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Festival de Curtas Kinoforum 2020 divulga os vencedores da edição online

Festival de Curtas Kinoforum 2020 divulga os vencedores da edição online

O grande vencedor foi “Perifericu”, realização de um coletivo de jovens do bairro do Capão Redondo em São Paulo

Por Redação (baseado no release oficial)

31º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, que este ano aconteceu totalmente online,  acaba de anunciar os curtas vencedores deste ano. O grande vencedor  foi Perifericu”, de dirigido por Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda, realização de um coletivo de jovens do bairro do Capão Redondo, em São Paulo. A obra foi eleita como melhor filme da mostra competitiva brasileira do evento por um júri formado pela atriz Camila Pitanga e pelos cineastas Kleber Mendonça Filho e Susanna Lira.  A produção, que recebeu prêmio do valor R$ 10 mil, mostra moradores que cresceram em meio às adversidades de ser LGBT no extremo sul da capital paulista.

Em cerimônia conduzida pela atriz-MC, apresentadora e slammer Roberta Estrela D’Alva, realizada na noite desta sexta-feira, 28/08, foram anunciados os vencedores do 31º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, que este ano promoveu edição virtual de 20 a 30 de agosto, via plataformas digitais, e disponível gratuitamente em todo o território brasileiro.

Perifericu

Inciativa voltada a realizações de escolas e cursos de cinema, envolvendo uma série de empresas do setor audiovisual que, assim, contribuem na realização do próximo filme do diretor contemplado, o Prêmio Revelação foi conquistado por Rodrigo Ribeiro, diretor do curta catarinense “A Morte Branca do Feiticeiro Negro”. No filme, as memórias de um passado escravagista são transformadas em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Além de R$ 10 mil, a premiação oferece serviços cinematográficos das empresas LocAll, Papaya Cine Digital, Dot, Effecs Films e Cinecolor. O júri foi formado pelo crítico Cássio Starling Carlos, pela documentarista, curadora e jornalista Flávia Guerra e pela jornalista e pesquisadora Mariana Queen Nwabasili. Em sua deliberação, os jurados destacaram “a combinação habilidosa de imagens de arquivo, registros factuais, texto histórico e trilha sonora que evidencia de forma poética as múltiplas camadas ocultadas ou apagadas da história brasileira.

Já o Prêmio Canal Brasil contemplou o curta-metragem paulista Carne”, de Camila Kater, que recebeu R$ 15 mil e exibição na grade de programação da emissora. No filme, que já havia sido premiado no importante Festival de Locarno (Suíça), mulheres compartilham suas experiências em relação ao corpo. O júri foi formado pelos críticos Bárbara Demorav, Cecília Barroso e Bruno Carmelo.

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A Morte Branca do Feiticeiro Negro

Prêmio TV Cultura teve como vencedor “Lora”, de Mari Moraga, de São Paulo. Contemplada com R$ 8 mil, como aquisição para integrar a programação do canal, a obra tem como protagonista uma mulher livre e plena de presença, que apresenta outra forma de pensar sobre pessoas em situação de rua. Uma menção honrosa, destinada a produções de oficinas de realização cultural, foi concedida a “Nuance”, dirigido por Flávia Duarte, uma reflexão sobre a solidão da mulher negra e os desafios no fortalecimento do relacionamento afetivo.

Filmes assinados por diretores estreantes concorreram ao Prêmio SescTV. O contemplado brasileiro foi “Difícil é Não Brincar”, de Papoula Bicalho, que registra brincadeiras de alunos de escolas públicas mineiras, enquanto o premiado internacional foi o israelense “As Calças de Pushkin”, de Lev Brodinsky, sobre crianças imigrantes em Israel. Cada um recebeu R$ 5 mil e ambos serão exibidos pela emissora.

Prêmio Canal Curta! / Porta Curtas contempla, em votação pelo público, dois títulos entre os exibidos na plataforma Tamandua.tv, sendo que cada recebe R$ 3 mil. Os vencedores foram “Estamos Todos na Sarjeta, Mas Alguns de Nós Olham as Estrelas”, produção de São Paulo dirigida por Sergio Silva e João Marcos de Almeida, e “Vai Melhorar”, do Rio Grande do Norte, com direção assinada por Pedro Fiuza. A sinopse do primeiro o define como “greve no tapete vermelho”, enquanto o último se passa no final de uma campanha eleitoral, quando surge um escândalo que pode comprometer a eleição.

Curtas-metragens voltados para crianças de idade entre dois e dez anos, o Prêmio PlayKids oferece R$ 5 mil para o vencedor. Focalizando um mal-humorado urso, que recebe uma visita inesperada, a produção russa “Cobertor”, de Marina Moshkova venceu a premiação. Foi concedida uma menção honrosa ao brasileiro “Trincheira”, produção de Alagoas dirigido por Paulo Silver e que se passa em um aterro sanitário, onde um garoto observa o imponente muro de um condomínio de luxo.

Premiação no valor de R$ 10 mil, o Prêmio Curta em Casa é destinado a um trabalho do programa especial homônimo, com títulos desenvolvidos pela iniciativa do Instituto Criar, Projeto Paradiso e Spcine. O vencedor, escolhido por cineastas e integrantes da Rede de Talentos Paradiso, foi o filme “Dádiva”, de Evelyn Santos, cujo enredo focaliza um presente imerecido.

Prêmio ABD-SP é concedido pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas a dois filmes, um da Mostra Limite e outro da Mostra Latino-Americana. O Prêmio ABD-SP Limite foi conquistado por “Mensch Machine ou Reunindo as Peças” (Áustria), de Adina Camhy, sobre um processador de alimentos presenteado por motivos desconhecidos. Já o prêmio para a Mostra Latino-Americana teve como vencedor o colombiano “Garganta”, de Mauricio Maldonado, sobre um adolescente isolado que encontra um corpo acidentado. Uma menção honrosa foi outorgada o francês “Meu Corpo Entregue a Vocês”, de Anna-Claria Ostasenko Bogdanoff, no qual um entregador, empoleirado em uma roda elétrica, atravessa uma cidade, depois um campo repleto de detritos, lixo e plantas doentes.

Troféu “Borboleta de Ouro”, para destaques LGBT+ para três obras (um brasileiro, um estrangeiro e um prêmio especial), eleitos pela equipe do Cineclube LGBT+.  O prêmio internacional foi outorgado ao filme belga “Mother’s”, de Hippolyte Leibovici, retrato de uma família de drags de Bruxelas. O prêmio brasileiro teve como vencedor o pernambucano “Inabitável”, de Matheus Farias e Enock Carvalho, sobre uma mulher trans que está desaparecida. Já o prêmio especial foi para o gaúcho “O Que Pode Um Corpo?”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, sobre um bebê que não chora. Menção especial foi destinada a “Perifericu”, de Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda.

Troféu O Kaiser é outorgado pela ABCA – Associação Brasileira de Cinema de Animação para o melhor animador(a). O vencedor foi o paulista “Carne”, de Camila Kater. Uma menção honrosa foi destinado para o mineiro “Mãtãnãg, a Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, sobre uma índia que segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos.

Criado e dirigido por Zita Carvalhosa, o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade sem fins lucrativos que realiza atividades e projetos e apoia o desenvolvimento da linguagem e da produção cinematográfica com destaque para a promoção do audiovisual brasileiro. Este ano, o evento exibiu 212 filmes, de 46 países, além promover 14 lives.

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FILMES FAVORITOS DO PÚBLICO

Na ocasião, foram divulgadas as produções favoritas pelo público do evento:

OS 10+ BRASILEIROS

“Carne” (Brasil-SP) – Camila Kater

“Construção” (Brasil-RS) – Leonardo Santos Rosa

“Egum” (Brasil-RJ) – yuri costa

“Entre Nós e o Mundo” (Brasil-SP) – Fábio Rodrigo

“Inabitável” (Brasil-PE) – Matheus Farias e Enock Carvalho

“Lora” (Brasil-SP/Portugal) – Mari Moraga

“O Que Pode um Corpo?” (Brasil-RS) – Victor Di Marco e Márcio Picoli

“Tuã Ingugu [Olhos d’Água]” (Brasil-RJ/Itália/Suíça) – Daniela Thomas

“Perifericu” (Brasil-SP) – Nay Mendl, Vita Pereira, Rosa Caldeira e Stheffany Fernanda

“Vai Melhorar” (Brasil-RN) – Pedro Fiuza

Entre Nós e o Mundo

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OS 10+ ESTRANGEIROS

 “Boa Noite” (Bélgica) – Anthony Nti

“Ele Não Consegue Viver Sem Cosmos” (Rússia) – Konstantin Bronzit

“Formas Concretas de Resistência” (Reino Unido) – Nick Jordan

“Kini” (Uruguai) – Hernán Olivera

“Mãe Chuva” (Peru/Bolívia/Argentina) – Alberto Flores Vilca

“Mother’s” (Bélgica) – Hippolyte Leibovici

“O Portão de Ceuta” (França/Marrocos) – Randa Maroufi

“Os Anéis da Serpente” (Chile) – Edison Cájas

“Polvo” (Turquia) – Engin Erden

“W” (Grécia) – Stelios Koupetoris

Egum

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