CineOP 2020 | TV, Rádio e Vídeo na Educação
O debate da 15a CineOP contou com as presenças de Marília Franco, Marcus Tavares, Renata Tupinambá e Esther Hamburger
Por Vitor Velloso
No debate que aconteceu na manhã do primeiro dia da CineOP, as convidadas Marília Franco – professora | SP, Marcus Tavares – gerente de formação – TV Escola| RJ, Renata Tupinambá – Rádio Yandê | RJ, com a mediação de Esther Hamburger – professora USP | SP, falaram sobre “TV, Rádio e Vídeo na Educação”.
O debate foi uma exposição de problemas e tentativas de solução, seja através de medidas particulares ou públicas, assim grande parte da conversa girou em torno dessas questões e de como, neste período de pandemia, é possível trabalhar a questão da Educação através dos meios de comunicação, mas principalmente o direito ao mesmo. Isso porque uma boa parte da população brasileira não possui acesso aos meios de comunicação que estão “viabilizando” o ensino atualmente.
Dentro de todas as questões basilares, que sempre permearam à CineOP, esta pauta está fortemente ancorada no debate das medidas públicas, sem dúvida, isso porque a trajetória da comunicação no Brasil, nos mostrou que são essas políticas que podem assegurar quaisquer direitos para o povo brasileiro, assim sendo, é necessário que reformas sejam feitas no âmbito político, para que esse debate do acesso e do direito a Educação possa ser cumprido.
Uma das pautas levantadas durante o debate, diz diretamente sobre uma necessidade de compreensão desse trabalho, no presente e no pós-pandemia, onde precisamos trabalhar as questões da Educação com cautela dobrada.
Marcus Tavares em determinado momento diz que “É preciso trabalhar com a emoção, pois assim você gera memória. Vamos pensar na publicidade: ela cria narrativas de 30 segundos que geram memória. Apesar da comparação esdrúxula, na educação podemos pensar em formas de o professor experimentar outras linguagens que não seja apenas a oral, e sim também a midiática”
A fala de Marcus, puxa não apenas para a temática cara a CineOP, mas para questões de pedagogia, onde deveríamos recorrer à uma prática de experimentação de uma reforma do que seria essa “pedagogia ortodoxa”.
Renata Tupinambá explicita que “Não é só dar a notícia, e sim incluir a forma como aquele comunicador o mundo. Comunicação não é só jornalismo, e é preciso romper essa padronização do que pode ser a mídia diante das subjetividades e das culturas do que é esse Brasil tão grande e tão desconhecido”.
E Marília completa uma precariedade dos direitos “garantidos” pela Constituição, “Muitas crianças têm em casa apenas o celular da mãe e isso cria um complicador para que esse aluno acompanhe esse novo momento”.
As dificuldades expostas aqui pelos convidados, permeiam grande parte do debate cultural, midiático e educacional da contemporaneidade, mas deveria ser feito em qualquer momento, não apenas durante a dificuldade na pandemia. O que a CineOP, sempre fez.