5 Estrelas
Uber e o mundo mágico
Por Vitor Velloso
Durante o CineBH 2020
Acredita-se que é possível tornar reverência o queixo de Hollywood em tomo ornamental de discussão representativa? A verve “consciente” negaria que haja tamanha relação nas lutas e a cultura de representação importada, afinal, o processo de assimilação antropofágica foi diluído em sete capítulos, três versículos e dois apóstolos. Mas por onde caminha então? Tarantino. As más línguas pronunciam o desgosto corriqueiro.
“5 Estrelas” de Fernando Sanches é um filme que não nega suas referências de literatura barata e cinematografia alienante. Ainda que tente apresentar um plano para distinção do tradicionalismo tacanho de ambas. Não se propõe a construção de sentidos e ampliações de uma atmosfera vagante, nem permite uma introdução maior de um complexo, ínfimo que seja, para além dos graus de desenvolvimento de gênero. É uma espécie de exercício de reforço dos formalismo pré-finalizados.
Ainda que Luciana Paes e Gilda Nomacce estejam no curta, não há força que seja evocada além dessa exposição de imediatismos, mesmo que com frente explícitas a serem trabalhadas. O projeto parece se consolidar em uma zona de conforto onde essa linguagem se configura como a força unilateral para um pano de fundo político fragilizado, por falta de ímpeto para o mesmo. Até a forma é categorizada na uberização da linguagem em “5 Estrelas”.