Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Ali Larter, Spencer Locke, Jason O’Mara, Wentworth Miller, Shawn Roberts, Boris Kodjoe, Kim Coates
Fotografia: Glen MacPherson
Trilha Sonora: tomandandy
Produção: Victor Hadida, Martin Moszkowicz
Distribuidora: Sony Pictures
Duração: 90 minutos
País: Reino Unido/ Alemanha/ EUA
Ano: 2010
COTAÇÃO: REGULAR
A opinião
Há cada vez mais a interação entre o mundo fantasioso dos jogos com a arte cinematográfica. Os jogos de computador despertam a catarse de cada um, principalmente quando se pode exteriorizar a raiva, exterminando inimigos virtuais. Isso possibilita transferir o desejo da violência em algo que é possível ser assim. “Resident Evil” é um deles. O jogo criado em meados de 1996, tornou-se sucesso absoluto, porque unia aspectos sociológicos com a diversão propriamente dita. O jogador precisava salvar o mundo do ataque dos zumbis, por um vírus mortal, que era estudado em laboratório.
Então, Paul W.S. Anderson, o diretor resolveu transpor para as telas a história do jogo, abordando na trama a história de uma corporação chamada Umbrella Corp., que conduzia experiências genéticas ilegais em seu laboratório no subterrâneo de Raccoon City. Durante um dia normal de trabalho em Raccoon, conhecida como Colméia (The Hive) por estar situada vários quilômetros abaixo da terra, uma sabotagem faz com que o T-Vírus contamine o local,o que ativa os mecanismos de defesa da Rainha Vermelha, que por sua vez mata a todos para que a infecção não chegue a superfície. Esse era o primeiro produto da saga “Resident Evil”, “O hóspede maldito”, que se seguiu de “Apocalipse” e “A extinção”. Todos protagonizados pela excelente Milla Jovovich, vivendo o papel de Alice, que em um estágio mais evoluído de inferência, podemos a referenciar a trama de “Alice”, de Lewis Carrol.
Um zumbi é uma criatura fictícia tipicamente definido como um morto animado ou um ser humano irracional. Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.
A fotografia saturada contribui para a atmosfera de “filme catástrofe”. Quando se privilegia a ação em detrimento do aprofundamento real do que se deseja transmitir, o longa perde a credibilidade e se envereda pelo campo da diversão. As cenas sobem no grau de surrealismo patético, por serem absurdas demais. Portanto, consegue-se de forma leve absorver a ideia sociológica de que se o mundo continuar do jeito que está, não haverá salvação, e o restará é a irracionalidade. Mas o foco principal é a escolha pela luta, tiros, zumbis caricatos, pulos sem medo, pousos “malucos” e pelo clichê óbvio e pretensioso. Contudo, o detalhe maior é sempre a forma como a estonteante protagonista aparece na tela. Repare na cena final, quem viu “Nosso lar”, irá remeter a memória à trama espírita.
Paul William Scott Anderson (conhecido também como Paul W.S. Anderson ou Paul Anderson), nasceu em 4 de março de 1965 em Newcastle upon Tyne, Inglaterra, é um diretor de cinema conhecido principalmente por trabalhar com filmes de ficção científica e adaptações de jogos eletrônicos para o cinema. Em sua filmografia estão filmes como “Resident Evil”, “Mortal Kombat” e “Alien vs. Predator”. Diretor e do produtor do primeiro “Resident evil” e roteirista dos filmes seguintes, retorna ao cargo de diretor. Ele é marido de Milla Jovovich, protagonista dos quatro longas desta franquia.