Direção: Mike Mitchell
Roteiro: Josh Klausner e Darren Lemke
Vozes: Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy, Antonio Banderas, Julie Andrews
Fotografia:Yong Duk Jhun
Música:Harry Gregson-Williams
Direção de arte:Max Boas
Edição:David Teller
Produção:Teresa Cheng e Gina Shay
Estúdio: DreamWorks Animation
Distribuidora:Paramount Pictures (EUA), United International Pictures (Brasil)
Duração:93 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2010
COTAÇÃO: BOM
A opinião
A saga Shrek chaga ao fim, com o seu Capítulo final. O desenho reinventou um estilo de animação, por usar humor sarcástico, deboche referencial a personagens de outras histórias infantis. A característica principal era modificar a inerência de seus personagens, atribuindo subjetivismos individualistas. Nesta quarta aventura, os elementos, que tornaram o ogro verde famoso, estão presentes, porém já não é mais novidade. É neste caso que a exibição em 3D ajuda e muito.
Há um momento na vida de cada um, que a rotina e a mesmice tomam conta. Não há mais novidades. As ações banais são repetitivas. O que era para ser eterno, torna-se comum. Shrek quer reviver os seus momentos de diversão. De quando era temido ao deixar os outros com medo. Ao assinar o contrato com o vilão, ele troca um dia de sua vida por um dia do seu desejo.
“Eu não sabia o que tinha até perder”, diz o protagonista verde. A sátira é uma crítica acirrada ao jeito de ser de cada indivíduo. Não é por representar um personagem de desenho animado, que não se pode possuir desejos, falhas, medos, frustrações e até uma opção sexual diferenciada. As inerências são humanizadas. Ironizadas, não com preconceitos, mas com picardias. Shrek fornece a lição de que na iminência da perda, dobra-se o valor das coisas. Quantas vezes não mudamos calmarias, deixamos o circo pegar fogo, só para sentir novamente a euforia inicial. O detalhe é que aqui a fantasia permite que situações escolhidas possam ser revertidas, já na vida real, não é tão fácil assim.
O filme mostra que nem tudo é perfeito. Que o príncipe encantado pode ser um ogro sim. Que arrota, que acende velas com a cera do ouvido, que toma banho de lama. E que um dia, a vida pacata busca um retorno ao que era ou a uma novidade. A aventura é intrínseca a todos nós: homens, mulheres, ogros, bruxas, reis, garotos de madeira, porquinhos, biscoitos, entre outros. Omitir a sua vivência pode ocasionar a própria mitigação do amor. Vale a pena ser visto. As ideias apresentadas neste capítulo final podem ser encontradas nas edições anteriores, portanto é mais um desenho que deve ser assistido, principalmente em terceira dimensão. Eu recomendo.
Mike Mitchell nasceu em 1970, em Oklahoma City, Oklahoma. É um diretor, produtor, ator e animador de cinema americano. Conhecido por dirigir o filme “Sobrevivendo ao Natal” , “Sky High” , “Shrek Forever After” para a DreamWorks Animation , “Popeye” para a Sony Pictures Animation. Trabalhou para cineastas como Tim Burton e Spike Jonze. Em 1999, fez sua estréia como diretor com a comédia “Deuce Bigalow: Male Gigolo” , estrelado por Rob Schneier. Em 2006, se juntou a DreamWorks Animation, e participou do processo de criação de “Shrek terceiro” e “Kung Fu Panda”. Ele também trabalhou como dublador em “Monstros versus Alienígenas”.
Filmografia
2012 – Popeye
2010 – Shrek Para Sempre
2005 – Sky High
2004 – Sobrevivendo ao Natal
1999 – Deuce Bigalow: Male Gigolo
1999 – Herd
1993 – Natal Frannie