Primeira página: deu no NY Times

A opinião 

(por Beatriz Watanabe, doutoranda do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ)

Neste documentário recheado de depoimentos – cerca de 1h30 de muitas falas, portanto vá descansado e preparado para apreender muitos dados – podemos ver um ponto de vista diante da revolução sobre as formas de distribuição da informação. Paramos para pensar sobre a influência da tecnologia que conecta pessoas em redes sociais (Twitter, Facebook) e através de páginas próprias, como blogs, e sua relação, por vezes, conflitante com os meios de comunicação tradicionais, neste caso o jornal The NY Times. Personagens – representando ícones de diferentes perspectivas – são apresentados, permeados por comentários de profissionais envolvidos. Um pouco de cada lado se observa, mas, principalmente, a visão do tradicional jornal e o valor de seus experts. Essa valorização não é de todo inesperada, visto que o próprio documentário possui uma parcialidade, um objetivo. A visão apresentada é interessante e correlaciona-se com questões sobre uma grande massa de pessoas que também pode fazer e/ou distribuir notícias. Refletir sobre o foco e a força do impresso também nos faz refletir sobre os pontos fracos e fortes da participação das pessoas nesse processo. Percebemos que a informação sempre existirá, mas os seus meios e estrutura de disseminação, bem como filtros, são pontos chave para um pensamento crítico. 
ps. como curiosidade, vale apontar que praticamente todos os personagens identificados no filme são homens. Dentre as mulheres, podemos comentar sobre três que apareceram rapidamente: duas foram demitidas e uma cometeu um grande erro no jornalismo. Não se trata de papo feminista, mas apenas de algo que nos chama a atenção.

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