Reprise Mostra Campos do Jordao

Pílula-Crítica: Eu Só Posso Imaginar

Açúcar demais, drama demais, música de menos

Por Fabricio Duque


“Eu Só Posso Imaginar” integra o universo cinematográfico de filmes-parábolas, um filão que impulsiona seu público ao gênero de auto-ajuda pelo desenvolvimento de uma particular e única história, a fim de passar a mensagem da mudança. De que o bem sempre vence do mal. De que o acreditar no poder da transformação, fazendo com que a tristeza seja mitigada por completo, e despertando a incondicional e plena felicidade. Sempre por um detalhe empregado. Aqui, este elemento é uma única música, um hit cristão gospel, que transcende a barreira do impossível e espalha a mensagem de esperança que inspirou milhões de pessoas no mundo.

O longa-metragem, dirigido pelos irmãos americanos Andrew e Jon Erwin (de “Mamãe: Operação Balada”), é ambientado em 1985 (com referências a “Tubarão” e “Goonies” de Steven Spielberg sendo exibido no cinema local), construindo a mise-en-scène de uma época que pululava sonhos de um futuro melhor; a inércia e não urgente crítica do politicamente

Bart Millard (J. Michael Finley) é o vocalista da banda cristã MercyMe e tem um relacionamento conturbado com seu pai, que sempre o tratou de maneira dura e nunca entendeu seu amor pela música. Conseguindo forças através de Deus, Bart resolve então eternizar sua relação em uma canção, “I Can Only Imagine”. Ele “não escreveu a música em apenas dez minutos e sim em toda sua existência” até o momento definidor. É tanto açúcar, que o espectador precisa se preocupar com sua taxa de glicose no sangue.

2 Nota do Crítico 5 1

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