Diretor: François Ozon
Roteiro: François Ozon, baseado em peça teatral de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy
Elenco: Catherine Deneuve, Gérard Depardieu, Fabrice Luchini, Karin Viard, Judith Godrèche, Jérémie Renier, Sergi López
Música: Philippe Rombi
Figurino: Pascalline Chevane
Edição: Laure Gardette
Produção: Eric Altmeyer, Nicolas Altmeyer
Distribuidora: Imovision
Estúdio: Mandarin Films
Duração: 103 minutos
País: França
Ano: 2010
COTAÇÃO: ENTRE O BOM E O MUITO BOM


“Potiche: a Esposa Troféu” foi apresentado no Festival Varilux de Cinema Francês 2011, tendo a presença da atriz Catherine Deneuve na sessão de exibição. É o novo filme do diretor François Ozon. O diretor realiza inúmeras homenagens: a atriz (que já trabalhou com ele em “8 Mulheres”) – e seus filmes – e ao próprio cinema. “Ozon é um jovem com o olhar subversivo sobre a sociedade. Eu gosto disso. E ele filma muito bem as mulheres”, disse Deneuve na coletiva de imprensa. E complementou “Diretores como Ozon ou Christopher Honoré ( de “Les Bien-aimés” – exibido no Festival de Cannes deste ano) são cinéfilos, assistiram aos filmes que participei nos anos 60. Naquele tempo, o papel da mulher estava mudando e as coisas eram mais simples em relação à imagem. Não existiam tantos paparazzi, a televisão tinha penetração menor”. O diretor imprime a sua característica principal: a nostalgia ácida dos anos 70. A narrativa apresenta inúmeras referências de longas-metragens. Uma delas é o universo de Jacques Demy, que escalou a protagonista deste filme em “Pele de Asno” e “Os Guarda-chuvas do Amor”. “De certa maneira, é uma homenagem a Demy, mas no filme do Honoré [Les Bien-aimés] canta-se muito também, os diálogos são expostos como canções. Demy abriu essa via, mas, por exemplo, Ozon é mais realista, trata da mulher, poder operários. O universo de Demy tem mais fábula e muito mais pessimismo, melancolia. As pessoas cantam, mas não estão alegres”, diz Catherine. A trama, ambientada em 1978, aborda a vida de uma esposa, considerada troféu, por ser perfeito e comum, como um jarro (que enfeita, mas não possui poder de voto).
François Ozon nasceu em Paris, no dia 15 de Novembro de 1967. É considerado um dos mais importantes jovens realizadores franceses na categoria “New Wave” do cinema francês, tal como Jean-Paul Civeyrac, Philippe Ramos ou Yves Caumon. Em 1990, já depois de se licenciar em cinema pela Universidade de Paris I, François Ozon estudou na escola francesa de cinema La Femis. Ozon realizou diversos curtas metragens, tais como “Une robe d’été” (1996) e “Scènes de lit” (1998), que refletem o seu estilo peculiar.
Filmografia
2009 – O Refúgio
2009 – Ricky
2007 – Angel
2006 – Un lever de rideau
2005 – O Tempo Que Resta
2004 – 5×2
2003 – Swimming Pool
2002 – 8 mulheres
2000 – Sob a Areia
2000 – Gotas de água em pedras escaldantes
1999 – Os amantes criminosos
1998 – Sitcom