Diretor: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Julian Fellowes
Elenco: Emily Blunt, Rupert Friends, Paul Bettany, Miranda Richardson, Jim Broadbent, Thomas Kretschmann, Mark Strong, Jesper Christensen, Harriet Walter, Jeanette Hain, Julian Glover, Michael Maloney, Michiel Huisman, Genevieve O Reilly, Rachael Stirling
Fotografia: Hagen Bogdanski
Trilha Sonora: Ilan Eshkeri
Produção: Martin Scorsese, Graham King, Tim Headington, Sarah Ferguson
Distribuidora: Europa Filmes
Estúdio: GK Films
Duração: 100 minutos
País: Reino Unido/ Estados Unidos
Ano: 2009
COTAÇÃO: REGULAR
A opinião
“Alguns palácios são como uma prisão”, explicita o caminho questionador que o diretor (do excelente “C.R.A.Z.Y”) resolveu fornecer ao filme, que aborda os primeiros anos de reinado da rainha Victoria (Emily Blunt, de “O Diabo veste Prada”, cada vestido que a atriz usou foram assegurados por 10 mil), do Reino Unido, e seu romance com o príncipe Albert.
A narração sentimental, acompanhada de músicas também emocionais, busca ser novela, com ritmo folhetinesco e artificialidade nos diálogos. Há óbvios e clichês. Como a cena em que escreve uma carta, amassa o papel e o joga no chão. A produção é de Martin Scorsese e Sarah Ferguson, que é tataraneta da rainha Victoria.
O Palácio de Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da Rainha Vitória em 1837. As reformas mais significativas foram feitas na Era Vitoriana, com a adição de uma grande ala em direção a Leste e com a remoção de antigas entradas. A fachada Leste foi refeita em 1913 junto ao Memorial de Vitória, criando a atual fachada pública do palácio, incluindo o famoso balcão. Vitória reinou por mais tempo. Foram 64 anos. O seu governo era sinônimo de pontualidade e sofisticação, isso se deve ao fato da soberana ter influenciado o estilo de vida e comportamento dos ingleses.Vitória após ser coroada passou a ser o centro das atenções, embora não fosse dotada de beleza física, ela estava sempre bem-humorada e preocupada com a exatidão e a regularidade das horas de trabalho. Logo manifestou interesse em seu primo Albert de Saxe-Coburg.
“Se eu cometer erros, serão meus erros. Meu lugar não será usurpado”, ela diz em um forte momento do longa. A história prende o espectador, principalmente quando um elemento fisico é apresentado: o iô-iô. Mas a música sentimental e a falta de silêncio mitigam o aprofundamento, o deixando raso e teatralizado. A música do final, cantada por Sinead O´Connor, externaliza o desejo do prêmio Oscar. Muitas das cenas interiores foram filmadas em no castelo Belvoir, em Leicestershire. A cama usada para a cena da lua-de-mel foi usada pela prórpria rainha Victoria quando ela visitou o castelo em 1843. Venceu o Oscar de Melhor Figurino (Sandy Powell). O filme conseguiu o objetivo. Mas não desponta.
Jean-Marc Valleé é um diretor e roteirista de Quebec, nascido em 09 de marco 1963 no Canadá. Ele fez “Lista negra” em 1995, que foi bem sucedido e atraiu atenção dos estúdios de Hollywood. Realizou “CRAZY”, após 10 anos de esforço. Em 2009, dirigiu o filme britânico The Young Victoria, que narra a juventude da rainha Vitória.
Filmografia
1992 – Estereótipos
1995 – Blacklist
1997 – Los Locos
1998 – Magic Words
1999 – Loser Love
2005 – CRAZY
2009 – A Jovem Rainha Vitória