Tudo Sobre o Olhar de Cinema 2020
Festival Internacional de Curitiba acontece online de 07 a 15 de outubro
Por Redação (baseado no release oficial)
Há quem diga que um festival de cinema só realmente começa com a mesa-coletiva dos curadores. Sim, isso é a mais pura verdade, visto que ao entender o processo de escolha dos filmes, nós, espectadores, somos convidados aos motivos, importâncias e temáticas, e, neste ano, atípico, surreal, caótica e trágico, a curadoria precisou olhar para as limitações de exibição, ora por diretores que não aceitaram o formato online, solução possível no momento. Após o Festival Ecrã, Ecofalante, Gramado e É Tudo Verdade, é a vez do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, inicialmente marcado para acontecer presencialmente de 3 a 11 de junho na cidade de Curitiba, Paraná, foi obrigado pela crise pandêmica do Coronavírus a se remodelar pelo universo virtual.
A nona edição Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba tem início nesta quarta-feira, dia 07 de outubro, e segue até o dia 15 de outubro, com programação internacional. “O festival tem como objetivo destacar e celebrar o cinema independente realizado em todo mundo por meio da seleção oficial de filmes com propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do micro universo cotidiano de relacionamentos, até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial. Filmes que se arriscam em novas formas de linguagem cinematográfica, que estão abertos ao experimentalismo e que, não obstante, possuem um grande potencial de comunicação com o público. Em meio a esses quesitos, é possível compor uma programação de grande diversidade temática e estética, que não rejeita gêneros, formatos e durações.”, informa o release oficial.
No dia 3 de junho, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba disponibilizou em seu site e na MUBI filmes das oito edições anteriores. A seleção especial online apresentou filmes que se destacaram no festival, que acontece anualmente no mês de junho, na capital paranaense.
Tudo Sobre o Olhar de Cinema 2020
Com a atual situação do país e do mundo, com o isolamento e salas de cinema ainda fechadas, a 9ª edição do evento acontecerá online, de 07 a 15 de outubro de 2020, possibilitando um novo alcance de público. Entre as mostras do festival estão a Olhares Brasil, uma seleção especial com filmes nacionais que vêm se destacando ao longo de festivais, e a Mirada Paranaense, com um recorte da recente produção do estado.
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Os diretores do festival Antônio Junior e Eugenia Castello falaram sobre a expectativa para o novo formato e destacaram o lado positivo de alcançar um público que muitas vezes não pode estar presente no festival.
“Claro que não estar na sala de cinema gera uma relação completamente diferente, mas é possível participar do festival, e estamos tentando transpor para esse universo online diversas das atividades presenciais que a gente tinha”, explica Antônio. Segundo ele, “O festival mudou pouco, as mostras quase todas continuam intactas e com a sua quantidade de filmes. Vamos fazer alguns ajustes em uma ou outra, cortar algumas que não fazem sentido no online, mas as outras atividades paralelas: oficinas, seminários e Curitiba_Lab estão todas mantidas “.
AS OFICINAS
As oficinas do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba têm o intuito de expandir e aguçar os sentidos de seus participantes para as mais variadas facetas do cinema e proporcionar uma experiência a mais durante os dias do festival. No dias 13 e 14 de outubro de 09h30-12h30 online, oficina de Trilha Sonora com Daniel Simitan. Nos dias 10 e 11 de outubro de 09h30-12h30 online, Olhares Para Curtas Brasileiros, com Adriano Garrett. Nos dias, 12 e 13 de outubro de 09h30-12h30 online, oficina Introdução à Direção de Fotografia: O Pessoal é Estético, com Lílis Soares.
”Entendemos que é uma edição excepcional e tanto nós como o público estaremos vivenciando um Olhar de Cinema como nunca vimos antes, mas com o mesmo cuidado com a seleção, filmes, público e convidados”, afirma Eugenia Castello. Para ela, “Se por um lado a gente pensa num aspecto negativo, de não poder ter algo tão característico do Olhar, que são os encontros presenciais, o público e as salas lotadas; por outro, agora a gente tem a oportunidade de ser conhecido pelo Brasil inteiro”.
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MOSTRA COMPETITIVA
Os curadores Aaron Cutler (Longas-metragens); Carla Italiano (Longas-metragens); Eduardo Valente (Longas-metragens); Camila Macedo (Longas-metragens); Carol Almeida (Curtas-metragens); Kariny Martins (Curtas-metragens); Marisa Merlo (Fundadora e Coordenação de Programação – Curtas-metragens) não só imprimiram olhar diferenciado nos filmes como produziram dezenas de entrevistas (já disponíveis no canal oficial do youtube AQUI).
A Mostra Competitiva tradicionalmente apresenta uma seleção composta por filmes recém-lançados e ainda inéditos no Brasil, um conjunto de apostas e descobertas que busca o equilíbrio entre inventividade, abordagem de temas contemporâneos e potencial de comunicação com o público. Nesta edição serão nove longas-metragens, formando um recorte original da cinematografia mundial.
O cinema brasileiro vem representado pelo ainda inédito Entre nós talvez estejam multidões, dirigido por Pedro Maia de Brito e Aiano Bemfica, filmado na ocupação Eliana Silva. Da seleção da Mostra Panorama do último Festival de Berlim, faz parte da seleção Luz dos trópicos, de Paula Gaitán.
Conversando com outras cinematografias, ainda do festival de Berlim, desta vez da mostra Encounters, chega o português A metamorfose dos pássaros, de Catarina Vasconcelos. Outros títulos da Berlinale são o belga Victoria, de Sofie Benoot, também exibido no IndieLisboa, e Na cabine de exibição do diretor israelense Ra’anan Alexandrowicz, já selecionado para vários outros festivais voltados ao cinema documental.
Do Festival de Roterdã, o Olhar traz o indiano Nasir, de Arun Karthick, e o espanhol Longa noite, de Eloy Enciso, também selecionado para os festivais de Toronto e Locarno. Deste festival, também será possível conferir o francês Um filme dramático, de Eric Baudelaire. Los lobos, do mexicano Samuel Kishi, vindo diretamente do Festival de Havana, completa a seleção.
A seleção de curtas-metragens segue a mesma diversidade de narrativas e locais, com representantes brasileiros, espanhóis, franceses e peruanos, entre outros. Do Brasil, são dois títulos: Chão de rua, de Tomás von der Osten, exibido no último festival de Locarno, e, em pré-estreia mundial, Noite de seresta, de Sávio Fernandes e Muniz Filho.
O Júri da Mostra Competitiva é formado por Tatiana Carvalho Costa, Professora e pesquisadora nas áreas de Comunicação e Cinema; Nicolas Feodoroff, crítico de arte e cinema, programador e curador; e Cynthia García Calvo, diretora de Programação do FEMCINE, Diretora de Programação e cofundadora do AMOR Festival Internacional de Cinema LGBT+ no Chile.
MOSTRA FOCO
Nesta 9ª edição, o nome destacado na Mostra Foco é o do diretor Daniel Nolasco. Nascido em Catalão, Goiás, o realizador escreveu e dirigiu mais de nove curtas-metragens e dois documentários, todos os filmes participaram e foram premiados em diversos festivais. Seu primeiro longa de ficção, Vento seco recentemente exibido na Berlinale e no Festival de Guadalajara é um dos filmes que poderão ser vistos.
OLHARES BRASIL
Entre os títulos estão longas e curtas-metragens que compõem um recorte da nova e mais ousada cinematografia brasileira. A diversidade de olhares e narrativas é o ponto de maior destaque da mostra que traz a co-produção Brasil/Portugal/Moçambique “Um Animal Amarelo”, nova fábula visual de Felipe Bragança, exibido no começo do ano no Festival de Roterdã. A seleção conta também com o vencedor do prêmio do júri na 23ª Mostra de Tiradentes “Canto dos Ossos”, de Jorge Paulo e Petrus Bairros, e ainda da mostra mineira, o longa “Cabeça de Nêgo”, que cria uma narrativa que tem como base ideais do Panteras Negras.
Outro destaque é o documentário “Fakir”, assinado por Helena Ignez. O filme tem despertado as mais diversas sensações por onde passa. Foi exibido no 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no XV Panorama Coisa de Cinema e forumdoc.bh, além de outros festivais brasileiros e internacionais.
O veterano Geraldo Sarno também tem filme na seleção. O diretor de “Viramundo” (1965) apresenta no Olhar de Cinema seu último filme, “Sertânia”, uma revisita modernizada ao sertão, ao cangaço e ao cinema novo.
A ancestralidade é o tema dos dois títulos que completam a mostra: “Cavalo”, de Raphael Barbosa e Werner Salles Bagetti e “Yãmĩyhex: as mulheres-espírito”, da Associação Filmes de Quintal. Enquanto este se volta para o resgate da mitologia e tradição indígena, aquele traz a dança para falar das marcas do passado.
A seleção de curtas também está bem atenta às temáticas atuais. Negritude, lesbiandade e anscestralidade se fazem presentes nos curtas “Enraizadas”, de Juliana Nascimento e Gabriele Roza; “Minha História É Outra”, de Mariana Campos; “Mãtãnãg, a Encantada”, de Shawari Maxacali e Charles Bicalho, “A Morte Branca do Feiticeiro Negro”, de Rodrigo Ribeiro, e “O verbo se fez carne”, de Ziel Karapotó.
Distopias também não ficaram de fora. Conversando com os dias atuais, está o curta de Matheus Farias e Enock Carvalho “Inabitável”. Já o exibido no 17º IndieLisboa “Os Últimos Românticos do Mundo”, de Henrique Arruda, faz uma ponte entre o futuro pré-apocalíptico e o desconhecido.
Tudo Sobre o Olhar de Cinema 2020
MIRADA PARANAENSE
Nesta 9ª edição do evento, onze títulos integrarão a mostra local. Entre eles está o longa-metragem documental “A Alma do Gesto”, de Eduardo Baggio e Juslaine Abreu-Nogueira, que explora a criação artística e a construção imagética de outra arte que não o cinema. A arte também é o tema de “Exumação da Arte”, curta-metragem de Maurício Ramos Marques.
Outros 9 curtas integram a seleção, que destaca o racismo e a negritude como um de seus temas. Exibido na 23ª Mostra de Tiradentes, “E no rumo do meu sangue”, de Gabriel Borges, reorganiza imagens para construir uma nova narrativa. O documentário “Meia Lua Falciforme”, de Dê Kelm e Débora Evellyn Olimpio, fala sobre a Doença Falciforme, que afeta principalmente a população afrodescendente.
A mostra traz também a história de Enedina Alves Marques, a primeira mulher negra a se formar engenheira no Brasil, no curta “Além de Tudo, Ela”, de Pedro Vigeta Lopes, Pâmela Regina Kath, Mickaelle Lima Souza, Lívia Zanuni. Em linguagem experimental, “Cor de Pele”, de Larissa Barbosa, questiona as opressões sofridas pelas mulheres negras.
Outro retrato do preconceito da sociedade está no curta de documentário “Seremos Ouvidas”, de Larissa Nepomuceno, que investiga o movimento feminista surdo. As mulheres, em diferentes fases da vida, também são o foco dos curtas “Aonde Vão os Pés”, de Débora Zanatta, e “A Mulher Que Sou”, de Nathália Tereza. Este, premiado no último festival de Gramado, com o Kikito de melhor atriz para Cassia Damasceno.
Completam a seleção a única animação da mostra, “Napo”, curta afetivo de Gustavo Ribeiro sobre memória, e “Cancha – Domingo é dia de jogo”, de Welyton Crestani, sobre o poder do futebol de várzea em Vila Verde.
NOVOS OLHARES
Ser online é uma novidade, mas a inspiração e o cuidado da seleção de filmes continuam os mesmos, e agora todo o país tem a oportunidade de conhecê-la. A Novos Olhares – dedicada a longas-metragens com propostas estéticas mais arriscadas e radicais – nesta edição dá uma atenção especial ao resgate de um passado que deixou feridas e ausências; destaca a força do cinema em sua relação com o indivíduo e o enxerga como possibilidade de acesso, memória e cura. São seis títulos inéditos no país.
“Vai ser uma edição histórica, a programação já está quase 100% fechada, os filmes estão incríveis. A gente fica triste de não estar exibindo na sala de cinema, mas fica muito feliz de poder estrear esses filmes aqui”, diz Antonio Gonçalves Júnior, diretor do festival. “Agora com o Olhar online temos o Brasil inteiro para nos comunicar, o Brasil inteiro como público do festival, e estamos animados com esse desafio”, completa.
Para Eugenia Castello, também diretora do festival, “Isso é o mais importante, o que a gente resgata de tudo. O que nos empolga é a possibilidade de pessoas no Brasil inteiro poderem conhecer os filmes que o Olhar traz e com o quais se identifica”.
Diretamente da mostra Forum do Festival de Berlim deste ano chega o novo documentário do romeno Radu Jude Letra Maiúscula, que volta ao país de 1981 e resgata a história do adolescente Mugur Călinescu que, com apenas suas palavras, protestava contra o governo de Ceaușescu e a manipulação da história oficial. Da Forum, chega também O que resta / Revisitado, de Clarisse Thieme, que usa o experimentalismo para alcançar os crimes da guerra na Bósnia e Herzegovina nos anos 1990.
A coprodução Espanha/Suíça O Ano do Descobrimento, dirigida por Luis López Carrasco, chega dos festivais de Roterdã e Cinema du Reel, de onde saiu premiada. O filme volta às Olimpíadas de Barcelona e à Expo de Sevilha, em 1992, e apresenta as contradições da imagem internacional criada para o país e a realidade interna, com os protestos em Cartagena.
Pesadelos insistentes são a origem da busca pela história e por memórias em Pajeú, longa-metragem do brasileiro Pedro Diógenes, que foi exibido na competitiva internacional do FIDMarseille. Outro filme brasileiro que integra Novos Olhares é o documentário Agora, de Dea Ferraz, que busca desvendar a relação do corpo com as imagens e o cinema como ativador desse movimento.
Los Conductos, de Camilo Restrepo, completa a seleção. A coprodução Colômbia/França/Brasil, inspirada em uma história real, fala de alguém atormentado pelo passado. O longa foi exibido na mostra Encouters da Berlinale.
O Júri da Novos Olhares (Melhor Filme Brasileiro) é composto por James Lattimer, membro do comitê de seleção do Fórum Berlinale desde 2011 e ingressou na Viennale como consultor de programação em 2018; Haruka Hama, coordenadora do Festival Internacional de Documentários de Yamagata desde 2001 e diretora do Tokyo Office desde 2015; e Gerwin Tamsma, programador sênior do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam (IFFR).
Tudo Sobre o Olhar de Cinema 2020
FILME DE ABERTURA E ENCERRAMENTO
No dia 7 de outubro, o festival começa em grande estilo com uma produção coletiva, em vários sentidos. O filme escolhido para abrir a 9ª edição do Olhar de Cinema é o brasileiro Para Onde Voam as Feiticeiras, de Beto Amaral, Eliane Caffé e Carla Café, que une encenações e improvisos de sete artistas de rua de São Paulo, expondo a permanência de antigos preconceitos de gênero e raça. O longa foi selecionado para o Cinelatino Rencontres de Toulouse, mas não chegou a ser exibido por causa da pandemia de Covid-19.
Em todo o delírio de suas fábulas, Glauber Rocha antecipou muita coisa do que vê-se hoje no país. Em Antena da Raça, Paloma Rocha e Luís Abramo resgatam diálogos, trechos, cenas dos filmes e entrevistas feitas pelo diretor do Cinema Novo e os atualizam com personagens reais, atores da nossa tragédia contemporânea. É com esse filme, que intercala passado e presente, que o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba encerra sua 9ª edição.
Leia AQUI nosso artigo “Glauber Rocha, Cinema Novo e Uma Proposta de Brasil”!
Um dos eventos prejudicados pela pandemia de Covid-19, o festival precisou adiar sua realização e se adaptar à nova realidade com uma edição completamente online, de 7 a 15 de outubro. Mas se o formato é outro, a qualidade da seleção não deixa nada a dever aos anos anteriores. Como se percebe justamente pelo título de encerramento, selecionado também para a mostra Cannes Classics do festival francês.
”A edição de 2020 do Olhar com certeza não vai ser igual às outras e, com certeza, vai ser única, mas também isso é algo que buscamos em todas as nossa edições. Então, não vai ser muito diferente”, afirma Antonio Gonçalves Junior, diretor do festival. “As mostras quase todas continuam intactas, com a mesma quantidade de filmes e agora temos o Brasil inteiro para nos comunicar, o Brasil inteiro como público do festival, e estamos animados com esse desafio”, completou.
EXIBIÇÕES ESPECIAIS
Entre as mostra deste ano, está a Exibições Especiais, que conta com filmes de grandes mestres do cinema mundial e busca a redescoberta de títulos, privilegia o cinema brasileiro e abre um espaço especial para pré-estreias.
Com uma seleção reduzida nesta edição, a seleção traz apenas dois títulos que sintetizam muito bem a o objetivo da mostra. O Tango do Viúvo e seu espelho reformador, é um deles. Primeiro longa-metragem do diretor chileno Raúl Ruiz, filmado em 1967, o filme só foi finalizado este ano pela viúva do cineasta, Valeria Sarmiento. O Tango do Viúvo foi encontrado recentemente, restaurado e teve a sua primeira exibição no Festival de Berlim.
Quem completa a seleção é o diretor brasileiro Karim Aïnouz, com seu filme Nardjes A. O longa também foi exibido este ano na Berlinale e conta a história da militante argelina que lhe dá nome em meio aos protestos populares contra a quinta candidatura do então presidente Bouteflika.
OUTROS OLHARES
A Mostra Outros Olhares mescla em sua seleção longas e curtas-metragens ainda mundialmente inéditos e filmes que já possuem uma trajetória em festivais e mostras internacionais recentes. São várias propostas, estilos, linguagens e abordagens feitos em torno de uma série de extremidades que reflete o mundo atual.
Fazem parte da seleção de longas-metragens os brasileiros inéditos O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: a Peleja de Noel Nutels, de Tiago de Almeida, e A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramos, além de O Reflexo do Lago, que esteve na seleção Festival de Berlim. Da Berlinale também chegam o indiano Crônica do Espaço, de Akshay Indikar, a co-produção França, Bélgica e Burkina Faso, Traverser (Após a Travessia), dirigido por Joël Akafou, e o longa argentino Responsabilidade Empresarial, de Jonathan Perel.
Do FIDMarseille chega a co-produção Eslovênia e República Tcheca, Oroslan, de Matjaz Ivanisin, do NY Film Festival vem Trouble, uma co-produção entre Estados Unidos e Reino Unido dirigida por Mariah Garnett e, por fim, o longa chileno Visão Noturna, dirigido por Carolina Moscoso Briceño.
O Júri da mostra Outros Olhares é formado por Shai Heredia, cineasta e curadora, diretora fundadora da Experimenta, bienal de arte de imagens em movimento da Índia; Maíra Bühler, antropóloga e cineasta e diretora do filme Diz a Ela Que Me Viu Chorar; e Gil Baroni, diretor, produtor, roteirista, sócio da produtora Beija Flor Filmes.
CURTAS DE TODOS OS LUGARES
A seleção de curtas-metragens também traz um recorte na nova produção brasileiro, com os títulos Manual do Zueiro Sem Noção, de Joacélio Batista; Memby, de Rafael Castanheira Parrode e Rafameia, de Mariah Teixeira e Nanda Félix. Representantes de vários outros países também estão na seleção, como Irã, Argentina, Camboja, Cuba e Rússia.
O Júri da Abraccine é composto por Stephania Amaral, mestra e doutoranda em Estudos de Linguagens pelo CEFET MG; Susy Freitas, crítica de cinema no site Cine Set; e Daniel Herculano, um dos fundadores da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine). No Júri Avec-PR, temos Vanessa Vieira, atriz, produtora cultural e diretora; Ester Marçal Fér, professora no Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA; e Damián Sainz, cineasta, educador, DJ e performer entre Espanha, Cuba e México.
Os filmes ficam disponíveis das 6h do dia de exibição até as 5h59 do dia seguinte. Todos os filmes falados em língua estrangeira possuem legenda em português. Para comprar – Adicione quantos filmes quiser ao carrinho e ao finalizar a compra você receberá os dados de sua conta para logar no dia da exibição e poder ver os filmes comprados. Caso não chegue, sempre verifique o Spam. Para comprar Filmes com Acessibilidade, acesse: olhardecinema.com.br/acessibilidade
OS PRÊMIOS
Competitiva
Longa-metragem
_Prêmio Olhar de Melhor Filme;
_Prêmio Especial do Júri;
_Prêmio de Contribuição Artística (O prêmio pode ser dado para roteiro, direção, atuação, composição de trilha sonora original, montagem, direção do fotografia, direção de arte ou edição de som);
_Prêmio do Público;
Curta-metragem
_Prêmio Olhar de Melhor Filme;
Outros Prêmios Oficiais
Longa-metragem
_Prêmio de Melhor longa-metragem brasileiro das mostras Competitiva, Outros Olhares e Novos Olhares;
_Prêmio de Melhor Filme da mostra Novos Olhares;
_Prêmio de Melhor Filme da mostra Outros Olhares;
Curta-metragem
_Prêmio de Melhor curta-metragem brasileiro das mostras Competitiva e Outros Olhares;
Prêmios de Parceiros
Prêmio da Crítica / Abraccine
_ Melhor longa-metragem da mostra Competitiva;
Criada em 2011, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) é resultado de uma iniciativa histórica, pois trata-se da primeira entidade nacional a reunir os críticos de cinema do Brasil. Oferece um prêmio ao melhor filme da mostra Competitiva de Longa-metragem.
Prêmio AVEC-PR
_ Prêmio AVEC – Berenice Mendes de melhor curta-metragem da mostra Mirada Paranaense;
_ Prêmio Destaque do Júri.
A AVEC-PR – Associação de Vídeo e Cinema do Paraná – homenageia a cineasta Berenice Mendes (Curitiba, 1959) no nome do prêmio de melhor curta paranaense desta edição. Anualmente, o prêmio AVEC será rebatizado, buscando celebrar os principais artistas contemporâneos do estado. Realizadora destacada da Geração Cinemateca, Mendes dirigiu documentários que debateram a redemocratização da sociedade brasileira (como A Classe Roceira, 1985) e filmes de ficção sobre episódios históricos (Vítimas da Vitória, 1994).
Tudo Sobre o Olhar de Cinema 2020