Eva

Festival de Berlim 2018: “Eva”


Do diretor francês Benoit Jacquot (de “Diário de uma Camareira”, “3 Corações”, e que já foi ator no filme “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, de Luc Besson), 102 minutos. Com Isabelle Huppert, Gaspard Ulliel, Julia Roy.


* Competição. “Eva”, do diretor francês Benoit Jacquot, tenta conduzir o espectador em um thriller noir, que infere “Elle”, de Paul Verhoeven, com a estrutura de suspense psicológico de François Ozon. Ainda que com a presença da atriz Isabelle Huppert, o filme sofre uma auto-sabotagem, fazendo com que o espectador desista de acompanhar a história desenhada em um frágil e ingênuo roteiro.


Quando um escritor idoso morre em sua banheira, apenas uma pessoa conhece a existência secreta de seu último manuscrito: Bertrand (o ator Gaspar Ulliel), um jovem que também é testemunha acidental da morte do escritor. Bertrand tem a última jogada do falecido com seu próprio nome e está intoxicado pelo sucesso. No meio de suas tentativas de colocar uma nova criação no papel, Bertrand encontra uma mulher atrativa, mas misteriosa chamada Eva (a atriz Isabelle Huppert). Para ele, ela é muito mais do que apenas uma prostituta de classe alta, e suas conversas fluem diretamente para o diálogo de sua nova peça. Mas ele não consegue penetrar na armadura emocional de Eva. Ninguém deve saber o que realmente o afasta, e, pelo menos, essa arrogante novidade, cuja dependência sexual ela explora, mas a quem ela certamente não confia. Bertrand torna-se enredado em um aprisionamento emocional que o leva à catástrofe.


Mais de cinquenta anos depois de Joseph Losey, Benoit Jacquot revisou o romance do escritor britânico James Hadley Chase para criar sua própria adaptação cinematográfica: uma peça de conversação que aprofunda a moralidade do mundo dos ricos e dos belos.


“Eva” integra a seleção competitiva do Festival de Berlim 2018.


1 Nota do Crítico 5 1

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