Tudo Sobre o Quinto Mês da Mostra Um Curta Por Dia
Durante todo o mês de novembro, confira uma seleção inédita e toda especial com trinta curtas-metragens de diferentes temáticas, geografias e lutas políticas
Por Redação
E chegamos ao nosso quinto mês, da Mostra Um Curta Por Dia, que exibe um curta-metragem brasileiro, não repetido, durante 24 horas. E no meio das nossas loucuras mundanas-cotidianas, festivais e eventos cinematográficos, conseguimos trazer para vocês mais uma lista de ótimos filmes, aqui na nossa plataforma do Vertentes do Cinema, exclusiva, protegida contra pirataria e com classificação indicativa. E nesses últimos meses, estamos muito satisfeitos com o resultado dos acessos ao site, e consequentemente aos filmes. É um trabalho árduo realizado por seis mãos (a curadora Clarissa Kuschnir; o responsável por cadastrar todos os filmes na plataforma, Ariel Spa; e Fabricio Duque, editor geral, co-curador e responsável por complementar todas as demandas necessárias e obrigatórias), mas feito com muita vontade de trazer para vocês tantos títulos de universos, anos e décadas diferentes, além de fomentar o Cinema Brasileiro e acordar os filmes, que possuem uma data de validade curta demais. Se a pauta do momento é a cota de tela e a lei do curta-metragem, aqui no Vertentes do Cinema, as obras sempre tiveram lugar e respeito.
E nesse penúltimo mês do ano, novembro, que traz a arte de cor azul, para assim ajudarmos a conscientizar as pessoas à luta contra o câncer de próstata, começamos com o veterano Joaquim Pedro de Andrade e o seu curta (ou quase média para os padrões atuais) “Cinema Novo”, do final da década de 70. E como próprio título diz o filme aborda seis realizadores e suas obras entre eles: Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Carlos Diegues.
Temos o ousado “Baunilha” do cineasta pernambucano Leo Tabosa (que já esteve aqui na Mostra com seu belo e poético curta “Nova Iorque”). Nesse, ele aborda o universo de quem pratica BDSM (Bondage, Discipline, Sado-Masochism). Ainda na linha do ousado temos o curta “Cama Vazia” de Fábio Rogério e Jean Claude-Bernardet. Durante alguns dias em que o cineasta acompanhou o crítico em uma internação, ele acabou fazendo filmagens com narração do próprio Bernadet. Um curta que fala sobre a máquina da saúde trazendo diversas reflexões, sobre a vida e morte. “Cama Vazia” está percorrendo vários festivais pelo Brasil. E Fábio conseguiu liberar o filme para passarmos durante 24 horas, aqui no site. Uma honra!
Antes do diretor Diego Freitas dirigir longas de sucesso e mais populares como: “Depois do Universo”, um dos mais visualizados da Netflix, “O Lado Bom de Ser Traída” também da mesma plataforma e “Tire Cinco Cartas”, que estreou recentemente nos cinemas, ele esteve a frente na direção do sensível curta, “A Volta Para Casa”, protagonizado pelo veterano Lima Duarte. E nossa curadora Clarissa Kuschnir ainda fez uma participação especial, como figurante no curta. Diego também esteve presente aqui no nosso primeiro mês da mostra, com o filme “Sal”.
E Kleber Mendonça Filho retorna para nossa mostra com o ótimo e muito premiado em diversos festivais “Eletrodoméstica”. Se vocês assistiram ao seu primeiro longa do diretor “O Som ao Redor”, saberão de algumas referências que o cineasta tirou de seu curta.
Dos anos 70 (década de nascimento da curadora Clarissa Kuschnir) e como temas a Boca do Lixo, vida de pescadores e notícias de comerciantes reclamando de marginais ameaçando suas lojas temos os documentários: “Uma Rua Chamada Triumpho 69/70″, de Ozualdo Ribeiro Candeias; “Arraial do Cabo”, de Mario Carneiro e Paulo César Saraceni; e “Migrantes”, de João Batista de Andrade. E vamos ainda mais longe… “Um Dia Na Rampa” é um documentário de 1957 do cineasta baiano Luiz Paulino dos Santos. O curta que aborda idas e vindas dos homens trabalhadores, suas relações com o mar e com comerciantes, no Mercado Modelo, em Salvador.
Com roteiro do falecido cineasta Penna Filho e com direção de sua filha Fabi Penna, trazemos “Esplendidezas” que fala sobre o universo bruxólico, em Santa Catarina. A cineasta Sandra Kogut também está na nossa mostra de novembro com o divertido e já clássico “Lá e Cá”, protagonizado por Regina Casé. Ainda da ala feminina de cineastas, exibiremos “O Fim do Verão”, de Caroline Biagi.
Do movimento cinematográfico Cinema Instantâneo teremos “A Primavera é Bonita e Eu não a Vejo” (pré Cinema Instantâneo – como se fosse a semente) do cineasta Ricardo Peres. E como em todos os meses, o cineasta e multitarefas Cavi Borges marca presença no mês de novembro da nossa mostra com “Em Trânsito”. Dessa diversidade ainda temos os cineastas: Ricardo Alves Jr. com “Convite Para Jantar o Camarada Stalin”; Pedro Castelo Branco com seu primeiro curta “3 é 5” em que aborda trabalhadores de feiras livres de São Paulo, durante a pandemia; André Sampaio com “Tira os Óculos e Recolhe o Homem”; Guilherme Marcondes com seu experimental “Tyger”; Giuliano Robert com “A Busca do Eu e o Silêncio”; Guilherme Telli com “Lá Fora”; Diego Alexandre com “Clara a Esperança”; Júlio Pessoa com “Em Nome do Pai”; e Pedro Conti, com a animação “Tamo Junto”.
Já Clementino Júnior apresenta em primeira mão, após ter sua estreia no Festival Cinema Negro Zózimo Bulbul, “Quando Bento Era São”. A exibição do curta no dia 05/11 é simbólica e de luta, visto que a data completa 8 anos sem que ações concretas de reparação aos atingidos tenham sido feitas sobre o crime ambiental da S4M4RC0/ 3HP 3ILLIT0N /V4L3 em Mariana/MG e Barra Longa/MG. O filme co-escrito com Genival Pascoal e Mirella Sant’Ana.
E da turma dos mais veteranos: Jorge Furtado com “Ângelo Anda Sumido”; Frederico Machado com “Vela ao Crucificado”; Tadeu Jugle com “Quem Teve Kiss”; a dupla Claudia Priscilla e Kiko Goifman com “Amapô”; Karim Aïnouz com seu documentário “Seams”; e Leon Hirszman com “Nelson Cavaquinho”. E assim fechamos mais um mês de curtas, para vocês leitores. É só acessar e assistir quantas vezes desejar! E o melhor: totalmente gratuito.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO QUINTO MÊS DA MOSTRA UM CURTA POR DIA
DIA 01/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
CINEMA NOVO
(Cinema Novo, Improvisiert und Zielbewusst, 1967, Brasil, Alemanha, 30 minutos, Documentário, de Joaquim Pedro de Andrade). Documentário para a TV alemã sobre o movimento cinematográfico denominado Cinema Novo. A difícil construção de um cinema no subdesenvolvimento: sua produção, seus autores, suas filmagens. O diretor de Joaquim Pedro de Andrade foca seis realizadores do Cinema Novo trabalhando no Rio de Janeiro em 1967: Leon Hirszman prepara o roteiro com o poeta / escritor Vinícius de Moraes para filmar “Garota de Ipanema”, Glauber Rocha filma “Terra em Transe”, Arnaldo Jabor edita “Opinião Pública”, Nelson Pereira dos Santos filma “El Justicero”, a captação de recursos para finalização e as sessões de dublagem de “Todas As Mulheres do Mundo” de Domingos de Oliveira e a estréia de “A Grande Cidade” de Carlos Diegues.
DIA 02/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
QUEM TEVE KISS
(Quem Teve Kiss, 1983, Brasil, 29 minutos, Documentário, de Tadeu Jungle). Em junho de 1983, a banda Kiss veio para a sua primeira turnê pelo Brasil. Na época, o videomaker Tadeu Jungle foi à porta do estádio do Morumbi, onde seria realizado o show, para entrevistar o público e fazer um retrato geracional. O resultado é um filme divertido, cheio de momentos de humor involuntário, mas que mostra uma nova juventude que já não sentia o peso da ditadura nos ombros, mas também ainda não conhecia a democracia.
DIA 03/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
BAUNILHA
(Baunilha, 2017, Brasil, 18 minutos, Ficção, Experimental, de Leo Tabosa). Olhe em volta. Tudo o que você vê e toca pode ter gosto de baunilha.
DIA 04/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
VELA AO CRUCIFICADO
(Vela ao Crucificado, 2009, Brasil, 12 minutos, Ficção, de Frederico Machado). A história do velório de uma criança carente e o esforço de um pai para proporcionar ao filho um último instante de dignidade. Mais de 100 prêmios internacionais e nacionais. Vencedor e selecionado para festivais internacionais tais como Cartagena (Colômbia), Montecatini (Itália), Cabo Verde, Mostra Internacional de Sao Paulo, San Diego IFF, entre muitos outros.
DIA 05/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
QUANDO BENTO ERA SÃO
(Quando Bento Era São, 2022, Brasil, 9 minutos, Documentário, de Clementino Júnior). Um poema escrito em cartazes “ecoa” nas ruínas de Bento Rodrigues/MG, relembrando a infância de um dos atingidos do rompimento da Barragem de Fundão. ESTREIA MUNDIAL.
DIA 06/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
CAMA VAZIA
(Cama Vazia, 2023, Brasil, 6 minutos, documentário, de Fábio Rogério e Jean Claude-Bernardet. Com Jean Claude- Bernardet. A máquina de morte precisa manter sua longevidade para expandir e lucrar.
DIA 07/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
A VOLTA PARA CASA
(A Volta Para Casa, 2019, Brasil, 19 minutos, ficção, de Diego Freitas.Com Lima Duarte e Guilherme Rodio. No domingo de Páscoa em uma casa de repouso, Plínio, um marceneiro aposentado, está cheio de expectativa com a visita de sua família, porém ninguém aparece para buscá-lo. Anselmo, o jardineiro da casa de repouso, ao vê-lo sozinho e cabisbaixo, oferece-se para levá-lo até sua antiga casa. Durante o trajeto, cresce a cumplicidade entre os dois, e Plínio revisita as memórias de sua vida no bairro, em São Paulo, onde nasceu e cresceu. Ao chegarem, Plínio tem uma surpresa que colocará em xeque as suas lembranças.
DIA 08/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
ELETRODOMÉSTICA
(Eletrodoméstica, 2005, Brasil, 22 minutos, Ficção, Experimental de Kleber Mendonça Filho). Classe média, anos 90, 220 Volts. No dia em que chega uma TV de 29 polegadas à casa de uma família pernambucana, a dona de casa se ocupa com tarefas corriqueiras, enquanto espera ansiosamente pelo fim do trabalho da máquina de lavar.
DIA 09/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
ÂNGELO ANDA SUMIDO
(Ângelo Anda Sumido, 1997, Brasil, 17 minutos, Ficção, de Jorge Furtado). Dois velhos amigos de faculdade se encontram por acaso e combinam de sair para jantar, mas o encontro acaba se transformando em uma tentativa quase impossível de atravessar os obstáculos que encontram pela cidade.
DIA 10/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
AMAPÔ
(Amapô, 2008, Brasil, 12 minutos, Documentário, de Claudia Priscilla, Kiko Goifman). Este curta faz parte do projeto Marco Universal. Através de uma história de vida o filme trata de questões relacionadas aos direitos humanos, como o direito à diferença. A vida da personagem é apresentada a partir de outros, a alteridade como lógica. Os espectadores completam os sentidos e aos poucos percebem que se trata de um homossexual que, ainda na adolescência, virou travesti. “Amapoa” é um termo que vem do Iorubá e transformou-se em uma gíria de travestis para falar de mulher. O filme traz um desfecho brutal, revelando que o personagem sofreu uma forte violência. Homofobia. A abordagem leva à identificação com a personagem e permite reflexões sobre a intolerância da sociedade atual.
DIA 11/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
UMA RUA CHAMADA TRIUMPHO (1969/70)
(A Rua Chamada Triumpho, 1971, Brasil, 10 minutos, Documentário, de Ozualdo Ribeiro Candeias). A região da Boca do Lixo paulistana e as pessoas do meio cinematográfico que por ali circulavam são registradas em fotografias de autoria do diretor Ozualdo Candeias.
DIA 12/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
EM TRÂNSITO
(Em Trânsito, 2009, Brasil, 12 minutos, Ficção, de Cavi Borges). Uma tarde nublada no Rio. Com Luciano Vidigal e Sabrina Rosa.
DIA 13/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
TAMO JUNTO
(Tamo Junto, 2021, Brasil, 6 minutos, Animação, de Pedro Conti). Curta-metragem independente de animação. Em dias de medo, Dois vizinhos passam a tornar cada momento de interação como grandes preciosidades. O trabalho conta com a voz do rapper Criolo e da atriz Luciana Silveira, e com a participação de Emicida. A trilha sonora é assinada pela Loud+. Durante a produção, o curta foi uma tentativa de cura através da arte.
DIA 14/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
EM NOME DO PAI
(Em Nome do Pai, 2002, Brasil, 17 minutos, Ficção, de Júlio Pessoa). Em um subúrbio paulistano, uma história aparentemente banal. Uma família comum: pai, mãe, dois filhos. E um cachorro. Entretanto, o oculto, o perverso e a violência dos desejos. Com Elias Andreato, Leonardo Miggiorin, Denise Weinberg.
DIA 15/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
LÁ E CÁ
(Lá e Cá, 1995, Brasil, 25 minutos, Ficção, de Sandra Kogut). Com Regina Casé, Eliane Maria Sinopse : O cotidiano de uma garota de subúrbio, dividida entre suas raízes e o sonho de ver outros lugares. Livre adaptação do conto ‘Monólogo de Tuquinha Batista’, de Aníbal Machado.
DIA 16/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
SEAMS
(Seams, 1993, Brasil, 30 minutos, Documentário, de Karim Aïnouz). Karim entrevista suas 5 tias-avós deliciosamente excêntricas, sobre as visões do amor, família e casamento.
DIA 17/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
NELSON CAVAQUINHO
(Nelson Cavaquinho, 1969, Brasil, 13 minutos, Documentário, de Leon Hirszman). Filmado em 1969, Nelson Cavaquinho foi realizado como contraponto a Garota de Ipanema. Em vez da Bossa Nova e da zona sul carioca, o interesse do cineasta volta-se para as raízes da música popular brasileira. O resultado é um belo e pungente registro do sambista em seu ambiente, conversando com amigos e vizinhos, em casa, no bar, no terreiro. Cenas da vida no subúrbio mesclam-se às memórias e improvisos, compondo um sensível panorama, ao mesmo tempo melancólico e alegre, do compositor e do seu povo à margem da sociedade.
DIA 18/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
CLARA ESPERANÇA
(Clara Esperança, 2022, Brasil, 20 minutos, Documentário, de Diego Alexandre). Trazendo um recorte pouco conhecido da vida de Clara Nunes, o documentário conta a inspiradora história de sua irmã mais velha, a costureira Maria Gonçalves. Dona Mariquita, como era mais conhecida, lutou durante décadas pela preservação da memória da cantora através da fundação da creche e do memorial que levam o seu nome.
DIA 19/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
ARRAIAL DO CABO
(Arraial do Cabo, 1970, Brasil, 17 minutos, Documentário, de Mario Carneiro e Paulo César Saraceni). Com fotografia deslumbrante de Mário Carneiro, que co-dirige o filme, e texto do jornalista Claudio Mello Souza, o documentário mostra as transformações sociais e as interferências nas formas primitivas de vida de pescadores do vilarejo de Arraial do Cabo, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. A Fábrica Nacional de Álcalis, que se instalou no local, causa a morte dos peixes, o que faz com que muitos integrantes da comunidade partam em busca de trabalho. Os modos tradicionais de produção se chocam com os problemas da industrialização. Gravuras de Oswaldo Goeldi abrem o filme.
DIA 20/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
MIGRANTES
(Migrantes, 1973, Brasil, 8 minutos, Documentário, de João Batista de Andrade). O filme parte de uma notícia publicada no jornal, segundo a qual comerciantes se queixavam da presença de marginais instalados debaixo de um viaduto perto de suas lojas. A intenção do diretor João Batista de Andrade foi dar voz a essas pessoas opromidas pela falta de emprego e condições sub-humanas de vida devido à carência de moradia. Enquanto uma das famílias que viviam sob o viaduto era entrevistada, um pedestre que passava interveio e iniciou-se um debate entre ele e o migrante sobre o papel de pessoas de outros estados no desenvolvimento de São Paulo e os problemas do Nordeste rural.
DIA 21/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
LÁ FORA
(Lá Fora, 2020, Brasil, 10 minutos, ficção, de Guilherme Telli). Com Guilherme Telli. Imagine estar isolado… Tem algo relevante acontecendo Lá Fora, mas você não tem autonomia para interferir. Na verdade, você nunca sabe exatamente o que há Lá Fora! A história mostra três presidiários, que narram a fuga de um quarto? protagonista onisciente da trama? “Lá Fora” é sobre o protagonismo que não se vê. Sobre a opressão que se sente. Sobre o destino que, via de regra, não falha.
DIA 22/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
ESPLENDIDEZAS
(Esplendidezas, 2014, Brasil, 20 minutos, ficção, de Fabi Penna). A menina estava bem, mas de repente começou a perder a cor, a perder o peso e foi ficando “desafeiçoada”. Não adiantou tomar chá de “bordo”, de “cidrera”, de “quebra-pedra”, nem de menstruço”. Levar para posto médico, nem pensar, porque o doutor não cura de “zipra” e nem de “zipelão”. Sem dúvida, era tarefa para uma benzedeira.
DIA 23/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
A BUSCA DO EU E O SILÊNCIO
(A Busca do Eu e do Silêncio, 2021, Brasil, 20 minutos, Documentário, de Giuliano Robert). Há inúmeras formas para que a não-comunicação se estabeleça, seja por conflitos, idiomas ou culturas. Neste filme de Giuliano Robert, o fato acontece por interferência da língua: uma mãe ouvinte relata o início de um processo de comunicação com o filho surdo. Partindo das experiências da mãe, Márcia, o documentário é conduzido pelo filho, Giuliano, em busca da relação com uma cultura que através da falta de informação e acesso, silencia maneiras outras de se comunicar.
DIA 24/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
UM DIA NA RAMPA
(Um Dia na Rampa, 1957, Brasil, 10 minutos, Documentário, de Luiz Paulino dos Santos). “Rampa do mercado modelo, porto de saveiros que navegam a baía de todos os santos. Os homens vêm toda manhã do mar à terra e retornam com a noite para as águas que dizem ser da rainha Yemanjá. Esse filme, graças a cooperação de todos os trabalhadores, documenta Um Dia na Rampa”. (Letreiros iniciais). A realização do curta contou com a colaboração de Glauber Rocha, que teria feito a sonorização.
DIA 25/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
TYGER
(Tyger, 2006, Brasil, 4 minutos, Experimental, de Guilherme Marcondes). Curta metragem inspirado no poema homônimo do poeta inglês Willian Blake. Um tigre invade as ruas de São Paulo transformando as pessoas em animais e em coisas deixando um rastro de formas incandescentes pela cidade.O brilho das pessoas se mostra em cores, vôos, gestos que transformam a metrópole.
DIA 26/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM
(Tira os Óculos e Recolhe o Homem, 2008, Brasil, 20 minutos, Ficção, de André Sampaio). Baseado em fatos reais. Em 1977, no Brasil dos tempos da ditadura militar, o compositor Jards Macalé é preso após um show em parceria com Moreira da Silva. O fatídico episódio gerou a única parceria entre estes dois ícones de nossa música popular, o samba “Tira os Óculos e Recolhe o Homem”, inspiração do filme. Melhor Ator Jards Macalé Curta Santos 2008, Melhor Ator Jards Macalé e melhor Filme no Festival do Paraná 2008, Melhor Filme ABDeC Curta Cinema 2008 e Melhor Roteiro Londrina 2008.
DIA 27/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
O FIM DO VERÃO
(O Fim do Verão, 2015, Brasil, 13 minutos, Ficção, de Caroline Biagi). Na desordem dos primos aproveitando o último dia de verão, Melissa quer falar com Fábio antes que ele vá viajar.
DIA 28/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
CONVITE PARA JANTAR COM O CAMARADA STALIN
(Convite Para Jantar com o Camarada Stalin, 2008, Brasil, 9 minutos, Ficção, de Ricardo Alves Jr.). Entre o sonho e a morte, Olga e Marilu esperam um convidado para jantar.
DIA 29/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
A PRIMAVERA É BONITA E EU NÃO A VEJO
(A Primavera é Bonita e Eu não a Vejo, 2018, Brasil, 15 minutos, ficção, de Ricardo Peres). Com Gabrielle Lopes e Rafael Malagutti. Um homem e uma mulher cega, se encontram em uma ilhota no meio de um lago, rodeados por uma natureza exuberante. Ele está confuso e em busca de respostas para suas angústias. Ela faz um pedido muito especial para ele. “A Primavera é Bonita e Eu Não a Vejo” é um curta metragem que acredita que o essencial não se vê com os olhos.
DIA 30/11 – Início 09:00 – Assista por AQUI
3 É 5
(3 é 5, 2021, Brasil, 13 minutos, Documentário, de Pedro Castelo Branco). O filme mostra as imagens de trabalhadores das feiras livres de São Paulo durante a pandemia.
SERVIÇO
Mostra Um Filme Por Dia – Quinto mês
Online no site Vertentes do Cinema
vertentesdocinema.com
De 01 de novembro a 30 de novembro de 2023
Cada curta será exibido por 24 horas, somente.
Evento Gratuito.