Por Fabricio Duque
É inquestionável a semelhança do
filme “Um Momento Pode Mudar Tudo” com a comédia francesa, “Intocáveis”. Se no
longa-metragem de lá, dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano, a narrativa
se concentra em divertir com detalhes existencialistas, aqui, na direção de George C.
Wolfe (de “Noites de Tormenta”) o
foco é na característica marcante do cinema americano, que é exacerbar a
tristeza por meio da manipulação da trilha sonora sentimental. O sofrimento
nunca é silencioso, conta-se sempre com o elemento dramático para “encaminhar”
o espectador à emoção. O roteiro, baseado no livro homônimo, busca a questão do
recomeço, colocando o acaso, mesmo trágico, para reconstruir as resignações
comodistas de dos seres humanos, que tentam vencer dramas, defesas, limitações
e medos. Uma (a atriz Emmy Rossum, de “O Dia Depois de Amanhã” e “O Fantasma da
Ópera” – que neste lhe valeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz) é
uma universitária meio perdida, que está se relacionando com um professor
casado e perdendo o interesse no seu futuro acadêmico. Quando começa um novo
trabalho, cuidando de Kate (a atriz Hilary Swank, de “Meninos Não Choram”), uma
mulher que sofre de uma doença terminal (esclerose lateral amiotrófica), ela
vai aprendendo a aproveitar o mundo com novas moralidades e princípios. É
inevitável o estilo de autoajuda, com situações limites, músicas extremamente
sentimentais. Hilary, como sempre, “entende” o papel que lhe foi dado, mas por
incrível que pareça, serve de suporte para que Emmy brilhe em sua totalidade. A
música era outro fator que não podia ficar de fora. Emmy, aos sete anos, já
cantava ópera ao lado de Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, e depois
autofinanciou seu álbum sobre releituras de clássicos de 1920 a 1960. Trocando
em miúdos, um longa-metragem que “procura” assumidamente o público americano,
quiçá o Oscar, provavelmente esquecido por causa dos filmes semelhantes “A
Teoria de Tudo” e “Para Sempre Alice” (este último aludindo somente o tema
terminal e não sua estrutura – que se comporta com força principalmente pela
atriz Julianne Moore).
filme “Um Momento Pode Mudar Tudo” com a comédia francesa, “Intocáveis”. Se no
longa-metragem de lá, dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano, a narrativa
se concentra em divertir com detalhes existencialistas, aqui, na direção de George C.
Wolfe (de “Noites de Tormenta”) o
foco é na característica marcante do cinema americano, que é exacerbar a
tristeza por meio da manipulação da trilha sonora sentimental. O sofrimento
nunca é silencioso, conta-se sempre com o elemento dramático para “encaminhar”
o espectador à emoção. O roteiro, baseado no livro homônimo, busca a questão do
recomeço, colocando o acaso, mesmo trágico, para reconstruir as resignações
comodistas de dos seres humanos, que tentam vencer dramas, defesas, limitações
e medos. Uma (a atriz Emmy Rossum, de “O Dia Depois de Amanhã” e “O Fantasma da
Ópera” – que neste lhe valeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz) é
uma universitária meio perdida, que está se relacionando com um professor
casado e perdendo o interesse no seu futuro acadêmico. Quando começa um novo
trabalho, cuidando de Kate (a atriz Hilary Swank, de “Meninos Não Choram”), uma
mulher que sofre de uma doença terminal (esclerose lateral amiotrófica), ela
vai aprendendo a aproveitar o mundo com novas moralidades e princípios. É
inevitável o estilo de autoajuda, com situações limites, músicas extremamente
sentimentais. Hilary, como sempre, “entende” o papel que lhe foi dado, mas por
incrível que pareça, serve de suporte para que Emmy brilhe em sua totalidade. A
música era outro fator que não podia ficar de fora. Emmy, aos sete anos, já
cantava ópera ao lado de Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, e depois
autofinanciou seu álbum sobre releituras de clássicos de 1920 a 1960. Trocando
em miúdos, um longa-metragem que “procura” assumidamente o público americano,
quiçá o Oscar, provavelmente esquecido por causa dos filmes semelhantes “A
Teoria de Tudo” e “Para Sempre Alice” (este último aludindo somente o tema
terminal e não sua estrutura – que se comporta com força principalmente pela
atriz Julianne Moore).