Tudo Sobre a 18ª Edição do Fest Aruanda 2023
Festival paraibano, que é um receptáculo representativo de “abrir caminhos”, completa 18 anos, de 30 de novembro a 06 de dezembro em João Pessoa
Por Fabricio Duque
Aruanda é um conceito presente nas religiões afro-brasileiras, equipado a uma espécie de paraíso espiritual. A Aruanda vive em constante movimento de método de convívio dentro e fora de rituais de terreiro. Dá-se aos integrantes de Aruanda uma liberdade máxima possível, que cunham a frase “ritualizar para construir uma existência”. “Aruanda” (assista aqui) foi levada aos cinemas pelo cineasta paraibano Linduarte Noronha e se tornou “um manifesto” nas palavras de Paulo Emilio de Moraes. E para Glauber Rocha, que cunhou o termo “estética da miséria”, esse modo de fazer cinema era a melhor escola, comparando Linduarte com o diretor neorrealista italiano Roberto Rossellini. Uma das curiosidades do filme é que a câmera foi emprestada pelo então Instituto Nacional do Cinema Educativo, gerando as colocações de Jean-Claude Bernardet em seu livro “Brasil em Tempo de Cinema – Ensaio Sobre o Cinema Brasileiro de 1958 a 1966″: “vindo das lonjuras da Paraíba, Linduarte Noronha dava uma das respostas mais violentas às perguntas: que deve dizer o cinema brasileiro? Como fazer cinema sem equipamento, sem dinheiro, sem circuito de exibição?”.
Esse filme ajudou a criar outro movimento, o Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que, neste ano de 2023, completa a maioria brasileira, corroborando que a liberdade do mundo de Aruanda nunca seja limitada e podada. Chegar aos 18 anos é receber três simbolismos filosóficos: independência, conexão e impacto. E a permissão “sinal verde” para beber, dirigir e festas até de manhã. Mas é na metáfora do casamento que tudo aqui se fortifica. São Bodas de Turqueza, esse estanho é um metal que traz a ideia de solidez e segurança.
O Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro 2023, que acontece de 30 de novembro a 06 de dezembro, em João Pessoa, na rede Cinépolis (Manaíra Shopping) com entrada franca ao público nos três turnos (manhã, tarde e noite), tem tudo isso e que ainda traz o slogan “Cinema que ensina o mundo a enxergar o brasil ”. Podemos dizer que o festival é um receptáculo representativo de “abrir caminhos”. Um abrigo e um refúgio de nosso cinema brasileiro, especialmente pelo megafone dado à produção cinematográfica nordestina. Todo esse processo foi “uma caminhada de tantos registros”. Na coletiva de imprensa de apresentação, vídeos marcaram momentos, homenagens e seleção de testemunhos. Tony Tornado, Beth Mendes, Cavi Borges, Fernando Teixeira, Flavio Bauraqui, José Joffily, João Batista de Andrade, Lúcia Murat, Nanego Lima, Marcus Vilar, Paulo Betti, Torquato Real, Petrus Cariry, entre tantos. E as homenagens não param por aí. Na edição de 18 anos, a vez é dos atores e da comunidade que participou do filme “Aruanda”, a “cara DNA do Cinema Paraibano”. A atriz Soia Lira (que fez “Central do Brasil”) e o crítico de cinema Inácio Araújo também serão receberão láureas.
Uma das máximas do Fest Aruanda é a democratização. Colocar em tela toda diversidade do cinema paraibano na cena cinematográfica nacional, muito porque a produção cultural do estado está se interiorizando, resgatando histórias desses atores naturais. E tudo “com programação de graça e de qualidade em uma tela de um prédio de dois andares”, disse Lúcio Villar, o diretor do Fest Aruanda, junto de sua equipe com “faca nos dentes”. A comissão de curadoria de curtas-metragens do Fest Aruanda 2023 contou Amilton Pinheiro, Rodrigo Fonseca e Camila de Moraes. E na de longas, Lúcio Villar e Amilton Pinheiro.
A 18ª edição do Fest Aruanda, que tem chancela da UFPB, patrocínio master do Grupo Energisa, patrocínio do BNB Cultural e Cagepa, e Copatrocínio da PBGás e Armazém Paraíba, apresentará filmes, longas e curtas-metragens; debates; lançamentos de livros, uma oficina mais especial (temas mais próximos às pessoas) com a realizadora Susanna Lira (que também terá em exibição seu mais recente filme “Nada Sobre Meu Pai”); além do montador Eduardo Serrano que falará sobre o processo de “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles; e mesas sobre a série “Cangaço Novo”, sobre “Para que serve a crítica cinematográfica?” e sobre a questão importante e polêmica da Cannabis (com a exibição de “A Planta”, de Beto Brant).
Para compor o time de jurados da Mostra Nacional, teremos o cineasta Beto Brant, a atriz Soia Lira e o cineasta Rafael Conde (de “Zé”). Para o Júri da Mostra Sob Um Céu Nordestino, três mulheres, Kristal Bivona, doutora em Línguas e Literaturas Hispânicas e mestra em português pela UCLA, Marília Franco – Mestre e doutora em Artes – ECA/USP e Simone Zuccolotto – Jornalista – Canal Brasil. Para o Júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), a jornalista Neusa Barbosa, o cineasta e professor da Universidade Federal da Paraíba Bertrand Lira e Fabricio Duque (minha pessoa), jornalista do site Vertentes do Cinema.
O Fest Aruanda escolheu para abrir os trabalhos “Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina”, de Ana Rieper, filme sobre Álbum Clube da Esquina é considerado por muitos críticos musicais como um dos melhores de todos os tempos. Milton Nascimento, Lô Borges – então com 16 anos – e músicos do porte de Nivaldo Ornelas, Toninho Horta, Beto Guedes, Robertinho Silva, Wagner Tiso, criaram uma sonoridade única, que ajudou a revolucionar a música brasileira e mundial. E para o encerramento, “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, sobre Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro carioca nos anos 70.
Para a Mostra Competitiva Nacional de Longas-Metragens foram selecionados seis longas metragens. “Levante”, de Lillah Halla, exibido no Festival de Cannes; “Ana”, de Marcus Faustini; “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi dos Santos; “Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano; “Peréio, Eu Te Odeio”, de Tasso Dourado e Allan Sieber; “Citroloxix”, de Julia Zakia. A Mostra Competitiva Nacional de Curtas-Metragens conta com 12 filmes: “Alvará”, de Fernando Abreu; “Bergamota”, de Hsu Chien “Emerenciana”, de Larissa Nepomuceno; “Feira da Ladra”, de Diego Migliorini; ”José Sette Cinema Infernal“, de Sávio Leite; “O Brilho Cega”, de Carlos Mosca; ”O Destino da Senhora Adelaide“, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia; ”O Presente“, de Ursula Marini (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2022); “Pulmão de Pedra”, de Torquato Joel; “Sereia”, de Estevan de la Fuente; “Travessia”, de Gabriel Lima; e “Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape.
Na Mostra Sob Um Céu Nordestino, os quatro longas-metragens são “Cervejas no Escuro”, de Tiago A. Neves; “Memórias da Chuva” de Wolney Oliveira; “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges; “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião. E os sete curtas: “O Orgulho Não é Junino”, de Dimas Carvalho; “Pantera dos Olhos Dormentes”, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos; “Para Onde Eu Vou?” de Fabi Melo; “Abrição de Portas”, de Jaime Guimarães; “Flora, a Mãe do Rei”, de Geóstenys de Melo Barbosa; “Céu”, de Valtyennya Pires; “Flor dos Canaviais”, de Lívio Brandão e Lucas Machado.
E os filmes que compõem a Mostra Sessões Especiais do Fest Aruanda 2023 são: “O Cineasta da Selva”, de Aurélio Michiles; “Amazonas, o Maior Rio do Mundo“ (1918-1920), de Silvino Santos; “Zé”, de Rafael Conde; “Pacarrete”, de Allan Deberton); “A Planta”, de Beto Brant (Documentário). São Paulo/SP (2023); “Nada Sobre Meu Pai”, de Susanna Lira; “Super 8 Mostras: Anos 1980 e Anos 2022”, vários diretores (curtas experimentais).
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO FEST ARUANDA 2023
QUINTA-FEIRA, DIA 30/11
(Noite)
• 18h30 – Lançamento dos livros com a presença do autor Márcio Borges (compositor, pesquisador e escritor)
“Os Sonhos Não Envelhecem: Histórias do Clube da Esquina”, de Márcio Borges. Geração Editorial. 1a Edição (1996)
“De Tudo Se Faz Canção: 50 Anos de Clube da Esquina”, Organização de Márcio Borges e Chris Fuscaldo. Editora Garota FM Books. 1a Edição (2022)
Local: Foyer da sala VIP, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 19h30 – SOLENIDADE DE ABERTURA OFICIAL
– Homenagem: ‘Atores Naturais’ do filme ‘Aruanda’ (1960), de Linduarte Noronha (Antônia Carneiro dos Santos e Erico Paulino Carneiro, o Eric)
• 20h30 – Filmes de Abertura:
Curta: Aruanda, de Linduarte Noronha (Doc, João Pessoa-PB, 1960, 21 min.)
Longa-metragem de Abertura: Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina, de Ana Rieper (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h18min.)
SEXTA-FEIRA, DIA 01/12
(Manhã)
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
Moderadores: Amilton Pinheiro, Maria do Rosário Caetano e Lúcio Vilar
Local: Usina Cultural Energisa.
• 09h30 – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa I: Debate com a diretora do filme de abertura e Márcio Borges;
• 10h00– Sessão Avant Première/Curta-Metragem:
Grupo Voz Ativa, de Marcus Vilar (Doc, João Pessoa-PB, 2023, 45min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping
• 10h30 –Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II:
Painel: Do ‘Nordestern’ ao ‘Cangaço Novo’ (Série da Amazon Prime, 2023)
– Painelista: Fabinho Mendonça (diretor);
– Debatedores: Dudha Moreira (atriz), Buda Lira (ator), Marcélia Cartaxo (atriz), Joálisson Cunha (ator) e Geyson Luiz (ator);
Moderadora: Maria do Rosário Caetano (jornalista da Revista de Cinema);
• 11h30 –Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa III:
Painel: Para que serve a Crítica Cinematográfica? Relevância, legado, impasses e deslegitimação da função na contemporaneidade.
Painelistas: Inácio Araujo (crítico de cinema do jornal Folha de São Paulo e escritor)
Luiz Zanin Oricchio (crítico de cinema do jornal O Estado de São Paulo);
Moderadora: Maria do Rosário Caetano (jornalista da Revista de Cinema)
(Tarde)
• 14h30 – Sessão Especial CINEMATECA BRASILEIRA: VIVA SILVINO SANTOS!
O Cineasta da Selva, de Aurélio Michiles (Doc, São Paulo-SP, 1997, 1h27min.)
Amazonas, O Maior Rio do Mundo, de Silvino Santos (Doc, Brasil-AM, 1918-1920, 54 min.)
(Noite)
• 18h30 – Lançamento dos livros com a presença dos autores
Local: Foyer da área VIP Cinépolis.
Inácio Araujo – Olhos Livres Para Ver, organização de Sérgio Alpendre e Laura Loguercio Cánepa. Edições Sesc. 1a Edição (2023)
A Arte da Crítica – Um crítico de cinema reflete sobre seu ofício, de Luiz Zanin Oricchio. Editora Letramento. 1a Edição (2023)
• 18h30 – Mostra Competitiva Nacional – 1ª sessão
Curta: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (Doc, João Pessoa-PB, 2023, 14min.)
Longa: Citrotoxic, de Julia Zakia (Fic, São Paulo-SP, 2023, 1h24min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 21h30 – Mostra Competitiva Mostra Nacional – 2ª sessão
Curtas: Alvará, de Fernando Abreu (Fic, Serra da Raiz-PB, 2022, 14min.)
O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Fic, Lagoa Seca-PB, 2023, 15min.)
Longa: Saudosa Maloca, de Pedro Serrano (Fic, São Paulo-SP, 2023, 1h46min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
SÁBADO, DIA 02/12
(Manhã)
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
• 09h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa/Cagepa I
Debate com os diretores dos curtas-metragens exibidos na sexta.
• 10h –Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II
Debate com os diretores dos longas-metragens exibidos na sexta.
• 11h – Núcleo Memória e Preservação Audiovisual do Fest Aruanda.
Painel: Viva Silvino Santos! A hora e a vez do Cinema Silencioso.
Painelistas: Sávio Luis Stoco(prof. dr. da UFPA);
Debatedores: Marília Franco (profa. dra. da ECA-USP), Aurélio Michiles (diretor do filme ‘O Cineasta da Selva’) e José Maria Lopes (jornalista/especialista em preservação cinematográfica);
Moderação: Lúcio Vilar (prof. dr. da UFPB e produtor executivo do Fest Aruanda)
• 11h – Sessão Aruandinha
Exibição de Filme Infanto Juvenil
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
(Tarde)
• 14h – Sessão Super 8 – I
Projeto 8 Por 8 – Renovação do Ciclo de Cinema em Super-8 na Paraíba
Curtas-Metragens:
Conserva, de Diego Benevides (Fic, 2023, 13 min.)
Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (Doc, 2022, 7 min.)
Mar-Pedra-Rio, de Mariah Benaglia [Doc, 2023, 7 min.)
La Caramella, de Gian Orsini (Doc, 2023, 9 min.)
Preciso Falar do Futuro Além Mar, de Carine Fiúza (Doc, 2023, 5 min.)
Anomalia, de Torquato Joel (Fic, 2023, 5 min.)
Pai e Filho, de Rodolpho de Barros (Fic, 2023, 5 min.)
Brujeria, de Ian Abé (Ficção, 2023, 7 min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 15h Sessão Especial Energisa
Zé, de Rafael Conde (Fic, Belo Horizonte-MG, 2023, 2h04min.)
Sessão seguida de debate com o diretor
Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
• 15h Master Class: O processo de montagem do filme ‘Bacurau’
Convidado: Eduardo Serrano(Montador)
Aberta ao público em geral
(Noite)
• 18h30 Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino
Curtas: Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Doc, Campina Grande-PB, 2022, 16min.)
Flora, a Mãe do Rei, de Geóstenys de Melo Barbosa (Fic, Alagoa Grande-PB, 2023, 15min.)
Longa:
Cervejas no Escuro, de Tiago A. Neves (Fic, Princesa Isabel-PB, 2023, 1h25)
• 21h30 – Mostra Competitiva Nacional e Homenagem a Inácio Araujo pelo conjunto da obra como crítico de cinema
Curtas:
Travessia, de Gabriel Lima (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 15min.)
Sereia, de Estevan de la Fuente (Fic, Curitiba-PR, 2023, 15min.)
Bergamota, de Hsu Chien (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 15min.)
Longa:
Levante, de Lillah Halla (Fic, São Paulo-SP, 2023, 1h49min.)
DOMINGO, DIA 03/12
(Manhã)
• 10h – Sessão CGU – Premiação Festival 1 Minuto Contra a Corrupção
Local: Sala 6, Cinépolis – Manaíra Shopping
• 11h Sessão Aruandinha
Exibição de Filme Infantojuvenil
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
(Tarde)
• 13h Mostra Aruanda-Lusófona
Competitiva de Curtas-Metragens da União Europeia
Esqueci-me que tinha medo, de Diogo Bento (9min.)
Filhas da Pátria, de Catarina Almeida (12 min.)
Cliché, de Rodrigo Pedras (15 min.)
Strawberry Shake, de Lou-Andréa Fière (14 min.)
Rumo ao Nada, de Pedro Blu (7 min.)
Vanette, de Maria Beatriz Castelo (13 min.)
Todas as Ondas, de Felix Cognard (13 min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 15h Palestra: Processos de criação com material de arquivo: ‘A edição do Nordeste’
Convidado: Pedro Fiuza (Casa da Praia Filmes)
Local: A/uditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
Aberta ao público em geral.
• 15H30 – Sessão Especial: Cagepa
Homenagem a atriz Soia Lira receberá Troféu Aruanda Pelo Conjunto da Obra.
Exibição de: Pacarrete, de Allan Deberton (Fic, Fortaleza-CE, 2020, 1h38min.). Sessão seguida de debate com Soia Lira.
Local Sala Macro XE – 9 Cinépolis – Manaíra Shopping.
(Noite)
• 18h30 – Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino
Curtas: Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (Animação, João Pessoa-PB, 2023, 5min.)
Para Onde Eu Vou?, de Fabi Melo (Animação, Campina Grande-PB, 2023, 6min.)
Longa: Sem Coração, de Nara Normande e Tião (Fic, Recife-PE, 2023, 1h34min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 21h30 – Mostra Competitiva Nacional
Curtas: O Presente, de Ursula Marini (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2022, 15min.)
José Sette Cinema Infernal, de Sávio Leite (Doc, Belo Horizonte-MG, 2022, 10min.)
Longa: Ana, de Marcus Faustini (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h15min.)
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 04/12
(Manhã)
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
• 09h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa/Cagepa I
Debate com os diretores dos curtas-metragens exibidos no sábado e domingo
• 10h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II
Debate com os diretores dos longas-metragens exibidos no sábado e domingo
• 10h – Sessão Escola Pública – Clube de Cinema Ferris
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
(Tarde)
• 15h – Sessão Especial: Saúde Pública
A Planta, de Beto Brant (Doc, São Paulo-SP, 2023, 1h20min.)
Sessão seguida de debate com o diretor Beto Brant, representantes da Abrace-PB e público presente.
Local: Sala Macro XE – 9, Cinépolis – Manaíra Shopping.
• 15h – Mesa de Debate: Circuitos de exibição e distribuição para curtas-metragens
Debate aberto ao público em geral.
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
(Noite)
• 18h30 – Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino
Curtas:
Flor dos Canaviais, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Fic, Alhandra-PB, 2023, 5 min.)
Céu, de Valtyennya Pires (Doc, Santa Luzia-PB, 2022, 16min.)
Longa:
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (Doc, Fortaleza/Jaguaribara-CE, 2022, 1h16min.)
• 21h30 – Mostra Competitiva Nacional
Curtas: O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (Animação, Belo Horizonte-MG, 2022, 6min.)
Feira da Ladra, de Diego Migliorini (Fic, São Paulo-SP, 2023, 16min.)
Longa: Peréio, Eu Te Odeio, de Tasso Dourado e Allan Sieber (Doc, Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP, 2023, 1h39min.)
TERÇA-FEIRA, DIA 05/12
(Manhã)
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
• 9h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa/Cagepa I
Debate com os diretores dos curtas-metragens exibidos na segunda-feira
• 10h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II
Debate com os diretores dos longas-metragens exibidos na segunda-feira
(Tarde)
• 15h – Sessão Especial PBGÁS
Estreia do Curta-Metragem:
Destino Brasília – 20 anos depois, de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França (Doc, João Pessoa-PB/Brasília-DF, 2023, 15min.)
Longa-Metragem:
Nada Sobre Meu Pai, de Susanna Lira (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h33min.)
Sessão seguida de debate com equipes dos filmes.
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
(Noite)
• 18h30 – Mostra Competitiva Sob o Céu Nordestino
Curta:
O Orgulho Não é Junino, de Dimas Carvalho (Doc, Campina Grande-PB, 2023, 15min.)
Longa:
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (Fic, Salvador-BA, 2023, 1h50min.)
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
• 21h30 Mostra Competitiva Nacional
Curtas:
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Fic, Brasília-DF, 2023, 15min.)
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (Doc, Curitiba-PR, 2023, 12min.)
Longa:
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h23min.)
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
QUARTA-FEIRA, DIA 06/12
(Manhã)
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
• 9h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Cagepa I
Debate com os diretores dos curtas-metragens exibidos na terça-feira
• 10h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II
Debate com os diretores dos longas-metragens exibidos na terça-feira
• 10h – Mostra Caleidoscópio Universitário (UFPB)
Gasolina, de Luiz Filho, André Firmino, e Ricardo Felix (Doc, 15min.)
Ampulheta, de Gil de Souto (Fic, 12min)
Moeda da Sorte, de Filipe Augusto Oliveira (Animação, 4min.)
Sutil Encontro, de Lorenzo Starling (Fic, 15min.)
Afro da Pele, de Andrews Lucena e Will Rocha. (Doc, 15min.)
De Olhos Bem Pretos, de Darmin ( Fic, 16min.)
Nheengatu, de Luiz Manoel Pereira Filho (Doc, 5min.)
Arlinda, de Jonny Herbert (Fic, 15min.)
Queride, Bowie, de Flora Valverde (Doc, 3min.)
Dim, de Ana Carla Lima (Doc, 4min.)
Volte, Meu Bem, de Amanda Pedrosa (Doc, 4min.)
Sete Dias, de Heleno Florentino (Fic, 15min.)
Respire, de Will Rocha (Fic, 5min)
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
11h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa/Cagepa III:
Painel: Cinema & Ditadura: Interfaces da Estética e da Política na produção brasileira.
Painelistas: Kristal Bivona (profa. dra. da Universidade de San Diego (Califórnia/EUA), Rafael Conde (prof da UFMG e diretor do longa ‘Zé’), Susanna Lira (diretora do longa ‘Nada sobre meu Pai’)
Debatedores: Sandro Alves (diretor do curta ‘Destino Brasília’) e Rodrigo Freire (diretor do CCHLA-UFPB)
Moderadora: Maria do Rosário Caetano
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
(Tarde)
• 12h – Entrevista Coletiva com Geraldo Vandré (cantor e compositor)
• 15h – Sessão SUPER 8 – II
Mostra: A Onda de Filmes Queer em Super-8 da Paraíba
Curtas-Metragens:
Baltazar da Lomba, de Grupo Nós Também (1982, 20min.)
Era Vermelho Seu Batom, de Henrique Magalhães (1983, 10 min.)
Miserere Nobis, de Lauro Nascimento (1982, 20 min.)
Closes, de Pedro Nunes; (1982,32 min.);
Perequeté, de Bertrand Lira (1981, 20 min.)
(Sessão seguida de debate com os diretores)
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
(Noite)
Filmes de Encerramento:
• Vandré no Exílio – (Doc, 1970, 26 min.)
Longa
• Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h15min.)
Solenidade de Encerramento (Premiação)
Local: Sala 9/Macro XE – Cinépolis Manaíra Shopping
QUINTA-FEIRA, DIA 07/12
Mesas/Debates Presenciais, com Transmissão via LIVE (YouTube e Facebook do Fest Aruanda):
10h – Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa II
Debate com o diretor do longa-metragem exibido no encerramento
Local: Auditório Alexandre Pinto – Hotel Caiçara
AÇÕES DE FORMAÇÃO
IV LABORATÓRIO ARUANDA-ENERGISA
Estratégias Narrativas para a Construção de um Cinema Pessoal
Com a diretora e roteirista Susanna Lira
Dias 1, 2 e 4 de dezembro
III LABORATÓRIO DE MONTAGEM E FINALIZAÇÃO DE FILMES PARAIBANOS
Projeto de Extensão do Curso de Cinema da UFPB
Edição Especial Fest Aruanda
Com o cineasta e prof. da UFPB, Arthur Lins
De 2 a 5 de dezembro
OS FILMES
Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina, de Ana Rieper (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h18min.)
Sinopse: O Álbum Clube da Esquina é considerado por muitos críticos musicais como um dos melhores de todos os tempos. Milton Nascimento, Lô Borges – então com 16 anos – e músicos do porte de Nivaldo Ornelas, Toninho Horta, Beto Guedes, Robertinho Silva, Wagner Tiso, criaram uma sonoridade única, que ajudou a revolucionar a música brasileira e mundial. “Nada Será como Antes” mergulha na musicalidade deste time de músicos excepcionais para entender como referências musicais diversas, e influências de paisagens, história e poesia refletiram em cada um deles e na música atemporal que criaram. No filme, as imagens, impregnadas pelas canções, são traduções visuais deste clássico da música mundial.
Citrotoxic, de Julia Zakia (São Paulo-SP, 2023,1h24min.)
Sinopse: Bianca e sua filha Serena, de 7 anos, vivem em meio aos excessos e toxicidades da vida urbana. Depois de uma advertência médica, elas se retiram rumo ao interior para um fim de semana perto da natureza. Lá encontram Zé, um trabalhador rural, que aplica veneno na fazenda vizinha. Inquietações surgem a partir da angústia da mãe sobre o perigo do veneno, e da espontânea conexão entre a menina e Zé.
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (Doc, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h23min.)
Sinopse: “Othelo, O Grande” é um documentário sobre Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, um dos maiores atores e comediantes do Brasil. Negro, órfão e neto de escravos, Othelo escapou da pobreza para forjar uma carreira que rompeu todas as barreiras imagináveis para um ator negro na primeira metade do século XX, trabalhando com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane e Nelson Pereira dos Santos, entre tantos outros. Othelo usou esse espaço para moldar sua própria narrativa e discutir o racismo institucional que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.
Saudosa Maloca, de Pedro Serrano (Ficção, São Paulo-SP, 2023, 1h46min.)
Sinopse: Numa mesa de bar, o velho Adoniran Barbosa conta a um jovem garçom histórias de uma São Paulo que já não existe. Lembra com carinho da maloca onde viveu com Joca e Mato Grosso, da paixão deles por Iracema e de outros personagens eternizados em seus sambas, crônicas de uma metrópole engolida pelo apetite voraz do “pogréssio”.
Levante, de Lillah Halla (Ficção, São Paulo-SP, 2023, 1h49min.)
Sinopse: Às vésperas do campeonato de vôlei decisivo para seu futuro como atleta, Sofía (17), descobre uma gravidez indesejada. Na tentativa de interrompê-la clandestinamente, ela acaba se convertendo em alvo de um grupo fundamentalista decidido a detê-la a qualquer preço, mas nem Sofía nem aqueles que a amam estão dispostos a se render ante o fervor cego da manada.
Ana, de Marcus Faustini (Ficção, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 1h15min.)
Sinopse: Ana vive em uma região do subúrbio onde alguns vizinhos perseguem seu irmão Diego, que está descobrindo a cultura drag. Ela, chegando perto dos 30, trabalha em bicos, sendo passeadora de cachorros na Zona Sul. Tenta cuidar do irmão, pois a mãe morreu recentemente. Tem um casal de amigas feministas que a colocaram na terapia. Tem um namorado disfuncional. Aprende coisas sobre si ao longo do filme e enfrenta adversidades e perigos urbanos.
Peréio, Eu Te Odeio, de Tasso Dourado e Allan Sieber (Doc, Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP, 2023, 1h39min.)
Sinopse: “Peréio, eu te odeio” retrata a vida do ator Paulo César Peréio de uma forma bem-humorada e não muito convencional, através de relatos de amigos, familiares e parceiros de cena que estiveram com ele nas situações mais excêntricas e inacreditáveis de sua trajetória. O filme é um passeio tanto pela vida de Peréio, quanto pela história do cinema brasileiro. Peréio filmou com alguns dos maiores diretores do país e fez parte de alguns dos mais importantes filmes da cinematografia nacional. O filme é um convite a amar um personagem odiável!
O Presente, de Ursula Marini (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2022, 15 min.)
Sinopse: “O presente” apresenta a história de Pillar Vitória, uma atriz que está se preparando para viver Hécuba, a protagonista da tragédia grega de Eurípedes, quando o projeto é cancelado. Ela precisa então se reerguer.
José Sette Cinema Infernal, de Sávio Leite (Doc, Belo Horizonte-MG, 2022, 10 min.)
Sinopse: Uma homenagem ao cineasta de invenção Jose Sette. Diretor, roteirista, sonorista, diretor de fotografia e montador. Dirigiu, dentre outros filmes: “Bandalheira Infernal” (1976) e “Um Filme 100% Brazileiro” (1985).
O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (Animação, Belo Horizonte-MG, 2022, 6min.)
Sinopse: Um café da manhã pode mudar toda a vida de Adelaide.
Sereia, de Estevan de la Fuente (Fic, Curitiba-PR, 2023, 15 min.)
Sinopse: Mudanças climáticas fazem a natureza devastar com fúria uma pequena comunidade de pescadores no litoral do sul do Brasil. É aniversário de Lúcio, criança cheia de imaginação que gosta de desenhar sereias e brincar com bonecas, mas na presença do pai intolerante e violento, o clima em casa não está para festa. Em segredo, sua mãe lhe preparou uma surpresa, um presente que finalmente transformará este em um dia especial.
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Fic, Brasília-DF, 2023, 15 min.)
Sinopse: No Quilombo Kalunga, a profecia da Matinta corta o vilarejo-fantasma do Vão de Almas como uma corrente de ar gelado: “Existem vários tipos de Saci. Pererê é aquele menorzinho, que prega peça. Saçurá faz maldade…”
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (Doc, Curitiba-PR, 2023, 12min.)
Sinopse: Ela tinha nome, sobrenome e uma história, mas por ser negra e pobre sua identidade foi apagada. Emerenciana Cardoso Neves.
Feira da Ladra, de Diego Migliorini (Fic, São Paulo-SP, 2023, 16min.)
Sinopse: Com sua aposentadoria revogada, Sara abre uma feirinha para fazer um dinheiro, inventando histórias para não ter que levar nada de volta para sua solitária casa.
Travessia, de Gabriel Lima (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 15min.)
Sinopse: Dois personagens têm suas histórias de dores e questionamentos entrelaçadas quando ocupam o mesmo espaço em tempos diferentes. Tempo, esse espaço pequeno em nossas vidas que termina em morte.
Alvará, de Fernando Abreu (Fic, Serra da Raiz-PB, 2022, 14 min.)
Sinopse: Dudu conseguiu realizar um grande desejo de seu pai. Mas a entrega do presente pode ser adiada
Bergamota, de Hsu Chien (Fic, Rio de Janeiro-RJ, 2023, 15min.)
Sinopse: Inspirado em fatos reais. Bergamota, nome que a tangerina recebe no sul do Brasil. Essa fruta de cheiro tão característico e por muitos, afrodisíaca, irá deflagrar uma noite de sedução, dança sensual, sangue e vingança em uma corriqueira noite no Rio de Janeiro.
O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Fic, Lagoa Seca-PB, 2023, 15 min.)
Sinopse: José e João são dois irmãos órfãos, que após toda uma vida de espera, resolvem buscar, juntos, uma Botija. Uma panela cheia de ouro e pedras preciosas, enterrada no Sertão nordestino, que José sonhara na infância.
Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (Doc, João Pessoa-PB, 2023, 14min.)
Sinopse: Joãozinho trava uma luta insana contra pedras.
Cervejas no Escuro, de Tiago A. Neves (Fic, Princesa Isabel-PB, 2023, 1h25)
Sinopse: O luto pela morte do marido é também a oportunidade para Edna refazer o filme que foi a sua vida e encontrar por trás dessa aventura amizades e situações cujos enlaces costuram o passado histórico local à sua própria vida.
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (Doc, Fortaleza/Jaguaribara-CE, 2022, 1h16min.)
Sinopse: A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (Fic, Salvador-BA, 2023, 1h50min.)
Sinopse: Bruno, 15 anos, sempre fez vista grossa para a violência e o preconceito gerado pela cultura machista que está inserido. Mas uma doença degenerativa faz com que ele pouco a pouco perca a visão. Agora, enquanto atravessa a adolescência, Bruno tem que aprender com as diferenças a enxergar a vida com outros olhos.
Sem Coração, de Nara Normande e Tião (Fic, Recife-PE, 2023, 1h34min.)
Sinopse: Verão de 1996, litoral de Alagoas. Tamara está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Um dia, ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa.
O Orgulho Não é Junino, de Dimas Carvalho (Doc, Campina Grande-PB, 2023, 15 min.)
Sinopse: Dançar quadrilha junina é uma tradição no nordeste brasileiro. Porém, ao contrário do que todos pensam, o ambiente junino esconde uma cobrança rigorosa para que os padrões binários de gênero sejam cumpridos. Alex Castro, mais conhecido como Xuxa, foi a primeira drag queen a participar de uma quadrilha junina estilizada em Campina Grande, e narra no filme sua história de luta e resistência. Agatha Grabriella é Rainha G da quadrilha em que participa, personagem criado para dar representatividade ao grupo LGBT+, porém essa representatividade fica apenas nos bastidores.
Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (Animação, João Pessoa-PB, 2023, 5min.)
Sinopse: Já passou da hora de dormir e a pequena Yde quer mais uma historinha de ninar, e dessa vez ela quer saber de onde veio seu nome. Agora mainha Zia tem a missão de falar sobre Anayde Beiriz, uma paraibana danada que cem anos atrás fez da sua vida e arte um exemplo, para que todas as mulheres de seu tempo e de tempos futuros tivessem o direito de viver como quisessem.
Para Onde Eu Vou?, de Fabi Melo (Animação, Campina Grande-PB, 2023, 6min.)
Sinopse: O que vale mais, razão ou emoção? Quando o coração e o cérebro entram em conflito, qual caminho seguir?
Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Doc, Campina Grande-PB, 2022, 16min.)
Sinopse: Em uma pequena cidade do Alto Sertão da Paraíba os moradores se preparam para festejar a Folia de Reis. Figuras fantásticas costuram uma história que se desenrola entre o real, o místico e a presença de um homem com poder e mistério.
Flora, a Mãe do Rei, de Geóstenys de Melo Barbosa (Ficção, Alagoa Grande-PB, 2023, 15min.)
Sinopse: A força feminina de uma jovem mulher, pobre, nordestina, negra e que usa a músicacomo principal amuleto para construção familiar e social. É nesse universo musical que Flora está inserida. Seu nome, sua história e determinação deixam um legado importante para todos e, principalmente para seus filhos. Flora é inspiração atemporal, é representatividade e movimento, é cultura popular nordestina. Uma voz que precisa ser ouvida.
Céu, de Valtyennya Pires (Doc, Santa Luzia-PB, 2022, 16min.)
Sinopse: Entre imagens, silêncios e depoimentos, o documentário retrata a importância e o legado da louceira Maria do Céu, vítima de feminicídio em 2013, para a continuidade da cultura centenária de produção de louças na Comunidade Quilombola Serra do Talhado Urbano em Santa Luzia.
Flor dos Canaviais, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Fic, Alhandra-PB, 2023, 5min.)
Sinopse:Dandara resiste às milícias que a gerações tentam tomar as terras de sua família.
Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2023).
Sinopse: Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro carioca nos anos 70. A partir das trajetórias de Dom Filó e da equipe de som Soul Grand Prix o filme apresenta a importância da cena musical na luta por justiça racial durante a ditadura militar brasileira, sua influência no hip hop e no funk, e o impacto nas novas gerações do orgulho negro e da valorização estética difundidos há décadas.
E para completar a lista, na Mostra Aruanda-Lusófona Competitiva de Curtas-metragens da União Europeia, temos
Esqueci-me que tinha medo, de Diogo Bento (9min.)
Bruno vive há tanto tempo num ambiente a preto e branco que se esquece do que são as cores, tal como a sua fobia às mesmas. Ao ver tantas cores dentro de um cesto de frutas, Bruno redescobre o seu medo e os efeitos da sua fobia. No final descobre que está curado da sua fobia e que pode sair da sua visão sem cor.
Filhas da Pátria, de Catarina Almeida (12 min.)
Durante a crise estudantil de 1968, Inês uma jovem homossexual de 18 anos é impedida de frequentar o curso de Direito pela sua família. Comovida pelo seu sentimento de injustiça, ela é convidada pelo seu amigo Júlio a frequentar a associação de estudantes do liceu quando a reitoria do mesmo descobre uma cópia de um jornal clandestino no espaço, fechando o mesmo e originando um sentimento de revolta entre os estudantes que exigem a reintegração dos colegas expulsos.
Cliché, de Rodrigo Pedras (15 min.)
No final da década de 80, Artur, um jovem homossexual, juntamente com os seus 4 amigos da comunidade LGBTQ+, frequenta o Cliché, um espaço que abriga festas, eventos e reuniões da comunidade. No Cliché, Artur pode mostrar as suas criações originais, usando os mais excêntricos vestidos e peças andrógenas. Consumido por uma revolta derivada de uma memória, Artur decide tomar uma atitude que irá mudar o futuro do Cliché.
Strawberry Shake, de Lou-Andréa Fière (14 min.)
Um ladrão mata o funcionário de uma estação de serviço e está prestes a fugir quando é parado por uma mulher grávida que teve um acidente e quer que ele chame uma ambulância. No entanto, ele pode ser preso ao ajudá-la… As coisas ficam ainda mais estranhas, uma vez que a mulher pode ser mais do que aparenta.
Rumo ao Nada, de Pedro Blu (7 min.)
Num jogo de verdades e mentiras, uma terapeuta ajuda a sua paciente a enterrar o passado.
Vanette, de Maria Beatriz Castelo (13 min.)
Eva e Sónia, duas órfãs na casa dos 20 anos, com passados diferentes, estão numa relação amorosa em que a única coisa que lhes resta e une é uma carrinha que utilizam para subsistir, viajando pelo país. Vamos acompanhar a vida nómada de ambas, num percurso atribulado dos últimos momentos desta relação.
Todas as Ondas, de Felix Cognard (13 min.)
Mais uma vez, Bernardo (18) vai fazer surf e chega atrasado ao seu turno no restaurante da família. O seu pai, Miguel (50), repreende-o por desrespeitar o legado a mãe. Com o fim do verão, Bernardo terá de ajudar o pai, pois este não consegue manter a empregada temporária do restaurante, Val (20). Entre a sua dor e o amor ao surf, Bernardo deverá tomar uma decisão difícil.
SERVIÇO
18ª Edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro
Data: De 30/11 a 06/12 de 2023
Informações: www.festaruanda.com.br e
instagram @festaruanda
Local: Cinépolis (Manaíra Shopping)
Flávia Miranda
ProCultura – Assessoria de Imprensa
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