Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
Uma lista dos dez mais top da maratona paulista (online) e as cotações dos filmes vistos
Por Fabricio Duque
Até esta matéria especial do Top 10 da 44a Mostra Internacional de São Paulo 2020, o Vertentes do Cinema já assistiu a 73 filmes. Uma maratona-cobertura de resistência de duas pessoas. Mais uma vez, nós do site nos questionamos, existencialmente e de essência cinéfila, o que é mais importante: assistir aos filmes ou escrever sobre as obras durante o período de exibição de 22 de outubro a 04 de novembro? A resposta é quase sempre a mesma: a primeira opção, mas isso não é totalmente bem resolvido. O conflito está presente e pulsante, o de querer (quase uma utopia adolescente) analisar criticamente todos os 198 títulos da seleção. Outro fator importante que influencia é o “boca-a-boca” de “imperdíveis”, de “melhor filme da Mostra”, de melhor filme do ano”, de “melhor filme da minha vida”. Sim, tudo é hiperbólico, passional e de ingenuidade quase egoísta. Pois é, ninguém se salva mesmo. Nós somos assim: cinéfilos em ação medindo opiniões, sensações e emoções. O Vertentes do Cinema precisa agradecer às “meninas” Leila e Carol por ajudar com múltiplas e diárias cabines de imprensa. E antes de listar ao leitor-espectador nossos melhores, precisamos lembrar que as escolhas são subjetivas. Cada um sente, pensa, se empolga e se irrita de um jeito, devido suas particularidades, idiossincrasias e conhecimentos próprios de mundo. Vamos lá!
OS MELHORES DA MOSTRA DE SP 2020
NOVA ORDEM
(Nuevo orden, 2020, México, 88 minutos, de Michel Franco). Enquanto a Cidade do México ferve com protestos, em um bairro chique, um casamento luxuoso da elite mexicana dá errado. Uma revolta inesperada abre caminho para um violento golpe de Estado. Visto pelos olhos de Marianne, a jovem e simpática noiva, e dos criados que trabalham para —e contra— sua família abastada, o filme mostra o colapso de um sistema político, enquanto ele é substituído por algo ainda mais angustiante.
“Nova Ordem” é um filme-provocação, não só pela violência-sinestesia, tampouco por desconstruir o lado “certo” com o errado (a anarquia que se transforma em condução ditatorial e coercitiva), mas especificamente por confrontar o ser humano enquanto individuo social, expondo falsas moralidades e éticas protocolares. A narrativa com edição tensionada insere o espectador como testemunha de uma simulação realista de um “novo Estado”. Destruição e caos. A violência para combater anos de violência estrutural. Os novos seguidores “oprimidos” sendo iguais aos “opressores”. O longa-metragem dividiu opinião pela “polêmica”. Vencedor do Leão de Prata e do Leoncino d’Oro Agiscuola do Festival de Veneza. O filme também foi exibido nos festivais de San Sebastián e de Toronto.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
KUBRICK POR KUBRICK
(Kubrick by Kubrick, 2020, França, 73 minutos, de Gregory Monro). O legado de Stanley Kubrick para o cinema é imensurável. Sua obra e seus filmes são estudados por admiradores e cineastas, todos em busca de respostas que o diretor foi notoriamente reticente em dar. Embora ele esteja entre os cineastas mais importantes da história, a chance de ouvir as próprias palavras de Kubrick era algo muito raro. Por meio de Michel Ciment, crítico de cinema e especialista em Stanley Kubrick, temos acesso a uma série de entrevistas feitas com o realizador durante cerca de 30 anos. Juntamente com arquivos cedidos pela família de Kubrick, o filme traça um retrato particular de um dos cineastas mais emblemáticos de todos os tempos. Exibido no Festival de Tribeca.
“Kubrick por Kubrick” é um filme-cinefilia. Uma ode à sétima arte e ao realizador Stanley Kubrick. O documentário constrói uma mise-en-scène de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (sala futurista com objetos cenários dos filmes) para metaforizar a genialidade do protagonista e indicar o conhecimento transcendental “monolito” de ser. Ainda que possa soar como um programa de televisão, a estrutura narrativa conduz sua audiência pelo sensorial, pela captação da metafísica e pela percepção do invisível. “O Frank Sinatra do cinema. Um dos mais controversos mestres do cinema. Você pode olhar para qualquer filme dele e sentir o seu renascimento”, diz-se.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
EXÍLIO
(Exile, 2020, Alemanha, 121 minutos, de Visar Morina). Xhafer é um engenheiro farmacêutico de 45 anos nascido no Kosovo e que vive na Alemanha. De repente, ele passa a sentir-se discriminado e intimidado no trabalho devido à sua origem étnica. Quando encontra um rato morto pendurado no portão da sua casa, fica imediatamente claro para ele que seus colegas racistas podem estar por trás disso. Cada ocorrência, cada palavra e cada gesto são tomados como evidência. O mal-estar de Xhafer cresce a cada dia. Sua esposa alemã, Nora, está cansada da situação. Os colegas simplesmente não gostam dele? Isso tudo está em sua mente ou é a realidade?
“Exílio” é um filme sobre a “marca” da terra natal que nunca se perde. Seu personagem sempre será estrangeiro deslocado, ajudado pelo comportamento receptivo do novo meio em que se instalou para viver. A narrativa causa tensão do início ao fim pela xenofobia estrutural, que o põe em alerta todo o tempo. Assistido no Festival de Berlim 2020, o filme causou um maior impacto, principalmente por causa desse crítico ser brasileiro e se encontrar estrangeiro em terras alemães, mesmo nunca tendo passado por nenhum constrangimento e/ou preconceito perceptível. Imperdível!
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
DIAS
(Rizi, 2020, Taiwan, 127 minutos, de Ming-liang Tsai). Kang mora sozinho em uma casa grande. Através de uma fachada de vidro, ele olha para as copas das árvores açoitadas pelo vento e pela chuva. Sente uma dor estranha de origem desconhecida que mal consegue suportar e que se espalha por todo o seu corpo. Non vive em um pequeno apartamento em Bancoc, onde prepara metodicamente pratos tradicionais de sua aldeia natal. Quando Kang encontra Non em um quarto de hotel, os dois homens compartilham sua solidão. Ambos esquecem o lado duro da realidade por uma noite, e talvez até se aproximem da verdade, antes de retornarem ao seu cotidiano. Foi exibido no IndieLisboa e no Festival de San Sebastián, e recebeu a menção especial do Prêmio Teddy no Festival de Berlim.
“Dias” é um filme sobre a organicidade do cotidiano. Uma naturalidade que acontece por micro-ações rotineiras. De um observacional espontâneo. Tsai Ming-liang conduz poesia com realidade não suavizada. De uma solidão que precisa ser transformada em pragmática e prática. Mas quando uma faísca de atenção gera o estímulo do querer viver aquilo, então uma caixinha de música pode ajudar e ressignificar o início da mudança. Nós somos inseridos em desejos programados e sobrevivências.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
CITY HALL
(2020, Estados Unidos, 275 minutos, de Frederick Wiseman). O governo municipal afeta quase todos os aspectos da nossa vida. A maioria de nós não tem conhecimento ou dá como garantidos serviços necessários, como polícia, bombeiros, saneamento, suporte e cuidado aos idosos, manutenção de parques, licenciamento de atividades profissionais, registros de nascimento, casamento e morte, assim como centenas de outras atividades que fazem parte da rotina dos habitantes de Boston. O documentário mostra os esforços do governo da cidade de Boston para fornecer esses serviços, além de revelar as variadas formas pelas quais a administração municipal faz parte do discurso e imaginário da população local. O prefeito Marty Walsh e seu governo são apresentados abordando suas prioridades políticas, que incluem justiça racial, moradia acessível e questões climáticas. Exibido nos festivais de cinema de Toronto e de Veneza.
“City Hall” é um filme de antropologia moderna. Nós espectadores somos imersos na ideia de comunidade que os americanos têm sobre o lugar em que vivem. O realizador Frederick Wiseman usa sua câmera-mosca (a de pousar e captar espontaneidade) para observar ações e nunca interferir. E ou julgar. E ou emitir qualquer opinião. Ainda que o documentário herde a característica de projetar verdades (porque há uma tendência intrínseca de se “remodelar” quando a câmera é ligada), o diretor documenta a vida acontecendo. É quase uma ficção de vidas reais. Este também pode soar panfletário. Uma propaganda à favor do prefeito Marty Walsh e contra Donald Trump. Pode, mas é exatamente o carisma do “personagem principal” que nos conduz. Que nos mostra, em 4 horas e 35 minutos, imperfeições, radicalismos e crenças estruturais, como o Boston Red Sox.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
DAU. NATASHA
(2020, Rússia, 145 minutos, de Ilya Khrzhanovskiy e Jekaterina Oertel). Natasha administra o refeitório de um instituto soviético secreto de pesquisa nos anos 1950. O mundo dela é pequeno, dividido entre as demandas da cantina durante o dia e as noites movidas a álcool com sua colega mais nova, Olga. Numa festa, certa noite, Natasha se torna próxima de um cientista francês que visita o local. No dia seguinte, sua vida se transforma drasticamente quando ela é convocada para um interrogatório por um general da KGB, que questiona a natureza de sua relação com o convidado estrangeiro. Exibido no Festival de Berlim.
“DAU. Natasha” é o primeiro filme do projeto de Ilya Khrzhanovskiy que simula o sistema totalitário soviético, combinando cinema, ciência, performance, espiritualidade, experimentação social e artística, literatura e arquitetura para falar do uso totalitário do poder. A 44ª Mostra exibe, ainda, DAU. Degeneração, longa que também integra o projeto, que consiste em mais de 700 horas de material todo rodado em 35mm. Um filme que corrobora a força e potência do cinema russo em usar a brutalidade física, moral e cinematográfica como conceito de construção cênica-crítica.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
17 QUADRAS
(17 Blocks, 2019, Estados Unidos, de Davy Rothbart). Em 1999, a família Sanford começou a filmar sua rotina em um perigoso bairro de Washington, a apenas 17 quarteirões do Capitólio dos Estados Unidos. Realizado em colaboração com o cineasta e jornalista Davy Rothbart, o documentário foca personagens de quatro gerações dos Sanford: Emmanuel, um estudante dedicado; seu irmão Smurf, um traficante de drogas local; sua irmã Denice, uma aspirante a policial, e a mãe deles, Cheryl, que deve lidar com os próprios demônios para promover o bem-estar da família. Abrangendo duas décadas, o filme retrata a permanente crise de uma nação, por meio de uma jornada crua, comovente e profundamente particular. Exibido nos festivais de Tribeca e Karlovy Vary.
“17 Quadras” é o que chamamos de documentário-verdade, porque a veracidade da imagem está em sua estrutura: imagens caseiras de arquivo, filmadas por mais de 20 anos, que não encontravam limites e pudores, por querer estender o olhar (por trás das câmeras), por esgotar a paciência de quem é filmado e por ser íntimo do meio em que se produz as imagens. Assim, gravar a mãe se drogando, o sangue do amigo morto, tudo não soa sensacionalista, tampouco encenado. A verdade está nesta passionalidade e impulso (assim como qualquer um que pega o celular e filma o que acontece ao redor). Um filme único! “Boyhood” do documentário!
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
MATE-O E DEIXE ESTA CIDADE
(Zabij to i wyjedz z tego miasta, 2020, Polônia, de Mariusz Wilczyński). Para fugir do desespero após perder as pessoas mais importantes da sua vida, o protagonista desta animação se esconde em um refúgio de memórias, onde todos aqueles que lhe são queridos ainda estão vivos. Com o passar dos anos, uma cidade cresce em sua imaginação. Certo dia, heróis da literatura e outros saídos de desenhos animados da infância aparecem para morar ali, sem serem convidados. Quando nosso protagonista, então, descobre que todos envelheceram e que a juventude eterna não existe, ele decide, levado pelos personagens que habitam sua imaginação, voltar ao mundo real. Vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival de Annecy. Também foi exibido no Festival de Berlim.
“Mate-o e Deixe Esta Cidade” é uma metáfora fabular da existência humana. Fragmentos decompostos de elementos orgânicos e viscerais. Um simbolismo que remete a um ser religioso, que observa pessoas (criaturas). Uma poesia de dureza sentida. De crueldade naturalista. De desumanidade e impaciência com a velhice. E o “resmungo” da juventude. A animação conceitual analisa a própria vida e nos confronto com o realismo. Com o pragmatismo da sobrevivência (consequência essa que pode encontrar a felicidade), entre perdas, abandonos, egoísmos e cúmplices agressividades comportamentais. Um filme de estranheza hipnótica. De catarse silenciosa, como a cena da dança no navio, tudo em busca de redenção e amor eternos.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
PANQUIACO
(2020, Panamá, 85 minutos, de Ana Elena Tejera). Há muitos anos, Cebaldo se despediu de sua família, que faz parte da população indígena do Panamá. Agora, ele trabalha num porto no norte de Portugal e todas as noites é contagiado por uma sensação de nostalgia. Em sua solidão, as lembranças o afastam de sua rotina diária e o mergulham em uma jornada de volta à sua aldeia em Guna Yala, onde um médico botânico o confronta com a impossibilidade de retornar ao passado. Uma pesquisa sobre histórias e mitos pré-coloniais em uma narrativa que mistura textos poéticos e imagens. Exibido no Festival de Roterdã e no Hot Docs.
“Panquiaco” é sobre a lenda ancestral homônima. Do reflexo da alma permanece no rio. Da volta para reencontrar o pai que morreu. De resgate de si mesmo. Da essência do que se deixou. Porque quando você segue o caminho, nos deixamos conduzir pelo piloto automático. E parar de sentir. O tom caseiro é pela fotografia de arquivo. Uma nostalgia do olhar que redescobre a imagem. Um filme poético e livre em sua construção.
Os 10 Melhores Filmes da 44a Mostra de São Paulo 2020
CANDANGO: MEMÓRIAS DO FESTIVAL
(2020, Brasil, 123 minutos, de Lino Meireles). Em 1965, um ano após o início da ditadura militar brasileira, um oásis de liberdade foi inaugurado na capital do país: o Festival de Cinema de Brasília, marco da resistência cultural e política. Este documentário conta a trajetória do evento a partir de relatos das pessoas que construíram a história do festival. O filme propõe o resgate da memória do que se passou em mais de 50 anos de celebração do cinema brasileiro pelas lembranças de mais de 50 entrevistados.
“Candango – Memórias do Festival” uma saudosista arqueologia ao despertar memórias do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (desde 1965, é o mais longevo do país), que, por sua vez, traz em seu troféu a simbologia do Candango. Uma ode ao amor incondicional pela sétima arte, pelo cinema brasileiro e por Brasília. Candango também unifica casos e fatos de forma libertária, divertida, politizada, antenada, perspicaz, sacana, espirituosa, ingênua, tudo com a liberdade máxima do discurso e da opinião, reiterando a obrigação de se manter a essência do Cinema Brasileiro. Aplaudir e/ou vaiar este filme é mais que permitido. Até porque é praticamente o lema-máxima da experiência de ter participado do festival. O que não se pode de jeito nenhum é ficar indiferente (o pior das reações) e ser protocolar.
LISTA-COTAÇÃO DOS FILMES
5 CÂMERAS
“Nova Ordem”, de Michel Franco
“Kubrick por Kubrick”, de Gregory Monro
“Dau, Natasha”, de Ilya Khrzhanovskiy e Jekaterina Oertel
“Days”, de Tsai Ming-Liang
“Exile”, de Visar Morina
“City Hall”, de Frederick Wiseman
4 CÂMERAS
“Chico Ventana Também Quer ter Um Submarino”, de Alex Piperno
“Siberia”, de Abel Ferrara
“Vil, Má”, de Gustavo Vinagre
“Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza
“Não Há Mal Algum”, de Mohammad Rasoulof
“17 Quadras”, de Davy Rothbart
“Mate-o e Deixe Esta Cidade”, de Balaji Vembu Chelli
“Panquiaco”, de Ana Elena Tejera
“Candango: Memórias do Festival”, de Lino Meireles
“Pai”, de Srdan Golubović
“O Nariz ou a Conspiração dos Dissidentes”, de Andrey Khrzhanovsky
“As Veias do Mundo”, de Byambasuren Davaa
“Suor”, de Magnus von Horn
“Dau. Degeneração”, de Ilya Khrzhanovskiy e Ilya Permyakov
3 CÂMERAS
“Nadando Até o Mar se Tornar Azul”, de Jia Zhang-ke
“Malmkrog”, de Cristi Puiu
“Cidade Pássaro”, de Matias Mariani
“Minha Irmã”, de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond
“A Saída dos Trens”, de Radu Jude e Adrian Cioflâncă
“O Charlatão”, de Agnieszka Holland
“Irmã”, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes
“O Problema de Nascer”, de Sandra Wollner
“Limiar”, de Rouzbeh Akhbari e Felix Kalmenson
“Apenas Mortais”, de Liu Ze
“Mosquito”, de João Nuno Pinto
“Coronation”, de Ai Weiwei
“As Órbitas da Água”, de Frederico Machado
“Um Dia com Jerusa”, de Viviane Ferreira
“A Morte do Cinema e do Meu Pai Também”, de Dani Rosenberg
“Stardust”, de Gabriel Range
“Apenas Mortais”, de Liu Ze
“Masters in Short”, de Jia Zhangke, Jafar Panahi, Guy Maddin, Evan Johnson e Galen Johnson e Sergei Loznitsa
“Os Nomes das Flores”, de Bahman Tavoosi
“Limiar”, de Rouzbeh Akhbari e Felix Kalmenson
“Entre Mortes”, de Hilal Baydarov
“Caminhando Contra o Vento”, de Wei Shujun
“Gênero, Pan”, de Lav Diaz
“Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição”, de Lemohang Jeremiah Mosese
“Ana. Sem Título”, de Lucia Murat
“Chico Rei Entre Nós”, de Joyce Prado
“Curral”, de Marcelo Brennand
“Mulher Oceano”, de Djin Sganzerla
2 CÂMERAS
“Berlin Alexanderplatz”, de Burhan Qurbani
“O Lodo”, de Helvécio Ratto
“Mães de Verdade”, de Naomi Kawase
“Welcome to Chechnya”, de David France
“Al-Shafaq – Quando o Céu se Divide”, de Esen Isik
“Miss Marx”, de Susanna Nicchiarelli
“Ao Entardecer”, de Sharunas Bartas
“Pari”, de Siamak Etemadi
“Corvos”, de Naghi Nemati
“Farewell Amor”, de Ekwa Msangi
“Sem Ressentimentos”, de Faraz Shariat
“Walden”, de Bojena Horackova
“Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda Maria
“Aranha”, de Andrés Wood
“O Livro dos Prazeres”, de Marcela Lordy
“Cracolândia”, de Edu Felistoque
1 CÂMERA
“Favolacce”, de abio e Damiano D’Innocenzo
“Cozinhar F*der Matar”, de Mira Fornay
“O Tremor”, de Balaji Vembu Chelli
“Mamãe, Mamãe, Mamãe”, de Sol Berruezo Pichon-Rivière
“Todos os Mortos”, de Marco Dutra e Caetano Gotardo
“Em Meus Sonhos”, de Murat Çeri
“Gatilho”, de Pavel Ganin
“Verlust”, de Esmir Filho
“Uma Máquina para Habitar”, de Yoni Goldstein e Meredith Zielke