23º Festival de Cinema de Vitória
O ator e bailarino Markus Konká foi o Homenageado Capixaba e emocionou o público com seu discurso. Após a homenagem, foi exibido o longa-metragem “Os Incontestáveis”, de Alexandre Serafini, e, na sequência, foram anunciados os filmes premiados pelo Festival.
A cerimônia de encerramento do 23º Festival de Cinema de Vitória, que aconteceu neste sábado (19/11), no Teatro Carlos Gomes, no Centro de Vitória-ES, premiou os vencedores do Festival, em diversas categorias com o Troféu Vitória e premiações extras.
Com apresentação dos atores Anderson Müller e Suely Bispo, os realizadores subiram ao palco do Teatro Carlos Gomes para receber o prêmio e o aplauso do público. A noite também foi marcada pela homenagem ao ator e bailarino Markus Konká e pela exibição de estreia do longa capixaba “Os Incontestáveis”, de Alexandre Serafini.
Iniciado na última segunda-feira (14/11), o 23º Festival de Cinema de Vitória é maior evento de audiovisual do Espírito Santo e uma das mais tradicionais mostras de cinema do Brasil. Ao longo de seis dias, foram exibidos mais de 100 filmes dentro de uma extensa programação dividida em 12 mostras competitivas e não competitivas que totalizaram em torno de 47 horas de exibição. Além do Teatro Carlos Gomes, as atividades do Festival aconteceram no Cineclube Metrópolis e no Prédio de Multimeios, na Ufes, e no Hotel Senac Ilha do Boi. Também fizeram parte da programação oficinas, debates, lançamentos de publicações e as homenagens a atriz Dira Paes e ao cineasta Otto Guerra. Toda a programação do Festival teve entrada franca.
No início da última noite do Festival também foi exibido a produção “Coisa de Cinema”, curta-metragem produzido durante a Oficina de Cinema e Vídeo que foi conduzida pelo cineasta Luiz Carlos Lacerda, o Bigode.
Um dos momento mais aguardado do Festival, a Cerimônia Premiação concedeu 22 Troféus Vitória aos vencedores em diversas categorias e mostras, incluindo os eleitos pelo júri técnico e pela votação do júri popular. Os alunos da Oficina de Crítica Cinematográfica também elegeram o curta pernambucano “O Delírio é a Redenção dos Aflitos”, de Fellipe Fernades, como o Melhor Filme. Outras duas produções também receberam Menções Honrosas: na 5ª Mostra Corsária o curta experimental “Preparação para Exercício Aéreo – O Deserto I”, de Rubiane Maia e Luísa Nóbrega, e na 20º Mostra Competitiva Nacional de Curtas a ficção fluminense “Aspirina Para Dor de Cabeça”, de Philippe Bastos.
Entre os curtas, uma das produções que se destacaram foi a animação capixaba “O Projeto do Meu Pai”, de Rosaria (foto ao lado), que arrematou os prêmios de Melhor Filme na 5ª Mostra Foco Capixaba e na 3ª Mostra de Animação. Na 20º Mostra Competitiva Nacional de Curtas a ficção “Regeneração”, de Humberto Carrão, levou o prêmio de Melhor Interpretação pela atuação da atriz Renata Guida e o Prêmio de Melhor Filme. Graças a essa última premiação, “Regeneração” também recebeu prêmios extras em serviços concedidos pela CiaRio, DOT, Mistika e Cinecolor. A ficção fluminense “Kbela”, de Yasmin Thayná, foi escolhida como o Melhor Filme pelo júri popular o que também lhe garantiu o prêmio extra da CiaRio em serviços de locação de equipamentos.
Entre os longas-metragens, o grande vencedor foi o amazonense “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sergio Andrade e Fábio Baldo que ficou com os prêmios de Melhor Interpretação pela atuação do ator Anderson Tikuna; de Melhor Roteiro, para Sergio Andrade, e de Melhor Filme pelo Júri Técnico. A preferência do público do Festival foi pela produção pernambucana “Todas as Cores da Noite”, de Pedro Severien, que levou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular.
Prêmio Canal Brasil
Além da premiação do Festival, o Canal Brasil, por meio de um júri específico, concedeu o Troféu Canal Brasil e R$ 15 mil à ficção “Som Guia”, de Felipe Rocha, pelo Prêmio Canal Brasil de Curtas-Metragens. O filme premiado entra para a grade de programação do canal e concorrerá, ainda, ao Grande Prêmio Canal Brasil de Curtas-Metragens, no valor de R$ 50 mil.
Homenagem a Markus Konká
Antes do anúncio dos filmes premiados pelo Festival, o público presente prestigiou a homenagem ao ator, bailarino, coreógrafo e diretor Markus Konká que, em 2016, comemorou 62 anos de vida e quatro décadas de carreira no cinema. Ator, bailarino, coreógrafo e diretor, ele completou 62 anos no último mês de março e será homenageado na noite de encerramento do 23º Festival de Cinema de Vitória, neste sábado (19), no Teatro Carlos Gomes, Centro de Vitória (ES). Na ocasião, também será lançado o Caderno do Homenageado, publicação que traz uma extensa reportagem sobre a carreira do artista.
Um dos mais expressivos artistas atuantes nas artes cênicas e no cinema do Espírito Santo, Konká possui um percurso artístico que transita pelo teatro, cinema e dança. Na telona, atuou em cerca de 40 filmes, entre curtas e longas-metragens. Foi dirigido por importantes nomes do cinema nacional: Nelson Xavier, Ruy Guerra, Hector Babenco, Hugo Carvana, Arnaldo Jabour, Carlos Diegues e Neville de Almeida. No Espírito Santo, atuou em filmes de Amylton de Almeida, Luiza Lubiana, Virgínia Jorge, Saskia Sá, Luiz Tadeu Teixeira, Edson Ferreira, entre outros.
Lançamento de longa-metragem capixaba
A produtora Úrsula Dart e o diretor Alexandre Serafini no lançamento de “Os Incontestáveis”
Também fez da programação do último dia do Festival a Sessão Especial do filme capixaba “Os Incontestáveis”, primeiro longa-metragem de Alexandre Serafini em sua exibição de estreia. Essa ficção movida a conhaque, rock pesado, humor negro, psicodelia e que, nas entrelinhas, faz um caldo crítico à quase tudo: da família tradicional à luta pelo poder.
Em “Os Incontestáveis”, os irmãos Bel e Mau viajam a bordo de um Opala 73 pelas estradas do Espírito Santo em busca de um carro, um Maverick 77, que pertenceu ao pai. Os dois personagens são interpretados por Fabio Mozine (baixista do Mukeka di Rato) e Will Just (guitarrista do The Muddy Brothers). A jornada os leva até a distante e esquecida vila de Cotaxé, palco de históricos conflitos de terra, fronteira e poder, onde os destinos dos irmãos e do lugar entrarão em rota de colisão. Também fazem parte do elenco do filme os atores Tonico Pereira (o Mendonça, de “A Grande Família”), Fernando Teixeira (“Baixio das Bestas”) e Markus Konká, o homenageado capixaba do Festival. O roteiro é fruto de uma parceria entre o diretor e o dramaturgo e escritor Saulo Ribeiro.
Os Vencedores da 23º Festival de Cinema de Vitória
20ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio Júri Oficial): Regeneração, de Humberto Carrão
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio Júri Popular): Kbela, de Yasmin Thayná
– Troféu Vitória – Prêmio Especial do Júri: O Ex-Mágico, de Olímpio Costa e Maurício Nunes
– Troféu Vitória – Melhor Direção: Constelações, de Maurílio Martins
– Troféu Vitória – Melhor Roteiro: Fellipe Fernandes pelo filme O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes
– Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística: Retrato de Carmem D., de Isabel Joffily
– Troféu Vitória – Melhor Interpretação: Renata Guida pelo filme Regeneração, de Humberto Carrão
– MENÇÃO HONROSA: “O Júri da 20ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas do 23º Festival de Cinema de Vitória concede Menção Honrosa ao filme Aspirina para Dor de Cabeça, de Philipe Bastos, pela fotografia que resultou numa obra de irreverência e bom humor”.
Premiações Extras
– Prêmio Canal Brasil de Curtas-Metragens para Som Guia, de Fellipe Rocha
– Prêmio CiaRio-Brasil, Prêmio DOT, Prêmio Mistika e Prêmio Cinecolor para Regeneração, de Humberto Carrão (seguindo o Melhor Filme pelo Júri Técnico)
– Prêmio CiaRio-Brasil para Kbela, de Yasmin Thayná (seguindo o Melhor Filme pelo Júri Popular)
– Prêmio da Oficina de Crítica Cinematográfica do 23º Festival de Cinema de Vitória: O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes
6ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Oficial): Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Popular): Todas as Cores da Noite, de Pedro Severien
– Troféu Vitória – Prêmio Especial do Júri: A Noite Escura da Alma, de Henrique Dantas
– Troféu Vitória – Melhor Direção: Guerra do Paraguay, de Luiz Rosemberg Filho
– Troféu Vitória – Melhor Roteiro: Sergio Andrade pelo filme Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo
– Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística: Perdido em Júpiter, de Deo
– Troféu Vitória – Melhor Interpretação: Anderson Tikuna pelo filme Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo
5ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Oficial): O Projeto do Meu Pai, de Rosaria
5ª MOSTRA CORSÁRIA
– Troféu Corsário para os dois Melhores Filmes sem ordem de classificação (Prêmio do Júri Oficial): Ainda Me Sobra Eu, de Taciana Valério, e Wendigo, de Luciano Evangelista
– MENÇÃO HONROSA: “O Júri da 5ª Mostra Corsária do 23º Festival de Cinema de Vitória concede Menção Honrosa ao filme Preparação para o Exercício Aéreo, O Deserto – I, de Rubiane Maia e Luísa Nóbrega, pela fotografia que faz diálogo com a experimentação artística”.
6ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES
– Troféu Marlene – Melhor Filme (Prêmio do Júri Oficial): Cuscuz Peitinho, de Rodrigo Sena e Julio Castro
3ª MOSTRA DE ANIMAÇÃO
– Troféu Vitória – Melhor Filme de Animação (Prêmio do Júri Popular): O Projeto do Meu Pai, de Rosaria
17º FESTIVALZINHO DE CINEMA
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Popular): Hora do Lanchêêê, de Claudia Mattos
3ª MOSTRA OUTROS OLHARES
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Popular): Na missão, com Kadu, de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia
MOSTRA MULHERES NO CINEMA
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Popular): Dentro de Casa, de Yasmin Nolasco
MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE
– Troféu Vitória – Melhor Filme (Prêmio do Júri Popular): Cinzas, de Larissa Fulano de Tal