se médico, alista-se no exército e embarca em uma jornada épica-sobrevivente de uma vida que é posta à prova quando as provações de Deus ficam mais pesadas. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
CINDERELA POP (2019, Brasil, 95 minutos, de Bruno Garotti)
“Ah mas possui um público alvo e blá blá blá”. É verdade. “Cinderela Pop” possui inclusive sua identidade estética de internet e todo um jogo de misancene (versão abrasileirada por Glauber Rocha) que lembra uma web-série. Mas além dos diferentinhos que irão defender certas obras com frases soltas, buscando alguma brasilidade em toda a encenação que há nesta tortura cinematográfica, não há o que se defender aqui. E esta pseudo identidade que alguns dizem, é reflexo frágil de uma colonização da cultura norte-americana, onde celebrar pequenas frases do roteiro em uma nacionalidade própria é… descolado. O cansaço da indústria brasileira é nítido, a preguiça é epidemia, não há mais uma busca em se conciliar uma qualidade e o produto rentável, apenas o dinheiro importa. E se a geração youtube é o alvo fácil, que assim seja, vamos atrás dela. A toxicidade deste mercado falido ideologicamente e natimorto criativamente se dá na própria característica de reprodução da contemporaneidade. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
CÓPIAS – DE VOLTA À VIDA (Replicas, 2019, EUA, 108 minutos, de Jeffrey Nachmanoff)
“Cópias: De Volta à Vida” é um filme feito em 2018 e pensado para ser lançado nos cinemas. Nenhuma das duas constatações parece verdadeira: contando com uma direção que beira o amadorismo, atuações que fazem jus à ruindade do roteiro e efeitos visuais… bem, inacreditáveis de ruins, o longa soa como uma obra saída dos anos 1990 (ou, no máximo, do começo dos anos 2000) e produzida para servir de intervalo entre uma atração e outra da MTV (isto é, se fosse uma comédia declarada e se durasse uma hora e meia a menos). E o pior: para constatar isso, basta assistir aos primeiros cinco minutos do filme. Como puderam permitir que um troço como este fosse parar nos cinemas – ainda mais em plena segunda década do século 21 – é algo que, honestamente, não consigo conceber. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
ELI (2019, EUA, 98 minutos, de Ciarán Foy)
Dirigido por Ciarán Foy, o longa de terror busca assumir sua necessidade de recorrência histérica dentro do gênero. Trabalha com todos os arquétipos e clichês possíveis na busca de uma neutralidade diante de sua abordagem, assim, formando um olhar mais hegemônico e menos conflituoso com sua proposta. Toda vez que busca conciliar sua trama com os dramas dos personagens, tudo começa a ficar muito turvo. Na intenção de tensionar um mistério entre as relações interpessoais e com determinados ícones do medo, o diretor transforma tudo em uma verdade paródia fabulesca de si mesmo, sendo incapaz de reconhecer que os elementos “macabros” que seleciona de maneira absolutamente aleatória para provocar uma reação imediata em seus objetos, não passam da risada nervosa do espectador. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
GNOMEU E JULIETA: O MISTÉRIO DO JARDIM (Sherlock Gnomes, 2018, EUA, 97 minutos, de John Stevenson)
E é nesta plasticidade fracassada dessas personagens que “Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim” aproveita uma deixa para cair em uma canonização de uma estética que não parece, a priori, uma intenção da direção, não que a intenção desta seja relevante quando se tem o produto final em mãos. Mas, no discurso deste enredo que utiliza de um aproach para com um um imaginário infantil — quase como de um criança que estrutura enredos de improvisos com suas peças de brinquedos em seu jardim — torna-se funesta a experiência de assistir toda a construção deste imaginário de um âmago, uma essência, absolutamente materialista. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
LOST GIRLS – OS CRIMES DE LONG ISLAND (Lost Girls, 2020, EUA, 95 minutos, de Liz Garbus)
A invasão da narrativa de séries de TV em produções cinematográficas é notória. A Netflix em particular, com o objetivo de prender o espectador em seu serviço o maior tempo possível, tenta emular em seus filmes os ganchos e os cortes no clímax, famosos nos seriados. Na maioria dos casos a estética não convence em formato de longa-metragem, como é o caso de “Lost Girls – Os Crimes de Long Island”. A produtora e principal plataforma de streaming parece determinada a criar material para encher o catálogo o mais rápido possível e, nesse e em muitos casos, lançam conteúdo que soa como feito às pressas em cima do primeiro roteiro que apareça. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
NADA A PERDER 2 (2019, Brasil, 96 minutos, Alexandre Avancini)
Ampliando a experiência de ver a primeira parte da cinebiografia de Edir Macedo tentando me despir de preconceitos, me permiti uma experiência que, confesso, a depender do meu gosto pessoal jamais faria: ir em um domingão à tarde em um shopping para assistir junto aos populares “Nada a Perder 2”, continuação de “Nada a Perder – Contra tudo, por todos”. Importante que se diga que, ao contrário de alguns registros na imprensa, a sessão estava com ingressos esgotados e, de fato, estava lotada. Traçar o perfil de quem vi entrando e saindo do cinema é trabalho para uma análise que extrapola bastante os limites da crítica cinematográfica. Mesmo assim, vale mencionar que era em boa parte grupos grandes, de duas ou três famílias reunidas. Se as bilheterias dos filmes produzidos pela Simba dentro do “Universo Record Cinematográfico” são infladas por aquisições de ingressos pela própria Igreja Universal do Reino de Deus, que os distribui para pessoas que não necessariamente utilizarão a entrada, é uma discussão mercadológica, publicitária e – caso algum indício de irregularidade seja identificado – policial e jurídica. Isso em nada tem a ver com o produto artístico. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
OS EXTERMINADORES DO ALÉM CONTRA A LOIRA DO BANHEIRO (2018, Brasil, 103 minutos, de Fabrício Bittar)
Em “Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro”, Danilo e sua trupe, nem sempre passam dos limites, é verdade, mas quando os passa, normalmente, é em nível ideológico, algo que é extremamente desnecessário à obra que estamos vendo, afinal, vou ver um longa com um nome horroroso desses, com uma proposta trash, pra ver comentário político? Não, quero ver sangue e rir um bocado. Sangue eu vi, mas rir… A consequência do excesso de centralização em um não-ator que se força a repetir as piadas que faz em seu programa, fragiliza a proposta do filme. E esta repetição de jargões se mantém em outros níveis, Sikêra Junior, presente aqui, repete seu meme viral durante a projeção. Pra que? Um dos maiores acertos dos memes é quase impedir um revival, já que são trechos tão curtos e com uma competição de audiência tão intensa que não justifica o retorno de nenhum deles. Leia a crítica completa AQUI! 10 Filmes na Netflix
10 Filmes na Netflix que ganharam nossa pior cotação