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O Cinema Perde Andrzej Wajda

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Direto da Redação

O cinesta polaco Andrzej Wajda nasceu em Suwałki em 6 de março de 1926 e faleceu em Varsóvia no último dia 9 de outubro de 2016, aos noventa anos, vítima de uma insuficiência pulmonar (estava internado há vários dias e em coma induzido).

Começou a estudar cinema logo após a Segunda Guerra Mundial, na qual participou lutando com a Resistência Francesa, em 1942. A história e política da Polônia é dominante em sua obra, tendo sido um ferrenho senador pelo país. Em 2000, o mestre recebeu um Oscar honorário da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood; em 2006, um Leão de Ouro honorário no Festival de Berlim. Em 1981 ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico por “O homem de Ferro” no Festival de Cannes. Além de “Kanal” (Prêmio Especial do Júri, Cannes 1957), “Cinzas e diamantes” (Festival de Veneza de 1958), “Terra prometida” (indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 1975), “Sem anestesia” (Festival de Cannes 1978), “Semana santa” (Urso de Prata no Festival de Berlim de 1995), “Katyn” (indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2007) e “Walesa” (Festival de Veneza 2013).

Seu último filme “Afterimage” pode ser assistido no Festival do Rio 2016. Conta a cinebiografia do pintor polonês Wladyslaw Strzeminski, que se recusou a se dobrar à ideologia oficial do governo, mesmo quando ameaçado. Na Lodz do pós-guerra, ele dá aula na Escola de Artes Plásticas. Suas ideias, escancaradas em um livro que escreveu sobre arte, vão de encontro ao que Stalin impõe ao país – realismo social e positivismo superficial. A história de um homem que, mesmo sem uma perna e um braço, lutou contra o ódio e a indiferença das autoridades. Uma força da natureza, Strzeminski segue sendo idolatrado por gerações de artistas. Do diretor Andrzej Wajda. Toronto 2016.

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