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O Grande Hotel Budapeste

A estranheza de uma irônica fantasia excêntrica

Por Fabricio Duque

Direto do Festival de Berlim 2014


“O Grande Hotel Budapeste” consagra a obra-prima do diretor Wes Anderson, por conjugar elementos característicos de sua carreira cinematográfica com uma trama linear, apesar das digressões e por uma direção que conduz pela sutileza e por uma irônica nostalgia de um passado presente. Com um “time” de atores “amigos” que “adoram trabalhar no mundo encantado de Wes Anderson”.

No período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX.

Durante as filmagens, equipe e elenco ficaram hospedados no mesmo hotel “fictício” na Alemanha, lugar que as cenas foram rodadas. Wes levou um cozinheiro e todos tomavam café e jantavam juntos, visto que ele “odeia a cultura dos camarins individuais em que cada pessoa se tranca e não interage com os outros”. O filme corrobora o estilo do diretor, unindo excentricidade de realismo fantástico com humor “estranho” e fantasioso, em um misto de ironia e ingenuidade proposital.

O longa-metragem integrou a lista da mostra competitiva oficial do Festival de Berlim 2014 e abriu oficialmente o Berlinale. Na plateia, Tilda Swinton vestindo “David Bowie” e um elenco com sorrisos-picardias.

4 Nota do Crítico 5 1

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