Tudo Sobre o 11º Mês da Mostra Um Curta por Dia: A Repescagem 2025

Mostra Um Curta Por Dia - Repescagem 2025 - Novembro

Tudo Sobre o 11º Mês da Mostra Um Curta por Dia: A Repescagem 2025

A repescagem chega no novembro azul com mais 30 curtas-metragens brasileiros e diferentes, em exibições gratuitas em plataforma única exclusiva

Por Clarissa Kuschnir

E, agora, definitivamente, estamos mesmo às portas do fim do ano. Mas enquanto a vida corre acelerada lá fora, nós corremos aqui no Vertentes do Cinema para trazer para vocês mais um mês repleto de muitas obras cinematográficas no formato de curtas-metragens. Sim, os curtas são uma importante janela para os realizadores, seja para os que estão começando ou para os veteranos. Porém infelizmente, por problemas de distribuição (se já é difícil para os longas no Brasil) muitas vezes, eles acabam ficando na gaveta. Por isso, abrimos este espaço para esses filmes que têm um potencial gigante em nosso país. E isso eu pude ver de perto recentemente quando cobri a 23ª Goiânia Mostra Curtas (confira aqui tudo o que aconteceu no festival goiano). Sim, o maior festival de cinema de Goiás é voltado inteiramente para os curtas-metragens. Eu vi muita, mas muita coisa boa. E agora em novembro retorno também para o Curta-Se – Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (leia aqui), que foi um marco para mim. Foi meu primeiro festival de cinema como jornalista em 2010, na época da Revista Preview. Lá tive a oportunidade de ser júri também, em algumas edições, dos curtas-metragens (mas o festival também tem longas-metragens) me aproximando muito mais do formato e conhecendo e trocando ideias, com os realizadores, muitos hoje já com seus longas-metragens. E, eu não larguei mais. E aqui no Vertentes do Cinema, eu e nosso editor Fabricio Duque procuramos trazer para vocês leitores do site um curta diferente por dia, todo dia, em um universo tão amplo de histórias brasileiras. E tudo isso gratuitamente em uma plataforma própria, sem necessidade de cadastro. Cada curta da Mostra Um Curta Por Dia: A Repescagem 2025 fica disponível sempre das 9h da manhã, até às 9 da manhã do dia seguinte.

E do interior paulista abrimos a Mostra Um Curta Por Dia: A Repescagem 2025 com “A Mulher que Se Casou com Lauaretê”, de Mauro Baptistella. O filme é a adaptação do livro “As Fábulas de Lauaretê”, do escritor e um dos percursores da literatura indígena no Brasil, Kaká Werá; seguimos com o incansável Cavi Borges e seu média-metragem experimental “Octávio III – O Imperador”. Entre os experimentais, ainda temos: “Baunilha”, do pernambucano Léo Tabosa, que já está circulando nos festivais com seu primeiro longa “Gravidade”; trazemos também “Tyger” de Guilherme Marcondes, inspirado no poema homônimo, do poeta inglês Willian Blake; e “Cama Vazia”, de Fábio Rogério e do multiartista Jean Claude Bernardet, que fica entre o experimental e documentário , onde o cineasta retrata os dias de internação do próprio Jean, questionando a vida e o capitalismo, de dentro de um hospital particular, em São Paulo. Este é um dos vários curtas que Fábio Rogério fez ao lado de Bernardet, falecido recentemente, no mês de julho.

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Tudo Sobre os meses anteriores da Mostra Um Curta Por Dia: A Repescagem 2025

Entre o experimental e o documentário, a Mostra Um Curta Por Dia: A Repescagem 2025 seleciona os seguintes filmes no formato: “Quem Teve Kiss”, de Tadeu Jungle, em que o cineasta aborda um grupo de fãs da banda de Hard Rock Kiss para várias entrevistas, durante a primeira turnê do grupo, no Brasil; “Quando Bento Era São”, de Clementino Júnior; Amapô”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, que trata da temática dos travestis; o clássico, “Uma Rua Chamada Triumpho (69/70)”, de Ozualdo Ribeiro Candeias, sobre a Boca do Lixo paulistana; “Seams”, de Karim Aïnouz, que entrevista suas cinco tias-avós que falam sobre as coisas da vida; “Nelson Cavaquinho”, de Leon Hirszman, em um contraponto a Bossa Nova na época; “Clara Esperança”, de Diego Alexandre, um retrato sobre Clara Nunes, através de sua irmã mais velha; “Amores de Rua”, de Eunice Gutman; “Migrantes”, de João Batista Andrade; “A Busca do Eu e o Silêncio”, de Giuliano Robert; “Um Dia na Rampa”, de Luiz Paulino dos Santos,  de 1957, que teve a colaboração de Glauber Rocha; e “3 é 5”, de Pedro Castelo Branco, que aborda os trabalhadores das feiras livres de São Paulo, durante a pandemia. Ou seja, são filmes de diversas gerações, abordando temas universais.

E dentro da nossa programação temos a animação “Tamo Junto”, de Pedro Conti que conta com as vozes do Rapper Crioulo, da atriz Luciana Silveira e com a participação do Emicida.

Mostra Um Curta Por Dia: A Repescagem 2025 traz as ficções: Eletrodoméstica”, de Kleber Mendonça Filho, que inclusive lança este mês em circuito comercial seu novo longa “O Agente Secreto” (será que vem Oscar de novo por aí para o Brasil?); ah, e só lembrando que quem conhece “O Som ao Redor” (primeiro longa de Kleber) identificará fácil bem os elementos em comum de suas obras; “Vela ao Crucificado”, do maranhense Frederico Machado, que está com seu novo e belo longa “Terra Devastada” (estreia mundial na 49ª Mostra Internacional de São Paulo). Com este curta, o cineasta recebeu mais de 100 prêmios internacionais e nacionais com destaque para Cartagena, Mostra Internacional de São Paulo e San Diego IFF; “A Volta Para Casa”, de Diego Freitas, que está estourando na Netflix, com o longa “Caramelo”. Inclusive neste curta protagonizado por Lima Duarte e Guilherme Rodio, em que o diretor aborda o etarismo, faço uma ponta como figurante; “Ângelo Anda Sumido”, de Jorge Furtado; “Em Nome Pai”, de Júlio Pessoa; “Lá e Cá”, de Sandra Kogut; Lá Fora”, de Guilherme Telli, em uma série de curtas que o realizador fez durante a pandemia; Esplendilezas”, de Fabi Penna; “Tira o Óculos e Recolhe o Homem”, de André Sampaio, sobre o episódio da prisão do compositor Jards Macalé, durante a ditadura militar; “O Fim do Verão”, de Caroline Biagi; “Convite para Jantar Com o Camarada Stalin”, de Ricardo Alves Jr., e “A Primavera é Bonita e eu não A Vejo”, filme que faz parte do Cinema Instantâneo, dirigido por Ricardo Peres.

E como já é de praxe, a cada mês, a Mostra Um Curta Por Dia apresenta uma cor da arte de divulgação para remeter as campanhas sociais de Prevenção às doenças de saúde. O mês de Novembro vem com a cores oficiais: o Azul, focado na saúde masculina e na prevenção do câncer de próstata, e o Roxo, voltado para a conscientização sobre a prematuridade. O Novembro Azul enfatiza a importância da detecção precoce e exames preventivos para a saúde do homem. Então bora embarcar nas histórias dos curtas de novembro?

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO DÉCIMO PRIMEIRO MÊS (NOVEMBRO) DA MOSTRA UM CURTA POR DIA: A REPESCAGEM 2025

Mostra Um Curta Por Dia - Repescagem 2025 - Novembro

DIA 01/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

A MULHER QUE SE CASOU COM LAUARETÊ

(2020, Brasil, 15 minutos, ficção, de Mauro Baptistella). O Grupo Manuí dá vida à história Kamayurá de mesmo nome, adaptada do livro “As fabulosas fábulas de Iauaretê”, do escritor Kaká Werá. O filme tem a direção de Mauro Baptistella, e produção de Lucas Zalla. No elenco, estão os indígenas amazonenses, Alberto Cruz, da etnia Piratapuia, e Gilmara Gonçalves, da etnia Baré; as crianças Alice Zalla, Estela Zalla, Sol Naeté e Nilo Ayô; além de Tatiana Zalla e Leandro Pfeifer do Grupo Manuí.

DIA 02/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

OCTÁVIO III – O IMPERADOR

(2023, Brasil, 60 minutos, Experimental, de Cavi Borges). Mais bem posicionado que Romário na pequena área, Otávio Terceiro conviveu com grandes nomes da música e do cinema brasileiros. Tomava whisky com Pixinguinha, chopp com Dorival Caymmi e também foi o responsável por levar um iniciante cantor para se apresentar pela primeira vez na televisão. Além disso, foi empresário por muitos anos de outro grande nome da música, João Gilberto. No filme, Otávio passeia pelas ruas do Rio, narrando sua história, até que um problema de saúde muda tudo.

DIA 03/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

QUEM TEVE KISS

(1983, Brasil, 29 minutos, Documentário, de Tadeu Jungle). Em junho de 1983, a banda Kiss veio para a sua primeira turnê pelo Brasil. Na época, o videomaker Tadeu Jungle foi à porta do estádio do Morumbi, onde seria realizado o show, para entrevistar o público e fazer um retrato geracional. O resultado é um filme divertido, cheio de momentos de humor involuntário, mas que mostra uma nova juventude que já não sentia o peso da ditadura nos ombros, mas também ainda não conhecia a democracia.

DIA 04/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

BAUNILHA

(2017, Brasil, 18 minutos, Ficção, Experimental, de Leo Tabosa). Olhe em volta. Tudo o que você vê e toca pode ter gosto de baunilha.

DIA 05/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

QUANDO BENTO ERA SÃO

(2022, Brasil, 9 minutos, Documentário, de Clementino Júnior). Um poema escrito em cartazes “ecoa” nas ruínas de Bento Rodrigues/ MG, relembrando a infância de um dos atingidos do rompimento da Barragem de Fundão.

DIA 06/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

VELA AO CRUCIFICADO

(2009, Brasil, 12 minutos, Ficção, de Frederico Machado). A história do velório de uma criança carente e o esforço de um pai para proporcionar ao filho um último instante de dignidade. Mais de 100 prêmios internacionais e nacionais. Vencedor e selecionado para festivais internacionais tais como Cartagena (Colômbia), Montecatini (Itália), Cabo Verde, Mostra Internacional de Sao Paulo, San Diego IFF, entre muitos outros.

DIA 07/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

CAMA VAZIA

(2023, Brasil, 6 minutos, documentário, de Fábio Rogério e Jean Claude-Bernardet). Com Jean Claude- Bernardet. A máquina de morte precisa manter sua longevidade para expandir e lucrar.

DIA 08/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

A VOLTA PARA CASA

(2019, Brasil, 19 minutos, ficção, de Diego Freitas). Com Lima Duarte e Guilherme Rodio. No domingo de Páscoa em uma casa de repouso, Plínio, um marceneiro aposentado, está cheio de expectativa com a visita de sua família, porém ninguém aparece para buscá-lo. Anselmo, o jardineiro da casa de repouso, ao vêlo sozinho e cabisbaixo, oferece-se para levá-lo até sua antiga casa. Durante o trajeto, cresce a cumplicidade entre os dois, e Plínio revisita as memórias de sua vida no bairro, em São Paulo, onde nasceu e cresceu. Ao chegarem, Plínio tem uma surpresa que colocará em xeque as suas lembranças.

DIA 09/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

ELETRODOMÉSTICA

(2005, Brasil, 22 minutos, Ficção, Experimental, de Kleber Mendonça Filho). Classe média, anos 90, 220 Volts. No dia em que chega uma TV de 29 polegadas à casa de uma família pernambucana, a dona de casa se ocupa com tarefas corriqueiras, enquanto espera ansiosamente pelo fim do trabalho da máquina de lavar.

DIA 10/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

ÂNGELO ANDA SUMIDO

(1997, Brasil, 17 minutos, Ficção, de Jorge Furtado). Dois velhos amigos de faculdade se encontram por acaso e combinam de sair para jantar, mas o encontro acaba se transformando em uma tentativa quase impossível de atravessar os obstáculos que encontram pela cidade.

DIA 11/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

AMAPÔ

(2008, Brasil, 12 minutos, Documentário, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman). O curta, que faz parte do projeto Marco Universal, trata de questões relacionadas aos direitos humanos, como o direito à diferença. A vida da personagem é apresentada a partir de outros, a alteridade como lógica. Os espectadores completam os sentidos e aos poucos percebem que se trata de um homossexual que, ainda na adolescência, virou travesti. “Amapoa” é um termo que vem do Iorubá e transformou-se em uma gíria de travestis para falar de mulher. O filme traz um desfecho brutal, revelando que o personagem sofreu uma forte violência. Homofobia. A abordagem leva à identificação com a personagem e permite reflexões sobre a intolerância da sociedade atual.

DIA 12/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

UMA RUA CHAMADA TRIUMPHO (1969/70)

(1971, Brasil, 10 minutos, Documentário, de Ozualdo Ribeiro Candeias). A região da Boca do Lixo paulistana e as pessoas do meio cinematográfico que por ali circulavam são registradas em fotografias de autoria do diretor Ozualdo Candeias.

DIA 13/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

TAMO JUNTO

(2021, Brasil, 6 minutos, Animação, de Pedro Conti). Em dias de medo, Dois vizinhos passam a tornar cada momento de interação como grandes preciosidades. O trabalho conta com a voz do rapper Criolo e da atriz Luciana Silveira, e com a participação de Emicida. A trilha sonora é assinada pela Loud+. Durante a produção, o curta foi uma tentativa de cura através da arte.

DIA 14/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

EM NOME DO PAI

(2002, Brasil, 17 minutos, Ficção, de Júlio Pessoa). Em um subúrbio paulistano, uma história aparentemente banal. Uma família comum: pai, mãe, dois filhos. E um cachorro. Entretanto, o oculto, o perverso e a violência dos desejos. Com Elias Andreato, Leonardo Miggiorin, Denise Weinberg.

DIA 15/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

LÁ E CÁ

(1995, Brasil, 25 minutos, Ficção, de Sandra Kogut). Com Regina Casé, Eliane Maria Sinopse : O cotidiano de uma garota de subúrbio, dividida entre suas raízes e o sonho de ver outros lugares. Livre adaptação do conto ‘Monólogo de Tuquinha Batista’, de Aníbal Machado.

DIA 16/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

SEAMS

(1993, Brasil, 30 minutos, Documentário, de Karim Aïnouz). Karim entrevista suas 5 tias-avós deliciosamente excêntricas, sobre as visões do amor, família e casamento.

DIA 17/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

NELSON CAVAQUINHO

(1969, Brasil, 13 minutos, Documentário, de Leon Hirszman). Filmado em 1969, Nelson Cavaquinho foi realizado como contraponto a Garota de Ipanema. Em vez da Bossa Nova e da zona sul carioca, o interesse do cineasta volta-se para as raízes da música popular brasileira. O resultado é um belo e pungente registro do sambista em seu ambiente, conversando com amigos e vizinhos, em casa, no bar, no terreiro. Cenas da vida no subúrbio mesclam-se às memórias e improvisos, compondo um sensível panorama, ao mesmo tempo melancólico e alegre, do compositor e do seu povo à margem da sociedade.

DIA 18/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

CLARA ESPERANÇA

(2022, Brasil, 20 minutos, Documentário, de Diego Alexandre). Trazendo um recorte pouco conhecido da vida de Clara Nunes, o documentário conta a inspiradora história de sua irmã mais velha, a costureira Maria Gonçalves. Dona Mariquita, como era mais conhecida, lutou durante décadas pela preservação da memória da cantora através da fundação da creche e do memorial que levam o seu nome.

DIA 19/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

AMORES DE RUA

(1994, 29 minutos, documentário, de Eunice Gutman). O documentário questiona a atitude em relação à sexualidade defendida por uma sociedade em que as profissionais do sexo lutam pelo direito à cidadania e dignidade. O filme percorre a Vila Mimosa, a Praça Mauá e casas noturnas eróticas frequentadas por todos os gêneros, onde as performers cantam sucessos campestres.

DIA 20/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

MIGRANTES

(1973, Brasil, 8 minutos, Documentário, de João Batista de Andrade). O filme parte de uma notícia publicada no jornal, segundo a qual comerciantes se queixavam da presença de marginais instalados debaixo de um viaduto perto de suas lojas. A intenção do diretor João Batista de Andrade foi dar voz a essas pessoas oprimidas pela falta de emprego e condições sub-humanas de vida devido à carência de moradia. Enquanto uma das famílias que viviam sob o viaduto era entrevistada, um pedestre que passava interveio e iniciou-se um debate entre ele e o migrante sobre o papel de pessoas de outros estados no desenvolvimento de São Paulo e os problemas do Nordeste rural.

DIA 21/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

LÁ FORA

(2020, Brasil, 10 minutos, ficção, de Guilherme Telli). Com Guilherme Telli. Imagine estar isolado… Tem algo relevante acontecendo Lá Fora, mas você não tem autonomia para interferir. Na verdade, você nunca sabe exatamente o que há Lá Fora! A história mostra três presidiários, que narram a fuga de um quarto? protagonista onisciente da trama? “Lá Fora” é sobre o protagonismo que não se vê. Sobre a opressão que se sente. Sobre o destino que, via de regra, não falha.

DIA 22/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

ESPLENDIDEZAS

(2014, Brasil, 20 minutos, ficção, de Fabi Penna). A menina estava bem, mas de repente começou a perder a cor, a perder o peso e foi ficando “desafeiçoada”. Não adiantou tomar chá de “bordo”, de “cidrera”, de “quebra-pedra”, nem de menstruço”. Levar para posto médico, nem pensar, porque o doutor não cura de “zipra” e nem de “zipelão”. Sem dúvida, era tarefa para uma benzedeira.

DIA 23/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

A BUSCA DO EU E O SILÊNCIO

(2021, Brasil, 20 minutos, Documentário, de Giuliano Robert). Há inúmeras formas para que a não-comunicação se estabeleça, seja por conflitos, idiomas ou culturas. Neste filme de Giuliano Robert, o fato acontece por interferência da língua: uma mãe ouvinte relata o início de um processo de comunicação com o filho surdo. Partindo das experiências da mãe, Márcia, o documentário é conduzido pelo filho, Giuliano, em busca da relação com uma cultura que através da falta de informação e acesso, silencia maneiras outras de se comunicar.

DIA 24/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

UM DIA NA RAMPA

(1957, Brasil, 10 minutos, Documentário, de Luiz Paulino dos Santos). Rampa do mercado modelo, porto de saveiros que navegam a baía de todos os santos. Os homens vêm toda manhã do mar à terra e retornam com a noite para as águas que dizem ser da rainha Yemanjá. Esse filme, graças a cooperação de todos os trabalhadores, documenta Um Dia na Rampa”. (Letreiros iniciais). A realização do curta contou com a colaboração de Glauber Rocha, que teria feito a sonorização.

DIA 25/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

TYGER

(2006, Brasil, 4 minutos, Experimental, de Guilherme Marcondes). Curta metragem inspirado no poema homônimo do poeta inglês Willian Blake. Um tigre invade as ruas de São Paulo transformando as pessoas em animais e em coisas deixando um rastro de formas incandescentes pela cidade.O brilho das pessoas se mostra em cores, vôos, gestos que transformam a metrópole.

DIA 26/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM

(2008, Brasil, 20 minutos, Ficção, de André Sampaio). Baseado em fatos reais. Em 1977, no Brasil dos tempos da ditadura militar, o compositor Jards Macalé é preso após um show em parceria com Moreira da Silva. O fatídico episódio gerou a única parceria entre estes dois ícones de nossa música popular, o samba “Tira os Óculos e Recolhe o Homem”, inspiração do filme. Melhor Ator Jards Macalé Curta Santos 2008, Melhor Ator Jards Macalé e melhor Filme no Festival do Paraná 2008, Melhor Filme ABDeC Curta Cinema 2008 e Melhor Roteiro Londrina 2008.

DIA 27/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

O FIM DO VERÃO

(2015, Brasil, 13 minutos, Ficção, de Caroline Biagi). Na desordem dos primos aproveitando o último dia de verão, Melissa quer falar com Fábio antes que ele vá viajar.

DIA 28/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

CONVITE PARA JANTAR COM O CAMARADA STALIN

(2008, Brasil, 9 minutos, Ficção, de Ricardo Alves Jr.). Entre o sonho e a morte, Olga e Marilu esperam um convidado para jantar.

DIA 29/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

A PRIMAVERA É BONITA E EU NÃO A VEJO

(2018, Brasil, 15 minutos, ficção, de Ricardo Peres). Com Gabrielle Lopes e Rafael Malagutti. Um homem e uma mulher cega, se encontram em uma ilhota no meio de um lago, rodeados por uma natureza exuberante. Ele está confuso e em busca de respostas para suas angústias. Ela faz um pedido muito especial para ele.

DIA 30/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI

3 É 5

(2021, Brasil, 13 minutos, Documentário, de Pedro Castelo Branco). O filme mostra as imagens de trabalhadores das feiras livres de São Paulo durante a pandemia.

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