Mostra Ecos de 1922 no CCBB Brasília debate a Semana da Arte Moderna
Mostra Ecos de 1922 no CCBB debate a Semana da Arte Moderna
Modernismo no Cinema Brasileiro estreia na capital federal com retrospectiva cinematográfica
Por Redação (baseado no release)
A mostra Ecos de 1922 – Modernismo no Cinema Brasileiro chega ao CCBB de Brasília para provocar o presente e projetar novos futuros – a retrospectiva já passou pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Com patrocínio do Banco do Brasil e incentivo da Lei Rouanet, a maior retrospectiva cinematográfica já feita sobre o tema, em cartaz até o dia 8 de maio, conta com filmes raros em 35mm e 16mm, e aborda o centenário da Semana de Arte Moderna de forma atual, trazendo um pensamento crítico sobre seu legado na cultura e, especialmente, no cinema brasileiro. A entrada é gratuita. A retirada do ingresso é realizada na bilheteria local ou pela plataforma online Eventim.
São aproximadamente 50 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, num vasto recorte geográfico, temporal e conceitual, que vai de 1922 a 2021, de Roraima ao Paraná. Com curadoria de Aïcha Barat, Diogo Cavour e Feiga Fiszon, as obras escolhidas são atravessadas pelo pensamento dos intelectuais paulistas, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, mas também pensadores e artistas indígenas contemporâneos, como Jaider Esbell e Denilson Baniwa.
“O cinema modernista propriamente dito não existe. Não há um cinema contemporâneo a 1922 feito nos moldes modernistas ou que se reivindique como tal. Talvez o maior impasse de uma mostra de cinema que aborda os ecos de 1922 seja justamente que não houve modernismo per se no cinema. Longe de querer fechar um recorte numa única abordagem do tema, mas o mais importante é que a mostra chega para lançar questionamentos, abrir frentes, disparar provocações”, explica a curadora Aïcha Barat.
“Tivemos a preocupação de unir pesquisadores, iniciantes e consagrados, com textos de caráter mais experimental e de intervenção. Ao longo do catálogo, além da pluralidade de visões e posições diante do modernismo, optamos por uma variedade de formas que, além dos textos corridos, incluem poemas, ensaio visual e obras artísticas”, explica Gabriel Martins da Silva, um dos organizadores do catálogo.
Entre os debates e palestras, está “Modernismo e Cinema Marginal”, no dia 23 de abril, às 18h15. O papo mediado por Glênis Cardoso conta com João Lanari, professor de cinema da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), e Lila Foster, pesquisadora, curadora e preservacionista audiovisual. O restante da programação será confirmado em breve.
PROGRAMAÇÃO DE CINEMA DA MOSTRA ECOS:
19 DE ABRIL (TERÇA-FEIRA)
17h45:
“Como era gostoso o meu francês” | Nelson Pereira dos Santos | 1971 | 16 anos | 1h24min | Digital
19h45
“Deus e o diabo na terra do sol” | Glauber Rocha | 1964 | 12 anos | 2h | Digital
20 DE ABRIL (QUARTA-FEIRA)
15h45
Branco sai, preto fica | Adirley Queirós | 2014 | 12 anos | 1h33min | Digital
18h
O ataque das araras | Jairo Ferreira | 1975 | 12 anos | 11min | Digital
Iracema: uma transa amazônica | Jorge Bodanzky e Orlando Senna | 1974 | 16 anos | 1h20min | 16mm
20h10
Bye bye Brasil | Cacá Diegues | 1980 | 16 anos | 1h40min | Digital
21 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA)
16h
“Não vim no mundo para ser pedra” | Fabio Rodrigues Filho | 2021 | Livre | 26min | Digital
“Chico Antônio, o herói com caráter” | Eduardo Escorel | 1983 | Livre | 40min | Digital
“O Aleijadinho” | Joaquim Pedro de Andrade | 1978 | 10 anos | 24min | 35mm
18h
“Tudo é Brasil” | Rogério Sganzerla | 1997 | Livre | 1h22min | Digital
20h
“Tarsila: 50 anos de pintura” | Fernando Coni Campos | 1969 | Livre | 8min | 35mm
“Viagem ao fim do mundo” | Fernando Coni Campos | 1968 | 12 anos | 1h30min | Digital
22 DE ABRIL (SEXTA-FEIRA)
15h30
“Herói póstumo da província” | Rudá de Andrade | Livre | 1973 | 15min | Digital
“Miramar” | Júlio Bressane | 1997 | 16 anos | 1h22min | Digital
18h
“República do Mangue” | Julia Chacur, Mateus Sanches Duarte e Priscila Serejo | 2020 | 10 anos | 8min | Digital
“Mangue-bangue” | Neville D’Almeida | 1971 | 18 anos | 1h20min | Digital
20h
“O homem do pau-brasil” | Joaquim Pedro de Andrade | 1980 | 16 anos | 1h52min | 35mm
23 de abril (sábado)
14h
“O mandarim” | Júlio Bressane | 1995 | 16 anos | 1h30min | Digital
16h
“Sem essa, Aranha” | Rogério Sganzerla | 1978 | 16 anos | 1h42min | Digital
20h20
“Um filme 100% brasileiro” | José Sette | 1985 | 16 anos | 1h23min | Digital
“Cinema é maresia” | Diogo Cavour | 2008 | Livre | 15min | Digital
“O poeta do Castelo” | Joaquim Pedro de Andrade | 1959 | Livre | 12min | 35mm
“O mestre de Apipucos” | Joaquim Pedro de Andrade | 1959 | Livre | 8min | 35mm
“O Aleijadinho” | Joaquim Pedro de Andrade | 1978 | 10 anos | 24min | 35mm
16h
Não vim no mundo para ser pedra | Fabio Rodrigues Filho | 2021 | Livre | 26min | Digital + Chico Antônio, o herói com caráter | Eduardo Escorel | 1983 | Livre | 40min | Digital
18h
Macunaíma | Joaquim Pedro de Andrade | 1969 | 16 anos | 1h50 min | 35mm
20h25
Por onde anda Makunaíma?” | Rodrigo Séllos | 2020 | 12 anos | 1h24min | Digital
26 de ABRIL (TERÇA-FEIRA)
15h45
“Travessia” | Safira Moreira | 2017 | 5min | Digital
“Alma no olho” | Zózimo Bulbul | 1974 | 10 anos | 11min | Digital
“Há terra!” | Ana Vaz | 2016 | Livre | 12min | Digital
“Grin” | Isael Maxakali, Roney Freitas e Sueli Maxakali | 2016 | Livre | 40min | Digital
17h30
“Perigo negro” | Rogério Sganzerla | 1992 | 16 anos | 28min | Digital
“Quem seria o feliz conviva de Isadora Duncan?” | Júlio Bressane | 1992 | 16 anos | 28min | Digital
“Uma noite com Oswald” | Inácio Zatz e Ricardo Dias | 1992 | 16 anos | 29min | Digital
19h30
“Tarsila: 50 anos de pintura” | Fernando Coni Campos | 1969 | Livre | 8min | 35mm
“Ladrões de cinema” | Fernando Coni Campos | 1977 | 14 anos | 2h7min | 35mm
27 DE ABRIL (QUARTA-FEIRA)
16h
“Nũhũ yãg mũ yõg hãm: essa terra é nossa!” | Carolina Canguçu, Isael Maxakali, Roberto Romero e Sueli Maxakali | 2020 | 12 anos | 1h10min | Digital
18h
Apiyemiyekî? | Ana Vaz | 2019 | 12 anos | 29min | Digital + Mato eles? | Sergio Bianchi | 1983 | Livre | 40min | 16mm
20h
Deus e o diabo na terra do sol” | Glauber Rocha | 1964 | 12 anos | 2h | Digital
28 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA)
15h15
“No país das Amazonas” | Silvino Santos | 1922 | Livre | 2h23m | Digital
18h
“Carmen Miranda: bananas is my business” | Helena Solberg | 1995 | Livre | 1h31min | 35mm