Terças-Feiras – 07 e 14 de Março
19h – Sessão Risco Cinema
Entrada Gratuita
Cinemaison Rio
Avenida Presidente Antônio Carlos, 58 – Centro – Rio de Janeiro
Risco Cinema – Plasticidades Óticas e Intensidades Sonoras
Sessão Homenagem ao “Etna” – 20 ANOS – 1997/2017
Fundado em 1997 em Paris, o “Etna” é uma associação de cineastas de diversas nacionalidades. Um espaço de criação, de formação e intercâmbio sobre o cinema experimental e da prática nos formatos 8mm,16mm e 35mm. O “Etna” tem por objetivo garantir a independência material dos cineastas em suas pesquisas e em suas práticas. Esta mostra presta uma pequena homenagem ao “Etna” em seus 20 anos de persistência e resistência ao cinema em película e experimental.
Realização: Julio Cesar Nogueira
Risco Cinema (Lucas Murari, Luiz Garcia e Luiz Giban)
Apoio: Cinemaison, Institut Français e Consulado da França do Rio de Janeiro
Programação
07 DE MARÇO | 19H00
MUE(S)
(França, 2015). De Frédérique Menant. Experimental. 10′. Classificação Indicativa: Livre.
Mulheres se movendo em um terreno de gesso, revelando formas, gestos e, em seguida, sensações e sentimentos. Esta demonstração do corpo nu, revelada por Frédérique Me-nant, nos dá a possibilidade de perceber o visível como invisível, e cria uma nova percep-ção de vulnerabilidade do ser. É uma experiência que convida o imaterial à conversar através da barreira física imposta pelo corpo humano. Em paralelo à prática do documentário tradicional, Menant desenvolve gradualmente uma realização cada vez mais instintiva.
NOT WHAT IT SEEMS
(França, 2013). De Frédérique Menant. Experimental. 4’. Classificação Indicativa: Livre.
Durante o desfile do Orgulho Gay de Paris de 2013, os ativistas do movimento Act Up Show são filmados por Frédérique Menant em preto e branco de alto contraste e acom-panhados do trecho do free jazz de Arcie Shepp. As imagens enigmáticas ou instáveis, os close-ups sem continuidade e o ritmo das sequências criam um caos visual estruturado pela música lenta e fúnebre.
MEDUSA
(França, 2016). De Leïla Colin-Navaï. Experimental. 3’. Classificação Indicativa: Livre.
Primeiro capítulo do filme ainda em produção sobre a reflexão do feminino e suas repre-sentações. Leïla Colin-Navaï vive em Paris e é cineasta, fotógrafa e criadora sonora. De-pois de uma formação em arqueologia e de historiadora de arte contemporânea, traba-lhou como curadora e roteirista, período em que desenvolveu uma abordagem transversal entre arte e política, ciência e poesia. Colin-Navaï faz parte da direção da produtora Umlicht e do laboratório experimental “Etna”.
THERE’S NOTHING LEFT OF THE SEA BUT ITS SOUND
(França, 2015). De Leïla Colin-Navaï. Experimental. 37’. Classificação Indicativa: Livre.
Uma reflexão sobre a paisagem e o diálogo da obra do poeta galês Dylan Thomas, os quatro capítulos, ou territórios, de “There’s nothing left of the sea but its sound” fazem uma relação dialética entre som e imagem, improvisação pela imagem e montagem sono-ra. A imagem vertical da poesia de Dylan Thomas é carnal, fantasmagórica, telúrica e causa uma desordem à matéria, conduzindo o olhar da cineasta Leïla Colin-Navaï.
THE ACTION
(França, 2009). De David Matarasso. Experimental. 3’. Classificação Indicativa: Livre.
Filme experimental a partir de anúncios em 35mm de filmes pornográficos e de ação, “The Action” compõe-se de fragmentos de imagens que incorporam-se entre si. Ele é uma obra cinematográfica de “found-footage”, mas também uma proposta visual das mitologias estadunidenses. Através desta pesquisa estilística e da mistura entre os gêneros, o cinema de David Matarasso nos possibilita ver as ambiguidades da estética cinematográfica.
14 DE MARÇO | 19H00
A NEVE SOBRE A BÉTULA
Det Snöar Om Björken (México/Suécia, 2014). De Mauricio Hernández e Joel Grip. Experimental. 80’. Classificação Indicativa: Livre.
Esta ficção, ou este documentário, ou, ao menos, uma ficção-documentário, é composta de uma poesia cinematográfica através de suas imagens. O longa-metragem nasceu de uma simples pergunta: por que não fazer um filme sobre o free jazz? Trata-se de uma viagem intimista e musical pelo interior da Suécia e uma oportunidade para o questiona-mento de sua cultura e identidade. Escritor e cineasta mexicano, Mauricio Hernández se mudou para Paris em 2002 onde descobriu, no Etna e nas suas oficinas de cinema expe-rimental, outras possibilidades do cinema. Ele é professor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, onde ensina teoria da montagem e direção. Hernández associa a práti-ca do cinema com a pesquisa universitária, com ênfase na etnografia e na história da arte. Em 2014, ele fundou com o músico sueco Joel Grip a produtora Umlicht.
Entrada Gratuita.