Tudo Sobre o Dia do Trabalho na Vitrine Filmes
o #VitrineIndica desta semana traz sete títulos sobre o Trabalho
Por Redação
Release oficial. Em um cenário de crise mundial, é cada vez mais importante que reflitamos como sociedade sobre a importância dos direitos trabalhistas conquistados, as injustiças impostas à classe trabalhadora e para onde estamos caminhando juntos. Nas telas do cinema, a importância do tema sempre se fez presente, influenciando como vivemos e nos relacionamos com o mundo.
A indústria cinematográfica vive um momento de crise extrema com as salas de cinema fechadas, produções paralisadas e uma carência de políticas públicas que atuem de forma rápida e eficaz no auxílio ao setor de todo o país. Lançamentos adiados, exibidores com atividades ameaçadas e milhares de profissionais sem trabalho fazem parte da triste realidade atual. Em um momento em que as pessoas consomem mais audiovisual em suas casas, é paradoxal como esta crise impacta a vida os trabalhadores audiovisuais e suas famílias.
Buscando promover reflexões sobre o dia 1º de Maio e a importância da arte nesse momento, o #VitrineIndica desta semana traz sete títulos sobre o Trabalho, são eles: ‘Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar’, de Marcelo Gomes; ‘Você Não Estava Aqui’, de Ken Loach; ‘Doméstica’, de Gabriel Mascaro; ‘Sinfonia da Necrópole’, de Juliana Rojas; ‘Temporada’, de André Novais Oliveira; e ‘Corpo Elétrico’, de Marcelo Caetano podem ser vistos e revistos nas plataformas digitais. Além disso, o curta ‘Ruim é Ter que Trabalhar’, de Lincoln Péricles, ficará disponível gratuitamente no canal da Vitrine no YouTube por uma semana!
Para acompanhar esta lista, teremos uma live no Instagram da Vitrine Filmes com a mediação da jornalista Nanni Rios e a presença do diretor Marcelo Gomes, falando sobre o tema, a semana e respondendo às perguntas do público. A transmissão acontecerá na sexta-feira, dia 1º de maio, às 19h.
Leia as críticas de todos os filmes e assista abaixo o curta!
ASSISTA O CURTA-METRAGEM
https://www.youtube.com/watch?v=Hum_-N4BHKc&feature=youtu.be
RUIM É TER QUE TRABALHAR. Alguns dias antes da Copa do Mundo no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho. Nascido e criado no Capão Redondo, o diretor Lincoln Péricles mergulha na realidade de um trabalhador (Adriano Araujo – ator e roteirista do filme) oprimido por suas condições de trabalho e por um sistema que existe apenas para beneficiar uma elite. O filme foi destaque no Festival Internacional de Curtas de São Paulo, em 2015.
OS FILMES
ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR (2019, Brasil, 85 minutos, de Marcelo Gomes, CRÍTICA AQUI)
A cidade de Toritama é um microcosmo do capitalismo implacável: a cada ano, mais de 20 milhões de jeans são produzidos em fábricas de fundo de quintal. Os moradores trabalham sem parar, orgulhosos de serem os donos do seu próprio tempo. Durante o Carnaval – o único momento de lazer do ano – eles vendem seus pertences sem arrependimentos e fogem para as praias em busca de uma felicidade efêmera. Quando chega a Quarta-feira de Cinzas, um novo ciclo de trabalho começa. Responsável por 20% da produção de jeans do país, Toritama chamou a atenção do diretor Marcelo Gomes por transgredir a lógica da acumulação de bens para aproveitar a maior festa brasileira. O longa foi parte da seleção oficial da Mostra Panorama do Festival de Berlim e recebeu o prêmio da crítica no Festival É Tudo Verdade.
VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI (Sorry We Missed You, 2019, Reino Unido, 100 minutos, de Ken Loach, CRÍTICA AQUI)
Quando Ricky aceita um trabalho informal como entregador de aplicativo, o sonho da independência logo se torna um pesadelo de 14 horas de trabalho diário e muitas dívidas. Com quase 60 anos de carreira, Ken Loach tem sido um dos mais produtivos e socialmente engajados diretores do Reino Unido. Em ‘Você Não Estava Aqui’, ele explora novas as relações de trabalho, marcadas pela flexibilidade de direitos e pela informalidade. O longa foi indicado à Palma de Ouro, em Cannes, e ao prêmio de melhor filme britânico no BAFTA.
DOMÉSTICA (2012, Brasil, 75 minutos, de Gabriel Mascaro, CRÍTICA AQUI)
Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho. Ao entregar a câmera nas mãos dos filhos dos patrões, Gabriel Mascaro produz em seu documentário uma sensível crônica sobre o Brasil. O longa foi destaque no Festival de Brasília e no IndieLisboa.
SINFONIA DA NECRÓPOLE (2015, Brasil, 85 minutos, de Juliana Rojas, CRÍTICA AQUI)
Deodato é um aprendiz de coveiro pouco animado com o ofício. A paixão por Jaqueline, funcionária do serviço funerário, o impede de pedir demissão, mas estranhos eventos abalam seu estado psicológico. Em um musical original e bem humorado, a diretora Juliana Rojas investiga o que acontece quando a especulação imobiliária desenfreada de São Paulo atinge o comércio de túmulos no cemitério de uma movimentada região da cidade. O filme foi premiado no Festival de Gramado e no Festival Internacional de Cine de Mar Del Plata.
TEMPORADA (2018, Brasil, 112minutos, de André Novais Oliveira, CRÍTICA AQUI)
Na trama, Juliana (Grace Passô) está de mudança do interior para a periferia de Belo Horizonte. Em seu novo trabalho dedicado a combater às endemias da região, ela se depara com pessoas e vive experiências capazes de mudar a sua vida completamente. Ao mesmo tempo que passa por essa transformação, Juliana tenta lidar com o impacto que tudo isso gera na sua relação conjugal. Segundo o diretor André Novais Oliveira, a ideia para ‘Temporada’ surgiu quando ele trabalhou no combate a endemias em sua cidade, Contagem, mais precisamente no combate à dengue. O longa teve sua estreia mundial no Festival de Locarno e foi o grande vencedor da Mostra Competitiva no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
CORPO ELÉTRICO (2017, Brasil, 94 minutos, de Marcelo Caetano, CRÍTICA AQUI)
O verão está chegando e Elias (Kelner Macêdo) tem sonhado muito com o mar. Na fábrica em que trabalha, as responsabilidades aumentam à medida em que o fim de ano se aproxima. Depois de uma noite fazendo hora extra, ele e os operários decidem sair e tomar uma cerveja. É quando novas possibilidades de encontros surgem no horizonte. Fugindo de estereótipos e tabus, o longa de Marcelo Caetano explora a sexualidade e os afetos de um jovem gay em São Paulo. O filme foi selecionado para o Festival de Rotterdam e para o Festival de San Sebastián.
VÍDEO EXCLUSIVO CORPO ELÉTRICO E O AMOR
(clique na foto e assista)