Direção: Gustavo Hernandéz
Roteiro: Oscar Estévez, baseado na história de Gustavo Hernández e Gustavo Rojo
Elenco: Florencia Colucci, Gustavo Alonso, María Salazar, Abel Tripaldi
Fotografia: Pedro Luque
Música: Hernán González
Direção de arte: Federico Capra
Figurino: Federico Capra, Carolina Duré e Natalia Duré
Edição: Gustavo Hernández
Produção: Gustavo Rojo
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Tokio Films
Duração: 80 minutos
País: Uruguai
Ano: 2010
COTAÇÃO: MUITO BOM


A história de “A Casa” é baseada em fatos reais ocorridos em 1944 no interior do Uruguai, quando em uma casa de uma antiga fazenda, foram encontrados os corpos de dois homens brutalmente torturados. As fortes fotografias encontradas foram a chave para resolver este crime sangrento. O filme pertence ao novo gênero de terror, por inserir manipulações paranormais e ou estado de esquizofrenia. O filme é independente, curioso, inventivo, experimental e inteligente. Quando se conhece os pormenores de sua produção, o que se vê se torna ainda mais interessante. Foi filmado em quatro dias, em Montevideo e San Jose, no Uruguai, com a máquina fotográfica Cannon 5D (emprestada), tendo orçamento estimado de US$ 6 mil e uma equipe de não mais de 15 pessoas. E segundo os seus realizadores, em um plano único, sem cortes e em tempo real – num único take de 78 minutos (há controversas, que serão explicadas adiante). Com isso, o filme virou sensação ao ser exibido Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2010 e no Festival do Rio 2010. É a estreia de Gustavo Hernández como diretor e editor, assim como da atriz Florencia Colucci (a protagonista). O espectador necessita levar em conta que é um filme uruguaio de terror. É inevitável os sustos, manipulações, o suspense.
“O filme foi produto de uma limitação orçamentária. Se tratava de fazer, com uma equipe mínima, uma história mínima, e então pensamos em contar o que passa com todos quando sentimos medo, quando temos todos os sentidos em alerta e os segundos podem parecer horas. Queríamos que o espectador vivesse as emoções sem enganá-lo com vários planos e contraplanos, e decidimos rodá-la em uma só tomada. É um filme experimental, mas contado em uma linguagem cinematográfica muito clássica. Tudo no filme terminou acontecendo para conseguir dois objetivos básicos: entreter e assustar”, disse o diretor estreante Gustavo Hernández.
2 Comentários para "A Casa"
O filme é meio monótono nas acções, monotonia que só é vencida pela curiosidade do espectador em saber o que está realmente a acontencer.
A dúvida é: são seres sobrenaturais? foi algum dos personagens que manipulou os factos? ou tudo faz parte da mente da protagonista?
Não percam a conclusão, tampouco a sequencia final após os créditos, pois a simplicidade sobrenatural arrepia até cépticos como eu.
Acabo de ver esse "A Casa", parece monótono, mas não é. Gostei de seu artigo, o q reforçou minha impressão sobre o filme: produção baratésima, poucos envolvidos, mas me prendeu, por ser diferenciado daqueles filmes de suspense aos quais estamos acostumados.
Não sei se é prá qualquer pessoa assistir, pois atmosferas hollywoodianas e muitas vezes fantasiosas ainda exercem forte influência na expectativa de quem aprecia suspense. Valeu 🙂