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O Ditador

Ficha Técnica

Diretor: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Alec Berg, David Mandel, Jeff Schaffer
Elenco: Megan Fox, Sacha Baron Cohen, Anna Faris, John C. Reilly, Ben Kingsley, B. J. Novak, Kevin Corrigan, J.B. Smoove, Jim Piddock
Fotografia: Lawrence Sher
Trilha Sonora: Erran Baron Cohen
Produção: Sacha Baron Cohen, Alec Berg, David Mandel, Scott Rudin, Jeff Schaffer
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Four by Two / Kanzaman
Duração: 94 minutos
Classificação: 14 anos
País: EUA
Ano: 2012
 
Sasha, Um Ditador Mock
Por Fabricio Duque
Sacha Baron Cohen está de volta em “O Ditador”. O ator vivencia outro protagonista do diretor Larry Charles (“Borat”, “Bruno”, mais conhecido por ter participado da equipe de roteiristas do seriado de televisão Seinfeld). O gênero cinematográfico utilizado é o Mockumentary, “baseado em fatos irreais”, comportando-se como um falso (mock) documentário. A trama de “O Ditador” não poderia ser mais atual. “Brinca” com as características políticas da democracia. Pode ser considerado um filme “awkward” (embaraçoso), principalmente pelas piadas de humor negro e politicamente incorretas. Há racismo, machismo, intolerância. São os valores invertidos de um chefe de governo intransigente e poderoso, que acha que o “errado” é perfeitamente certo para ele. A referência ao “O Grande Ditador”, de Charles Chaplin é explicitamente perceptível.
Comédia sobre um ditador árabe (Sacha Baron Cohen) que tenta fazer de tudo para que a democracia não chegue ao seu país. Durante uma reunião da ONU, nos Estados Unidos, ele conhece um sósia e acaba se apaixonando pela dona de uma loja de alimentos.
Nesta versão estilo “Borat”, o roteiro está mais acessível e palatável ao gosto dos americanos. Até porque (parem de ler, contarei detalhes) há o “conserto” do caráter por causa da descoberta do amor por uma jovem manifestante (lutando contra um sistema opressor). Os escárnios continuam os mesmos, com citações escatológicas, vergonhosas, delirantes, surreais e em certos momentos até patéticas (propositalmente pelo objetivo pretendido). É explicitamente uma crítica ao governo da Síria. Assisti no final de maio deste ano quando estava em Nova Iorque. Fui logo na sexta-feira de estreia. Por mais que fosse engraçado, debochado, irônico, de humor paspalhão, quase ninguém ria.
Posso confessar que me “escangalhei”. O contexto lá é bem diferente. Sacha Baron Cohen foi banido de comparecer ao Oscar 2012 por anunciar que iria vestido como seu personagem. Na verdade, ele foi, promoveu o filme, mas jogou “supostas cinzas” em um apresentador de televisão. É um filme provocante, polêmico, mas que faz a graça permitida. Não vai além de quebrar discursos políticos. “Ah, América, o lugar favorito da Aids”, diz-se, gerando um desconforto a quem assiste. Um filme morno (talvez porque não apresente novidades quanto “Borat”, que reinventou outra temática) com destaque para o final, que se utiliza do gatilho comum (politicamente correto) a fim de modificar o lado sádico e psicopata do “tirano que nega as pessoas o mais básico dos direitos humanos”, diz, logo no inicio, o presidente Barack Obama. Mais uma vez, os Estados Unidos salvam mais uma alma. Um bom longa-metragem bom, que atende bem ao gênero classificado.
O Diretor
Larry Charles (Nova York, 20 de fevereiro de 1956) é um roteirista, diretor e produtor americano. É conhecido por ter participado da equipe de roteiristas do sitcom Seinfeld, para o qual contribuiu com algumas das tramas mais sombrias e absurdas, e por ter dirigido os filmes “Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan”, “Religulous” e “Brüno”.
O Ator
Sacha Noam Baron Cohen (Londres, 13 de outubro de 1971) é um premiado ator e comediante britânico. As suas principais personagens são “Borat”, “Ali G” e “Bruno”. Cohen é judeu praticante e historiador de formação. Sua linha de pesquisa contemplava as raízes dos preconceitos do mundo contemporâneo. Seu trabalho foi reconhecido com um BAFTA, uma nomeação para um Emmy e um Oscar de melhor roteiro adaptado de 2007. Nesse mesmo ano, ganhou um Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical) em cinema pela sua atuação em “Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan”.

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